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CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DO TRABALHO DA X VARA DO TRABALHO DE X 
Processo n° X
CHUVA DE PRATA LTDA., CNPJ X, endereço X, nos autos da Reclamação Trabalhista nº X, que lhe foi ajuizada por PABLO PICASSO, brasileiro, solteiro, portador da CTPS 2.222 e do CPF 008.008.008-08, residente e domiciliado na Rua que Sobe e Desce, casa 8, vem, por seu advogado, com procuração em anexo, apresentar 
CONTESTAÇÃO
com fulcro nos artigos 847 e segs. da CLT, em face das matérias de fato e de direito a seguir aduzidas, para, ao final, requerer a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pedidos.
Absurda se mostra a pretensão aduzida pelo reclamante, o qual busca a sua reintegração ao emprego, sob o frágil argumento de que era detentor de estabilidade, e, ainda, o pagamento do adicional noturno retroativo, além da nulidade da alteração de sua jornada. Ora, nada mais falacioso, Excelência.
O reclamado, no legítimo exercício do seu direito, demitiu, sem justa causa, o reclamante, em 5 de janeiro de 2008, sendo totalmente irrelevante, douto julgador, o fato de o reclamante, à época da rescisão contratual, integrar o conselho fiscal do sindicato de sua categoria profissional, porquanto membro do conselho fiscal de sindicato não é detentor da estabilidade prevista no Art. 543, § 3º da CLT e 8º, VIII, da CF, garantia esta exclusiva dos dirigentes sindicais, pois o membro do conselho fiscal, à luz do artigo 522, § 2º, da CLT, não representa ou atua na defesa de direitos da categoria, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato.
Neste sentido a jurisprudência da mais alta corte trabalhista, consubstanciada na OJ 365 da SDI-1 do TST. Assim sendo, deve ser julgado improcedente o pedido de reintegração. Quanto à alteração do turno de trabalho e ao adicional noturno, a pretensão também se encontra fragilizada por total descompasso, porquanto o reclamado, no dia 20/12/2003, transferiu o reclamante do turno noturno para o diurno, motivado por uma única preocupação: a saúde do obreiro. Diante disso, a alteração contratual se mostrou lícita, trazendo benefícios ao trabalhador. Não há que se pensar, portanto, em incorporação do adicional noturno, típico salário-condição, pago apenas enquanto perdurar a situação de maior penosidade. A jurisprudência trabalhista consagrou a tese de que a transferência do turno noturno para o diurno importa na perda do respectivo adicional argúcia da Súmula 265 do TST.
Destarte, sendo lícita a alteração, não há que se pensar em pagamento de adicional noturno. Merece, também neste aspecto, ser fulminada a pretensão, alcançando improcedência os pedidos de nulidade da alteração e pagamento do adicional noturno. Requer, por extrema cautela, em caso de condenação, a compensação dos valores já pagos, inclusive das verbas rescisórias, nos termos do artigo 767 da CLT e Súmula 48 do TST.
Requer, ainda, apenas por amor ao debate, quando da liquidação da sentença, em caso de condenação, o que custa a acreditar, seja determinada a retenção, do crédito do reclamante, dos valores do Imposto de Renda e das Contribuições Previdenciárias, à luz da legislação vigente, tomando por base a previsão contida na OJ 363 da SDI-1 e na Súmula 368 do TST.
Requer, por fim, que os pedidos de reintegração e adicional noturno sejam julgados improcedentes, sendo o reclamante condenado nas custas e demais despesas processuais cabíveis, protestando provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.
Pede deferimento.
Município
Data
Advogado
OAB

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