Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 181 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 181 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 181 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO 
DE BIOLOGIA ANIMAL II
Olá! Meu nome é Selma Bellusci. Minha formação acadêmica 
inicial foi um Bacharelado em Ciências Biológicas pela Unesp 
de Botucatu. Fiz o Mestrado no Departamento de Ecologia, na 
área específica de Entomologia, na USP de Ribeirão Preto. O 
meu Doutorado foi em Entomologia, cujo tema era “Crono-
biologia de Insetos Sociais”, especificamente as abelhas sem 
ferrão, também pela USP de Ribeirão Preto. Posteriormente, 
fiz Pós-doutorado na The Hebrew University of Jerusalem, em 
Israel, na área de “Evolução da Ritmicidade Biológica nos In-
setos Sociais”, cuja pesquisa foi focada nos ritmos circadianos 
das abelhas do gênero Bombus. Fui professora do Ensino Fundamental e Médio da 
rede estadual e particular de São Paulo e Ribeirão Preto. Atualmente, sou professora 
do curso de Graduação presencial e a distância de Ciências Biológicas e do curso de 
Pós-graduação a distância em Gestão Ambiental do Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: selma.bellusci@gmail.com
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
claretiano.edu.br/batatais
Selma Bellusci
Batatais
Claretiano
2018
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO 
DE BIOLOGIA ANIMAL II
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição 
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito 
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva
Vice-Reitor: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida
Coordenador Geral de EaD: Prof. Ms. Evandro Luís Ribeiro
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera 
• Cátia Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes 
• Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos 
Santos Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • 
Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão: Eduardo Henrique Marinheiro • Filipi Andrade de Deus Silveira • Rafael Antonio 
Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia 
Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires 
Botta Murakami
Videoaula: André Luís Menari Pereira • Bruna Giovanaz • Marilene Baviera • Renan de Omote 
Cardoso
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Fundamentos e Métodos do Ensino de Biologia Animal II 
Versão: fev./2018
Formato: 15x21 cm
Páginas: 181 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 15
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 19
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 19
5. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 20
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 23
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 23
2.1. HISTÓRIA DA VIDA E SUAS PROPRIEDADES .......................................... 23
2.2. FILO HEMICHORDATA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ........................ 26
2.3. FILO CHORDATA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ................................. 29
2.4. CLASSE PISCES ......................................................................................... 35
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 58
3.1. HEMICHORDATA ...................................................................................... 58
3.2. FILO CHORDATA ....................................................................................... 59
3.3. SUBFILO VERTEBRATA ............................................................................. 60
3.4. CLASSE AGNATHA .................................................................................... 61
3.5. CLASSE GNATOSTOMATHA ..................................................................... 61
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 62
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 63
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 63
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 64
UNIDADE 2 – CLASSE AMPHIBIA
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 67
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 67
2.1. A TRANSIÇÃO DA VIDA AQUÁTICA PARA A VIDA TERRESTRE .............. 67
2.2. ORIGEM DOS TETRÁPODES .................................................................... 69
2.3. ANFÍBIOS ATUAIS .................................................................................... 72
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 87
3.1. A TRANSIÇÃO DA VIDA AQUÁTICA PARA A VIDA TERRESTRE .............. 87
3.2. ORIGEM DOS TETRÁPODAS .................................................................... 88
3.3. ANFÍBIOS ATUAIS .................................................................................... 88
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 89
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 89
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 90
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 91
UNIDADE 3 – CLASSE REPTILIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 95
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 98
2.1. ORIGEM DA CLASSE REPTILIA ................................................................ 99
2.2. CLASSE REPTILIA ..................................................................................... 105
2.3. A ERA MESOZOICA E OS DINOSSAUROS ............................................... 117
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 121
3.1. A ORIGEM DOS AMNIOTA ...................................................................... 121
3.2. CLASSE REPTILIA ..................................................................................... 122
3.3. A ERA MESOZOICA E OS DINOSSAUROS ............................................... 122
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 123
5. CONSIDERAÇÕES .............................................................................................123
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 124
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 125
UNIDADE 4 – AVES
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 129
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 129
2.1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E ASPECTOS DA 
 BIOLOGIA DAS AVES ............................................................................... 129
2.2. O VOO E A MIGRAÇÃO ............................................................................ 141
2.3. CLASSIFICAÇÃO ....................................................................................... 148
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 149
3.1. AVES ......................................................................................................... 149
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 151
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 151
6. 6. E-REFERÊNCIAS ............................................................................................ 151
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 153
UNIDADE 5 – MAMMALIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 157
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 157
2.1. PRINCIPAIS ASPECTOS DA BIOLOGIA DOS MAMÍFEROS ...................... 157
2.2. DIVERSIFICAÇÃO ENTRE PRIMATAS E SERES HUMANOS ..................... 174
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 178
3.1. MAMMALIA ............................................................................................. 178
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 179
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 180
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 180
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 181
9
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo
Aspectos evolutivos e sistemática de Hemichordata e Chordata. Origem dos 
Vertebrata. Aspectos morfológicos, evolução e ecologia das principais linha-
gens dos vertebrados: Pisces, Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia.
Bibliografia Básica
HICKMAN, C. P. et al. Princípios integrados de Zoologia. 15. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013.
ORR, R. Biologia dos vertebrados. 5. ed. São Paulo: Rocca, 1986.
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. 4. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2008.
Bibliografia Complementar
BARNES, R. S.; SCHLENZ, E. (Coords.). Os invertebrados: uma nova síntese. São Paulo: 
Atheneu, 1995.
GALLO, V. et al. Paleontologia de vertebrados: grandes temas e constituições científicas. 
Rio de Janeiro: Interciência, 2012.
HILDEBRAND, M.; GOSLOW JR., G. E. Análise da estrutura dos vertebrados. São Paulo: 
Atheneu, 1995.
LODI, L.; BOROBIA, M. Baleias, botos e golfinhos do Brasil: guia de identificação. Rio de 
Janeiro: Technical Books, 2013.
SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia animal: adaptação e meio ambiente. 5. ed. São Paulo: 
Santos, 2002.
TOLA, J.; INFIESTA, E. Atlas de Zoologia. São Paulo: FTD, 2007.
10 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá 
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias 
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, 
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento 
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de 
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados 
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é 
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, 
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-
ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade 
e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-
rios, para efeito de avaliação.
11© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Iniciaremos o estudo de Fundamentos e Métodos do Ensi-
no de Biologia Animal II, por meio do qual você obterá as infor-
mações necessárias para o embasamento teórico da sua futura 
profissão e para as atividades que virão.
Além disso, procuramos elaborar um conteúdo capaz de 
proporcionar fundamentos para o entendimento de aspectos da 
biologia e da evolução dos principais grupos de vertebrados. 
Quem são os animais que fazem parte deste estudo?
Inicialmente, devemos entender como esse grupo está in-
serido em termos de classificação. Para tanto, precisamos ana-
lisar quais as características que foram utilizadas para compor 
esse grupo. Vertebrata se origina da palavra “vértebra”, ou seja, 
está diretamente relacionado ao esqueleto. A denominação al-
ternativa para esse grupo é Craniata, o que significa que ele está 
relacionado aos animais que possuem crânio, que pode ser ós-
seo ou cartilaginoso. Essa denominação se deve ao fato de que 
existem alguns peixes primitivos que não possuem vértebras. 
Dessa forma, a classificação desse grupo é a seguinte:
• Filo: Chordata.
• Subfilo: Craniata.
Esse subfilo compreende os peixes, os anfíbios, os répteis, 
as aves e os mamíferos (Figura 1), sendo que, além das carac-
terísticas mencionadas, o filo Chordata caracteriza-se por apre-
sentar, em algum estágio do seu desenvolvimento, a notocorda, 
que dá sustentação ao corpo, composta por um bastão de tecido 
12 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
conjuntivo fibroso que percorre o corpo do animal longitudinal-
mente. Além dela, os cordados também compartilham mais ca-
racterísticas que servem como diagnósticas do grupo:
1) tubo nervoso dorsal;
2) fendas faríngeas;
3) endóstilo;
4) cauda pós-anal.
Figura 1 Filo Chordata.
Os ancestrais desse grupo eram animais alongados, peque-
nos e apresentavam vértebras rudimentares. Há 450 milhões de 
anos, houve uma grande irradiação e diversificação do grupo de 
vertebrados, no período Ordoviciano. A grande dominação dos 
répteis, aves e mamíferos ocorre no Mesozoico e no Cenozoico.
13© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
O subfilo Craniata ou Vertebrata, portanto, apresenta 
como características principais esqueleto composto por coluna 
vertebral, com vértebras que protegem a medula espinhal e o 
crânio – caixa óssea compacta que protege o cérebro. A coluna e 
o crânio formam o chamado esqueleto axial. O esqueleto apen-
dicular é formado por ossos e cartilagens que compõem as na-
dadeiras, as asas, os braços e as pernas. Apesar das feiticeiras e 
lampreias (peixes sem maxilas) não apresentarem vértebras, são 
consideradas como componentes do grupo por compartilharem 
outras características.
Os vertebrados apresentam grande complexidade em ter-
mos de fisiologia e organização corpórea, como sistemas que 
interagem para manter a homeostase, equilibrando as suas fun-
ções na interaçãocom o meio ambiente. Para tanto, o organismo 
apresenta ajustes que fazem parte das adaptações ao hábitat em 
que vive. Os vertebrados apresentam:
1) Sistema nervoso que interage com o meio, recebendo 
estímulos por meio de órgãos sensoriais complexos. 
Essas informações são processadas no cérebro, que 
elabora uma resposta e ordena aos efetores uma res-
posta apropriada.
2) Sistema locomotor, composto pelo esqueleto, que dá 
suporte à musculatura, a qual dá movimento ao corpo. 
No interior deste, a musculatura também é responsá-
vel pelo movimento do sangue, da linfa, dos alimentos 
etc.
3) Sistema digestório, que processa o alimento capturado 
ou coletado da natureza, para a obtenção de energia 
necessária para manter os processos metabólicos que 
mantêm a vida.
14 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
4) Sistema excretório, que elimina os excretas, os produ-
tos do metabolismo que são tóxicos ao organismo.
5) Sistema respiratório, responsável pelas trocas gasosas, 
fornecendo oxigênio às células no processo respirató-
rio. Elimina o dióxido de carbono, que também é um 
produto do metabolismo.
6) Sistema reprodutor, que abriga os órgãos reprodutores 
(masculino e feminino) para gerar novos indivíduos que 
vão garantir a permanência das espécies no planeta.
A complexidade observada nos ajustes dos sistemas e toda 
a organização corpórea permitiram a grande irradiação dos ver-
tebrados, praticamente para todos os tipos de ambientes. A pos-
se de um endoesqueleto que vai se desenvolvendo e crescendo 
ao longo do ciclo de vida, mantendo-se com uma estrutura de 
suporte da musculatura refinada, possibilitou movimentos pre-
cisos, que são importantíssimos no comportamento predatório.
Outras condições essenciais para o sucesso e irradiação do 
grupo para ocupação de novos ambientes foram o coração, com 
quatro câmaras, promovendo maior eficiência nas demandas das 
altas taxas metabólicas; e o desenvolvimento dos órgãos senso-
riais pares, permitindo maior clareza na obtenção de informa-
ções do meio ambiente e, portanto, respostas mais adequadas.
Este é um breve comentário a respeito dos temas que você 
encontrará nas unidades. Leia com atenção esta obra, pesqui-
se os sites indicados e a literatura mencionada em cada lista de 
referências ao final de cada unidade, para que você aprofunde 
os seus conhecimentos. O estudo da área zoológica apresenta 
muitas informações, muitos nomes de estruturas; fique aten-
to às principais de cada grupo e faça comparações com relação 
15© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
às funções, pois isso ajudará você a compreender os caminhos 
evolutivos.
Bons estudos!
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e 
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Abdome: porção do corpo de um vertebrado entre o 
tórax e a pelve.
2) Adaptação: estrutura anatômica, processo fisiológico 
ou comportamento peculiar que evoluíram por sele-
ção natural e aperfeiçoam a habilidade do organismo 
para sobreviver e deixar descendentes.
3) Alantoide: uma das membranas embrionárias dos 
amniotas que funciona na respiração e na excreção 
em aves e demais répteis, além de ter papel impor-
tante no desenvolvimento da placenta na maioria dos 
mamíferos.
4) Albumina: algumas proteínas simples, de uma grande 
classe de proteínas, que são importantes constituintes 
do plasma sanguíneo dos vertebrados, fluidos do cor-
po, bem como do leite, da clara dos ovos e de outras 
substâncias animais.
5) Altricial: refere-se aos animais jovens (especialmente 
aves); os ninhegos eclodem em condição imatura e 
dependente.
16 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
6) Alvéolo: uma pequena cavidade ou fossa semelhan-
te a um microscópico compartimento aéreo dos pul-
mões; a parte terminal de uma glândula alveolar; ou a 
cavidade óssea onde se implanta um dente.
7) Artéria: vaso sanguíneo que conduz sangue do cora-
ção para outras partes do corpo.
8) Bexiga natatória: bolsa preenchida por gás presente 
em diversos peixes ósseos e usada para boiar e, em 
alguns casos, para troca de gases respiratórios.
9) Caráter: componente do fenótipo (incluindo caracte-
rísticas morfológicas, moleculares e comportamentais 
específicas, dentre outras) utilizado por sistematas 
para diagnosticar espécies ou táxons superiores, ou 
ainda para averiguar o relacionamento entre popula-
ções de uma espécie.
10) Carnívoro: comedor de carne. Mamífero pertencente 
à Ordem Carnivora. Também, qualquer organismo que 
se alimenta de outros animais.
11) Cartilagem: tecido conjuntivo especializado, translúci-
do, que compõe a maior parte do esqueleto de em-
briões e de vertebrados jovens, bem como de peixes 
cartilaginosos adultos, tais como tubarões, raias; em 
outros vertebrados adultos, esse tecido é, em grande 
parte, substituído por osso.
12) Cefalização: processo evolutivo pelo qual órgãos sen-
soriais e apêndices especializados tornam-se localiza-
dos na extremidade da cabeça dos animais.
13) Celoma: cavidade do corpo dos animais triblásticos e 
revestida por peritônio mesodérmico.
17© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
14) Cinodontes: grupo de sinapsídeos carnívoros mamali-
formes do Permiano Superior e do Triássico.
15) Clásper: projeção digitiforme na região medial das 
nadadeiras pélvicas dos machos e condrictes e alguns 
placodermos; órgão usado para penetrar no sistema 
reprodutivo da fêmea e transferir esperma.
16) Cloaca: câmara posterior do sistema digestivo recep-
tora de fezes e produtos urogenitais de muitos verte-
brados. Em certos invertebrados, porção terminal do 
sistema digestivo que também desempenha funções 
respiratória, excretora e reprodutiva.
17) Coana: é a abertura nasal posterior. As coanas permi-
tem a comunicação da cavidade nasal com a faringe.
18) Derme: camada mesodérmica, sensorial, interna da 
pele; córion.
19) Diafragma: músculo laminar que separa as cavidades 
torácica e abdominal dos mamíferos. A contração do 
músculo propicia a entrada de ar nos pulmões.
20) Endóstilo: sulco ciliado do assoalho da faringe dos 
tunicados, cefalocordados e estágios larvais de peixes 
ágnatos, que produz muco utilizado para aglutinar par-
tículas de alimento que são encaminhadas, por bati-
mento ciliar, à parte posterior do tubo digestivo.
21) Endotérmico: possuir a temperatura do corpo deter-
minada pelo calor derivado do metabolismo do pró-
prio animal; contrasta com ectotérmico.
22) Epiderme: camada externa da pele não vascularizada 
e de origem ectodérmica.
18 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
23) Estomocorda: evaginação anterior da parede dorsal da 
cavidade bucal para o interior da probóscide de hemi-
cordados; divertículo bucal.
24) Extinção em massa: intervalo de tempo geológico re-
lativamente curto no qual uma grande parte (75% a 
95%) das espécies ou de táxons superiores é eliminada 
quase ao mesmo tempo.
25) Fóssil: qualquer vestígio ou impressão deixado por um 
organismo de uma idade geológica passada e que te-
nha sido preservado por processos naturais, geralmen-
te por mineralização na crosta terrestre.
26) Gônada: órgão que produz gametas.
27) Metameria: condição da construção de partes repeti-
das e seriadas (metâmeros); segmentação em série.
28) Opérculo: cobertura das brânquias dos peixes ósseos.
29) Palato secundário: uma estrutura anatômica que 
separa a cavidade oral da cavidade nasal em muitos 
vertebrados.
30) Papo: região do esôfago especializada em estocar 
alimentos.
31) Simetria bilateral: condição em que o corpo do animal 
é organizado em duas metades semelhantes por meio 
da passagem de um único eixo. A divisão forma dois 
planos perfeitamente simétricos.
32) Tetrápodes: vertebrados comquatro membros loco-
motores; grupo inclui anfíbios, répteis não aves, aves 
e mamíferos.
19© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos concei-
tos mais importantes deste estudo:
Figura 2 Esquema de Conceitos-chave de Fundamentos e Métodos do Ensino de Biologia 
Animal II.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARNES, R. S. K. et al. Os invertebrados: uma síntese. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
HICKMAN, C. P. et al. Princípios integrados de Zoologia. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013.
ORR, R. Biologia dos vertebrados. 5. ed. São Paulo: Rocca, 1986.
POUGH, F. R.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A Vida dos Vertebrados. São Paulo: Atheneu, 
2008.
20 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
5. E-REFERÊNCIA
Figura
Figura 1 Filo Chordata. Disponível em: <http://9.fotos.web.sapo.io/i/
o20130a18/19199889_gIot3.jpeg>. Acesso em: 4 ago. 2017.
21
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE 
PISCES
Objetivos
• Compreender aspectos da evolução dos Vertebrata.
• Analisar as principais características da Classe Pisces.
• Identificar os principais grupos.
Conteúdos
• Principais aspectos do filo Hemichordata.
• Principais aspectos do filo Chordata.
• Classe Pisces.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite a este conteúdo; busque outras informações em sites con-
fiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada 
unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é 
um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Sempre que possível, pesquise mais sobre as principais características da 
Classe Pisces.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteú-
do Digital Integrador.
23© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo. Você está 
preparado?
Nesta unidade, entraremos no denso universo do estudo 
dos animais. Analisaremos, primeiramente, seus ajustes e adap-
tações com o meio ambiente. Em seguida, discutiremos alguns as-
pectos de sua biologia, morfologia e de alguns comportamentos.
No panorama da Classe Pisces, discutiremos os principais 
táxons relacionados a essa classe, pois ela é bastante diversa.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. HISTÓRIA DA VIDA E SUAS PROPRIEDADES
A história da vida apresenta transformações contínuas. De 
acordo com a genealogia da vida, que foi progredindo das for-
mas iniciais até as milhões de espécies atuais, outras proprie-
dades surgiram e passaram dos seus progenitores às suas proles. 
Durante esse processo, os sistemas vivos geraram uma diversi-
dade de características que não ocorrem no mundo inanimado. 
Essas características produziram a enorme diversidade de organ-
ismos que é observada atualmente. Portanto, podemos dizer 
que vida é um processo ligado a uma história de descendência 
com modificações.
24 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Dessa forma, as propriedades gerais mais importantes que 
emergiram durante a história da vida incluem: unicidade química, 
complexidade e organização hierárquica, reprodução (herança 
e variação), posse de um programa genético, metabolismo, 
desenvolvimento, interação ambiental e movimento. Vejamos 
cada uma em detalhe:
1) Unicidade química: os seres vivos apresentam uma or-
ganização molecular complexa e única formada pelas 
macromoléculas.
2) Complexidade e organização hierárquica: no mundo 
vivo, encontra-se uma hierarquia de níveis que inclui 
uma ordem ascendente de complexidade, e cada nível 
incorpora um nível imediatamente inferior e tem sua 
própria estrutura interna.
3) Reprodução: os sistemas vivos apresentam capacida-
de de autorreplicação. A reprodução é um fenômeno 
que está relacionado à hereditariedade e à variação. 
A herança é a transmissão fiel dos caracteres dos pais 
à prole, geralmente não observada no nível dos orga-
nismos. A variação é a produção de diferenças entre 
os caracteres de indivíduos diferentes. No processo 
reprodutivo, as propriedades dos descendentes asse-
melham-se às dos seus pais em grau variado, mas não 
são sempre idênticas. A replicação do DNA ocorre com 
grande fidelidade, mas os erros ocorrem em taxas que 
se repetem.
4) Posse de um programa genético: esse programa pro-
move a fidelidade na herança. As informações estão 
contidas no DNA dos animais e na maioria dos seres 
vivos.
25© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
5) Metabolismo: é composto pelos processos químicos 
essenciais para manter a vida. Essas reações químicas 
ocorrem a partir dos nutrientes que são usados para 
obter energia química e componentes moleculares. Os 
nutrientes são obtidos no ambiente.
6) Desenvolvimento: todos os organismos passam por 
um ciclo de vida próprio, em que ocorrem mudanças 
de suas características desde sua origem até a forma 
adulta final.
7) Interação ambiental: todos os organismos interagem 
com seus ambientes. Essa interação é estudada de ma-
neira aprofundada na Ecologia.
8) Movimento: os sistemas vivos e suas partes mostram 
movimentos controlados e precisos no interior do sis-
tema. Nesse tópico, incluem-se todos os movimentos: 
no nível celular, respostas aos estímulos, movimentos 
autônomos, dispersão dentro de uma mesma área 
geográfica, migração.
Os animais formam um ramo longo, que começou há 600 
milhões de anos nos mares pré-cambrianos. Eles fazem parte do 
grupo dos eucariotos, cujas células contêm um núcleo envolto 
por membrana. Nesse ramo, também se encaixam os fungos e 
as plantas. Então, talvez a característica que distingue os animais 
dos demais seja o seu modo de nutrição, que consiste em se ali-
mentar de outros organismos. Esse fato promoveu a evolução de 
vários sistemas de captura diversificados e o processamento de 
um leque de diferentes tipos de alimentos.
26 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
2.2. FILO HEMICHORDATA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Começaremos o estudo dos vertebrados com os hemicor-
dados, pois, por meio do estudo do parentesco entre os grupos 
(Filogenia), percebe-se relação entre os cordados e os equino-
dermos. Além disso, esse grupo já foi classificado como cordado 
devido a suas características.
A etimologia da palavra “Hemichordata” é grega – “hemi”, 
metade – e do latim – “chorda”, corda. Esse filo é constituído por 
animais vermiformes, marinhos, bentônicos na sua forma adulta 
(exceto o grupo Planctosphaera), que, geralmente, vivem em 
águas rasas. Entre as principais características dos hemicorda-
dos, pode-se dizer que são deuterostômios bilaterais, podendo 
ser solitários ou coloniais. Possuem fendas branquiais faringe-
anas ciliadas, sistema circulatório aberto, glomérulo (estrutura 
excretora), tubo digestivo completo e presença de estomocor-
da. Além disso, não apresentam notocorda ou cordão nervoso 
dorsal.
Esses animais são dioicos, com fecundação externa e 
apresentam um estágio larval (larva tornária). Esse grupo foi 
classificado como um subfilo do filo Chordata durante muito 
tempo, e sabemos que os Chordata são caracterizados por 
apresentarem notocorda, cordão nervoso dorsal, fendas 
faringeanas e uma cauda pós-anal (ambas em pelo menos um 
estágio da vida). No entanto, a notocorda dos hemicordados é 
um divertículo da cavidade oral, chamado de estomocorda, e 
não é homólogo (mesma origem embrionária) à notocorda dos 
cordados(BRUSCA; BRUSCA, 2007).
Mas, então, o que aconteceu com esse grupo tão 
esquisito? Os hemicordados compartilham características com 
27© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
os equinodermos (grupo das estrelas-do-mar, ouriços, bolachas-
de-praia etc.) e os cordados. Inclusive, os hemicordados são 
considerados um grupo-irmão dos equinodermos, considerando 
os estudos de vários biólogos, que, de acordo com essa 
evidência, promoveram o surgimento da hipótese Ambulacraria. 
Segundo essa hipótese, os equinodermos se unem aos 
hemicordados devido ao sistema nervoso difuso e ao celoma 
tripartido, características compartilhadas pelos dois grupos. De 
acordo com Hickman et al. (2013), outro aspecto importante 
da evolução desse grupo é que a sua embriogênese é muito 
parecida com a dos equinodermos. E estudos recentes mostram 
que Chordata é grupo-irmão dos Deuterostomia (grupo formado 
pelos Hemichordata e os Echinodermata). Mas, voltando aos 
Hemichordata, é um grupo dividido em duas classes:
1) Enteropneusta: são vermes lentos que vivem em 
galerias sob rochas. Possuem o corpo dividido em 
probóscide, colarinho e tronco, e celoma reduzido. 
A boca é ventral e não apresenta endóstilo, e o 
ânus é posterior e terminal. É abundante na região 
entremarés e apresenta cerca de 75 espécies. São 
exemplos: Balanoglossus sp. e Saccoglossus sp.
2) Pterobranchia: apresentam o corpo em forma de saco 
dividido em disco pré-oral (escudo cefálico), mesos-
somo com tentáculos e metassomo subdividido em 
tronco e pedúnculo. Não apresentam neurocorda. São 
marinhos, gregários ou coloniais, pequenos e vivem 
juntos em um tubo de colágeno. As colônias podem 
medir 10 cm de diâmetro. Exemplo: Cephalodiscus sp.
Desse modo, o compartilhamento de algumas característi-
cas com os Chordata faz do Hemichordata o grupo de inverteb-
28 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
rados mais próximo dos Chordata. Observe a figura a seguir, que 
representa um grupo dos Hemichordata:
Fonte: Hickman et al. (2013, p. 517).
Figura 1 Exemplo de Hemichordata enteropneusto.
Com as leituras propostas no Tópico 3. 1, você poderá 
complementar seus estudos e aprofundar seu conhecimento. 
Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras 
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.
29© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
2.3. FILO CHORDATA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Os cordados estão subdivididos nos subfilos (Figura 2):
• Cephalochordata.
• Urochordata.
• Vertebrata.
Figura 2 Exemplo de Hemichordata pterobrânquio: (a) Tradução das estruturas – lado 
esquerdo: intestino; meio: estomocorda; disco preoral; boca; estômago: pedúnculo;
lado direito: broto 1; 2; 3.
O nome do grupo deriva de uma estrutura chamada no-
tocorda, que é um bastão semirrígido de células envolvidas por 
30 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
uma bainha fibrosa estendido ao longo do corpo na região ven-
tral. Todos os membros do filo apresentam essa estrutura no iní-
cio da vida ou ao longo desta. Os animais que mais conhecemos 
pertencem a esse filo – inclusive nós, seres humanos.
Os cordados compartilham características com outros gru-
pos de animais, inclusive invertebrados, tais como: simetria bi-
lateral, eixo anteroposterior, celoma, metameria e cefalização.
Uma série de características aponta que os cordados apre-
sentam uma linha de descendência com o grupo Deuterostomia 
(blastóporo dá origem ao ânus durante a fase embrionária). Os 
deuterostômios são representados pelo agrupamento hemicor-
dado-equinodermo, já mencionado anteriormente.
O filo Chordata apresenta maior unidade estrutural em to-
dos os órgãos e sistemas do que os outros filos. Ecologicamente, 
estão entre os organismos mais adaptáveis e são capazes de 
ocupar a maioria dos tipos de hábitats (POUGH; JANIS; HEISER, 
2008).
31© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Fonte: Hickman et al. (2013, p. 526).
Figura 3 Cladograma do Filo Chordata.
As características diagnósticas do Filo Chordata são:
1) Simetria bilateral; corpo segmentado; três camadas 
germinativas; celoma bem desenvolvido.
2) Notocorda (bastão esquelético) presente em algum es-
tágio do ciclo de vida.
3) Tubo nervoso dorsal único: porção anterior do tubo 
nervoso, em geral alargada, para formar o encéfalo.
4) Bolsas faríngeas: presentes em algum estágio do ciclo 
de vida; em cordados aquáticos, elas se transformam 
em fendas faríngeas.
5) Endóstilo: estrutura que se localiza no assoalho da 
faringe ou em uma glândula tireoide derivada do 
endóstilo.
32 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
6) Cauda pós-anal: normalmente se projeta além do ânus 
em algum estágio da vida, mas pode ou não persistir.
7) Tubo digestivo completo.
8) Segmentação: se presente, é restrita à parede do cor-
po, cabeça e cauda, e não se estende ao interior do 
celoma.
Subfilo Urochordata
Os urocordados ou tunicados, cerca de 3.100 espécies, 
apresentam notocorda na cauda. Vivem em todos os mares e 
em todas as profundidades. Na fase adulta, a maioria é séssil, ou 
seja, presa a um substrato. O termo tunicado é referente à sua 
túnica resistente, que contém celulose na sua composição e cir-
cunda o animal. Durante a metamorfose para a fase adulta, a no-
tocorda desaparece, juntamente com a cauda, enquanto o tubo 
nervoso se reduz a um gânglio nervoso dorsal. As ascídias são 
representantes desse grupo, e é possível observar-lhes a túnica.
Externamente, ocorrem duas projeções: o sifão inalante, 
ou oral, que corresponde à porção anterior do corpo, e o sifão 
exalante ou sifão atrial, que delimita a região dorsal do animal. 
O endóstilo forma um muco que cola as partículas alimentares 
capturadas pelos cílios das barras branquiais da faringe (POUGH; 
JANIS; HEISER, 2008; HICKMAN et al., 2013).
Subfilo Cephalochordata
São animais delgados, achatados lateralmente e translúci-
dos, com cerca de 3 a 7 cm de comprimento. Eles habitam os 
fundos arenosos de águas costeiras do mundo inteiro. Existem 
cerca de 29 espécies de cordados, e o anfioxo é o representante 
mais conhecido por conter as cinco características deles. A água 
33© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
entra no corpo por meio dos cílios na cavidade pré-oral, percorre 
boca e faringe, onde o alimento é retido no muco secretado pelo 
endóstilo, e vai para o intestino. As partículas menores vão para 
o ceco hepático e são fagocitadas pelas células. Depois, a água 
sai por um atrióporo.
O sistema circulatório possui aorta ventral, que impulsiona 
o sangue para a aorta dorsal, por onde o sangue é distribuído 
para todas as células do corpo. Como o sangue não tem função 
na troca gasosa, o processo respiratório ocorre na superfície do 
corpo. O sistema nervoso é centralizado em um tubo nervoso 
dorsal acima da notocorda e as raízes nervosas dorsais existem 
em pares. O ocelo é um fotorreceptor. Os sexos são separados, 
os gametas são liberados no meio e ocorre a fecundação exter-
na. As larvas eclodem pouco tempo depois e vão assumindo a 
forma adulta (HICKMAN et al., 2013) (Figura 4).
Figura 4 Anfioxo – Cephalochordata.
Com as leituras propostas no Tópico 3. 2, você poderá 
complementar seus estudos e aprofundar seu conhecimento. 
Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras 
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.
34 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Subfilo Vertebrata
O subfilo Vertebrata inclui membros do reino animal 
dotadosde coluna vertebral (apesar de as lampreias e o peixe 
bruxa não apresentarem essa característica, eles compartilham 
outras). Os vertebrados apresentam cabeça bem desenvolvida, 
grande tamanho relativo, alto grau de mobilidade e um proje-
to corpóreo distinto, com muitas características peculiares que 
permitiram a irradiação adaptativa do grupo. Eles apresentam 
o endoesqueleto vivo, o que permite um crescimento contínuo 
e fornece uma estrutura robusta para a eficiente fixação e ação 
muscular; faringe muscular perfurada com fendas e brânquias 
(perdidas ou amplamente modificadas nos vertebrados ter-
restres), com amplo aumento da eficiência respiratória; tubo 
digestivo com musculatura; coração com câmaras; sistema ner-
voso complexo, com encéfalo diferenciado e órgãos sensoriais 
pares. As ideias principais sobre a evolução inicial dos verteb-
rados são dadas pelo exame de várias formas fósseis, incluindo 
os conodontes (peixes ostracodermes) e os amocetes (larvas de 
lampreias atuais). A evolução das maxilas e dos apêndices pares 
contribuiu para o incrível sucesso do grupo dos gnatostomados.
Uma informação interessante sobre o assunto é que um 
grupo de zoólogos usa caracteres do desenvolvimento para 
descobrir a história evolutiva de estruturas ou organismos, uma 
área de pesquisa chamada "evo-devo". Estudos recentes docu-
mentam que a expressão de vários genes homeóticos, incluindo 
Hox e Dlx, estabelece o limite dorsoventral anteroposterior du-
rante o desenvolvimento de várias estruturas da cabeça. Ou seja, 
são genes que participam, por meio da sua atividade, do desen-
volvimento e da formação das regiões que compõem o embrião 
nos seus estágios iniciais. Por exemplo, anfioxos e lampreias que 
não apresentam maxilas expressam HoxL6 (ou seu homólogo) 
35© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
por toda a cabeça, mas os gnatostomados expressam HoxL16 
apenas nos arcos faríngeos posteriores, não no arco mandibular. 
Isso sugere que a perda da expressão do HoxL6 no arco mandibu-
lar facilitou a evolução das maxilas (ROSSETI, 2014).
Com as leituras propostas no Tópico 3. 4, você poderá 
complementar seus estudos e aprofundar seu conhecimento. 
Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras 
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.4. CLASSE PISCES
O que é um peixe? De acordo com Hickman et al. (2013), o 
termo “peixe” designa um conjunto misto de animais aquáticos. 
Antigamente, vários grupos de animais aquáticos compunham 
esse grupo. Atualmente, o peixe é um vertebrado com brân-
quias; os membros, se presentes, terão a forma de nadadeiras e, 
normalmente, trarão escamas de origem dérmica no tegumento. 
Os peixes não possuem um ancestral comum, pois o ancestral de 
vertebrados terrestres está incluído em um grupo de peixes.
36 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Fonte: Hickman et al. (2013, p. 545).
Figura 5 Evolução dos principais grupos de peixes. Observe os vários ramos que se 
originaram a partir de um ancestral e de onde surgiram os grupos modernos.
Os peixes são bem diversificados e atualmente apresentam 
cerca de 28.000 espécies. São classificados em:
37© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
1) Classe Myxini.
2) Classe Petromyzontida.
3) Classe Chondrichthyes.
4) Classe Actinopetrygii.
5) Classe Sarcopterygii.
Peixes sem maxila são um grupo primitivo com 108 
espécies, representados por duas classes: Myxini (feiticeiras) e 
Petromyzontida (lampreias).
Classe Myxini
As feiticeiras podem ser encontradas em qualquer lugar do 
mundo, com exceção dos polos, e são exclusivamente marinhas. 
São animais que se alimentam de carcaças de animais moribun-
dos ou mortos e invertebrados, portanto, vivem nas águas frias, 
em grandes profundidades. Não apresentam estágio larval; no 
entanto, seus hábitos reprodutivos são muito pouco conhecidos. 
São praticamente cegas, mas os sentidos olfatório e tátil são bem 
desenvolvidos e podem, assim, encontrar animais moribundos 
facilmente. Na região oral, apresentam duas placas queratiniza-
das e uma língua raspadora com muitos dentes, que pode re-
tirar pedaços de carne da presa. Esses animais são conhecidos 
pela imensa quantidade de muco que produzem. Esse material, 
em contato com a água do mar, torna a pele muito escorregadia 
(HICKMAN et al., 2013).
As feiticeiras podem apresentar um nó na extremidade ter-
minal e, ao percorrer seu corpo, o muco se desprenderá da su-
perfície, deixando o peixe com o tegumento limpo. Dos agnatos 
atuais, as feiticeiras pertencem ao grupo mais primitivo de todos 
os vertebrados fósseis e atuais (Figura 6).
38 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Fonte: Hickman et al. (2013, p. 547).
Figura 6 Feiticeira.
As características da Classe Myxini são:
1) Corpo delgado com pele nua, contendo glândulas de 
muco. Sua principal característica são as glândulas, 
que também secretam filamentos proteicos enovela-
dos e auxiliam na manutenção da viscosidade do muco 
em contato com a água do mar. Esse comportamento 
intimida os predadores.
2) As feiticeiras apresentam boca circundada por tentá-
culos com duas fileiras de dentes eversíveis, sobre pla-
cas córneas, sem maxilas. Possuem um único orifício 
nasal. 
39© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
3) Não possuem apêndices pares, nem nadadeira dorsal 
(a nadadeira caudal estende-se anteriormente ao lon-
go da superfície dorsal).
4) Esqueleto fibroso cartilaginoso e notocorda persistente.
5) O coração verdadeiro possui três câmaras (seio venoso, 
átrio e ventrículo) e se localiza próximo às brânquias; 
já corações acessórios ficam no fígado e na região cau-
dal. O sangue apresenta hemoglobina (pigmentação 
vermelha).
6) Possui de 5 a 16 pares de brânquias, com número va-
riável de aberturas branquiais.
7) Rins pronéfricos e mesonéfricos segmentados, fluidos 
corpóreos isosmóticos com a água do mar.
8) Sistema digestivo sem um estômago, sem válvula espi-
ral ou cílios no trato intestinal. Uma vez que o alimento 
tenha atingido o trato digestório, ele é envolvido por 
uma bolsa de muco, e nesse momento é atacado por 
enzimas. A membrana dessa bolsa permite a passa-
gem do alimento para a cavidade intestinal para que 
seja absorvido. Os produtos alimentares não digeríveis 
são eliminados ainda envoltos pela bolsa.
9) Tubo nervoso dorsal com encéfalo diferenciado; sem 
cerebelo; 10 pares de nervos cranianos; raízes nervo-
sas dorsal e ventral unidas.
10) Órgãos sensoriais de paladar, olfato e audição; olhos 
degenerados; um par de canais semicirculares.
11) O número de fêmeas é maior que o de machos, numa 
proporção de 100:1. Sabe-se que existem hermafrodi-
tismo em várias espécies. Os sexos são separados (ová-
rios e testículos no mesmo indivíduo, mas somente um 
40 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
é funcional); há fecundação externa e ovos grandes 
com vitelo, sem estágio larval. As feiticeiras não pos-
suem vértebras (HICKMAN et al., 2013).
Classe Petromyzontida
Composta por lampreias, essa classe compartilha muitas 
características com os gnatostomados (peixes com maxilas). Sua 
principal característica é a presença de elementos vertebrais car-
tilaginosos semelhantes aos arcos neurais. A maioria das lampre-
ias é parasita, possui uma boca arredondada que internamente 
apresenta o funil oral com uma superfície revestida por córneos 
que raspam o tegumento do hospedeiro. Além disso, apresentam 
uma língua protrátil que também é revestida por esses espinhos, 
promovendo uma forte fixação no hospedeiro. A lampreia possui 
uma glândula que libera uma substância anticoagulantee, então, 
por sucção, atinge o conteúdo alimentar. Vários animais marin-
hos fazem parte do "cardápio" das lampreias, tais como baleias, 
golfinhos e peixes. Os hospedeiros, no entanto, não morrem por 
essa ação parasita, mas podem ficar bem debilitados. Outra car-
acterística desse grupo é a presença do corpo pineal acima das 
narinas e olhos bem desenvolvidos (HICKMAN et al., 2013).
As lampreias têm o coração inervado, diferentemente das 
feiticeiras. A concentração de íons e a excreção de compostos ni-
trogenados no corpo são reguladas por rins desenvolvidos e por 
células cloragógenas, que se localizam próximas às brânquias.
A ventilação das brânquias ocorre de uma forma diferente, 
já que a água não entra pela boca e sai pelas brânquias como nos 
demais peixes. No caso das lampreias, devido ao hábito parasita, 
com a boca ficando fixa no hospedeiro, a água entra e sai pelas 
41© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
brânquias, havendo um mecanismo que impede que ela entre 
pela faringe e chegue à boca.
Esse grupo vive em regiões temperadas, e a maioria das 
espécies pode ser encontrada ao norte. As espécies são aná-
dromas, ou seja, quando adultas, vão para os rios na época da 
reprodução. Nessa época, as lampreias constroem ninhos com 
pedras, a fêmea se fixa a uma pedra e o macho se enrola nela. 
Óvulos e espermatozoides são liberados, o que propicia a fe-
cundação externa.
O estágio larval é conhecido como amocetes, e fica no nin-
ho por aproximadamente dez dias. Depois desse período, a larva 
sai e é levada pelas correntes até as margens, podendo passar 
por um período de até 7 anos enterrada no substrato, filtrando 
as partículas alimentares na faringe aderidas ao muco. Após atin-
gir um certo crescimento, ocorre a metamorfose para o estágio 
adulto, que durará no máximo dois anos (POUGH; JANIS; HEISER, 
2008) (Figura 7).
42 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Fonte: Hickman et al. (2013, p. 548).
Figura 7 Ciclo de vida da lampreia.
As características da Classe Petromyzontida são:
1) corpo delgado, arredondado, com pele nua;
2) 1 ou 2 nadadeiras dorsais, sem apêndices pares;
3) disco oral em forma de ventosa e língua com dentes 
queratinizados bem desenvolvidos;
4) coração com seio venoso, átrio e ventrículo, arcos aór-
ticos na região branquial;
5) sete pares de brânquias, cada uma com uma abertura 
branquial externa;
43© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
6) rim opistonéfrico; fluidos corpóreos com regulação os-
mótica e iônica; são anádromas e de água doce;
7) tubo nervoso dorsal com encéfalo diferenciado, um 
pequeno cerebelo presente; 10 pares de nervos cra-
nianos; raízes nervosas, dorsal e ventral separadas;
8) sistema digestivo sem estômago diferenciado; intesti-
no com dobra espiral;
9) órgãos sensoriais de paladar, olfato, audição; olhos 
bem desenvolvidos no adulto; dois pares de canais 
semicirculares;
10) sexos separados, gônada ímpar sem ducto; fecundação 
externa; estágio larval longo denominado amocetes.
Com as leituras propostas no Tópico 3. 4, você poderá 
complementar seus estudos e aprofundar seu conhecimento. 
Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras 
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.
Gnatostomata
A transição de agnatos para gnatostomados, de acordo com 
Romer (1967 apud POUGH, 2008), foi um dos maiores avanços na 
história dos Vertebrata. O surgimento das maxilas permitiu uma 
variedade de mudanças no comportamento, promovendo no-
vas possibilidades para as espécies. Entre eles, podemos desta-
car a possibilidade de abocanhar o alimento, arrancar pedaços, 
o que acarreta a mudança nos tipos de alimento, aumentando 
as opções da dieta e flexibilizando as opções. A mobilidade dos 
maxilares também permite escavar galerias, segurar, manipular 
44 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
e transportar objetos, segurar a fêmea durante a corte e o cui-
dado parental com a prole.
De acordo com alguns autores, a origem das maxilas está 
relacionada ao aumento da ventilação das brânquias e não está 
exatamente ligada à alimentação. Muitas evidências demonstram 
que as taxas metabólicas dos gnatostomados eram mais altas se 
comparadas às dos agnatos. Isso se deve ao fato de bombearem 
água às brânquias através dos músculos branquiais internos, já 
que os agnatos apresentam apenas um véu bombeador e sua 
ação sobre a água é fraca. Portanto, as maxilas provavelmente 
se originaram dos arcos branquiais, já que possuem a mesma 
origem embrionária.
A diferença básica entre agnatos e gnatostomados é a aus-
ência de maxilas; no entanto, existem outros aspectos impor-
tantes, já que os gnatostomados apresentam um nível de com-
plexidade corpórea maior. Como mencionado anteriormente, 
uma série de comportamentos surgiu a partir da aquisição das 
maxilas; houve, portanto, mudanças nas atividades locomotoras, 
predatórias, no aparato sensorial e circulatório, além do surgi-
mento de nadadeiras pares. A aquisição das maxilas promoveu 
um rearranjo na musculatura, tornando os movimentos mais pre-
cisos, além de permitir a projeção do crânio na direção anterior 
e rearranjar a posição dos órgãos do sentido. Deve-se salientar 
que também houve um salto da alimentação por filtração para a 
predação e da ventilação das brânquias, impulsionada por uma 
bomba muscular faríngea. Houve também um aumento da com-
plexidade das vértebras, promovendo um maior suporte para o 
corpo dos gnatostomados (ORR, 1986; POUGH; JANIS; HEISER, 
2008).
45© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Na Era Paleozoica, os gnatostomados eram representados 
por grupos extintos de peixes que possuíam armaduras e eram 
predadores, como os acantódios e os placodermos, e por dois 
grupos que sobreviveram, os condrictes (peixes cartilaginosos) 
e os osteíctes (peixes ósseos). Os peixes cartilaginosos são rep-
resentados por tubarões, arraias e quimeras. Já os peixes ósseos 
apresentam osso endocondral, além de um opérculo que prote-
ge as brânquias do meio externo. Dividem-se em dois grupos: os 
actinopterígios (possuem nadadeiras raiadas) e os sarcopterígios 
(nadadeiras lobadas). Os peixes de nadadeiras lobadas deram 
origem aos tetrápodes. Os peixes ósseos constituem um grupo 
parafilético, já que compreendem um grupo que deu origem aos 
tetrápodes.
Origem das Nadadeiras 
A orientação do corpo na água é fundamental para o movi-
mento preciso. As nadadeiras têm essa função, e as ímpares, dor-
sal e ventral auxiliam o corpo a se movimentar para a esquerda e 
para a direita. No entanto, as nadadeiras pares possibilitam out-
ros tipos de movimentos importantes, como propulsão, abaixa-
mento e levantamento do corpo, bem como da região anterior, 
além de frear o animal. Algumas nadadeiras ainda têm função 
de defesa, por apresentarem espinhos, ou de corte, por serem 
coloridas (POUGH; JANIS; HEISER, 2008) (Figura 8).
Figura 8 Tipos de nadadeira caudal de peixe.
46 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Classe Chondrichthyes
Mesmo com uma filogenia não estabelecida, os peixes 
cartilaginosos, como os tubarões, tiveram sua origem na água 
doce. A radiação em diversos grupos promoveu a ocupação do 
hábitat marinho, em que a maioria das espécies vive. Uma varia-
ção na dentição é encontrada numa combinação com a forma 
de uma nadadeira ancestral em uma certa linhagem e a situação 
oposta, o que também acontecia com outra linhagem. Portanto, 
nos peixes cartilaginosos ancestrais, pode-se encontrar grupos 
com características primitivas e derivadas (que surgiram mais 
recentemente). Os peixes cartilaginosos foram desenvolvendocaracterísticas semelhantes, no que se refere às estruturas re-
lacionadas à alimentação e à locomoção, caracterizando uma 
evolução paralela, pois essas características apareceram em gru-
pos independentes.
Os condrictes basais compartilham características relacio-
nadas à forma dos dentes, como tricúspides com desenvolvim-
ento de uma raiz. Os dentes, por sua vez, são feitos de dentina e 
são cobertos com esmalte.
Esse grupo é representado por cerca de 970 espécies al-
tamente especializadas, no que se refere ao conjunto de órgãos 
do sentido aliado à forma hidrodinâmica do corpo, com adap-
tações morfológicas que tornam os movimentos precisos e rá-
pidos. A maioria é marinha, e cerca de 28 espécies são de água 
doce. Como o próprio nome diz, o esqueleto é cartilaginoso 
(característica derivada) e calcificado; no entanto, os ossos são 
praticamente ausentes nessa classe. O tamanho varia de 15 m, 
como é o caso do tubarão-baleia, que se alimenta de plâncton, a 
menos de 1 m, representado pelos tubarões-bagre (HICKMAN et 
al., 2013) (Figura 9).
47© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Fonte: Hickman et al. (2013, p. 548).
Figura 9 Diversidade de tubarões.
Os peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) subdividem-se 
em:
• Subclasse Elasmobranchii: tubarões e raias.
• Subclasse Holocephali: quimeras.
Subclasse Elasmobranchii
A maioria das espécies de peixes cartilaginosos é repre-
sentada pelas 13 ordens dessa subclasse. Os tubarões são repre-
sentantes desse grupo e possuem o corpo fusiforme com cauda 
heterocerca, o que promove impulsão e sustentação. As nada-
deiras pélvicas e peitorais são em pares; há uma ou duas nada-
deiras dorsais, uma caudal mediana e uma nadadeira anal. Nos 
48 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
machos, a parte mediana da nadadeira pélvica transforma-se em 
clásper, que é o órgão copulador. Na região anterior da cabeça, 
há um par de narinas relacionadas ao olfato. A visão dos tubarões 
é bem desenvolvida e se dá por meio de dois olhos laterais sem 
pálpebra, e atrás de cada olho há um espiráculo. Observa-se a 
presença de cinco fendas na região anterior de cada nadadeira 
peitoral. O tegumento é coriáceo e revestido por escamas placoi-
des dérmicas, imbricadas, com origem semelhante aos dentes. A 
disposição das escamas facilita o deslizamento do animal, o que 
diminui a resistência da água.
Os tubarões são extremamente adaptados à vida pre-
datória – eles detectam a presa a longas distâncias por meio do 
olfato desenvolvido, que pode perceber até mesmo uma concen-
tração bastante diluída, como uma gota de sangue a 300 metros 
de distância. A linha lateral é outro órgão do sentido composto 
por estruturas denominadas neuromastos, que detecta vibra-
ções da água a longas distâncias. Os predadores também podem 
ser guiados em direção às presas por meio dos eletrorreceptores 
denominados ampolas de Lorenzini, que detectam presas enter-
radas na areia (Figura 10). As maxilas apresentam duas fileiras de 
dentes e ocorrem substituições dessas estruturas.
49© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Figura 10 Órgãos sensoriais de um tubarão.
O tubo digestório compreende um sistema composto por 
cavidade oral, que se abre em faringe, esôfago, estômago em 
forma de J, fígado e pâncreas, intestino curto e reto. O intestino 
apresenta a válvula, espiral que fica no interior do órgão para 
desacelerar a passagem do alimento e, dessa forma, a absorção 
50 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
ocorre de maneira eficiente. No reto, há uma glândula que aux-
ilia o rim na regulação osmótica, já que libera um fluido de alta 
concentração de NaCl (cloreto de sódio).
Com relação à circulação, o sangue sai do coração em direção 
à aorta ventral e atinge os capilares sanguíneos. No retorno, o 
sangue corre pela aorta dorsal. Todos os tubarões apresentam 
fecundação interna e algumas espécies são ovíparas; assim 
como as raias, os ovos possuem grande quantidade de vitelo. 
Outras espécies formam um envoltório córneo em torno dos 
ovos, chamado bolsa de areia; outras espécies ainda podem ser 
ovovivíparas ou vivíparas. A característica marcante dos peixes 
cartilaginosos é a retenção de compostos nitrogenados como 
ureia e óxido de trimetilamina (TMAO) em fluido extracelular, 
para regulação osmótica (Figura 11).
Figura 11 Anatomia interna de um tubarão.
As raias possuem vida bentônica e representam mais de 
50% dos elasmobrânquios (raias-elétricas, peixes-serra, raia-
de-espinhos e jamantas). Apresentam o corpo achatado dorso-
ventralmente e nadadeiras peitorais desenvolvidas. As aberturas 
branquiais são localizadas no lado inferior da cabeça e há um es-
piráculo no topo por onde a água entra, já que a boca fica enter-
rada na areia. Os dentes são adaptados para triturar crustáceos 
51© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
e peixes pequenos. As raias-de-espinho possuem glândulas de 
veneno na cauda (POUGH; JANIS; HEISER, 2008).
Subclasse Holocephali: Quimeras
Esse grupo surgiu a partir dos tubarões há cerca de 380 
milhões de anos e existem cerca de 33 espécies atualmente. Uma 
diferença em relação aos demais peixes cartilaginosos é que as 
maxilas apresentam placas achatadas, em vez de dentes. As 
quimeras alimentam-se de moluscos, equinodermos, crustáceos 
e peixes (Figura 12).
Figura 12 Quimera.
Osteichthyes: peixes ósseos
Cerca de 96% dos peixes atuais pertencem a esse grupo. 
Os peixes ósseos e os demais tetrápodes compartilham o osso 
52 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
endocondral (osso que substitui a cartilagem durante o cresci-
mento) e não constituem um grupo monofilético.
As adaptações corroboram a diversidade dos peixes ós-
seos, como o surgimento do opérculo (placa óssea) sobre as 
brânquias, aumentando a eficiência respiratória, e a presença 
de um divertículo do esôfago preenchido com gás, que promove 
a troca gasosa em água com baixa concentração de oxigênio e 
também pode atuar como órgão flutuador. Quando essa bolsa 
funciona como órgão de troca gasosa, é um pulmão e, quando 
atua na flutuação do peixe, é chamada de bexiga natatória.
Os peixes ósseos modernos revelam uma diversidade de 
adaptações, comportamento e preferência de hábitat. O movi-
mento na água se dá por contrações ondulatórias que geram im-
pulso e força lateral. A sensibilidade a sons é ampliada pelos os-
sículos de Weber, que são transmitidos da bexiga natatória para 
o ouvido interno. As brânquias apresentam fluxo contracorrente 
entre a água e o sangue, ou seja, os vasos sanguíneos correm 
paralelamente às brânquias. O sangue que percorre o sentido 
contrário à água chega às brânquias, resultando numa troca gas-
osa eficiente (Figura 13).
53© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Fonte: Hickman et al. (2013, p. 555).
Figura 13 Anatomia interna de um peixe ósseo.
Todos os peixes possuem um mecanismo de regulação os-
mótica e iônica realizado por rins e brânquias. O investimento re-
produtivo traduz-se na produção de um grande número de ovos 
(peixes marinhos), com diminuição da sobrevivência ou em um 
número menor de ovos, com cuidado parental maior, para au-
mentar o nível de sobrevivência (peixes de água doce) (POUGH; 
JANIS; HEISER, 2008).
Classe Actinopterygii: peixes com nadadeiras raiadas
Essa classe é representada por peixes que possuem 
nadadeiras raiadas e abrange cerca de 27.000 espécies, cuja 
origem partiu de uma linhagem chamada de paleoniscídeos, no 
Siluriano. Surgiram vários grupos ou clados a partir daí, como o 
Cladistia, que ocorre na Áfricae apresenta pulmões e escamas 
54 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
ganoides. Depois apareceram os condrósteos, com 27 espécies 
de esturjões de água-doce, e o peixe-espátula. Um terceiro grupo 
são os neopterígios, que apareceram no Permiano, de onde se 
originaram os peixes modernos, os teleósteos.
Os teleósteos abrangem quase a totalidade de peixes 
existentes e, como ainda existem muitas outras para serem 
descritas, cerca de 200 espécies novas são registradas por ano, 
principalmente na América do Sul. Seu tamanho varia de 7 mm 
nos ciprinídeos até 17 m no peixe-remo; já o marlim azul tem 
900 kg e 4,5 m. Além disso, eles ocupam todos os hábitats, desde 
altitudes de 5.200 m no Tibet a 8.000 m abaixo do nível do mar. 
Outro nicho ocupado são as fontes termais e outras espécies 
que vivem em ambientes gelados. Possuem escamas cicloides e 
ctenoides e cauda homocerca, que faz com que se movimentem 
em alta velocidade. A nadadeira dorsal apresenta várias funções, 
e as maxilas trituram, mastigam e moem o alimento (POUGH; 
JANIS; HEISER, 2008; ORR, 1986). As principais características 
dessa classe são:
1) Esqueleto com osso de origem endocondral; nadadei-
ra caudal heterocerca (estado ancestral) ou homocer-
ca (estado derivado); escamas com glândulas mucosas 
e escamas dérmicas imbricadas; escamas ganoides 
(estado ancestral); escamas cicloides, ctenoides ou au-
sentes (estados derivados).
2) Nadadeiras pares e ímpares presentes, sustentadas 
por longos raios dérmicos; músculos que controlam o 
movimento da nadadeira dentro do corpo.
3) Maxilas presentes; dentes geralmente presentes com 
cobertura enameloide; sacos olfatórios que não se 
55© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
abrem dentro da boca; válvula espiral presente (esta-
do ancestral) ou ausente (estado derivado).
4) Respiração primária por brânquias sustentadas por ar-
cos e cobertas por um opérculo.
5) Bexiga natatória frequentemente presente, com ou 
sem um ducto conectando-a ao esôfago, que geral-
mente funciona para flutuação (Figura 14).
Bexiga natatóriaBexiga natatória
Tubo digesti vo
Figura 14 Bexiga natatória.
6) A circulação consiste em um coração com um seio ve-
noso, um átrio e um ventrículo; circulação simples; eri-
trócitos nucleados.
7) Sistema excretor com rins opistonéfricos pares; sexos 
geralmente separados; fecundação geralmente exter-
na; formas larvais podem diferir muito das adultas.
8) Sistema nervoso com um encéfalo relativamente pe-
queno; 10 pares de nervos cranianos; 3 pares de canais 
semicirculares (HICKMAN et al., 2013).
56 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Classe Sarcopterygii: peixes com nadadeiras lobadas
Essa classe inclui o grupo ancestral dos tetrápodes, os 
chamados ripidistia, precursor de várias linhagens que floresce-
ram na água doce e nas áreas rasas da Era Paleozoica.
As características ancestrais desse grupo eram a presença 
de pulmões, independentemente da presença de brânquias, e 
cauda dificerca. Atualmente, existem 6 espécies de peixes pul-
monados e mais 2 espécies de celacantos.
Algumas espécies de peixes pulmonados podem viver fora 
da água por longos períodos. Um peixe africano Protopterus sp, 
por exemplo, se enterra no lodo, com a chegada da estação seca. 
Já os celacantos eram considerados extintos há 70 milhões de 
anos; no entanto, restos do peixe foram encontrados em 1938, 
numa draga na costa da África do Sul. Em 1998, uma nova espé-
cie de celacanto surpreendeu os cientistas, quando foi capturada 
por pescadores (POUGH; JANIS; HEISER, 2008) (Figura 15).
Figura 15 Celacanto.
57© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
As principais características do grupo são:
1) Esqueleto com osso de origem endocondral; nadadei-
ra caudal dificerca atualmente e heterocerca em for-
mas ancestrais; pele com escamas dérmicas imbrica-
das com uma camada de cosmina (um tipo de dentina) 
e uma fina camada de esmalte em espécies fósseis.
2) Nadadeiras pares e ímpares presentes; nadadeiras pa-
res com um único elemento esquelético basal e raios 
dérmicos curtos; músculos que movem as nadadeiras 
pares localizados no apêndice.
3) Maxilas presentes; dentes cobertos por esmalte verda-
deiro e são tipicamente placas trituradoras restritas ao 
palato; sacos olfatórios pares podem ou não se abrir 
dentro da boca; intestino com válvula espiral.
4) Brânquias sustentadas por arcos ósseos e cobertas por 
um opérculo.
5) A bexiga natatória vascularizada é utilizada para a 
respiração e flutuação (preenchida de gordura nos 
celacantos).
6) A circulação consiste em um coração com seio venoso, 
dois átrios, um ventrículo parcialmente dividido e um 
cone arterial; circulação dupla com circuitos pulmonar 
e sistêmico; caracteristicamente, cinco arcos aórticos.
7) Sistema nervoso com um encéfalo relativamente pe-
queno; 10 pares de nervos cranianos, 3 pares de canais 
semicirculares. Sexos separados, fecundação externa 
ou interna (HICKMAN et al., 2013).
58 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Com as leituras propostas no Tópico 3. 5, você poderá 
complementar seus estudos e aprofundar seu conhecimento. 
Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras 
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 1.
• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizado na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
• Caso você adquira o material, por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante 
do material. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integral-
mente os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. HEMICHORDATA
Os hemicordados apresentam o corpo dividido em probós-
cide, colarinho e tronco. Apresentam simetria bilateral e antiga-
mente eram considerados cordados por possuírem fendas bran-
quiais e pseudonotocorda. No entanto, essa notocorda é um 
divertículo bucal, que é a estomocorda e, por esse motivo, são 
classificados em um filo distinto.
59© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
• ORDOVICIANO, A. Hemicordados e Cordados. Disponí-
vel em: <http://www.geocities.ws/arturordoviciano/or-
dhemi.html>. Acesso: 19 jul. 2017.
• UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. 
Evolução dos Chordata. Disponível em: <http://labs.icb.
ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/especies/evolchordata.
pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017.
• NETNATURE. Biologia Avançada: rumo aos vertebra-
dos. Disponível em: <https://netnature.wordpress.
com/2014/11/17/biologia-avancada-rumo-aos-verte-
brados/>. Acesso em: 11 jan. 2017.
3.2. FILO CHORDATA
O filo Chordata é representado por animais mais próximos 
do nosso convívio – além da nossa espécie, os animais domésti-
cos, inclusive boa parte dos nossos alimentos, também estão in-
cluídos nesse grupo.
A principal característica dos cordados é a presença de no-
tocorda, que pode persistir a vida inteira ou apenas em um está-
gio do ciclo de vida do animal. Além dela, a simetria bilateral, o 
corpo segmentado, a presença de três folhetos germinativos e o 
celoma bem desenvolvido, o tubo nervoso dorsal único, as bol-
sas faríngeas, o endóstilo e a cauda pós-anal são características 
básicas para definir um cordado. A seguir, algumas indicações 
para leitura:
• UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE.Origem 
dos Cordados. Disponível em: <http://www.uff.br/bio-
diversidade/images/stories/Zoologia/Aula_1_-_Ori-
gem_dos_Cordados_I.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017.
60 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
• SIMBIOTICA.ORG. Rede Simbiótica de Biologia e Con-
servação da Natureza. Filo Chordata. Disponível em: 
<http://simbiotica.org/cordata.htm>. Acesso em: 19 
jul. 2017.
3.3. SUBFILO VERTEBRATA
Os vertebrados formam um grupo monofilético, que com-
partilha as características básicas dos cordados e apresenta ou-
tras novas. A denominação alternativa do grupo, Craniata, de-
fine outra característica importante, já que todos apresentam 
uma caixa craniana óssea ou cartilaginosa.
Estude o grupo e suas subdivisões por meio dos links a 
seguir:
• USP – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. [PLC0017-1] Di-
versidade e evolução dos vertebrados. Disponível em: 
<http://www.eaulas.usp.br/portal/course.action;jses
sionid=38587FA40AA98CF41610FFDE653EE312?cour
se=1100>. Acesso em: 19 jul. 2017.
• SABINO, J.; PRADO, P. I. K. L. Vertebrados. Disponível 
em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arqui-
vos/Aval_Conhec_Cap6.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017.
• FOLHA DE S.PAULO. Estudo mostra como vertebra-
dos evoluíram. Ciência, 2014. Disponível em: <http://
www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/08/1506934-
-estudo-mostra-como-vertebrados-evoluiram.shtml>. 
Acesso em: 19 jul. 2017.
61© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
3.4. CLASSE AGNATHA
Os peixes dessa classe são vertebrados aquáticos que respi-
ram por brânquias e apresentam nadadeiras como membros. In-
cluem grupos ancestrais que deram origem às linhagens atuais:
• as feiticeiras (Classe Myxini);
• as lampreias (Classe Petromyzontida).
Esses dois grupos não possuem maxilas, têm corpo an-
guiliforme, sem nadadeiras pares, esqueleto cartilaginoso que 
persiste a vida inteira e boca circular adaptada para sugar ou 
morder. Para aprofundar seus estudos sobre o assunto, consulte 
os sites indicados a seguir:
• SIMBIOTICA.ORG. Rede Simbiótica de Biologia e Con-
servação da Natureza. Classe Agnatha. Disponível em: 
<http://simbiotica.org/agnata.htm>. Acesso em: 19 jul. 
2017.
• UIEDA, V. S. Zoologia de vertebrados – Agnatos e Gna-
tostomados. Disponível em: <http://www.ibb.unesp.
br/Home/Departamentos/Zoologia/VirginiaSanche-
sUieda/2_teoria_2parte.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017.
• UCMP – UNIVERSITY OF CALIFORNIA MUSEUM OF PA-
LEONTOLOGY. Introdution to the Petromyzontideos – 
Lampreys. Disponível em: <http://www.ucmp.berkeley.
edu/vertebrates/basalfish/petro.html>. Acesso: 19 jul. 
2017.
3.5. CLASSE GNATOSTOMATHA
Com exceção dos agnatos, todos os vertebrados possuem 
maxilas, que proporcionaram modificações consideráveis no ar-
62 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
ranjo de estruturas da cabeça e nos comportamentos de captura 
de alimento, de reprodução, cuidado parental, entre outros. Os 
representantes desse grupo são os peixes cartilaginosos, os peix-
es ósseos e todos os demais vertebrados que se originaram dos 
peixes sarcopterígios (nadadeiras lobadas).
Para aprofundar seus conhecimentos, leia os materiais a 
seguir:
• SENNA, A. R. Zoologia de Cordados – Agnatos e Gna-
tostomados. Disponível em: <http://web.unifoa.edu.
br/portal/plano_aula/arquivos/04684/Aula%202%20
Agnatos%20e%20Gnatostomados.pdf>. Acesso: 19 jul. 
2017.
• KELLNER, A. Reviravolta na origem dos peixes. Institu-
to Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 18 out. 2013. Disponí-
vel em: <http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/
id/2544/n/reviravolta_na_origem_dos_peixes>. Acesso 
em: 19 jul. 2017.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Nomeie cinco características comuns a todos os cordados.
2) Explique por que é necessário conhecer o ciclo de vida de um tunicado 
para entender por que eles são cordados.
3) Explique como as maxilas provavelmente se originaram.
63© FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
4) Forneça uma descrição dos peixes, citando características que os diferen-
ciam dos demais vertebrados.
5) Liste quatro características dos teleósteos que contribuíram para sua di-
versidade e abundância.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você teve 
a oportunidade de compreender a importância do estudo da ori-
gem dos vertebrados. Além disso, foram apresentadas as carac-
terísticas principais de cada grupo de peixes. Discutimos a res-
peito de evolução, adaptações e ajustes dos grupos de peixes. Na 
próxima unidade, você aprenderá sobre a Classe Amphibia, que 
iniciou o processo de conquista do ambiente terrestre.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de Figuras
Figura 2 Exemplo de Hemichordata pterobrânquio: (a) Tradução das estruturas – lado 
esquerdo: intestino; meio: estomocorda; disco preoral; boca; estômago: pedúnculo; 
lado direito: broto 1; 2; 3. Disponível em: <http://www.fossilhunters.xyz/
paleobiology/hemichordates.html fig 15.20>. Acesso em: 17 jul. 2017.
Figura 4 Anfioxo – Cephalochordata. Disponível em: <https://2.bp.blogspot.com/-
Wstm_p7KaHk/T_YuRIOHBaI/AAAAAAAAA5M/iFJNQoi9_Kc/s1600/Anfioxo.jpg>. 
Acesso em: 17 jul. 2017.
Figura 8 Tipos de nadadeira caudal de peixe. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.
com/-Q7muJlv5jys/UXAyMdYb-OI/AAAAAAAAAHQ/_ikjnMiV8o8/s1600/Imagem1.
png>. Acesso em: 18 jul. 2017.
Figura 10 Órgãos sensoriais de um tubarão. Disponível em: <http://4.bp.blogspot.
com/-J3Ol fXrR- Jk/UqPzB1ZwmTI/AAAAAAAAAHY/Lz97Mh-Y-F0/s1600/
ampola+de+lorenzini.jpg>. Acesso em: 18 jul. 2017.
64 © FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE BIOLOGIA ANIMAL II
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS VERTEBRATA E CLASSE PISCES
Figura 11 Anatomia interna de um tubarão. Disponível em: <https://goo.gl/WZZN8N>. 
Acesso em: 18 jul. 2017.
Figura 12 Quimera. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-L0ZZFnNxcGs/
TZ79deZb75I/AAAAAAAAAkQ/6HxuCKupblw/s1600/quimerabox.jpg>. Acesso em: 18 
jul. 2017.
Figura 14 Bexiga natatória. Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-AqmxqccfRHs/
Ve91V9VzafI/AAAAAAAAAfk/S_onWjjeEx8/s1600/peixes-sseos-13-728.jpg>. Acesso 
em: 19 jul. 2017.
Figura 15 Celacanto. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-B_elWjVXJuQ/
VjkZp_94tYI/AAAAAAAAUn4/EIKrCjMIQUw/s1600/celacanto.jpg>. Acesso em: 19 jul. 
2017.
Site pesquisado
ROSSETI, V. Biologia Avançada – Rumo aos Vertebrados. 2014. Disponível em: 
<https://netnature.wordpress.com/2014/11/17/biologia-avancada-rumo-
aos-vertebrados/>. Acesso em: 17 jul. 2017.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARNES, R. S. K. et al. Os invertebrados: uma síntese. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
BRUSCA, R.; BRUSCA, G. J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2007. 
HICKMAN, C. P. et al. Princípios Integrados de Zoologia. 15. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013.
ORR, R. Biologia dos vertebrados. 5. ed. São Paulo: Rocca, 1986.
POUGH, F. R.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu, 
2008.
65
CLASSE AMPHIBIA
Objetivos
• Compreender, no que se refere aos aspectos básicos, a transição da vida 
aquática para a vida terrestre.
• Compreender aspectos da biologia, evolução e classificação dos Amphibia.
Conteúdos
• A transição da vida aquática para a vida terrestre.
• Origem dos Tetrapoda.
• Anfíbios atuais.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite a este conteúdo; busque outras informações em sites con-
fiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada 
unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é 
um fator determinante para o seu