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Vitória Barbosa Turma XIII – 2020.1 Diagnóstico pré-natal O diagnóstico pré-natal (DPN) é um conjunto de técnicas destinado a investigar a saúde fetal ainda no período da vida intrauterina É dirigido principalmente a casais com risco aumentado de gerar uma criança com uma anomalia genética Seu objetivo fundamental pressupões a identificação de anomalias cromossômicas, malformações, doenças metabólicas mendelianas e outras alterações circunstancialmente adquiridas durante a gestação e com repercussões sobre o feto Métodos diagnósticos Não invasivos: Avaliação ultrassonográfica Pode ser realizado durante todo o período gestacional Diagnóstico em sangue materno Pode ser coletado entre a 15ª - 18º semana gestacional Invasivos: Biópsia de vilosidade coriônica (BVC) Pode ser realizado entre a 9ª - 13ª semana gestacional Amniocentese Pode ser realizado entre a 14ª - 18ª semana gestacional Cordocentese Pode ser realizado entre a 18ª - 36ª semana gestacional Diagnóstico pré implantacional Indicações para diagnóstico pré-natal invasivo Paciente com idade materna avançada (>35 anos) Criança anterior com anormalidade cromossômica Anomalia cromossômica estrutural em um dos pais História familiar para doenças genéticas que tenham diagnóstico por biologia molecular ou exames bioquímicos Doenças ligadas ao X sem teste diagnóstico específico (determinação do sexo) Achados ultrassonográficos sugestivos de patologia que pode ser diagnosticada laboratorialmente Risco e defeitos do tubo neural Amniocentese Procedimento no qual se insere uma agulha por via transabdominal no saco amniótico e extrai a amostra com seringa. Além de coletar as células de origem fetal e possível realizar a coleta da alfafetoproteína (produzida principalmente pelo fígado, pode ser medida também no soro materno) O material obtido pode ser submetido à análise citogenética, bioquímica ou molecular e é sobretudo, utilizado para detectar a existência de trissomia do 21, além de estabelecer o sexo fetal. Esse processo permite ainda a determinação do grupo sanguíneo, o fator Rh, estimar a maturidade fetal e determinar possível necessidade de uma transfusão fetal intra-uterina. Para realizar esse procedimento é necessário efetuar o exame ultrassonográfico previamente Em geral, o exame é realizado a partir da 15ª semana gestacional (amniocentese tradicional). Porém, pode ser realizada entre a 12ª e a 14ª semana de gestação (amniocentese precoce) Riscos: a amniocentese realizada no segundo trimestre de gestação oferece um risco de aborto entre 1 em 300 a 1 em 500 pacientes. Se realizado antes da 15ª semana de gravidez, o teste invasivo oferece um risco ainda maior de interrupção da gravidez Cordocentese Consiste em um minucioso exame ultrassonográfico para a localização da região de implantação do cordão na placenta, sendo essa região, sempre que possível, a eleita para a realização da cordocentese Os vasos do cordão devem ser visualizados no sentido longitudinal e a agulha deve penetrar perpendicular a esse Esse exame consiste na retirada de uma amostra de sangue do bebê a partir do cordão umbilical para detectar alguma deficiência cromossômica no bebê, como síndrome de Down, ou doenças como toxoplasmose, rubéola, anemia fetal ou citomegalovírus Para a realização da cordocentese, é necessário que a gestante tenha realizado um exame de ultrassom e um exame de sangue para indicar seu tipo de sangue e fator Rh. Durante o exame a grávida poderá sentir cólicas abdominais e por isso deve ficar de repouso durante 24 a 48 horas após o exame e não ter contato intimo durante 7 dias após a cordocentese. Após o exame podem surgir sintomas como perda de líquido, sangramento vaginal, contrações, febre e dor no pé da barriga. Riscos: os riscos da cordocentese são baixos e contornáveis, mas incluem aborto, perda de sangue no local onde é inserida a agulha, diminuição dos batimentos cardíacos do bebê, ruptura prematura das membranas que pode favorecer o parto prematuro. Biópsia de vilosidades crônicas A análise é feita a partir de vilosidades que florescem na placenta a partir dos córios, permitindo o maior contato do sangue materno durante a gravidez. A BVC consiste na punção (coleta realizada pelo médico da paciente) e estudo cromossômico das vilosidades coriônicas, cujas características genéticas são iguais as do feto O objetivo do exame é detectar alterações cromossômicas numéricas ou estruturais, realizando entre a 10ª e 13ª semana gestacional O CVC é indicado quando os exames de rotina da gestante, em especial as USG morfológicas apontam alterações no feto Vantagem comparada a amniocentese resultados nos estágios iniciais da gestação A AFPs não pode ser dosada nesse estágio Diagnóstico em sangue materno: Defeito no tubo neural: Esse defeito é possível de se identificar a partir do teste de triagem o qual ira medir a concentração da alfa- fetoproteína no sangue materno Quando o feto tem NTD aberto é constatada no soro materno uma elevada concentração de AFP A medição da AFP materna ocorre na 16ª semana gestacional, juntamente com esse rastreamento é realizado a USG 95% dos bebês com defeito no tubo neural (espinha bifida) nascem em famílias sem história conhecida dessa malformação A MSAFP deve ocorrer de maneira combinada com um diagnóstico ultrassonográfico detalhado Triagem para síndrome de down Esse defeito é possível de ser identificado a partir do teste de triagem o qual ira medir a concentração da alfa- fetoproteína no sangue materno. Quando o feto tem SD é constatada no soro materno uma baixa concentração de AFP Os testes de triagem são realizados do primeiro e segunde trimestre, no primeiro semestre é realizado entre a 11ª e a 12ª semana de gestação A triagem realizada no primeiro trimestre possui alguns marcadores específicos, tais como: a proteína plasmática associada á gestação (PAPP-A) e o hormônio gonadotrofina coriônica (hCG) A PAPP-A estará abaixo da faixa normal em todas as trissomias A hCG total ou a subunidade beta está aumentada na trissomia do 21, e diminuída nas outras trissomias A triagem da PAPP-A e hCG deve ocorrer de maneira combinada com um diagnóstico ultrassonográfico da tranluscência nucal A triagem realizada no segundo semestre possui alguns marcadores específicos, tais como: AFP, hCG, uE3 e inibina A uE3 e a AFP estará abaixo da faixa normal em todas as trissomias A hCG total ou a subunidade beta está aumentada na trissomia do 21, e diminuída nas outras trissomias A inibina A só estará presente na trissomia do 21
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