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IMIGRANTES, DIFICULDADES COM A LINGUA E O PRECONCEITO LINGUÍSTICO
José Antônio Pinheiro Júnior
01341238
Engenharia Civil
A língua é um dos elementos participantes na construção da identidade dos indivíduos, de grupos sociais e nações. A língua não pode ser tomada como apenas um instrumento de comunicação entre homens, pois participa da constituição dos sentidos (ideológicos, políticos e históricos) colocados na relação entre indivíduos, grupos sociais e de estados-nações. 
O preconceito linguístico está presente nos mais diversificados contextos sociais, explícita ou implicitamente; explícita, quando os indivíduos revelam abertamente que não gostam de um ou de outro modo de falar, e implícita, quando não revelam abertamente, mas se utilizam de metalinguagem para expressá-lo. Segundo Bagno (1999), isto se deve à concepção de que há no Brasil uma língua única e que esta é regular e homogênea. No entanto, o autor afirma que se formos admitir o mito da língua única, milhões de pessoas poderiam ser consideradas sem língua, pois a grande maioria da população não tem acesso à norma literária entendida como “culta”.
O Brasil é um país de grande extensão territorial, somam-se diversas culturas que influenciam no léxico, na fala regional de seus estados e/ou imigratória. O idioma brasileiro também demonstra ser uma grande dificuldade para os imigrantes, pois reflete diretamente no processo de socialização e na inserção social. Em pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com o Ministério da Justiça, no ano de 2015. Demonstra que a inserção social de imigrantes tem com um de seus principais obstáculos o domínio da língua portuguesa. Estes relatam que as dificuldades para aprender o novo idioma antecedem até mesmo à dificuldade de se inserir no mercado de trabalho. 
Embora a língua seja dinâmica, ainda persistem situações discriminatórias frente aos outros falantes. Basta acompanhar, por exemplo, as inúmeras preleções de cunho normativista centradas no que é "certo" e "errado" na língua e a consequente avaliação social que atribui prestígio ou estigma às diferentes falas. 
Resta, então, saber como enfrentar tal problemática.   Ademais, fenômenos como o rotacismo – distúrbios articulatórios que permitem a troca do r pelo l – também são frequentes. Todavia, ainda que tais situações sejam comuns, muitos indivíduos são discriminados por suas singularidades ao se expressarem. 
Por fim, o Brasil não perdeu suas terras ao sul, os imigrantes vieram que em larga escala contribuíram para o desenvolvimento econômico e cultural do brasil. A respeito dos esforços pela homogeneização e uniformização da língua, a realidade é que esta continua sendo extremamente heterogênea, seja com variantes do português brasileiro ou com presença de línguas estrangeiras. 
Referências 
GORSKI, Edair Maria. O Direito à Fala: A Questão do Preconceito Lingüístico. DELTA,  São Paulo ,  v. 18, n. 1, p. 153-161,    2002 .   disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502002000100007&lng=en&nrm=iso>. Acessado em  03  Mar.  2020.
ELISABETE, L. O Preconceito linguístico na cidade de Chapecó – SC, sob a perspectiva da Dialetologia Pluridimensional. Disponivel em: https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/2319/1/VALIATI%20ARTIGO%20-%20Letras.pdf Acessado em: 03 mar 2020
SCHOLTZ, Adriana de J. Identidade e comportamento linguístico nas comunidades de virmond e candói, no Paraná. Dissertação de Mestrado. Chapecó: UFFS, 2014.
BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: Ed. Loyola, 1999.
 REZENDE, F S, FERNANDES, D. Desafios enfrentados pelos imigrantes no processo de integração social na sociedade brasileira Disponivel em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/revistaich/article/view /16249/12788. Acessado em: 03 mar 2020

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