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Embriologia do desenvolvimento do sistema reprodutor

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Sistema reprodutor feminino é formado pelo útero, 
vestíbulo da vagina, tubas uterinas. O sistema urinário, 
bexiga e uretra. Sendo que o 
sistema reprodutor e 
urinário feminino, se abrem 
em regiões diferentes. 
Já no sistema reprodutor 
masculino, tem próstata, 
bulbo uretral, testículo, 
epidídimo. Sendo que diferente 
da mulher, o homem tem os 
dois sistemas com a mesma 
região, saindo a urina e os 
espermatozoides. 
Portanto, de onde que vem o sistema urogenital? Ele 
vem do mesoderma intermediário. Se fizer um corte 
transversal no embrião, vai encontrar os somitos se 
desenvolvendo de mesoderma paraxial e entre os 
somitos e o mesoderma lateral, tem o mesoderma 
intermediário. Logo, a massa em roxo, que está na 
imagem a seguir, que irá se diferenciar em trato 
urinário e genital. 
 
Se fizer o corte e olhar o embrião do corte transverso, 
encontra a seguinte figura, que representa: azul escuro 
= tubo neural, 
amarelo = intestino 
se formando, 
fazendo conexão 
com a vesícula 
umbilical ou saco 
vitelino. 
Lateralmente tem o mesoderma intermediário que 
forma duas estruturas, devido a um espessamento do 
mesoderma intermediário. 
Como que ele se expressa? As células do mesoderma 
intermediário começam a se proliferar, formando duas 
regiões especificas nesse mesoderma, sendo a crista 
gonadal, que dá origem as gônadas, e o cordão 
nefrogênico, que vai formar parte do sistema urinário. 
Logo, essas estruturas são vizinhas, se desenvolvem em 
uma intimidade muito grande uma com a outra. 
Na região mais lateral do cordão nefrogênico, tem dois 
buraquinhos, que são chamados de ductos 
paramesonéfrico (perto do celoma) e o outro é o ducto 
mesonéfrico (mais interno). 
 
Lembrando da aula de gametogênese, foi visto que as 
células germinativas tem origem extraembrionário e 
que vêm da parede do saco vitelino. Então essas células 
germinativas, que são iguais tanto em machos e 
fêmeas, migram pela parede do intestino e vão 
povoar a crista gonadal (parte verde) que é a região 
que vai se diferenciar em gônada. Em contra partida, 
tem o cordão nefrogênico, vai ter ducto mesonéfrico 
e o paramesonéfrico. 
O que tem do sistema reprodutor? Sabe que no 
momento da fertilização, tem o estabelecimento do 
genótipo sexual, podendo ser XX ou XY, dependendo 
do cromossomo sexual que o espermatozoide carrega 
ao fertilizar. A determinação do genótipo sexual é o 
que vai que diferenciar a gônada. Essas gônadas, uma 
vez diferenciadas, serão responsáveis pelo 
desenvolvimento pelos órgãos reprodutores internos e 
genitália externa. 
Porém, as atribuições genotípica, gonadal e genotípica 
de sexo podem ser discordantes. Por exemplo, pode 
ter um indivíduo XY, mas o desenvolvimento dos 
órgãos internos e externos se apresentem como um 
individuo XX. 
O sistema reprodutor terá um período considerado 
como indiferenciado, sendo homem ou mulher. Logo, 
no início, são iguais. Sabendo apenas quando se 
diferencia. 
Quando faz um corte transversal no feto, há região 
amarela (gordinha) é a da crista gonadal e os pontinhos 
pretos são as células germinativas primordiais que 
estão chegando no 
local. Em roxo claro 
tem o ducto 
mesonéfrico e em 
verde, o 
paramesonéfrico. 
Então, como que acontece o inicio do 
desenvolvimento do sistema reprodutor? Entre o 5-6º 
semana de desenvolvimento as células germinativas 
primordiais vão migrar para a região adjacente ao 
epitélio celômico. O que seria esse epitélio celômico? 
É o epitélio que reveste o celoma, lembrando que o 
celoma é o espaço dentro do nosso corpo, já visto na 
organogênese. Então com a chegada das células 
germinativas primordiais as células do epitélio 
começam a se proliferar, se dividindo, formando uma 
região chamada de crista genital. 
O epitélio celômico, que prolifera, dá origem as células 
que são chamadas de células somáticas de 
sustentação. Essas células somáticas de sustentação 
não são células germinativas, não formam gametas, 
mas são importantes para a sustentação das células 
gaméticas que estão chegando. 
Portanto, resumindo, com a chegada das células 
germinativas primordiais na gônada de 
desenvolvimento, esse epitélio se prolifera e da origem 
a célula somática de sustentação. Essas células 
somáticas de sustentação são proliferadas e envolvem 
as células germinativas primordiais. 
A parte laranja são as células somáticas de sustentação 
que se originam do epitélio celômico, que vai migrar e 
vão abraçar cada uma das células germinativas que 
estão chegando. É importante frisar que as células 
somáticas de sustentação são fundamentais para que 
as CGP sobrevivam, que caso elas não sobrevivam, elas 
não fazem a diferenciação da gônada. 
Então, a partir da 6ª semana de desenvolvimento vai 
ter a formação dos ductos paramesonéfricos. O que vai 
tá acontecendo? As CGP estão migrando para a região 
da gônada, as células do epitélio proliferam e envolvem 
as células germinativas. Essas células que proliferam 
são chamadas de células somáticas de sustentação. Ao 
mesmo tempo há a formação do ducto 
paramesonéfrico, que são pares laterais aos ductos 
mesonéfricos, formados pela invaginação do epitélio 
celômico. Logo, em uma região se prolifera e forma as 
células de sustentação, outra região ele invagina e 
forma o ducto 
paramesonéfrico. Logo, 
tanto em homem 
quanto mulher, as 
células migram para a 
gônada, há formação de 
ductos 
paramesonéfricos, que 
são abertos em uma 
região mais cranial e na região mais caudal, se funde 
um com o outro. 
O ducto mesonéfrico é formado na 4ª semana de 
desenvolvimento e está responsável pra formar um 
dos rins que são formados no sistema urinário. 
Então, todos os indivíduos, sejam XX ou XY, possuem 
células de desenvolvimento, com células de 
sustentação, ducto mesonéfrico e paramesonéfrico. 
Logo, no corte transversal, tem a crista gonadal se 
formando. A parte rosa, mais gordinho, é a região do 
epitélio celômico que se proliferou, ele prolifera em 
resposta a CGP, daí surge as células somáticas de 
sustentação que vão envolver essas células 
germinativas. 
O ducto paramesonéfrico, que foi formado pela 
invaginação do epitélio celômico. E tem o ducto 
mesonéfrico, que foram formados pela diferenciação 
do mesoderma intermediário. 
Portanto, o sistema reprodutor masculino e feminino, 
no início do desenvolvimento embrionário, são 
indistinguíveis pela aparência. Porque no início, os dois 
tem células germinativas, células somáticas de 
sustentação que envolvem as células germinativas, 
tem os ductos mesonéfricos e os ductos 
paramesonéfricos. Logo, chama de estágio 
indiferenciado, fase ambissexual ou bipotencial do 
desenvolvimento sexual. Sabendo o sexo apenas 
depois da 7ª semana de desenvolvimento. 
As gônadas são derivadas de três fontes embrionárias: 
1. O epitélio celômico que reveste a crista genital 
2. O mesênquima subjacente ao mesotélio. 
3. CGP (gonócitos). 
Como que vai acontecer a diferenciação dessa gônada? 
Há um gene no cromossomo Y, sendo chamado de RSY, 
ele está no braço curto do cromossomo Y. Esse gene 
codifica uma proteína que é o fator determinante 
testicular (FDT). Logo, esse fator determinante 
testicular é um fator de transcrição que é codificando 
pelo SRY, que vai controlar essa cascata de eventos que 
coordenam o desenvolvimento masculino. Isso se 
chama de determinação sexual primária, sendo a 
primeira manifestação de diferenciação sexual que a 
gente consegue observar. 
E o que o RSY faz? No início, as células de sustentação 
e as células germinativas têm um arranjo um pouco 
desorganizado no inicio do desenvolvimento. Com a 
participação do fator determinante testicular, elas se 
organizam em um padrão testicular, se organizando 
em cordões seminíferos, aonde célula germinativa fica 
envolvida pelas células de sustentação e formam essas 
estruturas que sãoos cordões. 
A partir da 7ª semana, as células somáticas de 
sustentação, começam a expressar o gene SRY e 
começa a produzir FDT (fator determinante testicular). 
Esse fator vai ser responsável para que a célula 
somática de sustentação, se diferencie em célula de 
Sertoli. Essa célula de Sertoli, ao envolver as células 
germinativas, vão formar cordões testiculares que são 
as estruturas que precedem os túbulos seminíferos, 
onde acontece a gametogênese masculina. Durante a 
puberdade, esses cordões testiculares irão sofrer uma 
canalização, aparecendo uma luz, porque antes da 
puberdade é um cordão maciço. Daí as células se 
organizam formando o túbulo seminífero e formam a 
produção de espermatozoide. Resumindo, a parte 
interna da gônada é desprovida de células 
germinativas, então as células de sustentação se 
diferenciam em célula de Sertoli e forma uma região 
de rede testicular, que conecta os túbulos seminíferos 
ao epidídimo. 
Posteriormente, o epitélio celômico que tá revestindo 
essa gônada, é separado por cordões testiculares pela 
túnica albugínea. Então bem na casca, forma uma 
túnica albugínea, sendo um tecido conjuntivo denso, 
que vai revestir externamente a gônada masculina. 
Células somáticas de sustentação, expressa FDT que 
diferencia em célula de Sertoli, que abraça células 
germinativas e ao interagir com as células 
germinativas, fazem a diferenciação em 
espermatogônias. Daí formam os cordões 
testiculares, esses cordões na puberdade, começam 
espermatogênese e vão sofrer um processo de 
canalização e vai formar os canais que são os túbulos 
seminíferos. 
Então, na imagem a seguir, mostra a diferença das duas 
estruturas da gônada masculina. A primeira, antes da 
puberdade, tendo espermatogônias e células de Sertoli 
e um cordão testicular, que 
não possui luz. 
Na outra imagem, direita, já é 
depois da puberdade, onde 
encontra os túbulos 
seminíferos, sendo estruturas 
arredondadas, que tem luz e 
espermatozoides sendo 
formados. 
 
Então, o que aconteceu na gônada masculina? O gene 
SRY, no cromossomo Y da célula somática de 
sustentação, produzem fator determinante testicular 
ou proteína SRY. Esse FDT induz as células somáticas de 
sustentação a se diferenciarem em célula de Sertoli. 
Essa célula de Sertoli por sua vez, vai envolver as 
células germinativas primordiais, fazendo com que ela 
se diferencie em espermatogônia. As células de Sertoli 
associadas as CGPs, formam os cordões testiculares. 
 
Qual a diferença de espermatogônia e ovogônia? A 
ovogônia, vai se diferenciar em ovócito primário e já vai 
entrar na meiose I. Já a espermatogônia tem fatores 
ambientais dentro da gônada em desenvolvimento, 
que inibe ela de entrar na meiose, que entra apenas na 
puberdade. 
A célula de Sertoli também forma a rede testicular 
que é uma região desprovida de células germinativas 
que comunicam os túbulos seminíferos com o 
epidídimo. 
Além disso tudo, a célula de Sertoli vai recrutar as 
células mesenquimais para formação de células 
endoteliais que vai fazer a vascularização da gônada. 
Além disso, as células mesenquimais estão 
diretamente relacionadas com a diferenciação de 
células de Leydig, que produzem testosterona. 
Portanto, observa-se que tudo começa a partir do 
fator determinante testicular. Ele vai fazer a célula de 
sustentação se diferencie em Sertoli. A Sertoli vai fazer 
com que a célula germinativa primordial se diferencie 
em espermatogônia, vai formar os cordões testiculares 
que posteriormente formam os túbulos seminíferos e 
vai recrutar a célula de Leydig que produz testosterona. 
Se tiver qualquer falha na produção desse fator 
determinante testicular, toda essa cascata fica 
prejudicada. 
Na mulher, não tem o cromossomo Y, então não tem 
SRY, logo, não tem o fator determinante testicular. 
Então o que acontece? As células de sustentação não 
se diferenciam em células de Sertoli, porque elas não 
produzem FDT. O que elas fazem? As células de 
sustentação envolvem as células germinativas 
primordiais, como não tem influencia do FDT das 
células de sustentação, as células germinativas se 
diferenciam em ovogônias e, posteriormente, em 
ovócitos primários. 
Os ovócitos primários entram na meiose I e aí, eles 
estimulam as células de sustentação, a se 
diferenciarem em células foliculares, para formar os 
folículos ovarinos. 
 
Logo, o mecanismo é diferente, isso porque tem as 
células germinativas primordiais envolvidas pelas 
células de sustentação e tem a formação de folículos. 
Então no sistema reprodutor masculino, tinha FDT, 
formava células de Sertoli que envolvia as células 
germinativas e se diferenciava em espermatogônia. 
No caso do desenvolvimento feminino, não tem FDT, 
logo não tem Sertoli. As células germinativas se 
diferenciam em ovogônia, que entra na meiose, 
forma o ovócito primário e esse ovócito que vai 
interagir com as células somáticas de sustentação que 
se diferencia, formando as células foliculares, e assim, 
tem a formação dos folículos ovarianos. Os folículos 
vão se localizar principalmente em uma região que é 
chamada de córtex do ovário. Esses folículos 
permanecem na porção cortical e o centro miolinho 
desse ovário, chama de região medular, que vai estar 
presente os vasos sanguíneos, nervos e tecido 
conjuntivo. 
Então, tem progressão da meiose, tem recrutamento 
de células endoteliais, tem recrutamento da célula da 
TECA, sendo importantes para produzir hormônio e faz 
parte do folículo. 
O sistema reprodutor feminino tem início só após a 12ª 
semana de desenvolvimento. Então, demora um pouco 
mais pra se diferenciar. Por isso, precisa de um tempo 
pra saber o sexo do bebê. 
Os ductos vão se desenvolver com a influência da 
gônada que está se formando. No caso do 
desenvolvimento da gônada masculina, há formação 
das células de Leydig, que vai produzir testosterona. 
Essa testosterona é fundamental para a formação dos 
ductos no homem. Nas mulheres, como que não tem 
testosterona, os ductos se comportam de outra forma. 
 
Durante a fase indiferenciada, ambos os sexos 
possuem um par de ductos mesonéfricos e um par de 
ductos paramesonéfricos. 
Os ductos mesonéfricos surgem mais cedo, durante o 
desenvolvimento do rim primitivo, sendo importante 
para o sistema reprodutor masculino, ocorrendo na 4ª 
semana de desenvolvimento. 
Já os ductos paramesonéfricos, irá se desenvolver 
lateralmente às gônadas e aos ductos mesonéfricos, a 
partir da invaginação do epitélio celômico, na 6ª 
semana de desenvolvimento. 
O paramesonéfricos é aberto na região cranial e se 
funde na região caudal. Já o mesonéfricos é fechado na 
extremidade cranial e se abre na região da cloaca, que 
vai se desenvolver na futura bexiga. 
O paramesonéfrico desenvolve a tuba uterina na 
mulher. 
Observa-se que no desenvolvimento no homem, só 
tem a persistência do mesonéfrico, isso porque no 
homem tem o FDT que faz com que a célula somática 
de sustentação de diferencie em célula de Sertoli. 
Sertoli por sua vez, secreta um hormônio sendo 
chamado de anti-mulleriano (anti ducto de muller = 
paramesonéfrico). Logo, esse hormônio faz com que o 
paramesonéfrico regrida, acontecendo entre a 8-10ª 
semana. 
Ao mesmo tempo, tem essas células de Sertoli que 
recruta as células mesenquimais, que se diferencia em 
células de Leydig, produzindo testosterona. Ai, essa 
testosterona, assegura o desenvolvimento dos ductos 
mesonéfricos em se diferenciar em ductos eferentes, 
epidídimo, ducto deferente e glândula seminal 
Por volta da 10ª semana, há formação das glândulas 
sexuais acessórias masculinas. Tendo a: 
• Vesícula seminal que brotam do ducto 
deferente (derivado do ducto mesonéfrico), 
próximo a uretra. 
• A próstata se desenvolve a partir da 
evaginação da uretra, sob influência da di-
hidrotestosterona 
• Glândulas bulbouretrais, brotam a partir dauretra, abaixo da próstata, sob influência da di-
hidrotestosterona. 
Di-hidrotestosterona é como se fosse prima da 
testosterona. Isso porque a testosterona é convertida 
pela 5alfa-redutase, se transformando em di-
hidrotestosterona. 
Não tem os FDT, Sertoli e Leydig. Como não tem 
testosterona, tem a regressão do ducto mesonéfricos. 
Em contrapartida, como não tem Sertoli, não tem o 
hormônio anti mulleriano, o ducto paramesonéfrico irá 
de desenvolver. 
A extremidade cranial do ducto paramesonéfrico 
origina o infundíbulo da tuba uterina. Porções craniais 
não fundidas formam as tubas uterinas. Porções 
caudais fundidas formam canal/primórdio uterovaginal 
→ útero e porção superior da vagina. As tubas uterinas 
se desenvolvem a partir das porções não fusionadas 
dos ductos paramesonéfricos. 
Ductos paramesonéfricos se fundem, formando o 
primórdio útero vaginal. Ele basicamente está aderido 
à região da cloaca, que vai se diferenciar na bexiga. 
Então o que acontece? O contato do primórdio útero 
vaginal nessa região da futura bexiga, vai fazer com que 
ela se espesse e forme uma placa vaginal. 
Posteriormente, elas se fundem e tem a canalização 
dessa estrutura, formando a vagina. A membrana que 
permanece, é o hímen, sendo a membrana que obstrui 
parcialmente a entrada da vagina. Logo, ela é formada 
pelo primórdio útero vaginal e a parte mais inferior 
dela, é formada a partir da cloaca, a partir da região do 
seio urogenital, sendo oriundo da cloaca. 
• Porção distal da vagina → Derivada do seio 
urogenital 
• Porção distal da vagina → Derivada das 
porções caudais persistentes do ducto 
mesonéfrico 
• Toda a vagina é derivada da porção caudal 
fundida do ducto paramesonéfrico 
No inicio do desenvolvimento embrionário, tem a 
cloaca. Então, é uma região comum ao sistema urinário 
digestório. O que acontece? Com o desenvolvimento 
embrionário, tem um tecido que é conhecido com 
septo urorretal, que é um tecido conjuntivo que cresce 
em direção a cloaca e vai separar a cloaca em duas 
estruturas. A região de cima, chama de seio urogenital, 
a região de baixo, chama de reto. 
Na mulher, ocorre o seio urogenital, que se diferencia 
na bexiga, que se abre e vai para o meio externo e o 
reto. No homem, tem a bexiga, a uretra se abrindo na 
porção do pênis e tem o reto. Qual a diferença da 
genitália externa masculina e feminina? No homem há 
o desenvolvimento do pênis e escroto. Mulher, há 
clitóris, grandes e pequenos lábios. A abertura da 
uretra do homem, é reprodutor e urinário no homem, 
da mulher, é separado. 
No inicio do desenvolvimento é igual para homens e 
mulheres, o mesoderma que fica próximo a abertura 
desse seio urogenital (região fálica), vai proliferar e vai 
formar uma estrutura chamada de tubérculo genital. 
Tanto homens, quanto mulheres, vai proliferar o 
mesoderma e formar o tubérculo genital. Vai ter a 
abertura da uretra, que forma a placa uretral. 
Então a genitália externa masculina e feminina, são 
idênticas no inicio do desenvolvimento. Ambas 
possuem o tubérculo genital que cresce e forma a 
estrutura de falo primordial. Todos os indivíduos terão 
a abertura da placa uretral e ainda tem o crescimento 
de duas saliências, a primeira mais interna, que fica de 
volta da placa uretral, chama-se de prega urogenital, a 
segunda é chamada de saliência labioescrotal. A partir 
da influência de hormônio, elas irão se diferenciar. 
Como que a masculina se diferencia? A região da placa 
uretral vai invaginar e se fechar, formando a uretra do 
pênis. O falo primordial se alonga, formando o corpo 
e glande do pênis, isso dependente de di-
hidrotestosterona. As pregas uretrais formam a 
uretra peniana, delimitando o canal. A saliência lábio 
escrotal, se fundem na linha média e formam o 
escroto, sendo também dependente da di-
hidrotestosterona. 
Na mulher, não tem testosterona e nem DHT. Então o 
que ocorre? O falo não se alonga e forma o clitóris. A 
região da placa uretral forma o vestíbulo da vagina. A 
saliência lábio escrotais não se fundem e formam os 
grandes lábios e as pregas uretrais não se fundem e 
formam os pequenos lábios. 
Durante o desenvolvimento gonadal, elas estavam se 
formando na crista, depois elas vão perdendo a 
associação com a parede do corpo do embrião, ficando 
suspensas na cavidade abdominal. 
• Ligamento suspensor cranial: porção cranial 
da gônada e diafragma. 
• Gubernáculo: porção caudal da gônada e 
assoalho perineal. Importante porque 
direciona a descida testicular ao escroto. 
Com a presença da DHT, terá encurtamento desse 
gubernáculo, terá a progressão da parede abdominal 
para a região do escroto e terá a descida testicular. Ou 
seja, terá o encurtamento do gubernáculo, terá o 
processo vaginal, tendo a invaginação e tem a 
formação do canal inguinal, que acontece uma 
evaginação em direção ao escroto da parede 
abdominal. Logo, tem varias camadas da parede 
abdominal que vai em direção ao escroto. 
➔ Gubernáculo: ligamento caudal que conecta o 
testículo ao escroto 
➔ Processo vaginal: evaginação do peritônio, 
ventral ao gubernáculo. 
➔ Canal inguinal: evaginação da parede 
abdominal formado em resposta ao 
crescimento do processo vaginal. 
Os canais inguinais foram vias pelas quais os testículos 
descem de sua posição abdominal para o escroto. 
Na mulher, não tem o DHT e o gubernáculo tem o 
desenvolvimento mais precário, formando o ligamento 
redondo do útero e o do ovário. Já o canal inguinal é 
obliterado, porque o ovário não desce em direção para 
fora do corpo. 
Criptorquidia é quando há falha na 
descida e um ou ambos os testículos 
para o escroto, ficando retido, 
principalmente na cavidade 
abdominal. Se até os 6 meses de idade 
não foi corrigido, a cirurgia realizada é 
chamada de orquipexia. Deve fazer a 
correção pois há risco de câncer e infertilidade, se 
passar de 2 anos de 
idade. No testículo 
precisa da DTH e Insl-
3, que guiam a 
decida. Na mulher, 
há presença do 
estradiol que inibe a 
Insl-3. 
Síndrome do ducto paramesonéfrico persistente: São 
indivíduos masculinos que não involuiu o 
paramesonéfrico. Podendo ocorrer mutações no gene 
AMH ou no receptor AMH, e se não 
tem o AMH fazendo efeito, tem a 
persistência do paramesonéfrico. 
Podem desenvolver vagina, útero e 
tubas uterinas. Ao mesmo tempo, 
pode ter a presença de epidídimo, 
ductos deferentes e genitália 
externa masculina. O testículo não 
desce pro escroto, fica em uma posição como se fosse 
o ovário. 
Hipospadia: falha na fusão das 
pregas uretrais e aí, a uretra se abre 
em local diferente da extremidade da 
glande. Comum em transtorno de 
desenvolvimento sexual com 
deficiência androgênica. Podendo ter 
abertura na glande, no pênis, 
penoescrotal e na região perineal. 
Agenesia da genitália externa: 
Ausência de pênis ou clitóris. Falha do 
tubérculo genital em se desenvolver. A 
uretra se abre no períneo, próximo ao 
ânus. 
Malformações uterinas e vaginais: como o útero e a 
parte inicial da vagina cranial ocorre através da fusão 
paramesonéfrico, se tem 
alteração na fusão desse 
paramesonéfrico, tem alteração 
na formação do útero. Maior 
taxa de aborto espontâneo, parto prematuro e 
problemas no parto. 
Anormalidade do hímen: 
 
Quando as gônadas e cromossomos sexuais são 
discordantes com as características sexuais 
secundárias. Podendo ser resultante das mutações em 
cromossomos sexuais e autossomos. 
Síndrome da insensibilidade ao andrógeno: 
Acontecesse quando o sistema reprodutor produz o 
andrógeno, mas não tem o receptor. Ou seja, os 
receptores de andrógenos não são funcionais ou são 
ausentes. São organismos masculinos, mas tem o 
fenótipo feminino. Exemplo: uma mulher que 
desenvolveu características femininas, mas se observar 
a parte genética, vai ter 46, XY. Por que que 
desenvolveu as características femininas? Porque a 
testosteronanão fez o papel no seu desenvolvimento. 
A vagina em fundo cego pode ser formada e há 
presença de testículos, pois há produção de AMH. 
Genitais eternas femininas/ambíguas. 
Síndrome de Swyer: síndrome na mutação no gene 
SRY. Ou seja, a pessoa é XY, mas é como se não fosse 
pra o desenvolvimento sexual, não fazendo cascata de 
diferenciação. Disgenesia gonadal total, é 
fenotipicamente feminina. Há reposição hormonal 
com estradiol e progesterona, pode desenvolver 
características femininas. Desenvolvimento de 
características sexuais secundárias e ciclo menstrual. 
Possibilidade de gestação (transferência de embrião), 
porque essa síndrome não desenvolveu testosterona, 
não produziu o AMH, logo, há formação de útero e de 
vagina. 
O organismo XX, se for exposto a níveis elevados de 
esteroides sexuais durante o desenvolvimento, pode 
ter o órgão reprodutor alterado. Podendo ter 
hipertrofia do clitóris 
Exemplo: hiperplasia congênita da adrenal: pode 
atrapalhar a separação da uretra e vagina. Em crianças 
que possuem a hiperplasia, pode ter uma abertura 
urogenital. 
Instalação da puberdade: Elevados níveis de 
testosterona em homens, já em mulheres o estradiol. 
Lá no hipotálamo há neurônios que produzem um 
hormônio, GnRH, que atua na hipófise e a hipófise 
libera FSH E LG, que atua nas gônadas. Na gônada 
masculina a testosterona e na feminina o estradiol. 
Existe uma condição chamada de hipogonadismo, 
quando as gônadas falham na produção de hormônios 
esteroides sexuais. Logo, no homem não há produção 
de testosterona e na mulher, não há produção de 
estradiol. 
Hipogonadismo primário: a gônada não responde aos 
estímulos hormonais do SNC. Então tem o GnRh que 
estimula a produção de FSH e LH, só que quando chega 
na gônada, essas gônadas não respondem aos 
estímulos hormonais do SNC. É comum na síndrome de 
Klinefelter, sendo uma síndrome genética em 
indivíduos masculinos, que por não produzir a 
testosterona em grande quantidade, pode ter 
azoospermia (não desenvolve espermatozoide) 
/oligospermia, ginecomastia (crescimento de mama). E 
a síndrome de Turner, quando há uma baixa produção 
de estrogênio, tendo deficiência de desenvolvimento 
das características sexuais secundarias e baixa estatura 
e pescoço alado. 
Quando chega a puberdade e a pessoa não desenvolve 
características sexuais secundarias, como que sabe que 
o hipogonadismo dela é chamada de primário? Porque 
se faz um exame de sangue no paciente, encontra altos 
níveis de FSH e LH e GnRH. Isso porque as gônadas não 
estão sendo sensibilizadas por esse hormônio, daí o 
corpo entende que se produzir mais FSH e LH, as 
gônadas podem responder. Mas não responde, então 
não tem desenvolvimento das características sexuais. 
Hipogonadismo secundário: hipotálamo ou hipófise 
que não produzem os hormônios, ou seja, a gônada 
não tem estimulo suficiente. Logo, encontra baixos 
níveis de FSH e LH, GnRH. Encontra na síndrome de 
Kallmann, tendo deficiência na produção de GnRH. 
Nesse caso, pode fazer suplementação.

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