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Semiologia Abdominal Semiologia Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) 27 pag. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark SEMIOLOGIA ABDOMINAL OBJETIVOS Divisão topográfica do abdômen; Mostrar a sistematização do exame físico do abdômen; Inspeção, ausculta, percussão e palpação; divisão topográfica do abdomen Em 4 quadrantes Linha esternal e umbilical = QSE, QSD, QIE e QID; Em 9 quadrantes Linha medioclavicular de cada lado + diafragmática + linha umbilical = hipocôndrio direito, epigástrio; hipocôndrio esquerdo, flanco direito, mesogástrio, flanco esquerdo, fossa ilíaca direita, fossa iliáca esquerda e hipogástrica; ROTEIRO PARA O EXAME DO ABDOMEN POSIÇÃO RELAXADA E CONFORTÁBEL; DECÚBITO DORSAL, BRAÇOS AO LADO DO CORPO; inspeção Forma e simetria; Alterações de pele e subcutâneo; Circulação colateral – circulação cabeça-medusa; Hérnias – abaulamento, hérnia inguinal; Peristaltismo visível – mais fácil em pacientes mais magros;; Pulsações; Abdômen patáquio comum em ascite; Paciente grávida, obeso abdômen globoso; FORMA E SIMETRIA 1) Abdomen plano; 2) ‘’ Escavado; 3) Globoso; 4) Piriforme; 5) Bafráquio; 6) Em avental/pendular; 7) Presença de abaulamentos ASCITE Timpânico (gás) + flanco (massa 6); ALTERAÇÕES NA PELE E SUBCUTÂNEO 1) Edema; 2) Icterícia; 3) Cicatrizes; 4) Sinal de grey turner flancos; Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 5) Sinal de cullen periumbilical; Monobra de apendicite glomberg, pssoas, obturador; CIRCULAÇÃO COLATERAL SUPERFICIAL Tipo porta; Tipo cava inferior; Cabeça de medusa; HÉRNIA Hérnia de parede abdominal EPIGÁSTRICA, FEMORAL, INGUINAL, INTESTINAL; Diastáse do músculo reto abdominal; PERISTALSE Visível PULSAÇÕES Aneurisma de aorta; ausculta Ausculta todos 1 minuto em cada região; Ruídos hidroaéreos presentes em todos os quadrantes, aumentados, diminuídos; AUMENTO Diarreia, fase inicial obstrução; REDUÇÃO íleo paralítico, peritonite; BORBORIGUIMOS roncar do estômago com líquido; Sopros focos na aorta, renais, iliácas, femorais; Atritos processos peritoneais...; PERCUSSÃO No abdome devido a predominância de alças de intestinos, o som timpânico é predominante; Todo o abdome deve ser percutido com no máximo 2 grupos de golpes por ponto a ser examinado (massas, líquido ascífico, ar mais que o esperado); A percussão auxilia na definição dos limites do fígado, baço; Percussão exploratória (som timpânico, espaço de traube) hipertimpanismo, submacicez e macicez; PESQUISA DE ASCITE (TÉCNIA DO EXAME) Semicírculos de skada; Sinal do piparote; Macicez móvel; Monobra do rechaço; Percussão tem um sentido; DELIMITAÇÃO DA MACICEZ HEPÁTICA Percutir de cima para baixo na LCDH/ borda superior = som submaciço <12 cm CAUSAS DA HEPATOMEGALIA Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark SUPEREESTIMADASangue no pulmão não permite a ausculta você pode errar o local de início do fígado; SUBESTIMADA presença de gás no cólon (timpanismo QSD); BAÇO Espaço de traube normal: timpânico ou traube livre; SINAL DE JOBERT: A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular onde normalmente encontra-se macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio. PESQUISA DE ASCITE 1) Macicez móvel de decúbito altera de acordo com a posição: timpânico x macicez; 2) Sinal de piparote estímulo (ondulações são percebidas) com ou sem anteparo; 3) Círculos de skoda decúbito dorsal;; 4) Sinal da poça de 4; HIPERTIMPANISMO ABDOMINAL Flatulência, sob olcusão intestinal, oclusao intestinal MACICEZ ALTERADA ABDOMINAL HD hepatomegalia; HE Esplenomegalia; E aumento do lobo E hepática, TU gástrico e pancreático; P útero gravídico, bexiga, TU de bexiga, TU útero; Flancos ascite PALPAÇÃO SUPERFICIAL Exercer pouca pressão Empurrar suavemidade com mão apenas, ao longo de todos os quadrantes; Tonicidade muscular (hipertonia e hipotonia); Sensibilidade abdominal; Palpação normal deve ser flácida e oferecer pouca resistência; PALPAÇÃO PROFUNDA .... Palpação do fíagado Manobra dimanual ou manobra em garra Tamanho, borda, superfície, consistência, sensibilidade; Sinal de torres-homem sinal de alteração hepática; Palpação do baço Posição de shuster (decúbito lateral PARA DIFERENCIAR Á PALPAÇÃO A ESPLENOMEGALIA DE UM CÃNCER RETAL Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark MASSAS ABDOMINAIS Localização; Tamanho e formato; Consistência; Superfície; Sensibilidade; Mobilidade; Pulsação (massa vascular ou massa sólida sobre estrutura vascular); EXAME DA VESÍCULA BILIAR (Normalmente não é acessível à palpação) Ponto cístico; Sinal de Murphy; Sinal de Courvoisier; PALPAÇÃO DA AORTA Sistema urinário; Lmitação devido posição retroperitoneal; Método de guyon Método de israel; Método de goelet; OBS> Percusão da loja renal punho percussão lombar – PPL Sinal de Giordano positivo; PALPAÇÃO DE PÂNCREAS Sinal de grey-turner Sinal de cullen MANOBRAS E SINAIS ESPECIAIS Murphy dor no ponto cístico na inspiração colescistite; Blumberg (descompressão dolorosa) irritação peritoneal; Rovsing Psoas levantar perna direita ou DLE esticar perna direita (apendicite); Obturador flexão e rotação interna coxa D (apendicite) Jobert timpanismo na percussão da loka hepática (ruptura de víscera oca) Difereniar de Schuladite: Interposição de alça intestinal (s/ sinais de irritação peritoneal Giordano punho percussão lombar Couvosier Sinal de Lenander = Infecções pélvicas; RESUMO DA DESCRIÇÃO DO ABDOMEN NORMAL Plano, sem lesões na pele, cicatrizes, circulação colateral ou herniações Pulsações arteriais e peristalse não identificações à inspeção. Peristalse normal presente nos 4 quadrantes e ausência de sopros em focos arterais abdominais Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Hepatimetria 12 cm, traube livre, ausencia de hipertimpanismo difuso ou macicez em flancos Fígado e baço impalpáveis Abdome indolor à palpação superficial e profunda (colocar: sem sinais de irritação peritoneal em casos de queixas agudas importantes) Ausencia de massas PESQUISA ETAPAS FUNDAMENTAIS Normalmente, o exame físico segue a sequência inspeção, palpação, percussão e ausculta. No exame de abdome, as etapas são inspeção, ausculta, palpação e percussão. INSPEÇÃO Inspeção olhar; Aspecto, forma, volume, há cicatrizes? Há retrações? Há movimentos anômalos? DIVISÃO DO ABDOME - QUADRANTES EM 4 QUADRANTES: Linha horizontal periumbilical; Linha vertical linha médio-esternal; o CRUZAMENTO EM ÂNGULO DE 90° SOB A CICATRIZ UMBILICAL divisão em 4 quadrantes (QSD, QSD, QID, QIE); EM 9 QUADRANTES: Outra forma de dividir o abdome é em nove zonas, passando- se duas linhas horizontais sendo uma logo abaixo do rebordo costal e outra na margem superior das cristas ilíacas, e verticalmente passando-se duas linhas pelas linhas hemiclaviculares direita e esquerda, formando-se assim as nove zonas: hipocôndrio direito (HD); epigástrio (EG); hipocôndrio esquerdo (HE); flanco direito (FD); mesogástrio (MG); flanco esquerdo (FE);fossa ilíaca direita (FID); hipogástrio (HG); fossa ilíaca esquerda (FIE) Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark ESTÁTICA 1) Paciente em posições ortostática e decúbito dorsal; 2) Tipos de abdome normal ou atípico, em avental, retraído, globoso, batráquio, pendular e escavado; NORMAL: plano, sem alteração do volume addominal GLOBOSO: aumento do diâmetro anteroposterior, por exemplo: à custa de gravidez, ascite, panículo adiposo (obesidade). ESCAVADO: retração da parede abdominal, exemplo: magreza acentuada. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark ABDOME EM VENTRE DE BATRÁQUIO (SAPO): Com o paciente em decúbito dorsal, há um aumento do diâmetro transversal em relação ao diâmetro ântero- posterior. Exemplo: paciente em regressão da ascite. ABDOME EM AVENTAL: sobreposição da parede abdominal sobre a raiz das coxas, aparecendo em pessoas obesas devido ao acúmulo da gordura na parede abdominal. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark ABODME PENDULAR: aspecto semelhante ao abdome em avental, resultando da fraqueza da musculatura do abdome inferior, não estando necessariamente associada à obesidade. 3) Abaulamentos, retrações, cicatrizes; 4) Pele e anexos; 5) Turgência venosa (circulação colateral); Descrição fisiológica: A inspeção estática do abdome realizada no paciente “X” apresenta abdome plano, sem lesão elementar, sem circulação colateral, sem retração ou abaulamento, sem cicatrizes patológicas e herniações, com presença de cicatriz fisiológica. Descrição patológica: A inspeção estática do abdome realizada no paciente “X” apresenta abdome pendular, com estrias esbranquiçadas, com retração em região hipogástrio, sem circulação colateral, sem abaulamento, sem cicatrizes patológicas e herniações, com presença de cicatriz fisiológica. DINÂMICA 1) Hérnias (importância da expiração e expiração forçada); 2) Respiração; 3) Movimentos peristálticos; 4) Pulsações (aortismo x dilatação aneurismática); OBS 1: A presença de peristaltismo visíveis em região mesogástrica no indivíduo magro com abdome flácido pode ser normal. OBS 2: Abdome rígido + peristaltismo visível (ondas de Kussmaul) = obstrução!! SÍNDROME DE KOENIG OU TUMOR FANTASMA. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark OBS 3: Existe a possibilidade de apenas com inspeção aliada à percussão, determinar se o tumor é intra-abdominal e ainda se é ou não retro-peritoneal para diferenciar aumento do volume abdominal como sendo primariamente intra-abdominal ou apenas parietal (superficial), observa- se a posição da cicatriz umbilical (afundadada). Presença de circulação colateral: TIPO CAVA X TIPO PORTA (principais); Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AUSCULTA Ambiente tranquilo; A palpação e a percussão podem alterar o peristaltismo, modificando a sensibilidade do exame. Utiliza-se preferencialmente o diafragma do estetoscópio (porção maior) deve ser feita em todos os quadrantes por pelo menos 1 a 2 minutos em cada região. o Os ruídos peristálticos estão normais – hidroaéreos? Ou estão reduzidos ou aumentados? Linha mediana procura de sopros (ausculta da aorta), 2 dedos para lateral do umbigo (ausculta da artéria renal – relação com HAS, anomalias), 2 dedos abaixo e 2 dedo para fora (ausculta da artéria ilíaca – sopro); Sopros no hipocôndrio direito pode estar relacionado a problemas hepáticos, enquanto que no hipocôndrio esquerdo, no baço; Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark PERCUSSÃO A principal técnica é a digito-digital (mão não dominante deve ser posta no paciente) dedo indicador ou médio aferindo os golpes (2-3 golpes por região); Ouvido do examinador deve estar a uma distância inferior a 1 metro; Percussão deve ser realizada em todos os quadrantes; Som típico devido presença das alças intestinais é o som timpânico, a região com exceção geralmente fica no hipocôndrio direito por conta do fígado. SINAL DE JOBERT a presença de timpanismo na região hemiclavicular direita onde normalmente encontra-se macicez hepática. Indica pneumoperitôneo. PALPAÇÃO 1) Superficial atinge pele, subcutâneo, músculos e aponeuroses; a. Textura; b. Sensibilidade; c. Dor; d. Massa palpável; 2) Profunda (técnica deslizante de Hausman) atinge plano visceral, vasos, nervosos, gânglios linfáticos e o próprio esqueleto; Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Órgãos fixos (cólon sigmoide, ceco – pode ser perceptível uma sensação de gargarejo) e móveis (cólon transverso); Regiões umbilicais, inguinais, escrotais hérnias (forma, tamanho, consistência – elástico?duro?, região em que se encontra); Está intimamente ligada com os movimentos respiratórios do paciente, a tensão da parede abdominal anterior aumenta na inspiração e diminui no momento da expiração, tornando esta última fase a mais favorável para a realização eficiente de uma palpação profunda. Quando a simples pressão da mão não é suficiente trocar para a técnica de deslizamento fixação do órgão a ser palpado contra um plano resistente sobre o qual realizamos o deslizamento; A palpação compreende duas fases sucessivas: conseguir chegar ao órgão e saber sentir suas características. A primeira é a posição do paciente, este deve ser colocado em posição cômoda para o exame, no caso do exame abdominal, o objetivo necessita do relaxamento muscular que pode ser alcançado com o decúbito dorsal, pernas em extensão e braços situados ao longo do corpo. A posição do médico é também muito importante. Hausmann descreveu diversas técnicas ou posições das mãos que palpam: mãos espalmadas, com os dedos em extensão ou com a falange distal em flexão; mãos espalmadas, em posição oblíqua; mãos sobrepostas; bordas radial ou cubital das mãos; 3) Específicas (estômago, íleo terminal, ceco, cólon, rim, psoas); 4) Manobras especiais; OBJETIVOS: Avaliar o estado da parede abdominal, reconhecer as condições anatômicas das vísceras e detectar possíveis anormalidades, verificar a sensibilidade do abdome. ÓRGÃOS QUE SÓ SÃO PALPADOS EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS: a. Bexiga (desde que vazia); b. Apêndice cecal; c. Vesícula biliar; d. Flexuras do cólon; e. Delgado; f. Baço;; Palpação superficial Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark DESCOMPRESSÃO BRUSCA X SINAL DE BLUMBERG Presença de peritonite provoca dor tanto à compressão quanto à descompressão, podendo ser, por vezes, mais desconfortável à descompressão; Descompressão brusca = usado na avaliação da dor abdominal – irritação peritoneal. Aplica-se com os dedos uma compressão lenta e profunda no abdome, então, subitamente suspende a mão, soltando a parede abdominal. A descompressão bruscapode ser acompanhada de dor aguda e intensa, devido rebote das estruturas sobre um peritônio inflamado. Comum para apendicite aguda, colescitite aguda, pancreatite, diverticulite (inflamação das saliências gastrointestinais que retêm pequenas quantidades de fezes). Sinal de Blumberg = dor ou piora da dor à compressão e descompressão súbita do ponto de McBurney. Importante notar que o verdadeiro sinal de Blumberg positivo ocorre somente quando a dor ocorre em dois pontos: 1 – DURANTE A COMPRESSÃO; 2 – NA DESCOMPRESSÃO, SENDO NESTA DE MUITO MAIOR INTENSIDADE; Somente descompressão dolorosa não caracteriza o sinal; À palpação abdominal, observa-se contração voluntária da parede abdominal como um todo, com dor principalmente a descompressão brusca da FID (fossa ilíaca direita), caracterizando sinal de blumberg positivo, típico de apendicite aguda. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Ponto de McBurney = ponto apendicular. É traçado uma linha que liga a cicatriz umbilical com a espinha ilíaca ântero-superior. Divide-se essa linha em 3 partes, sendo o ponto no terço distal da linha. Com o paciente em decúbito dorsal, é realizada uma compressão no ponto de McBurney, seguida de uma descompressão súbita, que será referida pelo paciente como dor ou piora da dor se o sinal estiver presente. O sinal de Blumberg é um dos sinais clássicos da Medicina, e sua presença representa Inflamação peritoneal, e é muito sugestivo do diagnóstico de Apendicite, apesar de não ser patognomônico desta condição. OBSERVAÇÃO: O SINAL DE BLUMBERG SÓ É PESQUISADO NO PONTO DE McBURNEY, SENDO QUE A DESCOMPRESSÃO DOLOROSA EM QUALQUER OUTRA PARTE DO ABDOME NÃO É RECONHECIDA COMO ESTE SINAL. INDICA ALGUMA PERITONITE, MAS NÃO APENDICITE. SINAL DE GERSUNY: suspeita de fecaloma, palpação do sigmoide e colón esquerdo, caso seja positivo, os dedos (polpas digitais) ao realizar a palpação nesses quadrantes, pode-se sentir uma massa (textura e consistência de massa de modelar). Três sinais parecidos: Lapinsky, psoas e obturador Sinal de Lapinsky: ocorre dor à palpação na fossa ilíaca direita quando o membro inferior direito é estendido e elevado. Sinal do músculo psoas: ocorre dor na fossa ilíaca direita à extensão passiva da coxa (ou flexão ativa contra uma resistência) [paciente em decúbito lateral]. Localização do músculo 12° vértebra torácica até trocânter menor do fêmur, flexão da coxa sobre o quadril. Enquanto forço o membro esquerdo/direito (estiramento do músculo), devo realizar a palpação na região abdominal no mesmo lado. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Sinal do obturador: dor na fossa ilíaca direita à flexão da coxa direita sobre o abdome seguida de rotação externa da coxa e, por consequência, rotação interna do quadril. Pede para o paciente fazer força na região contra-lateral que está sendo conduzida pelo examinador. Se for do lado direito, possivelmente será sugestão de apendicite, caso seja no lado esquerdo, pode ser uma diverticulite. Todos também sugerem a presença de apendicite e peritonite. HEPATIMETRIA Medida do tamanho do fígado; Percussão do tórax até o abdômen seguindo a linha hemiclavicular direita; Deve-se marcar o som no momento em que o som passa de claro pulmonar para maciço = indica a borda superior do fígado; O limite inferior é melhor determinado à palpação porém pode ser feito pedindo auxílio de marcação da porção superior pelo paciente com um dedo enquanto é realizado a continuidade da manobra de percussão até o som tornar-se timpânico; Limite superior por palpação é outra possibilidade; SINAL DE TORRES- HOMEM = Aparecimento agudo de dor na região de projeção hepática durante a percussão dígito- digital leve. Pede-se para paciente fazer inspiração profunda. Pode colocar a mão em garra no rebordo costal direito e pedir para fazer a inspiração profunda, o paciente com abscesso hepático poderá ter o sinal de Torres-Homem presente. Pode ser realizado tanto com a punho-percussão quanto com a digito-digital percussão. SINAL DE JOBERT: A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular onde normalmente encontra-se macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio ou interposição de alça intestinal. TÉCNICA DE LEMOS-TORRES: entra na expiração, mas a percepção da borda só é feita após a segunda expiração, na primeira expiração você mantém sua posição apenas. TÉCNICA DE MATHIEU: Penetrar com as mãos apenas na expiração, não realizar movimentos circulares, manter a mão na mesma posição. Penetra na expiração, mantém a posição, na 2° expiração, penetrar mais e curvar os dedos buscando a borda inferior do fígado. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Como caracterizar o fígado anormal? Realizar a hepatimetria (ver o quão aumentando), determinar como é a superfície desse fígado, consistência, presença de nódulos ou não. VESÍCULA BILIAR Vesícula normal é impalpável e somente torna-se palpável quando obstruída e distendida pela bile. Palpável quando há grande aumento de volume. TRÍADE DE CHARCOT: Suspeita de colangite, tríade de dor abdominal no hipocôndrio direito, febre com calafrios e icterícia. Como método clínico indireto do exame, é útil à manobra de Murphy para o diagnóstico da colecistite aguda, manobra que, rotineiramente, deve ser incluída como complementação na exploração do fígado. COLESCISTITE AGUDA: inflamação da vesícula que se desenvolve em horas, geralmente com obstrução do ducto cístico por um cálculo. Sintomas incluem a dor no hipocôndrio direito do abdome, podendo ser acompanhado por febre, calafrios, náuseas e vômitos. SINAL DE MURPHY: Indicativo de colescistite aguda e que consiste em provocar dor pela palpação da vesícula biliar, durante a inspiração profunda. O PACIENTE SENTE MUITA DOR. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark O examinador posiciona-se à direita do paciente, com este em decúbito dorsal, e coloca os dedos indicador e médio da mão direita sob o ponto cístico (entre a junção do rebordo costal direito com a borda lateral do músculo reto abdominal). Pede- se ao paciente que inspire e expire, posicionado os dedos “abaixo do rebordo costal direito” durante a expiração. Pede- se novamente que o paciente faça uma inspiração profunda comprimindo-se o ponto, na qual a vesícula descerá impelida pelo diafragma. Se estiver inflamada, a pressão exercida provocará dor aguda, levando o paciente a interromper a inspiração ou relatar dor intensa, sendo indicativo de Colecistite aguda. O Sinal de Murphy é considerado positivo neste caso. Descrição fisiológica: “O Sinal de Murphy realizado no paciente X apresenta-se negativo. ” Descrição patológica: “O Sinal de Murphy realizado no paciente X apresenta-se positivo, sendo sugestivo de colecistite aguda. ” SINAL DE COURVOISIER: O sinal de Courvoisier é um sinal médico que define a presença de icterícia e de uma vesícula biliar distendida sem a presença de dor. É um forte indicativo de câncer pancreático (principalmente periampular), e pode ser usado paradistinguir o câncer pancreático da colecistite aguda ou coledocolitíase. VESÍCULA ASSEMELHA-SE A UMA PERA (vesícula piriforme). Pode ser realizado nos quadrantes: hipocôndrio direito, flanco direito e também pode ser realizado abaixo do rebordo costal. É realizado palpando com as polpas digitais essa região e verificando se há a presença da vesícula ou não. ESPAÇO DE TRAUBE Espaço de traube espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaços intercostais, Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark tendo como limites: gradeado costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago delimitado entre a linha médio-clavicular esquerda e linha axilar anterior. Normal som timpânico, espaço livre à palpação; o Som maciço mesmo que baço não esteja palpável indica esplenomegalia; BAÇO: PERCUSSÃO + ESPAÇO DE TRAUBE + PALPAÇÃO (Shuster); Utiliza-se também da expiração, na 2° expiração, na 1° apenas mantém-se a localização das mãos. COMO DIFERENCIAR À PALPAÇÃO DE UM ESPLENOMEGALIADE UM TUMOR RENAL? 1 – PRESENÇA DE CHANFRADURAS – reentrância semicircular que corresponde à direção do hilo; 2 – AUMENTO EM ASPECTO DE VÍRGULA; 3 – CÓLON (FLEXURA) PERMANECE PROFUNDAMENTE AO BAÇO; MANOBRA DE SCHUSTER: Após colocar o paciente na posição de Schuster, pede-se para o paciente inspirar profundamente, penetrando com as polpas digitais na região anterior do abdome; Na 2° expiração, realizar uma penetração mais profunda; Caso o baço esteja aumentado, é perceptível o aparecimento da chanfradura esplênica; ALTERAÇÕES IMPORTANTES DO BAÇO BAÇO INFECCIOSO AGUDO (malária, endocardite) volume aumentado (até 3-4 cm), mole, borda cortante e extremamente doloroso; Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark BAÇO CRÔNICO (esquistossomose, linfomas, malária) volume aumentado, duro, borda romba indolor; BAÇO CRÔNICO (LMC, mielofibrose, leishmaniose) volume muito aumentado (até FID), borda romba, duro, indolor; Superfície lisa (hipertensivo, inflamatório) x irregular (linfomas); RIM Limitação propedêutica devido à posição retroperitoneal (polo inferior); Inspeção: quando os rins estão aumentados é possível percebê-los na inspeção, principalmente se o aumento foi considerável. Nestes casos, percebe-se um abaulamento do flanco. É necessário realizar a inspeção do abdome, flancos e costas, estando o paciente sentado. Percussão: deve ser realizada a Punho- percussão de Murphy direta no ângulo costovertebral, formado pela borda inferior da 12ª costela e processos transversais das vértebras lombares superiores; ou a Punho- percussão de Giordano nas regiões lombares. A Punho-percussão de Murphy direta é realizada com pequenos golpes com a face interna da mão. A indireta percute-se uma das mãos que estará espalmada no ângulo costo-vertebral. Palpação pelo método de israel (paciente em decúbito lateral e membros superiores acima da cabeça e rim tentando ser palpado ântero-posteriormente com as duas mãos em pinça), principalmente. o Durante a palpação dos rins, deve-se avaliar a sensibilidade renal. Muitas vezes a compressão com as pontas do dedo pode ser suficiente para despertar dor. As características normais do rim são: órgãos duros, superfícies lisas, borda inferior nítida e não doloroso. o Algumas manobras podem ser feitas na tentativa de alcançar o órgão: manobra de Israel (decúbito lateral oposto ao rim que se deseja palpar); manobra de Trousseau (decúbito dorsal); manobra de Glenard (decúbito dorsal); manobra de Bellington (posição ortostática). TESTE DE HIPERTENSIBILIDADE RENAL Giordano x Punho percussão de Murphy: aumento unilateral (tumor ou hidronefrose) x bilateral (hidronefrose, rins policísticos). o Pesquisado através da punho-percussão (manobra de percussão de Murphy) ou da percussão com a borda ulnar da mão (manobra de Giordano), realizada na junção do rebordo costal com a musculatura paravertebral. o Neste ponto, põe-se uma mão espalmada e com a outra se percute em cima, em um movimento único, firme, sem chicotear (punho percussão) ou através da percussão direta da borda ulnar da mão aberta nesse ângulo costovertebral (imagem). Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark o A Percussão de Giordano é realizada através da percussão das regiões lombares em três pontos utilizando a borda ulnar da mão. Todas elas podem produzir uma reação dolorosa, profundamente localizada, uni ou bilateral, nos casos de pielonefrite aguda, obstrução urinária ou inflamação perinefrética. O aparecimento da dor ou de reação exuberante do paciente durante a punho-percussão (o paciente emite grito ou pula), denota Sinal de Giordano positivo. PÂNCREAS Propedêutica limitadíssima: o SINAL DE GREY-TURNER: Caracterizado por equimose na região dos flancos, esse sinal surge em situação de hemorragia retroperitoneal, geralmente acompanhado do sinal de cullen. As principais situações associadas ao surgimento do sinal são: pancreatite aguda grave (necro-hemorrágica) e gravidez ectópica rota. Obs: rota é usado para indicar rompimento das trompas uterinas. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark o SINAL DE CULLEN: Caracterizado por equimose na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal, associado principalmente à ruptura de gravidez ectópica, mas também eventualmente presente na pancreatite aguda. ASCITE – MANOBRAS Ascite é o nome dado ao derrame de líquido livre na cavidade abdominal. Esse acúmulo pode ter muitas causas, as quais podem fazer variar o volume (pode ser superior a 20 L), a aparência, a natureza e a composição do líquido. O abdômen pode mostrar-se mais ou menos flácidos ou, então, tenso, caracterizado a chamada ascite hipertensiva. A presença de hérnia umbilical é um dos achados frequentes nas grandes ascites. A causa mais comum é a cirrose hepática. INSPEÇÃO; PERCUSSÃO Toque retal (abaulamento do fundo do saco de douglas < 300 ml escavação retovesical); o Método mais precoce de diagnóstico; 1) TESTE DA MACICEZ MÓVEL – 0,3 a 1L; O líquido livre se acumula nas porções mais declives na cavidade peritoneal, quando o paciente se coloca em um dos decúbitos laterais, para aquele lado o líquido se dirigirá. Uma primeira percussão será feita no flanco direito em direção ao esquerdo, com o paciente em decúbito lateral esquerdo, o líquido ascítico ali acumulado propiciará a mudança do som timpânico para o som maciço ou submaciço. O paciente, então, vira-se e coloca-se em decúbito lateral direito, mantido o dedo de percussão no mesmo local em que se verificou a macicez. A segunda percussão, efetuada no mesmo ponto em que foi feita a primeira, vai produzir som timpânico. O líquido e a sua correspondente macicez sempre se movem para as partes mais declives da cavidade abdominal. 2) SEMICÍRCULO DE SKODA – 1 a 3 L; Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Com o paciente em decúbito dorsal ou em pé, o líquido ascístico coleta-se naspartes mais declives, ou seja, flancos e andar inferior do abdômen. Sendo assim, a percussão, feita desde o andar superior, delimitará uma linha semicircular na transição entre o timpanismo e a macicez ou submacicez das áreas correspondentes às porções mais declives. A concavidade da linha semicircular estará voltada para a região epigástrica. Esse sinal poderá fazer o diagnóstico diferencial entre ascite e cisto gigante de ovário. 3) TESTE DA ONDA LÍQUIDA (piparote – “peteleco”) - > 3 L; A face palmar de uma das mãos é posicionada em um dos flancos; a seguir, a ponta do dedo médio, dobrado, apoiado e em estado de tensão contra a face palmar do polegar é disparada contra o outro flanco. O abalo produzido pelo piparote produz pequenas ondas de choque no líquido ascítico, perceptíveis na palma da mão, colocado no flanco oposto. O choque pode ser percebido em caso de edema na parede abdominal. Nesse caso, um assistente coloca a borda cubital de sua mão sobre a linha mediana, no abdômen central, exercendo um pouco de pressão, a fim de interceptar ondas de transmitidas pela parede, mas não impedindo a passagem da onda de choque do líquido ascético. Esse sinal é próprio das grandes ascites, não sendo efetivo para ascites de médio ou pequeno volume. PALPAÇÃO PELO RECHAÇO OU MANOBRA DE SACCADÉE: Com as polpas digitais apoiadas sobre a parede abdominal, no hipocôndrio direito e no epigástrio, executam-se ligeiros impulsos de depressão, que afastam a camada líquida, permitindo sentir o fígado, que se projeta de encontro à mão. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AORTA ABDOMINAL Na presença de sopro (fase de ausculta), é obrigatório auscultar também ilíacas e femorais; O pulso aórtico abdominal pode ser observado em pessoas emagrecidas, geralmente na presença de massas localizadas próximas ao vaso ou aneurisma. Durante a realização do exame, algumas manobras podem ser realizadas para facilitar a visualização de herniações e a localização de massas. Dentre as manobras que podem ser realizadas, a mais comum é a MANOBRA DE VALSAVA, na qual solicita-se ao paciente que assopre em uma das mãos fechadas e com isso ocorre aumento da pressão intra-abdominal permitindo avaliar herniações. Descrição fisiológica: A inspeção dinâmica do abdome do paciente “X” apresenta padrão respiratório misto, ausência de movimentos peristálticos ou pulsação da aorta abdominal visíveis, ausência de herniações e massas na parede abdominal. Descrição patológica: A inspeção dinâmica do abdome do paciente “X” apresenta padrão respiratório misto, movimentos peristálticos visíveis, presença de hérnia umbilical evidenciada pela Manobra de Valsalva, presença de massas na parede abdominal em região epigástrio evidenciada pela Manobra de Smith Bates, ausência pulsação da aorta abdominal visível. ICTERÍCIA Classificado em cruzes: +/ ++/ +++/ ++++; Inspeção da cavidade oral, detecção de coloração ou não da mucosa; É gerado por níveis elevados de bilirrubina no sangue, pode gerar fezes de cor clara e urina de cor escura. CONCENTRAÇÃO NORMAL DE Bb: 1 mg/dl icterícia surge em níveis superiores a 2- 3 mg/dl; Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Pode ser gerado por alteração no metabolismo da Bb direta e indireta: o Não conjugada (indireta) problemas na chegada ao fígado (transporte sanguíneo), pode indicar hemólise (o grupo heme pode estar em excesso, gerando excesso de biliverdina); Sugestivo para anemia hemolítica, hematomas de grande dimensão, síndrome de Gilbert, doenças da tireoide exames com Bb indireta elevada; o Conjugada (direa) problemas na conjugação dentro do hepatócito; Sugestivo para cirrose, hepatite, medicamentos, bloqueio do canal biliar bile acumula-se na vesícula ou não sai do fígado para a vesícula o excesso gera transporte reverso para o sangue exames com Bb direta aumentada; Caso as fezes estejam claras e a urina escura, indica aumento da Bilirrubina conjugada; Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark QUAL A IMPORTÂNCIA ENTÃO DA PERCUSSÃO ABDOMINAL? 1) IDENTIFICAÇÃO: a. Presença de líquido ascético; b. Presença de massas sólidas; c. Aumento da quantidade de ar nas alças abdominais ou fora delas; 2) DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DO FÍGADO E DO BAÇO; SITUAÇÕES ABODME AGUDO: Dor localizada na região abdominal que seja suficiente para fazer com que o paciente procure auxílio médico e que não tena diagnóstico prévio, com duração inferior a 6-24h. o Deve ser feito diagnóstico diferencial com uremia, cetoacidose diabética, insuficiência adrenal, crise falcêmica e profíria aguda intermitente. CASO CLÍNICO: Paciente M.S., 30 anos, médico, chega ao OS com queixa de nó nas tripas há 15 minutos. Na anamnese, foi verificado que o paciente não apresentava doenças prévias e que a dor abdominal teve início súbito, de fortíssima intensidade, sem fatores de melhora ou piora, acompanhado de dor torácica tipo pleurítica. Nos antecedentes foi encontrado apenas uso de AINH para lombalgia. Ao exame físico, regular estado geral, FC = 110, f = 24, PA = 160x90, SaO2 = 99%, MV (murmúrios vesiculares) + bilateral sem RA, abdome com defesa importante, DB (dor bilateral)+, sem visceromegalias e RHA (ruídos hidroaéreos) -. A radiografia de abdome em posição ortostótica requerido: Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark DIAGNÓSTICO: ABDOME AGUDO DEVIDO PNEUMOPERITÔNEO. COMENTÁRIO 1: O modo de início da dor abdominal pode ajudar o examinador a determinar a severidade do processo patológico subjacente. Dor de início súbito sugere uma catástrofe intra- abdominal, tal como ruptura de aneurisma de aorta abdominal (AAA), perfuração de víscera, ou gravidez ectópica rota. Diminuição do nível de consciência ou letargia associados a dor de início súbito aumentam a suspeita de uma catástrofe. Dor rapidamente progressiva que se torna focada em uma área delimitada em um período de minutos a uma hora ou duas sugere condições como colecistite aguda ou pancreatite. Dor de início gradual ao longo de muitas horas, geralmente começando como dor leve e vaga, e lentamente progredindo para dor constante e mais localizada, sugere um processo subagudo e é característico de patologias que levam à inflamação peritoneal. Várias condições podem estar associadas a este modo de início, incluindo apendicite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica e obstrução intestinal. A história de piora progressiva da dor versus episódios intermitentes de dor pode ajudar a diferenciar processos infecciosos que pioram com o tempo comparado com dor espasmódica em cólica associada. COMENTÁRIO 2: O raio X de tórax ortostático pode detectar 1 mL de ar injetado na cavidade peritoneal. Raio X do abdome em decúbito lateral também pode detectar o pneumoperitônio de forma eficiente em pacientes que não podem ficar em pé. Quantidades de ar a partir de 5-10 mL podem ser detectadas com esta técnica. COMENTÁRIO 3: A dor torácica pleurítica é o sintoma mais comum no derrame pleural. Ela indica acometimento da pleura parietal, visto que a visceral não é inervada, e geralmente ocorre nos exsudatos. Não necessariamente indica a presença de líquido, pelo contrário,tende a ser mais intensa nas fases iniciais da pleurite, melhorando com o aumento do derrame pleural. Seu caráter é geralmente descrito como "em pontada", lancinante, nitidamente piorando com a inspiração profunda e com a tosse, melhorando com o repouso do lado afetado, como durante a pausa na respiração ou durante o decúbito lateral sobre o lado acometido. A dor torácica localiza- se na área pleural afetada, mas pode ser referida no andar superior do abdome ou na região lombar, quando porções inferiores da pleura são acometidas, ou no ombro, quando a porção central da pleura diafragmática é acometida. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Document shared on www.docsity.com Downloaded by: caroline-nogueira (l.caroline.mnogueira@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark OBJETIVOS divisão topográfica do abdomen ROTEIRO PARA O EXAME DO ABDOMEN inspeção FORMA E SIMETRIA ALTERAÇÕES NA PELE E SUBCUTÂNEO CIRCULAÇÃO COLATERAL SUPERFICIAL HÉRNIA PERISTALSE Visível PULSAÇÕES ausculta PERCUSSÃO ETAPAS FUNDAMENTAIS INSPEÇÃO DIVISÃO DO ABDOME - QUADRANTES ESTÁTICA DINÂMICA AUSCULTA PERCUSSÃO PALPAÇÃO DESCOMPRESSÃO BRUSCA X SINAL DE BLUMBERG Três sinais parecidos: Lapinsky, psoas e obturador HEPATIMETRIA VESÍCULA BILIAR ESPAÇO DE TRAUBE ALTERAÇÕES IMPORTANTES DO BAÇO RIM PÂNCREAS ASCITE – MANOBRAS AORTA ABDOMINAL ICTERÍCIA QUAL A IMPORTÂNCIA ENTÃO DA PERCUSSÃO ABDOMINAL? SITUAÇÕES
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