Prova atividade A2

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 Estado de Conclusão da Pergunta:
PERGUNTA 1
1. Embora o tempo dos historiadores não possa ser confundido com o tempo do relógio e do calendário, em algum momento ele precisa comportar uma medição objetiva.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. O historiador precisa classificar e periodizar os acontecimentos na ordem do tempo.
PORQUE
II. O tempo da história se refere, além da cronologia e periodização, às transformações das sociedades, Estado e civilizações.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta
	
	a.
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
	
	b.
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
	
	c.
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
	
	d.
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.  
	
	e.
	As asserções I e II são proposições falsas. 
1 pontos   
PERGUNTA 2
1. Para o povo Nuer, que vive na região centro-oeste da África, "[...] o relógio diário é o gado, o círculo das tarefas pastoris, fundamentalmente a sucessão de tarefas e suas relações mútuas. Assim, se as atividades dependem dos corpos celestes e das mudanças físicas, estas só são significativas em relação às atividades sociais. [...]
Tudo isso é corroborado pela falta de um termo ou de uma expressão equivalente ao vocábulo 'tempo', encontrado nos idiomas ocidentais. Desse modo, não há como falar de tempo como algo concreto, que pode ser perdido, economizado e assim por diante". 
(PRITCHARD, E. E. Evans. In: SCHWARZ, Lilia. "Falando sobre o Tempo". Revista Sexta-Feira, n. 5, p. 17. São Paulo: Hedra, 2000.)’
	
	a.
	 Culturas diferentes têm concepções de temporalidades e de historicidades distintas. 
	
	b.
	Em sociedades primitivas, a exemplo da africana, são ignoradas noções de sucessão do tempo.    
	
	c.
	As comunidades tribais não levam em consideração a passagem do tempo, pois são sociedades sem história. 
	
	d.
	Temporalidade é uma concepção a-histórica sendo, portanto, idêntica em sociedades primitivas.  
	
	e.
	A temporalidade é condicionada por fatores naturais, daí sua semelhança em distintas sociedades.    
1 pontos   
PERGUNTA 3
1. Segundo Antoine Prost (2008), os conceitos formam redes. Na prática, isso significa que alguns conceitos só podem ser compreendidos a partir de outros, que estão diretamente relacionados com o primeiro. De acordo com o autor:
“O conceito de fascismo só adquire sentido em uma rede conceitual, que compreende conceitos como democracia, liberdades, direitos humanos, totalitarismo, ditadura, classe, nação, racismo, etc”.Fonte: PROST, A. Doze lições sobre a História. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 124.
Com base no exemplo, leia as opções abaixo e selecione aquela que define, de forma mais clara, a rede conceitual de tempo para o historiador.
	
	a.
	Tempo – longo; curto; elástico; relativo; eterno. 
	
	b.
	Tempo – ideia; noção; categoria; pensamento; análise
	
	c.
	Tempo – sucessão; cronologia; duração; processo; temporalidades.
	
	d.
	 Tempo – espaço; Historicidade; memória; lugar; vivência.
	
	e.
	Tempo – físico; psicológico; histórico; religioso; cronológico.
1 pontos   
PERGUNTA 4
1. 
Existem diferentes formas de conceber o tempo: o passado, o presente e o futuro. A imagem abaixo representa o tempo da tradição judaico-cristã. Observe:
Figura - Linha do tempo judaico-cristã.
Fonte: BARROS, J. A. O tempo dos historiadores. Petrópolis: Editora Vozes, 2013. p. 65. Disponível na biblioteca virtual da Laureate:<https://eadlaureate.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788532646712>. Acesso em: 01/02/2018.
Como você pode notar, a imagem representa uma seta indicando para o futuro. O tempo se inicia com a criação e termina com o juízo final. Os eventos ficam entre o passado e o presente. O futuro, por sua vez, parece desconhecido.
Com base nessa linha do tempo e nos seus conhecimentos acerca das diferentes temporalidades, selecione a opção correta. 
	
	a.
	O tempo da tradição judaico-cristã é escatológico e sincrônico, porque o passado e o presente são representados como simultâneos. Essa concepção de sincronia foi substituída, com a modernidade, pela diacronia.
	
	b.
	O tempo da tradição judaico-cristã é linear e racional. O juízo final, nessa concepção, corresponde à vitória da razão e, portanto, ao fim do tempo. Ela prevaleceu, sem mudanças, até 1989, com o fim da Guerra Fria. 
	
	c.
	O tempo da tradição-judaico-cristã é linear e progressista, porque, no juízo final, todos os homens e mulheres alcançarão a liberdade. Essa noção progressista é válida ainda hoje e pode ser observada, por exemplo, nos avanços tecnológicos.
	
	d.
	O tempo da tradição judaico-cristã é cíclico, porque depois do juízo final, a criação se repete. Essa concepção mítica foi abandonada no decorrer da modernidade, quando a ideia de progresso e linearidade do tempo se tornou mais comum. 
	
	e.
	O tempo da tradição judaico-cristã é linear e escatológico. Essa noção de linearidade é bastante presente nas concepções ocidentais de tempo, uma vez que a própria história do Ocidente foi fortemente influenciada pela tradição judaico-cristã.
1 pontos   
PERGUNTA 5
1. O historiador Marcos está escrevendo um livro sobre a história de sua cidade, Santa Isabel do Rio Negro, no interior do Amazonas. Em suas pesquisas, ele chegou a alguns dados importantes:
1695: chegada de religiosos de outras congregações com a finalidade de catequizar os índios.
1728: é fundada a Missão de Nossa Senhora da Conceição de Mariuá, berço da atual cidade de Barcelos.
1760: se estabelece um destacamento militar e, em seguida, constrói-se um forte no local onde hoje é a cidade de São Gabriel da Cachoeira.
1931: é definitivamente restaurado o município de Barcelos e a região do atual município de Santa Isabel do Rio Negro integra seu território.
1956: é criado o Município de Santa Isabel do Rio Negro, com sede na vila antigamente chamada Ilha Grande.
1968: o município é enquadrado como Área de Segurança Nacional.
1981: Santa Isabel do Rio Negro perde parte de seu território em favor do novo município de Bittencourt.
Fonte: IBGE. Amazonas. Santa Isabel do Rio Negro. Histórico. Disponível em:<https://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?codmun=130360>. Acesso em: 02/02/2018.
Com base nessas informações, Marcos chega a algumas conclusões sobrea história da cidade. Escolha a opção correta.
	
	a.
	Seria possível dizer que todos os eventos mencionados na linha do tempo compõem um único período histórico, pois há uma clara coerência entre eles, sem indícios de mudanças significativas.
	
	b.
	Do ponto de vista da História, o marco mais importante é a criação do município, em 1956. Os eventos que aconteceram antes dessa data não guardam relação direta com a história de Santa Isabel do Rio Negro.
	
	c.
	Os dados da linha do tempo indicam que a presença de religiosos na cidade de Santa Isabel do Rio Negro é uma permanência. Nesse sentido, seria interessante tomar a religiosidade como fio condutor da narrativa. 
	
	d.
	As datas se referem a marcos históricos, ou seja, momentos de mudanças significativas na história de Santa Isabel do Rio Negro. Seguindo por essa perspectiva, o historiador estaria optando por uma análise diacrônica da história da cidade. 
	
	e.
	A falta de dados sobre o século XIX revela que a região “parou no tempo” durante esse período. Por isso, o ideal é não tratar com esse período na análise da história de Santa Isabel do Rio Negro.
1 pontos   
PERGUNTA 6
1. À medida que a prática historiográfica avança em direção à historiografia científica do período moderno – passando antes pelas experiências historiográficas da Antiguidade, Idade Média e primeira modernidade – a necessidade de definir a História nos termos de suarelação específica com o tempo vai se reconfigurando como uma questão de primeira ordem.
Diante disso, analise os seguintes itens, referentes ao ofício do historiador.
I) O historiador deve partir dos questionamentos do presente para refletir sobre o passado.
II) Passado e presente estão em constante interação, por isso é importante para o historiador refletir sobre ambos.
III) Para o historiador, o presente não tem nenhuma ligação com o passado.
IV) O historiador problematiza a passagem do tempo, questionando diferentes momentos da história.
É correto apenas o que se afirma em:
	
	a.
	I, II e IV
	
	b.
	II e IV
	
	c.
	II e III
	
	d.
	I e III   
	
	e.
	I e II
1 pontos   
PERGUNTA 7
1. A Literatura está intimamente ligada à construção dos conceitos históricos. Com o olhar do poeta é possível compreender determinados aspectos essenciais para a conceituação da história. Observe duas estrofes do poema de Álvaro Campo (Heterónimo de Fernando Pessoa). 
Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, 
Eu era feliz e ninguém estava morto. 
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, 
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
(...)
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... 
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, 
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado, 
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, 
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Com o auxílio das observações de Fernando Pessoa, julgue os seguintes itens, referentes ao conceito de História e ao ofício do historiador.
I) É possível com o olhar do historiador perceber um acontecimento, geralmente considerado como significativo para alguma sociedade;
II) A reconstrução do passado, exatamente como ocorreu, com as datas exatas que fazem os historiadores, logo, é possível  determinar o ano e dia do poema com uma análise dos itens postos nele;
III) A ideia do passado é continuamente reescrito, definido como a segunda parte do tempo, com expectativas e incertezas do acontecimento expostos no poema;
IV) O conhecimento do historiador se organiza por marcações do tempo, cabe a ele problematizar a passagem do tempo, questionar como diferentes momentos da história lidaram com presente. 
É correto apenas o que se afirma em:
	
	a.
	I e II
	
	b.
	III e IV
	
	c.
	I e IV
	
	d.
	II e III
	
	e.
	II e IV   
1 pontos   
PERGUNTA 8
1. A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 79. (Adaptado).
Sobre as fontes históricas, com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA. 
	
	a.
	A afirmação do texto resume a recente concepção historiográfica sobre as fontes históricas, impulsionada pela Escola do Annales. 
	
	b.
	O pensamento marxista suprimiu o uso de fontes escritas nas pesquisas históricas.    
	
	c.
	 Os instrumentos fabricados pelo homem se enquadram como registros arqueológicos e não como fontes para o historiador.   
	
	d.
	Marc Bloch, no texto, defende a preferência pelas fontes escritas.   
	
	e.
	A escola positivista foi a primeira a utilizar a história oral.    
1 pontos   
PERGUNTA 9
1. Alguns historiadores afirmam que a História começou quando a humanidade concebeu a escrita. Nessa concepção, o período anterior à criação da escrita é chamado de Pré-História. Sobre esse tema assinale a alternativa correta. 
	
	a.
	Esta concepção não encontra qualquer contestação dos grandes historiadores, pois ela é uma prova indiscutível de que todas as culturas evoluem pela a escrita.
	
	b.
	A história e a Pré-História só podem se distinguir pelo critério da escrita. Por isso, os historiadores que não concordam com esse critério estão aprisionados a uma concepção evolucionista da História. 
	
	c.
	A escrita não pode ser concebida como critério para distinguir a História da Pré-História, pois o aspecto religioso é considerado um critério primordial. 
	
	d.
	Os poucos historiadores que defendem a escrita como critério são os ingleses, devido à influência da filosofia iluminista.
	
	e.
	Os historiadores que defendem a escrita como único critério que diferencia a História da Pré-História reafirmam a concepção positivista da História.
1 pontos   
PERGUNTA 10
1. Observe o documento abaixo, extraído, em seu texto original, do Correio Braziliense, em 1808.
“Ninguem mais util pois do que aquelle que se destine a mostrar, com evidencia, os acontecimentos do presente, e desenvolver as sombras do fucturo. Tal tem sido o trabalho dos redactores das folhas publicas, quando estes, munidos de uma critica saã, e de uma censura adequada, represêntam os factos do momento, as reflexoens sobre o passado, e assoldidas [sic] conjecturas sobre o futuro.[...] Neste folheto se viam os factos, taes quaes a verdade os devia pintar, e deta obra interessante se valeo, ao depois, o Conde de Ericeira, para escrever a história da acclamaçaõ com tanta censura, e acertada a critica, como fez”.
Fonte: Acervo da Biblioteca Nacional. Correio Braziliense: Ou Armazem Literario [Londres, ING] - 1808 a 1822. Disponível em:<http://memoria.bn.br/DocReader/700142/3>. Acesso em: 05/02/2018.
Grifamos, no trecho do documento, duas aparições da palavra censura.
Pelo contexto, é possível perceber o sentido em que o conceito está sendo utilizado. Com base em suas observações e no que aprendeu sobre os conceitos, selecione a opção correta. 
	
	a.
	Ao que parece, o conceito de censura está sendo utilizado de modo equivocado pelo autor do trecho. No documento, a palavra é usada em um sentido positivo quando, na verdade, sua conotação é negativa, pois significa proibição.
	
	b.
	Ao que parece, a palavra censura se refere a diferentes conceitos, conforme fica explícito no documento. Para fazer a análise do documento, será preciso recorrer a um dicionário e verificar qual é o verdadeiro sentido do termo. 
	
	c.
	Ao que parece, o conceito de censura está sendo utilizado no documento do mesmo modo como comumente o utilizamos hoje em dia. Ao falar de “censura adequada”, o autor está se referindo aos cortes de conteúdo feitos nas folhas públicas em questão.
	
	d.
	Ao que parece, a palavra censura não pode ser chamada de conceito, pois tem vários significados. O ideal seria afirmar que censura é uma categoria, uma vez que seu conceito passou por transformações.
	
	e.
	Ao que parece, o conceito de censura, no início do século XIX, era diferente do modo como comumente utilizamos hoje em dia. Isso acontece porque os conceitos também têm uma história e podem mudar no decorrer do tempo.
1 pontos   
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