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Comunicação e Política PARTE 01 Capítulos 01, 02 e 05 do Livro Didático Temas de Aula 01, 02 e 06 – Portal https://estudante.estacio.br/login Profa. Silvânia Sottani https://estudante.estacio.br/login O que é Política? Participação Direta: Possível nos dias de hoje? PÓLIS Conceitos Importantes Isonomia: corresponde à igualdade de todos os cidadãos diante da lei. Isegoria: direito de expor suas ideias, opiniões, enfim, seus pensamentos em público sem sofrer pressão ou constrangimentos. Polis ou Civitas - “cidade como ente público e privado” Res Publica: coisa pública, aquilo que é de todos e, como tal, não pode ser considerado propriedade privada de ninguém. O que é Política? A palavra política tem origem no grego “ta politika” que, por sua vez, deriva da palavra grega “polis”. Mas o que é polis? Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego “politikos”), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais. Polis é o que chamamos, ao estudarmos a Grécia Antiga, de Cidades-Estado. Os moradores das Polis eram os “politikos” (cidadãos), aqueles que exercem a civilidade. Podemos dizer que a política tem a ver com “quem manda, por que manda, como manda” (Ibidem, p. 9 – grifo do autor). João Ubaldo Ribeiro, autor do ensaio Política: Quem Manda, Por Que Manda, Como Manda. Leitura Fundamental! Apolítico? Por mais que ser apolítico pareça interessante, na verdade, esse indivíduo está tomando uma decisão política diante da questão das cotas raciais e sociais, do tema do aborto, da exclusão social, de um novo imposto que pode ou não contribuir para diminuir a desigualdade social. Ser apolítico, na verdade, é uma decisão política muito conservadora! Você acaba ficando fora de tudo o que irá mudar (ou não) a vida de todos. “A apatia social é, pois, uma forma passiva de fazer política” (Ibidem, p. 479). VER VÍDEO – MÁRIO SÉRGIO CORTELLA “Os ausentes nunca têm razão” https://www.youtube.com/watch?v=d9Q4VUebaso https://www.youtube.com/watch?v=d9Q4VUebaso Para a Política funcionar... A Política é o que nos tira (ou deveria tirar) do estado de selvageria. O estado de violência é sinônimo do fracasso da política Poder despótico e patriarcal A primeira das características centrais do poder despótico ou patriarcal, nessas sociedades, consistia em que ele não conhecia limites, sendo baseado em laços de sangue. O chefe também tendia a fazer alianças políticas com aqueles que lhe juravam lealdade. Ao mesmo tempo, em função da concentração de seu poder, ele definia o que era permitido e proibido e apelava, para manter seu domínio, tanto para o sagrado (os deuses) quanto para a força das armas e o poder econômico, vindo da posse de terras ou impostos. Segundo Chauí (2000), o domínio estava corporificado na própria figura do chefe: a cabeça, representando sua autoridade; o peito, suas ideias, e assim por diante. Outra característica se ligava ao sobrenatural, ou seja, o poder era também mágico; por isso, o chefe era considerado divino e repassava sua divindade por meio do sangue, a hereditariedade. Como desconstruir o o modelo despótico e patriarcal? Do ponto de vista prático, o que a invenção da política fez? Como, de fato, o modelo despótico e patriarcal anterior foi substituído pelo modelo democrático de se fazer política? A solução foi a política, ou seja, o modelo democrático de política. O modelo político começa a desconstruir o anterior em vários pontos, em especial: 1. A decisão de muitos ao invés da decisão de um só 2. As decisões serem públicas, ou seja, a publicidade dos atos políticos Estado Democrático O segundo modelo pressupõe a EQUIDADE: igualdade com justiça, busca da igualdade considerando a característica singular de cada indivíduo. Igualdade e Democracia Tratar igualmente os iguais Tratar desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade É democrático o Estado que fortalece ainda mais aqueles que já são fortes? Democracia Representativa Votamos em quem realmente nos representa? A invenção do modelo de política coloca o destino da História nas mãos do cidadão, pois cada coletividade tem o dever e o direito de escolher seus próprios líderes. Para a Política funcionar... Separação entre público e privado A política deve ser voltada para questões COLETIVAS PÚBLICO – COLETIVIDADE PRIVADO – INDIVIDUALIDADE lei impessoal X jeitinho brasileiro Onde fica a igualdade jurídica? Política e Coletividade A Política tem a ver com as questões coletivas, com tudo o que fazemos que gera impacto sobre um terceiro. Por ser coletiva, a Política é o exercício humano em que o “nós” se coloca acima do “eu”. Importância da política como solução democrática e legítima de problemas coletivos. A Política é a ação humana coletiva que, por excelência, transforma o mundo Para a Política funcionar... Diferença entre IGUALDADE de DIREITOS x PRIVILÉGIOS de CLASSE PATRIMONIALISMO Câmara reajusta benefícios e aprova passagens para mulher de deputado Reajuste inclui verba de gabinete, auxílio-moradia e gastos com passagens. Como o reajuste será a partir de abril, neste ano representará impacto de cerca de R$ 110 milhões. No entanto, a partir de 2016, a despesa extra será da ordem de R$ 150 milhões por ano Para a Política funcionar... Poder militar ou poder civil? O Poder Civil (que vem do povo) tem que ser soberano Estado Democrático ou Estado de Guerra? PMs de SP matam 5 pessoas a cada 2 dias "A PM paulista mata 9,5 vezes mais do que todas as polícias dos Estados Unidos juntas, considerando apenas mortes contra civis durante o trabalho oficial." VÍDEO – PM MATA CAMELÔ Para a Política funcionar... VONTADE COLETIVA Sem vontade coletiva, não somos DEMOCRACIA Problema do voto nulo BOA DISCUSSÃO: voto deve ser obrigatório??? Para a Política funcionar... IGUALDADE JURÍDICA Cela especial para diplomados Empregadas Domésticas sem FGTS Salas VIP - camarotes MINORIAS POLÍTICAS Sem IGUALDADE JURÍDICA, não somos DEMOCRACIA Entender... é o ponto de partida! TRÊS PODERES Coerência na votação! Para a Política funcionar... ESTADO LAICO A secularização e a laicização das instituições como princípio que separa público e privado e garante as liberdades individuais. BRASIL: - Pesquisa com Células-Tronco - Aborto - Casamento Homossexual MUNDO: Estado Islâmico (?!?) Bancada Evangélica chega com mais representatividade -Confira lista Nas eleições do últimos domingo(05) no Brasil, mais de 30 candidatos evangélicos que almejavam chegar a Câmara Federal de diferentes estados, foram eleitos e reeleitos no pleito/2014. Foi o caso do reeleito pastor Marco Feliciano e recém eleito cantor evangélico irmão Lazaro. -Confira lista no final do post e comente… Em São Paulo, o pastor Marco Feliciano (Partido Social Cristão) foi reeleito como o terceiro deputado federal mais votado, com mais de 398mil votos. O antigo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados é bastante criticado por ativistas e membros da sociedade civil por defender princípios cristãos, frente as propostas do ativismo. O candidato mais votado a deputado federal pelo Estado, Celso Russomano, do Partido Republicano Brasileiro (PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus), recebeu mais de 1,5 milhão de votos e, com eles, elegeu outros sete membros de seu partido, quatro deles evangélicos. Senado da França proíbe o uso de véus islâmicos em público Mulheres que usarem burca poderão ser multadas em 150 euros O Senado francês aprovou nesta terça-feira por 246 a favor e um contra a lei que proíbe o uso em lugares públicos de véus islâmicos que cubram total ou parcialmente o rosto da mulher. A lei estabelece que a mulher que usar o niqab (véu que deixa apenas os olhos de fora) ou a burca (quecobre os olhos com uma espécie de rede) estará sujeita a uma multa de 150 euros (cerca de R$ 330) e poderá ser obrigada a fazerem um curso de cidadania francesa. Para a Política Funcionar Em resumo: Lei como fruto da vontade coletiva Estado Laico Separação Público x Privado Poder Militar subordinado ao poder civil Criação dos espaços públicos – dar publicidade aos atos políticos. Leitura Fundamental: Marilena Chauí – Convite à Filosofia – Capítulo 07 - pgs 474 até 489 Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/533894/mod_resource/content/1/ENP_155/Referencia s/Convitea-Filosofia.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/533894/mod_resource/content/1/ENP_155/Referencias/Convitea-Filosofia.pdf A revolução maquiavélica Risco das análises que cancelam os processos históricos e as relações sociais, substituindo-os por Deus ou pela natureza. A análise da realidade tal como ela é: as respostas dos jogos políticos não devem ser procuradas em Deus, mas na própria dinâmica histórica dos fatos. Separação entre a política e a moral: pois a primeira consiste na dinâmica que diz respeito a todos os membros de uma comunidade – ao poder político – ao passo que a segunda, a moral, é a esfera do indivíduo. A revolução maquiavélica Para Maquiavel, a finalidade da política não é o bem comum, mas a tomada e a manutenção do poder. Maquiavel aponta que a sociedade é atravessada por lutas internas, estruturadas a partir do conflito entre duas partes. A liberdade consiste no esforço humano concreto de superar os limites impostos pelos fatos e de mudar as circunstâncias políticas em seu favor. Logo, POLÍTICA é ação concreta, não é idealização. A revolução maquiavélica • capacidade que o dirigente deve ter de se adaptar às circunstâncias – de ser capaz de se aproveitar do momento político e aumentar seu poder. • Não se trata, por isso, de um conjunto fixo de qualidades morais que nunca mudam diante da transformação da história. Para Maquiavel, agir da mesma maneira diante de circunstâncias diferentes, certamente levará o governante ao fracasso. Virtù é astúcia, inteligência e perspicácia na política. Virtù •a transformação histórica e política dos acontecimentos, que, por isso, tem como característica central ser imprevisível, trazendo consigo a sorte e o azar). •caberá ao governante com virtù saber lidar e minimizar os males do azar e aproveitar-se dos momentos de sorte (ou seja, a Fortuna) Fortuna A revolução maquiavélica Logo, POLÍTICA é ação concreta, não é idealização. Estado REAL Estado Ideal O ESTADO Porque renunciamos à liberdade total? O que nos leva a transferir a nossa liberdade para um Terceiro? Porque aceitamos o Estado e todo o seu conjunto de repressão? O ESTADO Transição operada pela BURGUESIA: estava alijada da sociedade; precisa de direitos, especialmente de LIBERDADE Rompe-se a ideia do Direito Divino; passa-se ao Direito Natural (ou jusnaturalismo). Qualquer homem tem direitos naturais e irrevogáveis: vida, liberdade, dignidade Marco Histórico: a Revolução Francesa ANTIGO REGIME Submissão ao Poder Despótico: personalista, divino/mágico e arbitrário SOCIEDADE MODERNA Submissão a uma entidade abstrata: O ESTADO Thomas HOBBES “O Homem é o Lobo do Homem” A nossa natureza é conflituosa Que poder nos organiza? Sem proteção, não ficamos passivos A natureza da guerra, no estado pré-social, não consiste, na luta entre si, mas na disposição humana permanente para o conflito. Submissão pelo MEDO: absolutismo e autoritarismo Thomas HOBBES Em Hobbes, Estado de natureza é a condição da luta de todos contra todos, ou seja, quando o “homem é lobo do homem”. Dessa forma, o ser humano é considerado mau por natureza e usa da própria força como tática de domínio sobre o outro. Para resolver essa situação de conflito permanente, é instituído o Contrato Social, por meio do qual é criado o Estado que passa a regular, por intermédio do monarca, a relação entre todos. para Hobbes, essa renúncia dos indivíduos deve ser feita por meio de um pacto de submissão, isto é, baseada no medo dos indivíduos. Assim, a multidão de indivíduos, em Hobbes, transforma-se em um corpo político, isto é, o Estado. Jean Jacques Rousseau o homem nasce bom, mas, em virtude das consequências da criação da propriedade privada, ele se corrompe. Em outras palavras, ele tenta explicar como aconteceu a passagem do estado de natureza vivido pelos homens em sociedade (cujos símbolos eram a pureza e a harmonia) para a organização civil sem que os mais fortes controlem os mais fracos. Jean Jacques Rousseau Para ele, o Estado não é bom. Na verdade, é um mal necessário. Só com a criação do Contrato Social e de todo um arcabouço legal é que – de acordo com Rousseau – seria possível submeter todos os cidadãos à lei. O Estado era considerado um “mal necessário”, mas seu controle deveria permanecer nas mãos dos indivíduos. A soberania é o exercício da autoridade que emana do próprio povo. O dirigente então é apenas o representante da soberania. No entendimento de Rousseau, o povo é, ao mesmo tempo, soberano e súdito. É soberano, pois dele emanam tanto o poder quanto as leis, e súdito, pois precisa obedecer àquilo que ele mesmo criou. Ser livre significa ter a obrigação de seguir a lei. John Locke Um dos maiores teóricos do Liberalismo Legitima a ação da burguesia :entre os direitos naturais, inclui o direito à propriedade privada Locke parte da ideia de que os bens necessários à sobrevivência, vinculados ao Direito Natural, são obtidos pelo trabalho Pelo Trabalho, o Capital vira direito: se alguém não tem esse direito, é porque não trabalhou bastante. O Estado deve proteger a propriedade privada; os homens devem ser livres para possuir bens e usá-los como quiserem. Justificativa para a desigualdade. John Locke Importância da concepção de LIBERDADE: “É para cada um o direito de não se submeter senão às leis, de não poder ser preso, nem detido, nem condenado, nem maltratado de nenhuma maneira, pelo efeito da vontade arbitrária de um ou de vários indivíduos”. É para cada um o direito de dizer sua opinião, de escolher seu trabalho e de exercê-lo; de dispor de sua propriedade, até de abusar dela; de ir e vir, sem necessitar de permissão e sem ter que prestar conta de seus motivos ou de seus passos. É para cada um o direito de reunir-se a outros indivíduos, seja para discutir sobre seus interesses, seja para professar o culto que ele e seus associados preferem, seja simplesmente para preencher seus dias e suas horas de maneira mais condizente com suas inclinações, com suas fantasias. Enfim, é o direito, para cada um, de influir sobre a administração do governo, seja pela nomeação de todos ou de certos funcionários, seja por representações, petições, reivindicações, às quais a autoridade é mais ou menos obrigada a levar em consideração”. (CONSTANT, 2015) Karl Marx O Estado não é neutro Não há separação entre Estado e Sociedade Civil O Estado é a forma pela qual a classe dominante organiza sua forma de dominar Quanto mais parece neutro, mais o Estado parece legítimo e se fortalece Igualdade formal (na lei) para manter a diferença real na prática Ideologia: coletivo ilusório Vídeos Fundamentais: Por que o Governo te controla? | Thomas Hobbes | Filosofia | O Leviatã. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ys15oUTex58 Por que Locke odiava um ESTADO forte? | Filosofia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zTcpO1-UoHE 3 lições de Rousseau | Política | Filosofia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lBS2HOgvO6E https://www.youtube.com/watch?v=ys15oUTex58 https://www.youtube.com/watch?v=zTcpO1-UoHE https://www.youtube.com/watch?v=lBS2HOgvO6E HANNAH ARENDT Características da EsferaPública: • nesse espaço que um mesmo tema pode ser visto por muitas pessoas sob múltiplos pontos de vista; oposto ao poder despótico ou patriarcal, que domina o espaço privado • Uma única perspectiva sobre o mundo, no entender da autora, acabaria aniquilando-o. Pluralidade • Tudo que pode ser visto e ouvido por todos e tem a maior divulgação possível. Para nós, a aparência – aquilo que é visto e ouvido pelos outros e por nós mesmos – constitui a realidade” (ARENDT, 2007, p. 59). • Público é, nesse segundo sentido, o aparente e que pode também ser comunicado; ou seja, aparência e comunicação estão interligadas. Visibilidade • elemento coletivo, atua como um verdadeiro mediador. • Têm a ver com “o artefato humano, com o produto das mãos humanas, com os negócios realizados entre os que, juntos, habitam o mundo feito pelo homem”. • legado que cada geração constrói e deixa para a posterior. Bem Comum HANNAH ARENDT Características da Esfera Privada: O que não possui as características listadas anteriormente; Espaço da casa e família, das necessidades básicas e do domínio do chefe do lar, da ausência da ação comunicacional; Estar destituído da capacidade de realizar grandes feitos, de debater temas públicos, de construir um legado. Vídeo importante: https://www.youtube.com/watch?v=uSbAKpNXoBs https://www.youtube.com/watch?v=uSbAKpNXoBs Jürgen Habermas PÚBLICO: Estado PRIVADO: Relações familiares e econômicas • A esfera pública seria a intermediária entre os dois. • Espaço de deliberação racional • Contestação implica debate; e debate, por sua vez, exige jogo de ideias. Característica fundamental da esfera pública: o uso da razão. Jürgen Habermas Razão Comunicativa: consenso pela pluralidade de argumentos A pluralidade de ideias é fomentada pela pluralidade de opiniões e, em consequência, da pluralidade midiática Concentração midiática e discurso único enfraquecem a esfera pública. Da discussão/debate, para a aclamação: quando a pluralidade é substituída pelos conglomerados midiáticos de discurso único Importância dos jornais ‘irrigando’ os debates da esfera pública John Thompson Como o advento da mídia altera as noções de público e privado? GRÉCIA Poder é exercido de forma visível, nos espaços públicos - início da PUBLICIDADE do poder; IDADE MEDIEVAL Segredo e privacidade; Poderosos em público apenas em eventos encenados ERA MODERNA Instituições como o Parlamento e a Imprensa tornam o exercício do poder novamente visível/público John Thompson Nos dois primeiros casos: necessidade de co-presença, relação face-a-face e potencial dialógico Era Moderna: interação mediada - com a Mídia, dispensa- se o compartilhamento do espaço/tempo. HOJE: exercício do poder passa pela Administração da VISIBILIDADE Quanto mais visibilidade, mais exposição, mais capital simbólico e mais risco. O poder, cada vez mais, torna-se algo que passa a ser construído e desconstruído na esfera do visível Como recuperar o sentido de público proposto por Arendt e Habermas? PLURALISMO REGULADO Em tempos de redes... Quais as possibilidades abertas para a Política com as novas tecnologias?? Qual o potencial comunicacional e político da internet? Em tempos de redes... A Internet é um espaço contra-hegemônico??? Não haver filtros ideológicos Não ser censurado pelos veículos tradicionais Mais pluralidade / múltiplas vozes Oposição aos oligopólios Alternativa ao Coronelismo Eletrônico Possibilidade de Novos Enquadramentos Estrutura horizontal Comunicação Todos-Todos HEGEMONIA Antônio Gramsci (1891–1937) Capacidade de um grupo social de determinar o sentido da realidade, exercer sua liderança intelectual e moral sobre o conjunto da sociedade e, dessa maneira, organizar a própria cultura. Trata-se, portanto, de uma luta que se desenvolve no terreno das ideias e das construções imaginárias coletivas, isto é, “uma luta pela sistematização de formas culturais” O domínio de uma sociedade não pode se dar apenas por meio de atos de coerção física. visão de mundo que passa a se naturalizar, a fazer parte do imaginário coletivo HEGEMONIA Visão de mundo que passa a se naturalizar, a fazer parte do imaginário coletivo A hegemonia tem a ver com o domínio não apenas político, mas também cultural, isto é, ela incide sobre o conjunto de ideias e comportamentos de uma sociedade. Jogos de consenso e dissenso que atravessam e condicionam a produção simbólica nos meios de comunicação, interferindo na conformação do imaginário social e nas disputas de sentido e de poder na contemporaneidade CONTRA-HEGEMONIA Resistência visão diferenciada de mundo e um novo projeto político de sociedade A existência do ciberespaço está possibilitando participações políticas e intervenções nas discussões públicas que, de outro modo, seriam muito mais difíceis??? As novas tecnologias seriam os dispositivos mais adequados à resistência global e à criação de formas participativas, horizontais e dialógicas de comunicação?? CONTRA-HEGEMONIA “As entidades civis valem-se da internet enquanto esfera pública de comunicação livre de regulamentação e controles externos para veicular informações e análises quase sempre orientadas para o fortalecimento da cidadania e para o questionamento de hegemonias constituídas” (Ibidem, p. 153). Diante de tudo isso, o ciberespaço traz consigo um enorme potencial para acentuar a visibilidade de agentes civis no espaço público, como é o caso do MST e da Anistia Internacional, formando comunidades virtuais por afinidades eletivas. CONTRA-HEGEMONIA Voz das Minorias Dar voz e vez às minorias, deslocar o discurso do sujeito dominante para a pluralidade de vozes e para uma mídia de fato cidadã e plural Uma nova esfera pública? A esfera pública é o local da comunicação, ou seja, o espaço no qual as pessoas discutem questões de interesse comum, formam opiniões e planejam ações. O debate crítico faz uso público da razão – a troca de ideias necessita da visibilidade A troca de ideias na Esfera Pública, de Habermas, pressupõe: Universalidade; Racionalidade; Não coerção; Reciprocidade. Uma nova esfera pública? Toda nova tecnologia impacta positivamente a democracia? Complexa relação entre rede, democracia e esfera pública A conversação aberta e livre é a base para a ação política A Internet é uma nova arena conversacional? E as barreiras digitais?? Uma nova esfera pública? Mídia pós-massiva: liberação do polo do emissor Temos uma nova esfera pública, muito mais conversacional que informacional (o caso dos jornais tradicionais), pois sua natureza possibilita interações quase que instantâneas. Uma esfera pública conversacional traz consigo esse grande potencial transformador – o do resgate da essência da política, isto é, da reflexão e da ação transformadora das coisas ao seu redor. CIDADANIA •relacionados à vida humana, à liberdade, à igualdade perante a lei, à propriedade. Dessa maneira, cabe-nos dizer que tais direitos básicos podem, por sua vez, acarretar outros derivativos, como o direito de ir e vir e de expressar sua própria opinião. Por isso, em grande medida, esses direitos fundamentais exigem a existência de uma justiça livre, teoricamente imparcial, barata e de acesso fácil a todos. “Sua pedra de toque é a liberdade individual” Direitos civis •dizem respeito à participação de todos nós no governo da sociedade e consistem no exercício de nossa capacidade de defender um ponto de vista, enfim, uma ideologia. O voto é outra ação que também representa o mesmo direito. Mas sem direitos civis, como a liberdade de expressão, os direitos políticos (como o do voto) ficam “esvaziados de conteúdo”, adquirindo existência meramente formal. Direitos políticos • garantem a participaçãoda sociedade na riqueza coletiva”. Eles dizem respeito ao direito à educação pública de qualidade, à saúde pública universal e de qualidade, ao salário-mínimo justo e, naturalmente, à aposentadoria. Portanto, a garantia da existência desses direitos depende de um Estado forte e acessível a todos, pois esses são os direitos responsáveis pela diminuição das desigualdades sociais em sociedades capitalistas. “A ideia central em que se baseiam é a justiça social Direitos sociais CIDADANIA Não há democracia sem exercício efetivo da cidadania. Por isso, temos de enfatizar algo essencial: não há cidadania – e muito menos democracia – sem democratização da comunicação. Qualquer exercício cidadão de fato passa pela pluralidade informacional como parâmetro inalienável da consolidação daquilo que vimos chamando de Esfera Pública e sua parceira, a opinião pública. O pleno exercício da democracia – que sempre implica participação – exige a diversidade e a pluralidade midiática como fundamento essencial à formação de uma opinião pública. Somente uma opinião pública consistente e crítica pode fazer da democracia – e da cidadania – um exercício constante de diálogo, voltado ao entendimento a partir da força do melhor argumento CIDADANIA Assitir ao filme "Branco sai, preto fica": https://www.youtube.com/watch?v=n-aIq-6ehYE REFLEXÃO: 1) Sobre da cidadania na construção da sociedade moderna. 2) Sobre a vigência ou não deste conceito na sociedade brasileira. 3) Refletir sobre os direitos das minorias e sobre a invenção de novos direitos na sociedade contemporânea. Fazer a leitura da análise de Ivana Bentes sobre o Filme, no livro Mídia e Multidão (ver pgs 163-165) https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2017/03/midia- multidacc83o.pdf https://www.youtube.com/watch?v=n-aIq-6ehYE https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2017/03/midia-multidacc83o.pdf CIDADANIA COMUNICAÇÃO É DIREITO!! - Levante sua Voz - parte 1 https://www.youtube.com/watch?v=NSi5PhVb5og&t=1s0 Levante sua Voz - parte 2 https://www.youtube.com/watch?v=rLtKzO34SeM&t= 37s https://www.youtube.com/watch?v=NSi5PhVb5og&t=1s0 https://www.youtube.com/watch?v=rLtKzO34SeM&t=37s Comunicação é DIREITO Artigo: Movimentos sociais, cidadania e o direito à comunicação comunitária nas políticas públicas, de Cicilia M. Krohling Peruzzo, publicado na Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/5039 Assista a série de três vídeos intitulada "A cidadania - O exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais", produzido pela TV Brasil. Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/bomparatodos/episodio/a- cidadania • Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/declaracao/ • Cartilha Comunicação e Direitos Humanos publicada pela Associação Henfil e a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais. Disponível em: https://intervozes.org.br/publicacoes/cartilha-comunicacao-edireitos- humanos/ http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/5039 https://tvbrasil.ebc.com.br/bomparatodos/episodio/a-cidadania https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/declaracao/ https://intervozes.org.br/publicacoes/cartilha-comunicacao-edireitos-humanos/ POLIARQUIA Poliarquia é um conceito que surgiu no âmbito da ciência política americana, criado por Robert Dahl para designar a forma e o modo como funcionam os regimes democráticos dos países ocidentais desenvolvidos (ou industrializados). O conceito de poliarquia tem o mérito de permitir que a ciência social efetue uma análise mais realística dos regimes democráticos existentes, uma vez que, a partir desse conceito, torna-se possível estabelecer "graus de democratização" e, desse modo, avaliar e comparar os regimes políticos. Oito condições para definir um sistema democrático: 1) Liberdade de criar e associar-se a organizações; 2) Liberdade de expressão; 3) Direito de voto; 4) Elegibilidade para cargos públicos; 5) Direito de líderes políticos de competirem por apoios; 6) Existência de fontes alternativas de informação; 7) Eleições livres e limpas; 8) Instituições que tornem as política governamentais dependentes de votos e outra manifestações de preferências. POLIARQUIA Para Wanderley Guilherme dos Santos (1998: 210) uma definição mínima de poliarquia é aquela cujo sistema político deve satisfazer completamente às seguintes condições: 1) Exista um competição eleitoral pelos lugares de poder, a intervalos regulares, com regras explícitas, e cujos resultados sejam formalmente reconhecidos pelos competidores. 2) a participação da coletividade na competição se dê sob o sufrágio universal, tendo por única barreira o requisito da idade limítrofe.
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