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Colégio Estadual Tereza Borges de Cerqueira. A hora da estrela Caetité/BA 23/10/2017 Ana Caroline Ramos, Graciela Fernandes, Helena Medrado, Patrícia Marques e Rosemary Lacerda. A hora da estrela Trabalho pedido pela professora de Português do Colégio Tereza Borges De Cerqueira. Orientador(a): Prof. Dilvone Caetité/BA 23/10/2017 2 Introdução 3 Desenvolvimento Tópico 1: A hora da estrela A) Porque a "Hora da Estrela" representa o momento epifânico de Macabéa: a hora da morte. É irônica porque só no momento da morte é que Macabéa alcança a grandeza do ser. Já a autora atinge a epifania ao concluir a obra. B) Sim, apesar de muito confuso o livro é bem interessante e desperta no leitor um interesse em terminar-lo até o fim. E sobre o seu jeito de escrever, surge numa época em que predominava o romance regionalista principalmente com denúncias sócias sobre a teste vida no nordeste C) Sim, por que narrativa de "A hora da estrela" é uma interminável pergunta sobre a condição humana, ao longo de um enredo no qual se fundem histórias ou eixos distintos e complementares. D) Escritora nascida na Ucrânia mas radicada no Brasil desde criança, Clarice Lispector (1920 -1977) é um caso ímpar na literatura nacional, já que sua abordagem intimista, questionadora sobre os tênues limites entre a ficção e a realidade. Tópico 2 E) Não por que na obra ela mostra nada mais e nada menos que a realidade, quem olha de forma ampla percebe que Clarice quebra vários paradigmas de forma positiva. A hora da estrela, Clarice enfoca a solidão dos proletários, agravada pelo comer mal, morar mal, vestir mal e ganhar mal. Uma miséria clara, material e real causada por uma exploração organizada pela burguesia e pelas oligarquias. Macabéia representa um grupo de pessoas comuns, que vivem situações comuns mas são de certa maneira dominadas. A questão da solidão em A hora da estrela eleva-se a dificuldade de comunicação: “Ela falava, sim, mas era extremamente muda” . Para sobreviver na sociedade capitalizada da cidade grande, onde a maior parte das informações são dirigidas às grandes massas, Macabéia precisava possuir o mínimo de capacidade comunicativa. Mas estando ela 4 totalmente fora do contexto cultural, enfrenta o choque entre o universo do migrante sertanejo e o cidadão metropolitano. Assim, sem a capacidade de refletir, Macabéia é incapaz de possuir alguma esperança quanto ao seu futuro: “Macabéia nunca tinha tido coragem de ter esperança”. Falta a ela força para conduzir seu próprio destino. Força essa que provém da linguagem. Clarice vai desenrolando a narrativa, trazendo a miséria sinistra, irreversível, resultado de um quadro econômico que desencadeia todos os conflitos sociais. Esse movimento traz o aspecto interior e exterior de Macabéia. A pobreza material e de espírito que representam a classe dominada e impotente diante da burguesia e sua ideologia. Tópico 3 F) A autora inventa um narrador para contar a história de Macabéa. Assim sendo, o narrador, apesar de fazer parte da história, não conta uma trama que acontecerá com ele, e sim, com a sua personagem inventada, que poderia ser real. A narrativa desvenda a sua problemática interior e à medida que nos faz conhecer a protagonista, também nos mostra a sua própria identidade. Tópico 4 Rodrigo S.M. - o narrador e, na verdade, personagem muito importante do relato. Representa, sem dúvida, a própria Clarice, com seus mistérios, suas interrogações, sua preocupação constante em mergulhar fundamente na interioridade do ser humano. Ele inicia o livro justamente fazendo reflexões e indagações sobre a existência e sobre o ato de escrever. Apresenta-se, depois, justificando por que a história terá de ser contada por um narrador homem e dizendo que decidiu escrever sobre a moça porque 'numa rua do Rio de Janeiro peguei no ar de relance o sentimento de perdição no rosto de uma moça nordestina'. Macabea - a moça nordestina [alagoana] de 19 anos, que vivia sem família, pobre, desleixada e subempregada no Rio de Janeiro. Era tão alienada e inconsciente, que não sabia num mesmo que era infeliz. Olímpico de Jesus - o primeiro e único namorado de Macabea. Nordestino da Paraíba, já havia cometido um crime e estava no Rio trabalhando com lúrgico. 5 Ambicioso e sem escrúpulos de honestidade e decência, pretendia ser deputado. Adorava ouvir discursos e sabia desenhar caricaturas. Glória - colega de trabalho de Macabea. Loira oxigenada, embora não fosse bonita, era bem alimentada e 'amaneirada no bamboleio do caminhar por causa do sangue africano escondido'. Isso e o fato de ser filha de açougueiro constituíram atrações para o ambicioso Olímpico, que deixa Macabea por ela. Madame Carlota - a cartomante. Ex-prostituta e ex-cafetina, era 'fã de Jesus' e gostava muito de comer bombons. Prevê dinheiro grande e marido estrangeiro para Macabea Tópico 5 Cada aspecto da história é discutido com os futuros leitores da obra, desde sua verossimilhança até o tempo-espaço em que a narrativa se ambientar.A identidade entre o narrador e Macabéa se resume apenas ao seu passado de nordestino, que, aliás, coincide com o da escritora, criada em Maceió e Recife? Ou há mais entre eles do que ousamos presumir? Não são poucos os momentos em que ele se declara apaixonado por Macabéa, e se torna seu mais ardente defensor. Rodrigo adivinha na personagem, sob o corpo frágil e murcho, à primeira vista sem sumo e sem essência, tamanha vitalidade e sensualidade, tão difíceis de imaginar, que o leitor logo desconfia de uma conexão maior entre ambos. A própria admiração dela pela atriz Marilyn Monroe, ícone maior da volúpia, traduz os anseios e desejos que palpitam em sua alma desprovida de maiores ambições.Há na protagonista, segundo seu criador, um excesso de existir, que se farta nas coisas mais simples, nos pequenos e ocultos detalhes, que, como ela mesma, passam sempre despercebidos. Tópico 6 L) o grupo entende que a comunhão entre o narrador e a personagem é 6 expressada. Na hora da morte de Macabéa, porém, entre o criador e a criatura realiza-se uma cisão. Macabéa torna-se, por instantes, a "estrela", pela primeira vez é o centro das atenções, desvinculando-se de Rodrigo. M) ??? N) Não, pois é uma obra bastante confusa de se entender. O) Não 7 Conclusão A obra de Clarice (A hora da estrela) realmente não é simples de se ler, ela requer uma certa reflexão do leitor, no entanto, em A Hora da Estrela, Clarice tentou “retratar” um pouco sobre uma questão social, mesmo sendo de forma implícita. Percebe-se também, essa questão citada acima, na própria históriade Macabéa, que é a história de milhares de nordestinos (pobres), que vem para a cidade grande tentar ser alguém na vida, ocupar o seu espaço, e na maioria das vezes, passam por situações piores do que as que viviam no interior, em sua terra natal. É justamente sobre a questão da inutilidade, do “ser mais um”, que a autora quer justamente nos levar a reflexão sobre: quem somos? Para que vivemos? Qual é o nosso papel na sociedade? Será que fazemos falta, ou somos apenas mais um? Somos importantes? Será que no fundo, também não somos uma Macabéa da vida? É de suma importância, deixarmos claro, que Macabéa, não tinha a oportunidade de ter uma outra perspectiva, tinha que agir assim sempre do mesmo jeito, porque ela era um ser excluído da sociedade, e esta, não dava margem para que ela fosse alguém na vida. No entanto, às vezes, Macabéa dava-nos a entender que tinha um pouco, mesmo que muito raramente, consciência de sua inutilidade.Maca era ingênua, a tal ponto que chegava a agradecer e pedir desculpas quando os outros a ofendiam, ela era apenas mais uma, ia a lugares comuns e sonhava em ser uma estrela de cinema, apesar de estar satisfeita com sua situação. A idéia conclusiva que podemos chegar é que a única saída para Macabéa, era nada mais, nada menos que a morte, esse é o destino de todos (morte física), apesar de muitos já estarem mortos antes mesmo de morrer literalmente, principalmente essas pessoas excluídas, Macabéa só foi alguém, só foi percebida no mundo, quando foi atropelada, atrapalhando o tráfego, Macabéa enfim, consegue ser vista, sentir-se gente, uma verdadeira estrela.No próprio momento de sua morte física, é que Maca se sente mulher, sente um gozo por si, é a primeira vez que se toca e se abraça como sentindo uma estima por si mesma, é o ápice, o clímax da narrativa. Aliás, a morte se torna a personagem principal desse romance. A morte é a única figura que consegue 8 dar um fim a essa história, se não terminasse assim, não teria fim, pois a todo momento Rodrigo já nos deixa claro e nós também já, de certa forma, imaginamos que não resta a Maca um outro destino senão esse. 9 Referências ● http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/clarice-l ispector-a-hora-da-estrela-11.110375 ● http://www.acrobatadasletras.com.br/2014/01/resenha-hora-da-estrela-d e-clarice.html?m=1 ● https://www.google.com.br/amp/s/guiadoestudante.abril.com.br/estudo/a- hora-da-estrela-resumo-da-obra-de-clarice-lispector/amp/ ● https://www.google.com.br/amp/s/daliteratura.wordpress.com/2014/10/06 /resenha-a-hora-da-estrela-clarice-lispector/ama ● http://www.sosestudante.com/resumos-a/a-hora-da-estrela.html ● Livro: “A hora da estrela” Clarisse Lispector 10 http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/clarice-lispector-a-hora-da-estrela-11.110375 http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/clarice-lispector-a-hora-da-estrela-11.110375 http://www.acrobatadasletras.com.br/2014/01/resenha-hora-da-estrela-de-clarice.html?m=1 http://www.acrobatadasletras.com.br/2014/01/resenha-hora-da-estrela-de-clarice.html?m=1 https://www.google.com.br/amp/s/guiadoestudante.abril.com.br/estudo/a-hora-da-estrela-resumo-da-obra-de-clarice-lispector/amp/ https://www.google.com.br/amp/s/guiadoestudante.abril.com.br/estudo/a-hora-da-estrela-resumo-da-obra-de-clarice-lispector/amp/ https://www.google.com.br/amp/s/daliteratura.wordpress.com/2014/10/06/resenha-a-hora-da-estrela-clarice-lispector/amam https://www.google.com.br/amp/s/daliteratura.wordpress.com/2014/10/06/resenha-a-hora-da-estrela-clarice-lispector/amam http://www.sosestudante.com/resumos-a/a-hora-da-estrela.html
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