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Semiologia abdominal

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Semiologia abdominal 
 
DIVISÃO DIDÁTICA DO ABDOME 
A definição/divisão dos setores auxilia na identificação de estruturas acometidas e p/ 
encontrarem anormalidades, pode ser dividida em 4 quadrantes ou 9 regiões: 
 
 
ABORDAGEM GERAL 
 O paciente deve ficar em decúbito dorsal, sem inclinação excessiva da cabeça, apoiada 
de preferencia em travesseiro baixo. 
 Paciente deve estar confortável e aquecido quando o ambiente estiver frio. 
 Mãos e estetoscópio aquecidos e as unhas cortadas. Friccione as mãos para ajudar à 
aquece-las. 
 Boa iluminação e a exposição total do abdômen, desde a região do apêndice xifoide ate 
sínfise púbica. 
 Sempre se posicionar ao lado direito do paciente e com ele virado de frente para você. 
 Explique o que será feito ao paciente antes de iniciar qualquer técnica. 
 Paciente deve esvaziar a bexiga. 
 Antes da palpação, peça ao paciente para indicas as regiões dolorosas ou 
hipersensíveis, e deixe para examina-las por ultimo. 
 Sempre monitorizar o exame físico, olhando para o paciente pesquisando sinais de 
desconforto e expressão do paciente. 
 Palpação do baço, o medico se localiza no lado esquerdo para realizar a manobra de 
Schutz. 
 
EXAME FISICO ABDOMINAL 
 Inspeção: distensão, abaulamentos, cicatrizes, hérnias, equimoses. Sempre expor a 
região torácica-abdominal até a região inguinal; 
 Ausculta: ausente rha, aumentados, metalicos. 
 Percussão: distensão gasosa, ascite, peritonite localizada ou difusa. 
 Palpação: localização da dor, massas, visceromegalias, massa pulsatil, descompressao 
brusca (Blumberg), Sinal de Murphy; Toque retal e toque vaginal/bimanual; 
 
INSPEÇÃO 
 Presença de lesões, de estrias (vermelho violáceo recente, esbranquiçadas mais 
antigas), a distribuição dos pêlos, as cicatrizes cirúrgicas ou não (cirúrgicas pela sua 
forma e localização, podem corroborar informações fornecidas na anamnese, referentes 
a cirurgias já realizadas.), a circulação colateral venosa (existência de hipertensão portal 
ou obstrução da veia cava) e o aspecto da cicatriz umbilical. 
 As alterações da pele, comuns a doenças sistêmicas (icterícia, palidez, descamação), 
também podem estar presentes na pele do abdome, assim como os exantemas de 
doenças infecciosas como o sarampo, a escarlatina, a varicela, a rubéola, entre outros. 
 
 
 
Estática 
• Tipos de abdome 
• Abaulamento, retrações, cicatrizes. 
• Pele e anexos 
• Turgência venosa. 
 
Dinâmica 
• Hérnias (importância da expiração e expiração forçada) 
• Respiração 
• Movimentos peristálticos. 
• Pulsação. 
 
SINAIS NA PELE EM CASOS GRAVES DE PANCREATITE AGUDA: 
• Grey-turner ou sinal das manchas equimóticas: em um dos flancos, que ocorre 
quando o exsudato pancreático se estende pela fáscia renal posterior e alcança os 
flancos; 
• Sinal de cullen ou sinal da descoloração equimótica periumbilical: que percorre 
os seguintes caminhos: ligamento gastro-hepático - ligamento falciforme ou 
mesentérico - ligamento redondo - gordura periumbilical, também pode ocorrer na 
gravidez ectópica rota. 
 
PRINCIPAIS PONTOS SEMIOLÓGICOS NA INSPEÇÃO: 
Forma do abdome: avaliar simetria, assimétrico encontrado nas hepatoesplenomegalias, 
neoplasias, hérnias da parede, megacólon e síndromes obstrutivas. 
 Normal (atípico): geralmente é plano ou levemente abaulado e simétrico. 
 Globoso: pode ser fisiológico, como na obesidade, ou patológico, como na ascite, 
pneumoperitônio, obstrução intestinal, grandes tumores ou hepatoesplenomegalia. 
 Abdome em batráquio: caracteriza ascite, em decúbito dorsal o liquido tende a escorrer 
pelos flancos. 
 Pendular: caracteriza gravidez. 
 Em avental: caracteriza obesidade; 
 Escavado: como em doença consuptiva ou emagrecimento. 
 
Presença de abaulamentos 
 Podem indicar a presença de massas abdominais no abdome superior (pâncreas, fígado 
ou cólon transverso), no abdome inferior (bexigomas, gravidez, massas ovarianas ou de 
cólon). 
 Hérnias – deslocamento de um órgão ou tecido por meio de uma abertura anormal - 
saída ou estiramento de qualquer coisa para outro lugar ( hérnias inguinais, umbilicais) – 
Manobra de Valsalva. 
 
Presença de depressões (retrações) 
 Retração generalizada: abdome escafoide ou escavado – (má nutrição, marasmo, 
caquexia, peritonite difusa – rigidez muscular). 
 Retração localizada: brigas pós-cirúrgicas. 
 
Pulsação visível na região abdominal 
Pode ser normal na região da artéria aorta, mas pode ser presença da um aneurisma identifica-
se com a palpação. 
 
Movimentos respiratórios 
 Avaliar a movimentação da parede abdominal com a respiração, sua ausência tem valor 
patológico. Os movimentos respiratórios desaparecem nos processos inflamatórios 
difusos do peritônio, ocasião em que o abdome assume o aspecto de "tábua", ou seja, 
apresenta consistência endurecida. 
 Nos processos inflamatórios agudos intraperitoneais (peritonite aguda), pode haver 
contratura muscular, cessando os movimentos respiratórios abdominais. 
 
 
 As pulsações quase sempre refletem a movimentação da aorta e são mais visíveis em 
pessoas magras ou nos aneurismas da aorta. 
 
Homens e crianças: respiração abdominal ou tóraco-abdominal. 
Mulheres: respiração torácica. 
Peritonite aguda: movimentos respiratórios são limitados ou ausentes. 
 
Cicatrizes abdominais 
 
 
Circulação colateral 
 Tipo portal: recanalização da veia umbilical, o que pode levar à diminuição da 
esplenomegalia nos casos de hipertensão portal, pelo escape do sangue portal por esse 
novo caminho. Ocorre quando há obstáculo ao fluxo venoso proveniente do tubo 
digestivo e baço em direção ao fígado. É o tipo de circulação colateral mais frequente, 
caracterizada por manter o sentido normal da circulação, sempre centrífuga em relação 
ao umbigo. Geralmente melhor percebidas acima da cicatriz umbilical, quando 
exuberantes em torno do umbigo confere o aspecto denominado cabeça de medusa. 
 Tipo cava inferior: observa-se ectasia (distenção ou dilatação) venosa em andar 
inferior de abdome e regiões laterais, sentido da corrente é ascendente. Ocorre quando 
há trombose de cava inferior. 
 Tipo cava superior: observam-se ectasias de vasos em andar superior de abdome, 
sendo o sentido da corrente, descendente. 
 
Ondas peristalticas 
 Movimentos peristálticos podem estar presentes principalmente em situações 
patológicas. Mas, podem ser visíveis em pessoas normais muito magras. 
 Nos casos de obstrução ao trânsito intestinal, a distensão abdominal costuma preceder 
o surgimento das ondas peristálticas. 
 Abdome rígido + peristaltismo visível (ondas de Kussmaul) – ocasionada por obstrução 
intestinal (obstrução da luz intestinal - CA, fecaloma – constipação, volvo – torção do 
intestino). 
 
AUSCULTA 
 Ausculta do abdome deve ser feita logo após a inspeção, antes das etapas de percussão 
e palpação. 
 Essa recomendação se justifica porque, quando percutimos e/ou palpamos o abdome, 
podemos aumentar os sons intestinais existentes, devido à excitação do peristaltismo 
das alças e alterar o exame. 
 
 
 
 Objetivos básicos: avaliar o estado da motilidade intestinal através dos ruídos 
hidroaéreos e avaliar os vasos abdominais em busca de sopros vasculares na aorta e 
em seus ramos principais (artérias renais e ilíacas). 
 Os ruídos intestinais são produzidos pela interação do peristaltismo com os líquidos e 
gases. A ausculta normal do abdome revela ruídos hidroaéreos que refletem o 
deslocamento dos gases misturados ao bolo alimentar ao longo do intestino. O melhor 
local para auscultar os ruídos é na fossa ilíaca esquerda. 
 Os sons intestinais normais, também chamados de ruídos hidroaéreos, são constituídos 
por estalidos e gorgolejos (sons de água) e podem ter frequência entre 5 a 34 por 
minuto, deve ser feita em um ou dois pontos de pesquisa, em ambos os hemiabdomes 
(esquerdo e direito), com duração de 1 minuto para cada região, o ideal é realizar a 
ausculta nos quatro quadrantes. 
 Se não houver ruídoshidroaéreos em um quadrante pelo período de 1 a 5 min, é preciso 
mudar o quadrante esperar o mesmo tempo para saber se não há peristalse apenas em 
uma região ou se está com ausência de peristaltismo em todo o abdome indicando 
ileoparalítico. 
 
PERCUSSÂO 
 Útil para avaliar os quatro quadrante o conteúdo abdominal. 
 Técnica habitual, dígito-digital, é escolhido o dedo indicador ou o dedo médio da mão 
com que o médico tem menos habilidade. Com a outra mão, o examinador executa um 
golpe seco sobre o dedo plessímetro, de moderada intensidade, utilizando o dedo médio 
ou dedo indicador, dois golpes por vez em cada ponto a ser examinado, para efeito de 
comparação. 
 Útil para identificar a presença de líquido ascítico, de massas sólidas, o aumento 
exagerado de ar nas alças intestinais ou fora delas, a determinação do tamanho do 
fígado (principalmente de sua borda superior) e das dimensões do baço. 
 Abdome normal, o timpanismo predomina devido ao acúmulo de ar nas alças intestinais. 
Com a exceção do hipocôndrio direito (pela presença do fígado), nenhum ponto do 
abdome normal deve mostrar-se maciço à percussão, caso esteja com som timpânico é 
indicativo de pneumoperitônio  (sinal de jobert). 
 O som timpânico normalmente obtido na percussão abdominal indica a presença de ar 
dentro de vísceras ocas. Quando há aumento da quantidade de ar, teremos um aumento 
desse som, chamado de hipertimpanismo por alguns autores. Obtemos esse som à 
percussão na ectasia do estômago, no aumento do meteorismo (gases no interior de 
alças intestinais), na obstrução intestinal e no pneumoperitônio. 
 O liquido ascético possui mobilidade e se desloca junto com a gravidade  Sinal de 
macicez móvel (decúbito dorsal a macices estará nas regiões mais inferiores do 
abdome e timpanismo fisiológico na região mseogástrica, se identificar a mciceza 
coloque o paciente em decúbito lateral e houver som timpânico em vez do macico 
significa que o conteúdo possui mobilidade e por isso se deslocou, favorecendo hipótese 
de ascite.) 
 Se houver massa não terá tanta mobilidade quanto ascite. 
 
Avaliação do fígado 
Localização normal no hipocôndrio direito e parcialmente na região epigástrica. Mais da metade 
do fígado fica abaixo do gradio-costal impossibilitando dimensionar pela palpação. 
 Hepatimetria: avalia o nível de onde inicia a macicez hepática superiormente e 
inferiormente pela linha hemiclavicular direita e médioesternal. Tamanho normal de 6 a 
12 no lobo direito, 4 a 8 no lobo esquerdo. 
 Avaliação do baço: percussão do espaço de traube localizado nos dois últimos 
espaços intercostais linha axilar anterior esquerda, paciente se posiciona em decúbito 
dorsal direito e realiza uma inspiração e assim localiza se há macicez no local ou não, 
normalmente possui o som timpânico, se positivar macicez indica esplenomegalia. 
 Espaço de Traube: espaço semilunar do sexto ao decimo primeiro espaços intercostais, 
tendo como limites: gradeado costal, baço, pâncreas, cólon rim e estomago. 
Normalmente quando percutido apresenta timpanismo. Pode ser ocupado pelo baço. 
 
 
PALPAÇÃO 
• Paciente permanece em decúbito dorsal, como nas etapas anteriores. Suas pernas 
devem estar em extensão, assim como os braços mantidos ao longo do corpo, 
importante para que não ocorra contração involuntária da parede abdominal. 
• Se o paciente ainda não relatou diretamente o local da dor, peça para que ele aponte 
o local da dor (Começar mais longe do ponto doloroso), distraia o paciente 
enquanto realiza o exame para que evite tensão abdominal criada pelo paciente 
devido ao receio natural de causar ainda mais dor e essa estratégia possibilita criar 
suspeitas de queixas falsas em pacientes que estão simulando dor pela distração não 
sentirá dor no local apontado. 
• O examinador deve manter as mãos aquecidas e com as unhas cortadas p/ não 
machucar o paciente, evitar movimentos bruscos p/não assusta-lo, não apertar com 
força excessiva a parede abdominal, pois, dessa forma, provocará contração da 
musculatura do abdome. Além disso, é conveniente pedir ao paciente que respire 
profundamente enquanto é realizada a palpação, pois a expiração relaxa os músculos 
retos do abdome. 
• A palpação superficial deve ser feita pelo menos nos quatro quadrantes deixando por 
ultimo a região onde tem o estimulo doloroso, após isso segue com a palpação 
profunda adotando o mesmo método de deixar por ultima a parte dolorosa, é 
importante palpar as 9 regiões, desse jeito evita a intensificar a dor na região dolorida 
e a sensibilidade se estenda p/ as regiões vizinhas, realizar a palpação no sentido 
horário. 
 
Objetivos da palpação: Avaliar o grau de resistência da parede abdominal; Estabelecer as 
condições físicas das vísceras reconhecidas pela palpação; Explorar a sensibilidade dolorosa 
do abdome. Entre as estruturas que podem ser sentidas na palpação normal do abdome 
podemos citar: borda inferior do fígado, borda do baço (quando aumentado de volume), 
grande curvatura do estômago (epigástrio), sigmóide (quadrante inferior esquerdo), ceco e 
cólon ascendente (fossa ilíaca direita e flanco direito). 
 Partes do cólon transverso e descendente (linha próxima à cicatriz umbilical e flanco 
direito), aorta (linha mediana. 
 A bexiga distendida (denominada "bexigoma") e o útero grávido podem ser percebidos 
acima da sínfise púbica, na região do hipogástrio. O útero não-grávido, os ovários e as 
trompas podem ser identificados apenas na palpação conjunta abdominovaginal. 
 As mãos do examinador devem ser dispostas de formas diferentes, de acordo com os 
órgãos e as estruturas a serem palpados: 
 Mãos sobrepostas para abdomes resistentes em geral ou distendidos. 
Pontos dolorosos 
 
 
Palpação superficial: 
 Visa verificar se há hipersensibilidade, se houver delimitar bem a região, verificar se há 
resistência muscular abdominal e avaliar órgãos superficiais. 
 Examinador pode realizar a verificação apenas com uma mão e com os dedos 
espalmados conferindo com leveza os quadrantes. 
 Feita com pouca pressão das mãos e destina-se a testar a sensibilidade da parede 
abdominal, além da presença de resistência local. Palpação mais na área externa, pele, 
subcutâneo e musculatura mais externa, inicia pelo quadrante superior direito 
(normalmente). 
 Existência de rigidez da parede abdominal pela chamada "defesa muscular" é devida, 
por sua vez, ao reflexo visceromotor. A defesa muscular sinaliza ao examinador que o 
peritônio regional próximo ao órgão acometido está comprometido por inflamação. 
 O reflexo visceromotor é considerado um reflexo de defesa, pois a contração da 
musculatura da parede abdominal impede que uma pressão externa de qualquer 
natureza seja exercida sobre a área inflamada, o que produziria intensa dor, além de 
poder traumatizar as estruturas envolvidas. 
 
Palpação profunda: 
 Examinador realiza a verificação com as duas mãos, a mão que está por cima auxilia no 
controle da força aplicada na região. 
 Foco em delimitar órgãos mais profundos (visceromegalias) e possíveis massas, por 
isso precisa avaliar as 9 regiões, serve p/ avaliar sensibilidade dolorosa na região do 
abdome. 
 Forrnece a possibilidade de explorar as estruturas intra-abdominais situadas a uma 
profundidade de até 1 0cm, utilizar as duas mãos, uma por cima da outra, a de cima faz a 
força e a de baixo palpa. (técnica deslizante de hausman). 
 Pode haver sons provocados pela palpação do abdome com características específicas: 
o Roncos: - são sons graves provocados apenas pela passagem de gases nas 
alças intestinais devido à pressão exercida pela palpação; 
o Borborigmo - representa sons aéreos de tonalidade alta, formados pela 
passagem de líquido e gases; 
o Gargarejo - é caracterizado pelo som de ruídos hidroaéreos de grossas bolhas. 
 
Hérnias 
Examinador deve introduzir o dedo indicador direito no anel inguinal (que normalmente não 
comporta a introdução de uma polpa digital). Solicita, em seguida,ao paciente que faça a 
manobra de valsalva ou manobra de expiração forçada contra a resistência (tentando 
assoprar com força contra a sua mão fechada aumentando a pressão intrabdominal, por 
exemplo). O examinador perceberá o encontro da alça herniada com a ponta do seu dedo. 
Essa manobra não precisa ser utilizada quando a hérnia for evidente à simples inspeção. 
Também faz parte do exame palpatório inicial do abdome a percepção da presença da 
diástase dos músculos retos abdominais, ou seja, a separação dos músculos retos da 
esquerda e da direita, permitindo ao examinador insinuar um ou mais dedos entre eles. A 
diferença da diástase com as hérnias está na ausência de saco herniário ou anel na primeira. 
 
Fígado 
Depois de achada a borda inferior do lobo direito, deve-se verificar a espessura do órgão. O 
fígado sem patologia pode ou não ser palpável. O fígado nem sempre é palpável, se 
conseguir palpar é preciso avaliar a consistência do fígado se é maciço ou endurecido, 
superfície lisa ou com nodulações, borda fina (normal) ou se está romba. 
 Bimanual: examinador voltado para a cabeça do paciente, solicite ao paciente que 
inspire profundamente e utilizando uma mão sobre a outra o examinar empurra 
realizando as mãos primeiramente para baixo e depois para cima com as pontas dos 
dedos, realizando movimento de parábola na região anterior do abdome para sentir a 
borda do fígado deslizando sob a ponta dos dedos. 
 Método de mathieu ou método das mãos em garra: os dedos das mãos do 
examinador dispostos em garra, alinhados com o rebordo costal direito. 
 
 
 O examinador posiciona-se à direita, em pé e voltado para os pés do paciente. A seguir, 
pede ao paciente que inspire profundamente e expire em seguida. Ao final da expiração, 
o examinador pressiona seus dedos para baixo do rebordo costal direito e mantém a 
pressão, pedindo ao paciente que inspire novamente. Nesse momento, a borda hepática 
inferior pode ser sentida com facilidade, vindo de encontro aos dedos do examinador. 
 Lemos-torres ou técnica da mão estendida: nessa técnica, o médico fica posicionado 
do lado direito, voltado para a cabeça do paciente. A mão esquerda do examinador 
sobre a região lombar direita do paciente, o examinador levanta a mão esquerda p/ 
frente e com a mão direita na parte anterior do abdome, tentando palpar a borda 
hepática anterior, a mão direita é pressionada contra o abdome ao final da expiração, 
aguardando a inspiração do paciente sem se movimentar, percebendo a borda inferior do 
fígado quando vier de encontro aos dedos do examinador. 
 
Baço 
A palpação também é o melhor método para a percepção da borda inferior do baço, que se 
torna palpável apenas nas esplenomegalias. O baço normal não é palpável e apresenta 
mobilidade respiratória, assim como o fígado. 
1. O paciente assume o decúbito dorsal, e o examinador posiciona-se do seu lado direito. A 
mão esquerda é colocada na altura do gradeado costal esquerdo, pressionando-o para 
cima. Ao mesmo tempo, a mão direita com os dedos estendidos é posicionada sobre a 
parede abdominal, apontando para o rebordo costal esquerdo. Em seguida, o 
examinador pressiona sua mão direita ao final da expiração e solicita ao paciente que 
inspire profundamente, procurando sentir a borda inferior da baço ao final da inspiração; 
2. O paciente assume a posição de Schuster ou posição do decúbito lateral direito com a 
perna flexionada, a mão esquerda do paciente deve ficar posicionada em sua nuca. O 
examinador fica posicionado do lado esquerdo do paciente, voltado para os pés do 
paciente, procurando palpar o baço com os dedos das mãos dispostos em garra e 
colocados ao longo do rebordo costal esquerdo. 
 
Abdome agudo 
 Dor abdominal aguda de inicio rapido ou incidiosa, com intensidade que leva a procura 
do medico. Queixa mais comum no pronto socorro, constituindo um desafio diagnostico e 
terapeutico. 
 Pode ser causado por doencas benignas ou malignas. 
 Condição clinica que tem como princial sintoma a dor abdominal aguda necessitando de 
avaliação e tratamentos rapidos, seja este cirurgico ou não. 
 Causas gastrointestinais – apendicite, obstrução, perfusão, ulcera, diverticulite, doença 
inflamatoria, pancreatite, colecistite aguda, hepatite, PBE, causas ginecologicas, toracica, 
hematologica, metabolica. 
 Diagnostico precoce é essencial parra diminuir morbimortalidade. 
 Anamnese detalhada e exame fisico minucioso são mais importantes do que qualuqer 
exame complementar. Primeira avaliaçao é a mais importante, porque a anlagesia 
subsequente pode alterar o exame fisico. 
 Avaliações seriadas pelo mesmo medico são a melhor forma de determinar a 
progressão ou a resolução da doença. 
Dor somatico ou parietal: origem no proprio pertoneoparietal, é constante e fixa; 
Dor visceral: é a dor nociceptiva decorrente da estimulação dos nociceptores viscerais. É 
profunda, e tem características similares às da dor somática profunda, ou seja, é difusa, de 
difícil localização e descrita como um dolorimento ou uma dor surda, vaga, contínua, profunda, 
que tende a acentuar-se com a solicitação funcional do órgão acometido. 
 De um modo geral, a dor visceral pode ser relacionada com quatro condições: (a) 
comprometimento da própria víscera (dor visceral verdadeira); (b) comprometimento 
secundário do peritônio ou pleura parietal (dor somática profunda); (c) irritação do 
diafragma ou do nervo frênico; (d) reflexo viscerocutâneo (dor referida). 
 Embora a dor visceral verdadeira, em geral, apresente as características mencionadas 
anteriormente, ela tende a se localizar próximo ao órgão que a origina. 
 
Dor referida: é percebida em locais mais distantes, que são inervados aproximadamente pelos 
mesmos níveis espinais que as estruturas acometidas. A dor referida aparece, com frequência, 
à medida que a dor inicial torna-se mais intensa, parecendo irradiar-se ou disseminar-se a 
partir do seu ponto de origem. 
Dor irradiada: caracteriza-se por ser sentida a distância de sua origem, porém ocorre 
obrigatoriamente em estruturas inervadas pela raiz nervosa ou em nervo cuja estimulação 
nóxica é responsável pela dor. Um exemplo clássico é a ciatalgia, provocada pela compressão 
de uma raiz nervosa por uma hérnia de disco lombar. 
SINDROMES CLINICAS 
 Inflamatório: dor insidiosa e com piora progressiva, febre, peritonite localizada ou difusa 
– apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, doença inflamatória 
pélvica. 
 Perfurativos: dor com piora súbita, intensa, aguda e persistente, peritonite, palidez, 
sudorese, evoluindo para p choque séptico esse não tratado – ulcera péptica, neoplasia 
gastro-intestinal perfurada. 
 Obstrutivo: tumor,distensão, parada de eliminação de faltus e fezes, náuseas/vômitos – 
aderências intestinais, hérnia estrangulada, fecaloma, obstrução pilórica, volvo, corpo 
estranho, bolo de áscaris. 
 Vascular isquemico: dor intensa súbita, tipo cólica, desproporcional ao exame físico, 
podendo evoluir p/ peritonite - squemia intestinal, trombose mesentérica, torção do 
omento. 
 Hemorrágico: dor súbita e sinais de choque hipovolêmico – gravidez ectópica rota, 
ruptura do baço, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, cisto ovariano hemorrágico, 
endometriose, necrose tumoral. 
 
Apendicite: a dor localizada na região epigástrica ou periumbilical inicia subitamente, quase 
sempre acompanhada de náuseas e vômitos. Algumas horas depois, ela estaciona na fossa 
ilíaca direita, indicando o comprometimento do peritônio periapendicular. A febre não costuma 
ser elevada (37,5 a 38°c) e pode não ocorrer em idosos, dificultando o diagnóstico. 
Manobras necessárias 
1. Descompressão brusca x sinal de blumberg: presença de peritonite provoca dor tanto 
a compressão quanto a descompressão podendo ser por vexes mais desconfortável a 
descompressão, compressão da mão no sinal de mcburney, se houver descompressão 
brusca e o paciente tiver dor é conhecido como sinal de blumberg positivo.2. Sinal de rovising: compressão na fossa ilíaca esquerda e dor na fossa ilíaca direita, 
pela compressão do ar. 
3. Sinal do psoas: movimento do musculo psoas, atrás do intestino. A manobra é feita 
com o paciente de decúbito lateral esquerdo, a perna direita se desloca p/ trás e se tiver 
dor, significa sinal do psoas positivo. 
4. Sinal do obturador: paciente em decúbito dorsal, a perna direita fica em 90 graus e 
roda o calcanhar p/ fora. 
5. Sinal de dunphy: dor em fid que piora com dor; 
6. Sinal de lapinsky: dor a compressão da fid quando o paciente eleva o mid estendido. 
7. Sinal de lenander: diferença da temperatura retal e axilar > 1ºc (retal>axilar); 
8. Sinal de aaron: será uma dor epigástrica referida durante a compressão do ponto de 
mcburney. 
9. Sinal ten-horn: será uma dor em fossa ilíaca direita provocada pela tração do testículo 
direito. 
10. Sinal dielafoy: será uma hipersensibilidade cutânea, dor e defesa involuntária no ponto 
de mcburney. 
11. Sinal de chutro: referida ao desvio da cicatriz umbilical para direita se aproximando da 
fossa ilíaca direita. 
12. Sinal de martorelli: dor sentida na região de fossa ilíaca direita após a realização de 
punho percussão na região do calcâneo. 
 
 
 
COLECISTITE 
 Sinal de murphy: mão em garra no hipocôndrio direito do paciente acompanhando o 
rebordo costal e solicita que o paciente realize uma inspiração profunda, se interromper 
a inspiração alegando dor significa sinal de murphy positivo. Posição do polegar sobre o 
ponto vesicular p/ pesquisa do sinal de murphy (pausa da inspiração). 
 Sinal de jobert: presença de timpanismo na região do fígado, na hora da percurssão. 
 Sinal de courvoisier-terrier: presença da vesicular biliar palpável, secundaria a 
dilatação indolor e síndrome da icterícia. 
 
ASCITE 
 "sinal do piparote" ou da "onda de fluido": não é útil para o diagnóstico das ascites 
pequenas, sendo obtido com maior nitidez apenas nas ascites médias e grandes. 
Colocar uma das mãos espalmada sobre um dos flancos, enquanto no flanco 
contralateral damos um "piparote" (termo que significa pancada/peteleco que se dá com 
a cabeça do dedo médio ou do índice apoiado sobre o polegar e soltado com força). O 
piparote provoca uma onda no líquido ascítico cujo choque contra a parede pode ser 
sentido pela mão esquerda espalmada do outro lado. 
 Semicírculos de Skoda: Para a obtenção desse sinal, devemos percutir o abdome a 
partir da região timpânica para a região maciça. Na presença de ascite, a região 
timpânica estará localizada na parte central do abdome (pelo acúmulo de alças 
intestinais nesse local, rechaçadas pelo líquido ascítico). Percute-se da cicatriz umbilical, 
de forma radiada, em direção aos flancos e à região hipogástrico. 
 Sinal da "macicez móvel": percussão nos flancos direito e esquerdo e mesogastrico 
com o paciente em decúbito dorsal e depois em decúbito lateral. Em decúbito dorsal 
percute-se macicez nos flancos e timpanismo do mesogástrico, devido ao deposito de 
liquido nos flancos. Em decúbito lateral esquerdo o timpanismo encontra-se em flanco 
direito e mesogástrio, mas com macicez no flanco correspondente ao decúbito pela 
presença do liquido.

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