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Teorias do Envelhecimento

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Teorias do Envelhecimento
Envelhecimento : É um processo natural e multifatorial, dependente da progressão genética e alterações que ocorrem em
níveis celulares e moleculares que resultam na perda progressiva das funções fisiológicas e diminuição da capacidade
funcional do organismo.
Teorias Biológicas:
Teoria dos Radicais Livres
Os RLs são produzidos pelo metabolismo mitocondrial durante a
respiração celular, e em alimentos e radiação.
Os Rls são responsáveis pelo envelhecimento devido às lesões
celulares e ao DNA, através do estresse oxidativo. O estresse oxidativo
ocorre quando há um exagero desses RLs circulantes, ao invés de um
equilíbrio entre os oxidantes e antioxidantes.
Dentre os RLs o superóxido é o principal causador de danos aos
componentes macromoleculares da célula. As principais moléculas
afetadas pelos danos oxidativos são os ácidos nucleicos, lipídios,
açúcares e proteínas.
Diversos fatores predispõem a formação excessiva de RLs : tabagismo,
consumo de álcool, agrotóxicos, drogas, dieta desequilibrada, Raio-x e radiação ultravioleta.
Antioxidantes produzidos pelo corpo, que ajudam a inibir a formação e acumulação de RLs , como: Superóxido-dismutase,
catalase, glutationa peroxidase, tiorredutase. E tem alguns não-enzimáticos como: Caroteno (vitamina A), tocoferol (
vitamina E), ascorbato ( vitamina C), glutationa, flavonóides, selênio e zinco.
Teoria Genética
A enzima telomerase controlaria o envelhecimento cromossômico pela ação dos telômeros, que constituem sequências de
DNA nas extremidades dos cromossomos.
Nessa teoria, a cada vez que a célula se divide, os telômeros ficam mais curtos, e chega em um nível em que a célula entra
em crise, os cromossomos se tornam instáveis, e ocorre dano ao DNA, e caso seja um dano excessivo, a célula sofre
apoptose.
Teoria Epigenética:
Mecanismos epigenéticos são aqueles que causam modificações hereditárias ao
DNA, a teoria consiste que esses mecanismos são responsáveis pela progressão do
processo de envelhecimento.
Como o envelhecimento compromete a função mitocondrial, devido ao acúmulo de
danos celulares, há uma desregulação do controle dos genes pelos mecanismos
epigenéticos.
O desequilíbrio nos padrões alimentares gera um estresse no metabolismo que afeta
a regulação da expressão gênica e resulta em alterações fisiológicas relacionadas à
idade. A disponibilidade de certos nutrientes é responsável por regular a ação de
várias enzimas epigenéticas.
As marcas epigenéticas podem ser modificadas por fatores ambientais, como a
restrição calórica (diminuição da ingestão do número de calorias, mantidos os macro
e micronutrientes aceitáveis.
Essa restrição calórica atenua o desequilíbrio da sensibilidade a nutrientes, ela
diminui o estresse oxidativo ao DNA nuclear e mitocondrial.
Teorias Psicológicas:
Preocupa-se com a descrição das diferentes maneiras de envelhecer, relacionando com a inteligência, memórias,
personalidade, adaptação ao processo de envelhecimento. A psicologia do envelhecimento, é transacional, dinâmico e
contextualizado, e sofre influências ontogenéticas, biológicas e psicossociais. Se divide em:
1. Teorias Clássicas : Faz referência aos ciclos da vida de forma linear.
2. Teorias de transição: Desenvolvimento de forma dialética e faz referência ao curso da vida.
3. Teorias Contemporâneas: Avaliam a influência microssociais e/ou macrossociais do ambiente sobre o
comportamento dos indivíduos e seu desenvolvimento ao longo de toda a vida.
Teorias Clássicas:
Teoria dos estágios: Desenvolvimento ao longo da vida (1935)
O desenvolvimento apresenta ganhos e perdas concorrentes, foi desenvolvido 5 fases, onde ocorre um equilíbrio entre os
aspectos biológicos e psicológico do indivíduo ao avançar da idade:
0 a 15 anos: Marcado pela dependência, metas inespecíficas e a preparação para a definição de metas na vida
15 a 25 anos: especificação de metas para a vida, expansão de si e início de testagem das metas estabelecidas.
25 a 45 anos: Auge do desenvolvimento individual
45 a 65 anos: Conflitos individuais, a expansão e contração de si , revisão de vida e reelaboração de metas
65+ anos: Tendência a retração de si, senso de realização ou fracasso e elaboração de metas de curto prazo.
Teoria da Atividade de Havighurst/ Tarefas Evolutivas (1951)
Tarefa Evolutiva: desafios associados à idade, maturação biológica, pressão cultural e esforços individuais.
Essa teoria explica como os indivíduos se adaptam e se ajustam às mudanças relacionadas à idade, tendo como base a
atividade associada à satisfação de viver.
Nela, ao cumprir as tarefas, o indivíduo sente satisfação, senso de ajustamento e sucesso, e o fracasso induz a insatisfação
desaprovação social e dificuldades na realização de tarefas futuras.
! É uma teoria simplista, que não aborda fatores como etnia, estilo de vida, gênero ou condições socioeconômicas, além de
generalizar os padrões saudáveis e o envelhecimento saudável.
Teoria do Afastamento/Desengajamento de Cummings e Henry (1961)
Foi a primeira a tentar compreender o processo de envelhecimento e as mudanças que ocorrem nas relações entre o
indivíduo e a sociedade, de maneira multidisciplinar.
Desengajamento/Afastamento: ruptura e/ou modificações que acontecem nas relações com o envelhecimento.
O afastamento é funcional para o idoso e para a sociedade, ele “permite” que o idoso se prepare para a morte, deixando
espaço na sociedade para os mais “jovens” em realização de tarefas. Desse modo, ao morrer o idoso não deixa “deficts”.
! Essa teoria não consegue explicar o número de pessoas idosas que crescem continuamente, e assumem papéis sociais
ativos na sociedade, além de não se sustentarem, pois não há evidências que o afastamento desse idoso é voluntário e
universal.
Teoria das Fases do desenvolvimento psicológico ao longo da vida (1971)
Indivíduo nasce com uma herança psicológica somada a biológica, seu comportamento é dito por isso, Assim o inconsciente
se divide em: Inconsciente pessoal ( conteúdos adquiridos pela experiencias da vida e que foram esquecidos ou reprimidos)
e Inconsciente coletivo( não provém de conhecimento prévio, mas sim de um patrimônio coletivo da espécie humana, cujo
conteúdo é igual em qualquer lugar ou época).
O confronto do inconsciente com o consciente pode gerar conflito e resultar no amadurecimento dos componentes da
personalidade, cuja síntese consiste na realização de um indivíduo específico e inteiro.
A doença psíquica é tida como uma consequência da separação deles, sendo a operacionalização deles em harmonia a
“saúde psicológica”.
Teoria da Continuidade (1989)
Afirma que existe uma necessidade de os indivíduos idosos manterem uma conexão entre o presente e o passado, se
esforçando para manter estruturas externas (associada ao ambiente físico e social do idoso) e internas ( relacionada às
características psicológicas como atitude, interesses, ideias, autoconceito, preferências e capacidades).
Afirma que a personalidade e o estilo de vida nos diferentes estágios do ciclo de vida influenciam na adaptação dos
indivíduos à velhice.
! Recebe críticas por invalidar a possibilidade de inovação e criatividade na velhice, estando o indivíduo determinado por
comportamentos e hábitos previamente adquiridos.
Teorias Psicológicas de Transição:
Teoria do desenvolvimento da personalidade ao longo da vida: Concepção e definição a partir de Erikson (1959)
Nessa teoria, afirma-se que o desenvolvimento acontece em 8 fases sucessivas, essas fases são atribuídas aos
conhecimentos advindos das ciências antropológicas, ampliando os estágios de vida.
Cada fase é marcada por uma crise, logo o desenvolvimento psicológico é resultante de um conjunto de fases psicossociais,
que introduzem novos elementos no ciclo afetivo e social do desenvolvimento.
❖ Confiança básica x desconfiança básica: 0 a 1 ano
❖ Autonomia x vergonha e dúvida: 1 a 3 anos
❖ Iniciativa x culpa : 3 a 6 anos
❖ Atividade x inferioridade: 7 a 11 anos
❖ Identidadex confusão de identidade: 12 a 18 anos
❖ Intimidade x Isolamento: 19 a 40 anos
❖ Generatividade x Estagnação: 40 a 65 anos
❖ Integridade x Desespero: 65+
❖ Velhice Avançada : 80+
Teoria social-interacionista da personalidade na velhice (1965-1969)
Afirma que os papéis sociais de cada sociedade interagem com as permissões e restrições para diferentes idades, gêneros,
etnias, classes sociais e decisões individuais resultando no curso de vida individual.
Os eventos normativos são definidos pela cultura, e ordenados pela idade.
Teorias Psicológicas Contemporâneas:
Teoria do desenvolvimento ao longo de toda a vida: life-span e life-course (1987)
Life span : desenvolvimento do indivíduo ocorre desde seu nascimento até a sua morte.
Life-course: foca nos macroprocessos, processos exógenos que caracterizam a influência dos grupos e instituições nos
indivíduos a que lhes pertencem.
O desenvolvimento se constitui pela dinâmica entre crescimento (ganhos) e declínio (perdas) e interatividade
indivíduo-cultura. No início há maior influência biológica sobre o desenvolvimento e com o passar dos anos o meio social
aumenta sua influência.
Modelo de desenvolvimento bem-sucedido: otimização da seleção com compensação (1987)
A metateoria de seleção, otimização e compensação de perdas e ganhos, esse foco é saber como, decorrer do
desenvolvimento, os indivíduos alocam e realocam seus recursos, internos e externos, objetivando sua otimização e
compensação das perdas, quais estratégias são utilizadas para melhor adaptação e equilíbrio do indivíduo frente aos
ganhos e declínios ao longo da vida.
Seleção : diminuição das alternativas comportamentais permitidas pela plasticidade individual
Otimização: gerenciamento, ou aquisição, aplicação, coordenação e manutenção dos recursos internos e externos já
desenvolvidos.
Compensação: Uso de alternativas para compensar as habilidades comprometidas e manter a continuidade e
funcionamento.
Esse modelo pode ser usado em diferentes contextos humanos para explicar o bem-estar psicológico e a atividade,
funcionalidade e envolvimento social mesmo quando ocorrem riscos e perdas de natureza biológica, cognitiva e social.
Teoria da dependência comportamental ou aprendida (1996)
A dependência comportamental, seria um tipo de dependência aprendida pelo indivíduo, envolvendo comportamentos
dependentes que são aceitos e reforçados pelo microambiente social. Os indivíduos que ajudam reforçando o
comportamento de dependência, respondendo às solicitações dos idosos com ajuda física ou atenção social.
A interação comportamental entre idosos e seus cuidadores influenciava na perda ou manutenção da independência como
consequência, até mesmo os idosos aptos a realizar atividades de forma independente estavam apresentando
comportamentos de dependência pois o apoio oferecido pelos cuidadores ultrapassa as reais necessidades do idoso.
Tal condição se associa à dependência aprendida das expectativas de perda funcional em pessoas idosas, atribuindo
estereótipos de dependência, doença, confusão mental e desta forma alguém deverá sempre fazer as atividades no lugar do
idoso, sem valorizar suas competências e sua reserva de capacidades.
O comportamento de dependência aprendida pode estar relacionado a diferentes fatores: incapacidade, motivação, práticas
discriminativas e desestruturação ambiental, entre outros.
Teoria da Seletividade Socioemocional (1991)
A teoria da seletividade socioemocional, deriva da teoria SOC (seleção, otimização e compensação), tem como objetivo
explicar o afastamento social, declínio nas interações sociais e declínio na intensidade e na variedade das respostas
emocionais dos idosos, desta forma, esta teoria permite entender outras facetas das relações sociais na fase adulta e na
velhice, na vida contemporânea.
Teoria do controle no curso de vida
No decorrer da vida existem pontos de referência para a concretização de determinados objetivos,que orientam os
interesses individuais conforme as tarefas vão aparecendo ou se alterando, modificando também o sistema de valores
individual. Os processos de controle são divididos em primário e secundário, onde o equilíbrio entre os dois otimizaria as
habilidades para lidar com as restrições do desenvolvimento e enfrentar os desafios a ele impostos.

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