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Sistema reprodutor feminino é formado pelo útero, vestíbulo da vagina, tubas uterinas. O sistema urinário, bexiga e uretra. Sendo que o sistema reprodutor e urinário feminino, se abrem em regiões diferentes. Já no sistema reprodutor masculino, tem próstata, bulbo uretral, testículo, epidídimo. Sendo que diferente da mulher, o homem tem os dois sistemas com a mesma região, saindo a urina e os espermatozoides. Portanto, de onde que vem o sistema urogenital? Ele vem do mesoderma intermediário. Se fizer um corte transversal no embrião, vai encontrar os somitos se desenvolvendo de mesoderma paraxial e entre os somitos e o mesoderma lateral, tem o mesoderma intermediário. Logo, a massa em roxo, que está na imagem a seguir, que irá se diferenciar em trato urinário e genital. Se fizer o corte e olhar o embrião do corte transverso, encontra a seguinte figura, que representa: azul escuro = tubo neural, amarelo = intestino se formando, fazendo conexão com a vesícula umbilical ou saco vitelino. Lateralmente tem o mesoderma intermediário que forma duas estruturas, devido a um espessamento do mesoderma intermediário. Como que ele se expressa? As células do mesoderma intermediário começam a se proliferar, formando duas regiões especificas nesse mesoderma, sendo a crista gonadal, que dá origem as gônadas, e o cordão nefrogênico, que vai formar parte do sistema urinário. Logo, essas estruturas são vizinhas, se desenvolvem em uma intimidade muito grande uma com a outra. Na região mais lateral do cordão nefrogênico, tem dois buraquinhos, que são chamados de ductos paramesonéfrico (perto do celoma) e o outro é o ducto mesonéfrico (mais interno). Lembrando da aula de gametogênese, foi visto que as células germinativas tem origem extraembrionário e que vêm da parede do saco vitelino. Então essas células germinativas, que são iguais tanto em machos e fêmeas, migram pela parede do intestino e vão povoar a crista gonadal (parte verde) que é a região que vai se diferenciar em gônada. Em contra partida, tem o cordão nefrogênico, vai ter ducto mesonéfrico e o paramesonéfrico. O que tem do sistema reprodutor? Sabe que no momento da fertilização, tem o estabelecimento do genótipo sexual, podendo ser XX ou XY, dependendo do cromossomo sexual que o espermatozoide carrega ao fertilizar. A determinação do genótipo sexual é o que vai que diferenciar a gônada. Essas gônadas, uma vez diferenciadas, serão responsáveis pelo desenvolvimento pelos órgãos reprodutores internos e genitália externa. Porém, as atribuições genotípica, gonadal e genotípica de sexo podem ser discordantes. Por exemplo, pode ter um indivíduo XY, mas o desenvolvimento dos órgãos internos e externos se apresentem como um individuo XX. O sistema reprodutor terá um período considerado como indiferenciado, sendo homem ou mulher. Logo, no início, são iguais. Sabendo apenas quando se diferencia. Quando faz um corte transversal no feto, há região amarela (gordinha) é a da crista gonadal e os pontinhos pretos são as células germinativas primordiais que estão chegando no local. Em roxo claro tem o ducto mesonéfrico e em verde, o paramesonéfrico. Então, como que acontece o inicio do desenvolvimento do sistema reprodutor? Entre o 5-6º semana de desenvolvimento as células germinativas primordiais vão migrar para a região adjacente ao epitélio celômico. O que seria esse epitélio celômico? É o epitélio que reveste o celoma, lembrando que o celoma é o espaço dentro do nosso corpo, já visto na organogênese. Então com a chegada das células germinativas primordiais as células do epitélio começam a se proliferar, se dividindo, formando uma região chamada de crista genital. O epitélio celômico, que prolifera, dá origem as células que são chamadas de células somáticas de sustentação. Essas células somáticas de sustentação não são células germinativas, não formam gametas, mas são importantes para a sustentação das células gaméticas que estão chegando. Portanto, resumindo, com a chegada das células germinativas primordiais na gônada de desenvolvimento, esse epitélio se prolifera e da origem a célula somática de sustentação. Essas células somáticas de sustentação são proliferadas e envolvem as células germinativas primordiais. A parte laranja são as células somáticas de sustentação que se originam do epitélio celômico, que vai migrar e vão abraçar cada uma das células germinativas que estão chegando. É importante frisar que as células somáticas de sustentação são fundamentais para que as CGP sobrevivam, que caso elas não sobrevivam, elas não fazem a diferenciação da gônada. Então, a partir da 6ª semana de desenvolvimento vai ter a formação dos ductos paramesonéfricos. O que vai tá acontecendo? As CGP estão migrando para a região da gônada, as células do epitélio proliferam e envolvem as células germinativas. Essas células que proliferam são chamadas de células somáticas de sustentação. Ao mesmo tempo há a formação do ducto paramesonéfrico, que são pares laterais aos ductos mesonéfricos, formados pela invaginação do epitélio celômico. Logo, em uma região se prolifera e forma as células de sustentação, outra região ele invagina e forma o ducto paramesonéfrico. Logo, tanto em homem quanto mulher, as células migram para a gônada, há formação de ductos paramesonéfricos, que são abertos em uma região mais cranial e na região mais caudal, se funde um com o outro. O ducto mesonéfrico é formado na 4ª semana de desenvolvimento e está responsável pra formar um dos rins que são formados no sistema urinário. Então, todos os indivíduos, sejam XX ou XY, possuem células de desenvolvimento, com células de sustentação, ducto mesonéfrico e paramesonéfrico. Logo, no corte transversal, tem a crista gonadal se formando. A parte rosa, mais gordinho, é a região do epitélio celômico que se proliferou, ele prolifera em resposta a CGP, daí surge as células somáticas de sustentação que vão envolver essas células germinativas. O ducto paramesonéfrico, que foi formado pela invaginação do epitélio celômico. E tem o ducto mesonéfrico, que foram formados pela diferenciação do mesoderma intermediário. Portanto, o sistema reprodutor masculino e feminino, no início do desenvolvimento embrionário, são indistinguíveis pela aparência. Porque no início, os dois tem células germinativas, células somáticas de sustentação que envolvem as células germinativas, tem os ductos mesonéfricos e os ductos paramesonéfricos. Logo, chama de estágio indiferenciado, fase ambissexual ou bipotencial do desenvolvimento sexual. Sabendo o sexo apenas depois da 7ª semana de desenvolvimento. As gônadas são derivadas de três fontes embrionárias: 1. O epitélio celômico que reveste a crista genital 2. O mesênquima subjacente ao mesotélio. 3. CGP (gonócitos). Como que vai acontecer a diferenciação dessa gônada? Há um gene no cromossomo Y, sendo chamado de RSY, ele está no braço curto do cromossomo Y. Esse gene codifica uma proteína que é o fator determinante testicular (FDT). Logo, esse fator determinante testicular é um fator de transcrição que é codificando pelo SRY, que vai controlar essa cascata de eventos que coordenam o desenvolvimento masculino. Isso se chama de determinação sexual primária, sendo a primeira manifestação de diferenciação sexual que a gente consegue observar. E o que o RSY faz? No início, as células de sustentação e as células germinativas têm um arranjo um pouco desorganizado no inicio do desenvolvimento. Com a participação do fator determinante testicular, elas se organizam em um padrão testicular, se organizando em cordões seminíferos, aonde célula germinativa fica envolvida pelas células de sustentação e formam essas estruturas que sãoos cordões. A partir da 7ª semana, as células somáticas de sustentação, começam a expressar o gene SRY e começa a produzir FDT (fator determinante testicular). Esse fator vai ser responsável para que a célula somática de sustentação, se diferencie em célula de Sertoli. Essa célula de Sertoli, ao envolver as células germinativas, vão formar cordões testiculares que são as estruturas que precedem os túbulos seminíferos, onde acontece a gametogênese masculina. Durante a puberdade, esses cordões testiculares irão sofrer uma canalização, aparecendo uma luz, porque antes da puberdade é um cordão maciço. Daí as células se organizam formando o túbulo seminífero e formam a produção de espermatozoide. Resumindo, a parte interna da gônada é desprovida de células germinativas, então as células de sustentação se diferenciam em célula de Sertoli e forma uma região de rede testicular, que conecta os túbulos seminíferos ao epidídimo. Posteriormente, o epitélio celômico que tá revestindo essa gônada, é separado por cordões testiculares pela túnica albugínea. Então bem na casca, forma uma túnica albugínea, sendo um tecido conjuntivo denso, que vai revestir externamente a gônada masculina. Células somáticas de sustentação, expressa FDT que diferencia em célula de Sertoli, que abraça células germinativas e ao interagir com as células germinativas, fazem a diferenciação em espermatogônias. Daí formam os cordões testiculares, esses cordões na puberdade, começam espermatogênese e vão sofrer um processo de canalização e vai formar os canais que são os túbulos seminíferos. Então, na imagem a seguir, mostra a diferença das duas estruturas da gônada masculina. A primeira, antes da puberdade, tendo espermatogônias e células de Sertoli e um cordão testicular, que não possui luz. Na outra imagem, direita, já é depois da puberdade, onde encontra os túbulos seminíferos, sendo estruturas arredondadas, que tem luz e espermatozoides sendo formados. Então, o que aconteceu na gônada masculina? O gene SRY, no cromossomo Y da célula somática de sustentação, produzem fator determinante testicular ou proteína SRY. Esse FDT induz as células somáticas de sustentação a se diferenciarem em célula de Sertoli. Essa célula de Sertoli por sua vez, vai envolver as células germinativas primordiais, fazendo com que ela se diferencie em espermatogônia. As células de Sertoli associadas as CGPs, formam os cordões testiculares. Qual a diferença de espermatogônia e ovogônia? A ovogônia, vai se diferenciar em ovócito primário e já vai entrar na meiose I. Já a espermatogônia tem fatores ambientais dentro da gônada em desenvolvimento, que inibe ela de entrar na meiose, que entra apenas na puberdade. A célula de Sertoli também forma a rede testicular que é uma região desprovida de células germinativas que comunicam os túbulos seminíferos com o epidídimo. Além disso tudo, a célula de Sertoli vai recrutar as células mesenquimais para formação de células endoteliais que vai fazer a vascularização da gônada. Além disso, as células mesenquimais estão diretamente relacionadas com a diferenciação de células de Leydig, que produzem testosterona. Portanto, observa-se que tudo começa a partir do fator determinante testicular. Ele vai fazer a célula de sustentação se diferencie em Sertoli. A Sertoli vai fazer com que a célula germinativa primordial se diferencie em espermatogônia, vai formar os cordões testiculares que posteriormente formam os túbulos seminíferos e vai recrutar a célula de Leydig que produz testosterona. Se tiver qualquer falha na produção desse fator determinante testicular, toda essa cascata fica prejudicada. Na mulher, não tem o cromossomo Y, então não tem SRY, logo, não tem o fator determinante testicular. Então o que acontece? As células de sustentação não se diferenciam em células de Sertoli, porque elas não produzem FDT. O que elas fazem? As células de sustentação envolvem as células germinativas primordiais, como não tem influencia do FDT das células de sustentação, as células germinativas se diferenciam em ovogônias e, posteriormente, em ovócitos primários. Os ovócitos primários entram na meiose I e aí, eles estimulam as células de sustentação, a se diferenciarem em células foliculares, para formar os folículos ovarinos. Logo, o mecanismo é diferente, isso porque tem as células germinativas primordiais envolvidas pelas células de sustentação e tem a formação de folículos. Então no sistema reprodutor masculino, tinha FDT, formava células de Sertoli que envolvia as células germinativas e se diferenciava em espermatogônia. No caso do desenvolvimento feminino, não tem FDT, logo não tem Sertoli. As células germinativas se diferenciam em ovogônia, que entra na meiose, forma o ovócito primário e esse ovócito que vai interagir com as células somáticas de sustentação que se diferencia, formando as células foliculares, e assim, tem a formação dos folículos ovarianos. Os folículos vão se localizar principalmente em uma região que é chamada de córtex do ovário. Esses folículos permanecem na porção cortical e o centro miolinho desse ovário, chama de região medular, que vai estar presente os vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo. Então, tem progressão da meiose, tem recrutamento de células endoteliais, tem recrutamento da célula da TECA, sendo importantes para produzir hormônio e faz parte do folículo. O sistema reprodutor feminino tem início só após a 12ª semana de desenvolvimento. Então, demora um pouco mais pra se diferenciar. Por isso, precisa de um tempo pra saber o sexo do bebê. Os ductos vão se desenvolver com a influência da gônada que está se formando. No caso do desenvolvimento da gônada masculina, há formação das células de Leydig, que vai produzir testosterona. Essa testosterona é fundamental para a formação dos ductos no homem. Nas mulheres, como que não tem testosterona, os ductos se comportam de outra forma. Durante a fase indiferenciada, ambos os sexos possuem um par de ductos mesonéfricos e um par de ductos paramesonéfricos. Os ductos mesonéfricos surgem mais cedo, durante o desenvolvimento do rim primitivo, sendo importante para o sistema reprodutor masculino, ocorrendo na 4ª semana de desenvolvimento. Já os ductos paramesonéfricos, irá se desenvolver lateralmente às gônadas e aos ductos mesonéfricos, a partir da invaginação do epitélio celômico, na 6ª semana de desenvolvimento. O paramesonéfricos é aberto na região cranial e se funde na região caudal. Já o mesonéfricos é fechado na extremidade cranial e se abre na região da cloaca, que vai se desenvolver na futura bexiga. O paramesonéfrico desenvolve a tuba uterina na mulher. Observa-se que no desenvolvimento no homem, só tem a persistência do mesonéfrico, isso porque no homem tem o FDT que faz com que a célula somática de sustentação de diferencie em célula de Sertoli. Sertoli por sua vez, secreta um hormônio sendo chamado de anti-mulleriano (anti ducto de muller = paramesonéfrico). Logo, esse hormônio faz com que o paramesonéfrico regrida, acontecendo entre a 8-10ª semana. Ao mesmo tempo, tem essas células de Sertoli que recruta as células mesenquimais, que se diferencia em células de Leydig, produzindo testosterona. Ai, essa testosterona, assegura o desenvolvimento dos ductos mesonéfricos em se diferenciar em ductos eferentes, epidídimo, ducto deferente e glândula seminal Por volta da 10ª semana, há formação das glândulas sexuais acessórias masculinas. Tendo a: • Vesícula seminal que brotam do ducto deferente (derivado do ducto mesonéfrico), próximo a uretra. • A próstata se desenvolve a partir da evaginação da uretra, sob influência da di- hidrotestosterona • Glândulas bulbouretrais, brotam a partir dauretra, abaixo da próstata, sob influência da di- hidrotestosterona. Di-hidrotestosterona é como se fosse prima da testosterona. Isso porque a testosterona é convertida pela 5alfa-redutase, se transformando em di- hidrotestosterona. Não tem os FDT, Sertoli e Leydig. Como não tem testosterona, tem a regressão do ducto mesonéfricos. Em contrapartida, como não tem Sertoli, não tem o hormônio anti mulleriano, o ducto paramesonéfrico irá de desenvolver. A extremidade cranial do ducto paramesonéfrico origina o infundíbulo da tuba uterina. Porções craniais não fundidas formam as tubas uterinas. Porções caudais fundidas formam canal/primórdio uterovaginal → útero e porção superior da vagina. As tubas uterinas se desenvolvem a partir das porções não fusionadas dos ductos paramesonéfricos. Ductos paramesonéfricos se fundem, formando o primórdio útero vaginal. Ele basicamente está aderido à região da cloaca, que vai se diferenciar na bexiga. Então o que acontece? O contato do primórdio útero vaginal nessa região da futura bexiga, vai fazer com que ela se espesse e forme uma placa vaginal. Posteriormente, elas se fundem e tem a canalização dessa estrutura, formando a vagina. A membrana que permanece, é o hímen, sendo a membrana que obstrui parcialmente a entrada da vagina. Logo, ela é formada pelo primórdio útero vaginal e a parte mais inferior dela, é formada a partir da cloaca, a partir da região do seio urogenital, sendo oriundo da cloaca. • Porção distal da vagina → Derivada do seio urogenital • Porção distal da vagina → Derivada das porções caudais persistentes do ducto mesonéfrico • Toda a vagina é derivada da porção caudal fundida do ducto paramesonéfrico No inicio do desenvolvimento embrionário, tem a cloaca. Então, é uma região comum ao sistema urinário digestório. O que acontece? Com o desenvolvimento embrionário, tem um tecido que é conhecido com septo urorretal, que é um tecido conjuntivo que cresce em direção a cloaca e vai separar a cloaca em duas estruturas. A região de cima, chama de seio urogenital, a região de baixo, chama de reto. Na mulher, ocorre o seio urogenital, que se diferencia na bexiga, que se abre e vai para o meio externo e o reto. No homem, tem a bexiga, a uretra se abrindo na porção do pênis e tem o reto. Qual a diferença da genitália externa masculina e feminina? No homem há o desenvolvimento do pênis e escroto. Mulher, há clitóris, grandes e pequenos lábios. A abertura da uretra do homem, é reprodutor e urinário no homem, da mulher, é separado. No inicio do desenvolvimento é igual para homens e mulheres, o mesoderma que fica próximo a abertura desse seio urogenital (região fálica), vai proliferar e vai formar uma estrutura chamada de tubérculo genital. Tanto homens, quanto mulheres, vai proliferar o mesoderma e formar o tubérculo genital. Vai ter a abertura da uretra, que forma a placa uretral. Então a genitália externa masculina e feminina, são idênticas no inicio do desenvolvimento. Ambas possuem o tubérculo genital que cresce e forma a estrutura de falo primordial. Todos os indivíduos terão a abertura da placa uretral e ainda tem o crescimento de duas saliências, a primeira mais interna, que fica de volta da placa uretral, chama-se de prega urogenital, a segunda é chamada de saliência labioescrotal. A partir da influência de hormônio, elas irão se diferenciar. Como que a masculina se diferencia? A região da placa uretral vai invaginar e se fechar, formando a uretra do pênis. O falo primordial se alonga, formando o corpo e glande do pênis, isso dependente de di- hidrotestosterona. As pregas uretrais formam a uretra peniana, delimitando o canal. A saliência lábio escrotal, se fundem na linha média e formam o escroto, sendo também dependente da di- hidrotestosterona. Na mulher, não tem testosterona e nem DHT. Então o que ocorre? O falo não se alonga e forma o clitóris. A região da placa uretral forma o vestíbulo da vagina. A saliência lábio escrotais não se fundem e formam os grandes lábios e as pregas uretrais não se fundem e formam os pequenos lábios. Durante o desenvolvimento gonadal, elas estavam se formando na crista, depois elas vão perdendo a associação com a parede do corpo do embrião, ficando suspensas na cavidade abdominal. • Ligamento suspensor cranial: porção cranial da gônada e diafragma. • Gubernáculo: porção caudal da gônada e assoalho perineal. Importante porque direciona a descida testicular ao escroto. Com a presença da DHT, terá encurtamento desse gubernáculo, terá a progressão da parede abdominal para a região do escroto e terá a descida testicular. Ou seja, terá o encurtamento do gubernáculo, terá o processo vaginal, tendo a invaginação e tem a formação do canal inguinal, que acontece uma evaginação em direção ao escroto da parede abdominal. Logo, tem varias camadas da parede abdominal que vai em direção ao escroto. ➔ Gubernáculo: ligamento caudal que conecta o testículo ao escroto ➔ Processo vaginal: evaginação do peritônio, ventral ao gubernáculo. ➔ Canal inguinal: evaginação da parede abdominal formado em resposta ao crescimento do processo vaginal. Os canais inguinais foram vias pelas quais os testículos descem de sua posição abdominal para o escroto. Na mulher, não tem o DHT e o gubernáculo tem o desenvolvimento mais precário, formando o ligamento redondo do útero e o do ovário. Já o canal inguinal é obliterado, porque o ovário não desce em direção para fora do corpo. Criptorquidia é quando há falha na descida e um ou ambos os testículos para o escroto, ficando retido, principalmente na cavidade abdominal. Se até os 6 meses de idade não foi corrigido, a cirurgia realizada é chamada de orquipexia. Deve fazer a correção pois há risco de câncer e infertilidade, se passar de 2 anos de idade. No testículo precisa da DTH e Insl- 3, que guiam a decida. Na mulher, há presença do estradiol que inibe a Insl-3. Síndrome do ducto paramesonéfrico persistente: São indivíduos masculinos que não involuiu o paramesonéfrico. Podendo ocorrer mutações no gene AMH ou no receptor AMH, e se não tem o AMH fazendo efeito, tem a persistência do paramesonéfrico. Podem desenvolver vagina, útero e tubas uterinas. Ao mesmo tempo, pode ter a presença de epidídimo, ductos deferentes e genitália externa masculina. O testículo não desce pro escroto, fica em uma posição como se fosse o ovário. Hipospadia: falha na fusão das pregas uretrais e aí, a uretra se abre em local diferente da extremidade da glande. Comum em transtorno de desenvolvimento sexual com deficiência androgênica. Podendo ter abertura na glande, no pênis, penoescrotal e na região perineal. Agenesia da genitália externa: Ausência de pênis ou clitóris. Falha do tubérculo genital em se desenvolver. A uretra se abre no períneo, próximo ao ânus. Malformações uterinas e vaginais: como o útero e a parte inicial da vagina cranial ocorre através da fusão paramesonéfrico, se tem alteração na fusão desse paramesonéfrico, tem alteração na formação do útero. Maior taxa de aborto espontâneo, parto prematuro e problemas no parto. Anormalidade do hímen: Quando as gônadas e cromossomos sexuais são discordantes com as características sexuais secundárias. Podendo ser resultante das mutações em cromossomos sexuais e autossomos. Síndrome da insensibilidade ao andrógeno: Acontecesse quando o sistema reprodutor produz o andrógeno, mas não tem o receptor. Ou seja, os receptores de andrógenos não são funcionais ou são ausentes. São organismos masculinos, mas tem o fenótipo feminino. Exemplo: uma mulher que desenvolveu características femininas, mas se observar a parte genética, vai ter 46, XY. Por que que desenvolveu as características femininas? Porque a testosteronanão fez o papel no seu desenvolvimento. A vagina em fundo cego pode ser formada e há presença de testículos, pois há produção de AMH. Genitais eternas femininas/ambíguas. Síndrome de Swyer: síndrome na mutação no gene SRY. Ou seja, a pessoa é XY, mas é como se não fosse pra o desenvolvimento sexual, não fazendo cascata de diferenciação. Disgenesia gonadal total, é fenotipicamente feminina. Há reposição hormonal com estradiol e progesterona, pode desenvolver características femininas. Desenvolvimento de características sexuais secundárias e ciclo menstrual. Possibilidade de gestação (transferência de embrião), porque essa síndrome não desenvolveu testosterona, não produziu o AMH, logo, há formação de útero e de vagina. O organismo XX, se for exposto a níveis elevados de esteroides sexuais durante o desenvolvimento, pode ter o órgão reprodutor alterado. Podendo ter hipertrofia do clitóris Exemplo: hiperplasia congênita da adrenal: pode atrapalhar a separação da uretra e vagina. Em crianças que possuem a hiperplasia, pode ter uma abertura urogenital. Instalação da puberdade: Elevados níveis de testosterona em homens, já em mulheres o estradiol. Lá no hipotálamo há neurônios que produzem um hormônio, GnRH, que atua na hipófise e a hipófise libera FSH E LG, que atua nas gônadas. Na gônada masculina a testosterona e na feminina o estradiol. Existe uma condição chamada de hipogonadismo, quando as gônadas falham na produção de hormônios esteroides sexuais. Logo, no homem não há produção de testosterona e na mulher, não há produção de estradiol. Hipogonadismo primário: a gônada não responde aos estímulos hormonais do SNC. Então tem o GnRh que estimula a produção de FSH e LH, só que quando chega na gônada, essas gônadas não respondem aos estímulos hormonais do SNC. É comum na síndrome de Klinefelter, sendo uma síndrome genética em indivíduos masculinos, que por não produzir a testosterona em grande quantidade, pode ter azoospermia (não desenvolve espermatozoide) /oligospermia, ginecomastia (crescimento de mama). E a síndrome de Turner, quando há uma baixa produção de estrogênio, tendo deficiência de desenvolvimento das características sexuais secundarias e baixa estatura e pescoço alado. Quando chega a puberdade e a pessoa não desenvolve características sexuais secundarias, como que sabe que o hipogonadismo dela é chamada de primário? Porque se faz um exame de sangue no paciente, encontra altos níveis de FSH e LH e GnRH. Isso porque as gônadas não estão sendo sensibilizadas por esse hormônio, daí o corpo entende que se produzir mais FSH e LH, as gônadas podem responder. Mas não responde, então não tem desenvolvimento das características sexuais. Hipogonadismo secundário: hipotálamo ou hipófise que não produzem os hormônios, ou seja, a gônada não tem estimulo suficiente. Logo, encontra baixos níveis de FSH e LH, GnRH. Encontra na síndrome de Kallmann, tendo deficiência na produção de GnRH. Nesse caso, pode fazer suplementação.
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