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Resumo Olho vermelho

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Beatriz Maia - TXXIV 
 
pág. 1 
 
 
A inflamação das estruturas anteriores do olho 
gera a síndrome do olho vermelho. Entre as 
doenças que geram essa síndrome estão 
patologias benignas e graves. Atentar para os 
sinais de alerta: dor ocular acentuada, redução 
da acuidade, desconforto intenso que provoca 
fechamento palpebral reflexo, pupila não ou 
pouco fotorreagente, fotofobia, opacidade 
corneana, hipópio (pus horizontal), achados 
compatíveis com crise aguda de glaucoma. 
 
CONJUNTIVITES 
A conjuntiva é uma membrana mucosa 
transparente que reveste o globo ocular (c. 
bulbar) e as pálpebras na face interior (c. 
tarsal/palpebral), sua inflamação gera 
vasodilatação, vermelhidão e vasos visíveis. 
Quadro clínico 
- Quadro agudo de hiperemia ocular difusa, 
secreção ocular, crostas matinais, inflamação da 
conjuntiva tarsal; 
- Unilateral → bilateral; 
- Pode ter blefarite associada; 
- Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos, 
sem sinais de alerta; 
- À inspeção desarmada são vistos: hiperemia 
conjuntival predominantemente periférica, 
secreção, conjuntiva tarsal inflamada (com 
papilas, folículos, pseudomembranas ou 
membranas) e blefarite associada. 
Complementa-se pelo uso da lâmpada de fenda; 
- Medidas gerais de tratamento: compressa 
gelada 4x/dia, colírio lubrificante, colírio 
vasoconstrictor (com cautela), não esfregar os 
olhos, afastamento de atividades em grupo e 
lavar com frequência as mãos. 
CONJUNTIVITE VIRAL COMUM 
 
- É a mais comum, causa pelo adenovírus, 
bastante contagiosa, acomete crianças e 
adultos, é eliminado via respiração e secreções 
oculares; 
- Após 1-3 dias a doença passa a ser bilateral, é 
autolimitada; 
- Secreção mucoide, reação folicular tarsal, 
acúmulo de secreção no canto do olho quando a 
pálpebra inferior é abaixada (lacrimejamento), 
eventuais petéquias, discreto edema e blefarite. 
CONJUNTIVITE BACTERIANA AGUDA 
 
Beatriz Maia - TXXIV 
 
pág. 2 
 
- Geralmente causada por Staphylococcus 
aureus, mais comum em adultos. Também pode 
ser causada por Streptococcus pneumoniae 
(pneumococo) e Haemophilus influenzae; 
- Contagiosa, transmitida pelo contato com as 
secreções. Após 1-2 dias se torna bilateral; 
- Secreção purulenta (branca, amarela ou 
esverdeada), reação papilar e 
pseudomembrana. Pode haver ceratite + 
opacidade corneana; 
- Apesar de autolimitada deve-se usar 
antibióticos. 
CONJUNTIVITE GONOCÓCICA 
 
- Bacteriana hiperaguda causada por Neisseria 
gonorrhoeae, DST transmitida pelo contato mão-
genitália-mão-olho, acomete adultos 
sexualmente ativos ou recém-nascidos de mães 
com gonorreia; 
- Secreção purulenta intensa amarelo-
esverdeada, quemose (edema conjuntival) 
acentuada e blefarite; 
- Há risco de ceratite periférica ulcerada com 
perda da visão e é indicada coleta de secreção 
para Gram e cultura. 
CONJUNTIVITE ALÉRGICA COMUM 
 
- Ocorre pela exposição a aeroantígenos que 
desencadeiam hipersensibilidade do tipo I, o 
paciente pode apresentar conjuntivite + rinite; 
- Início abrupto, bilateral, lacrimejamento, 
secreção mucoide, quemose e prurido. 
HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL 
 
- Coleção de sangue entre a conjuntiva e a 
esclera, geralmente causada por um pequeno 
trauma (comumente após crise de tosse/vômito 
ou manobra de Valsalva) que gera rompimento 
de pequenas veias da conjuntiva ou episclera; 
- Mancha vermelho-vivo na região branca do 
olho, geralmente assintomática e circunscrita; 
- Uso de corticoides, contraceptivos orais, HAS, 
DM, síndromes febris agudas, etc, predispõem à 
hemorragia por aumentar a fragilidade capilar 
no olho, inibir a hemostasia ou aumentar a 
pressão hidrostática vascular; 
- Não há necessidade de tratamento e a evolução 
é sempre benigna. A mancha regride ao longo de 
2-3 semanas. 
UVEÍTE ANTERIOR (IRITE) 
 
- Trato uveal = túnica vascular/média = íris + 
corpo ciliar + coroide. Uveíte anterior é a 
inflamação da íris (irite), já a uveíte posterior é a 
inflamação da coroide (mas essa não se 
manifesta com olho vermelho); 
Beatriz Maia - TXXIV 
 
pág. 3 
 
- 50% dos casos são idiopáticos e os outros 50% 
estão associados a doenças sistêmicas, ocorre 
em adultos de 25-50 anos e é unilateral; 
- Causas secundárias: Espondiloartropatias 
soronegativas: espondilite anquilosante, artrite 
reativa, síndrome de Reiter (nessas 3 é 
exclusivamente anterior e unilateral) artrites 
psoriática e enteropática (bilateral e com 
tendência a cronificação) Ceratouveíte herpética; 
Doença inflamatória intestinal: doença de Chron, 
retocolite ulcerativa; Sarcoidose; Artrite 
reumatoide juvenil (causa + comum de uveíte em 
crianças); Doença de Behçet (panuveíte). 
- A uveíte anterior é uma complicação da cirurgia 
de catarata, quando aguda é não granulomatosa e 
quando crônica é granulomatosa; 
- Uveíte anterior aguda (não granulomatosa): é a 
mais comum, suas causas são idiopáticas e 
espondiloartropatias soronegativas. Unilateral, 
horas ou dias com olho vermelho, dor ocular 
intensa opressiva, fotofobia, lacrimejamento e 
borramento visual. À biomicroscopia há flare e 
células com ou sem hipópio. O quadro é 
autolimitado com grande chance de recidiva; 
- Uveíte anterior crônica (granulomatosa): 
geralmente associada à sarcoidose. Borramento 
visual e leve vermelhidão, dor e fotofobia discretas 
ou inexistentes, começa unilateral e evolui para 
bilateral; 
- O diagnóstico deve ser confirmado com o exame 
da lâmpada de fenda; 
- Complicações: catarata secundária, glaucoma 
secundário, ceratopatia em faixa; 
- Tratamento: corticoides tópicos, cicloplégicos 
tópicos. 
GLAUCOMA AGUDO DE ÂNGULO FECHADO 
 
 
- Emergência médica que pode gerar perda da 
visão em horas se não tratada logo; 
- Geralmente após os 50 anos, pode ser causada 
por colírio midriático-cicloplégico inadequado sem 
fazer fundoscopia, estresse emocional, meia-luz; 
- Quadro abrupto, unilateral, doloroso, cefaleia 
frontal (pode simular enxaqueca), lacrimejamento, 
náuseas e vômitos, sudorese fria, borramento 
visual, visão em halos em volta de luzes, apresenta 
pressão intraocular alta (40-90mmHg), pupilas não 
ou pouco fotorreagentes; 
- Tratamento: diminuir a PIO, intervenção a laser 
(iridotomia periférica a laser). São usadas drogas 
tópicas e sistêmicas e o outro olho também deve 
ser tratado (pois a chance de ser acometido nos 
anos seguintes é alta).