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PANTANAL SEMINÁRIO

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PANTANAL
Características gerais:
O pantanal é um Bioma característico por suas extensas planícies alagas, localizadas no centro do continente sul-americano mas precisamente no estado do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que se estende por parte do Paraguai e da Bolívia. Seu clima é característico por ser quente e úmido no verão, onde praticamente não chove, e frio e seco no inverno onde ocorre uma grande quantidade de precipitação que forma as extensas áreas alagadas.
Quando as águas baixam é possível ver a vegetação do bioma a qual é composta principalmente por ervas e capins, que são pastos ricos em nutrientes para a fauna nativa. Porém nas cordilheiras predomina uma vegetação próxima ao do bioma cerrado, pois não ocorre alagamentos nessas áreas, na verdade o pantanal é um mosaico de vegetações pois possui características de outros biomas como da mata atlântica, da caatinga, da Amazônia e do próprio cerrado.
Existem diversas espécies de aves, plantas, mamíferos, anfíbios, peixes e répteis como por exemplo o jacaré do pantanal, também existe outras espécies como o aguapé que é uma planta aquática flutuante muito comum desse ambiente, e também o cervo do pantanal que inclusive está ameaçado de extinção, além do mais existem muitas espécie que ainda não foram estudadas e nem catalogadas. A maior ameaça ao pantanal é a criação de gado e agricultura extensiva, essas atividades destroem imensas áreas da vegetação do bioma que devem provocar contaminação do sistema aquático e assoreamento, erosão nos solos e até queimadas, como ocorreu em agosto de 2020, a maior queimada da história do pantanal onde 17% da floresta foi consumida pelo fogo.
CLIMA
O clima do pantanal é predominantemente tropical continental, que está relacionado com o clima da bacia do Alto Paraguai, ele é marcado por duas estações, um verão quente e chuvoso (predominante no período de outubro a Março), e um inverno frio e seco (predominante de Abril a Setembro). O mesmo é marcado por temperaturas medianas, que variam entre 23 a 25 graus, podendo atingir picos de 34 graus no verão, e temperaturas minímas de 12 graus no inverno, ele possuí um alto indicie pluviométrico e sua precipitação média anual gira em torno de 1000mm. No verão, por ser chuvoso, o pantanal fica intransitável por terra, porém no período do inverno por ser seco, os rios secam e deixam o barro a mostra.
As serras do pantanal têm um efeito significativo acerca do seu clima, decorrentes do fato de que as massas de ar que predominam na região são, com frequência intáveis e muito carregadas de umidade. Tais efeitos são perceptíveis nas distribuições regionais das preciptações e das temperaturas.
VEGETAÇÃO
Por ser um bioma com ligações próximas à Floresta Amazônica e ao Cerrado, a paisagem pantaneira é bem diversificada, com árvores de médio e grande porte, típicas da Amazônia, mas também conta com a presença de árvores tortuosas de baixo e médio porte, muito comuns no Cerrado.
A vegetação pantaneira é um mosaico de cinco regiões distintas: Floresta Amazônica, Cerrado,Caatinga, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio,argentino e boliviano). Durante a seca, os campos se tornam amarelados e constantemente a temperatura desce a níveis abaixo de 0 °C, e registra geadas, influenciada pelos ventos que chegam do sul do continente.
Nas matas ciliares, próximas dos rios, é comum encontrarmos jenipapos de 20 metros de altura, árvore amazônica. Nessa área, a vegetação é densa e exuberante, com figueiras, ingazeiros, e outras árvores altas.
As planícies inundadas do Pantanal possuem uma vegetação típica dessa localidade, como os vegetais aquáticos: aguapé, erva-de-santa-luzia, utriculária e cabomba, muitos deles utilizados para fins medicinais.
Nas áreas não tão alagadas, a presença de árvores do Cerrado é frequente, como os ipês e buritis.
A vegetação do Pantanal não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas, que são áreas de pastagens naturais para o gado — a pecuária é a principal atividade econômica do Pantanal. A vegetação de cerrado, com árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas rasteiras, aparece nas alturas médias. Poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com árvores maiores como angico, ipê e aroeira.
Em altitudes maiores, o clima árido e seco torna a paisagem parecida com a da caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, plantas aquáticas, piúvas (da família dos ipês com flores róseas e amarelas), palmeiras, orquídeas, figueiras e aroeiras.O pantanal possui uma vegetação rica e variada, que inclui a fauna típica de outros biomas brasileiros, como o cerrado, a caatinga e a região amazônica. A camada de lodo nutritivo que fica no solo após as inundações permite o desenvolvimento de uma rica flora. Em áreas em que as inundações dominam, mas que ficam secas durante o inverno, ocorrem vegetações como a palmeira carandá e o paratudal.[carece de fontes]
Durante a seca, os campos são cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado. Essa vegetação também está presente nos pontos mais elevados, onde não ocorre inundação. Nos pontos ainda mais altos, como os picos dos morros, há vegetação semelhante à da caatinga, com barrigudas, gravatás e mandacarus. Ainda há a ocorrência de vitória-régia, planta típica da Amazônia. Entre as poucas espécies endêmicas está o carandá, semelhante à carnaúba.[carece de fontes]
A vegetação aquática é fundamental para a vida pantaneira: imensas áreas são cobertas por batume, plantas flutuantes como o aguapé e a salvínia. Essas plantas são carregadas pelas águas dos rios e juntas formam verdadeiras ilhas verdes, que na região recebem o nome de camalotes. Há ainda no Pantanal áreas com mata densa e sombria. Em torno das margens mais elevadas dos rios ocorre a palmeira acuri, que forma uma floresta de galerias com outras árvores, como o pau-de-novato, a embaúba, o jenipapo e as figueiras
A vegetação, além de ser um recurso natural em si, é fundamental para a conservação dos recursos hídricos, edáficos, e faunísticos, e ainda influencia no clima. Portanto, a conservação da vegetação é essencial no contexto do Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai. De modo geral a vegetação é um bom indicado 
A vegetação do Pantanal é moldada principalmente pelas suas inundações sazonais que produzem variabilidade espacial marcante em abundância e diversidade de espécies (Hamilton 1999). Influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, o Pantanal sofre a influência direta dos biomas da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, além do Chaco. Devido a esta dinâmica natural de seca e cheia do Pantanal, a vegetação do Pantanal está em constante sucessão ecológica.
A vegetação do Pantanal é muito variada, principalmente em função da inundação e do solo. Geralmente distribuídas em mosaico.
AS PRINCIPAIS PAISAGENS SÃO:
Baías: lagoas temporárias ou permanentes de tamanho variado, podendo apresentar muitas espécies de plantas aquáticas emergentes, submersas, ou flutuantes. Nas águas permanentes são comuns os camalotes (Eichhornia, Pontederia) e o baceiro ou batume, vegetação flutuante, formada principalmente por ciperáceas e diversas plantas aquáticas. As plantas aquáticas são importantes ambientes para a fauna aquática.
Cordilheira: pequenas faixas de terreno não inundável, com 1 a 3 metros acima do relevo adjacente, com vegetação de cerrado, cerradão ou mata.
Cambarazal: mata inundável de cambará (Vochysia divergens), árvore amazônica.
Campos: áreas inundáveis, com predominância de gramíneas. É a formação vegetal mais importante do Pantanal. Eventualmente são confundidos como um resultado do desmatamento.
Capão: mancha de vegetação arbórea, de cerrado, cerradão ou mata, formando verdadeiras ilhas nos campos.
Carandazal: campos inundáveis e capões com dominância de carandá (Copernicia alba), uma palmeira do Chaco, com folhas em forma de leque, parente da carnaúba do Nordeste, e com madeira utilizada para cercas e construções.Corixo: curso d´água de fluxo estacional, com calha definida (leito abandonado de rio), geralmente com mata ciliar.
Paratudal: campo com árvores de paratudo (Tabebuia aurea), que é um dos ipês-amarelos.
Salinas: distintas, são lagoas de água salobra, sem cobertura de plantas aquáticas, mas com grande densidade de algas - o que confere uma cor esverdeada à água.
Vazante: curso d´água temporário, amplo, sem calha definida; no período seco geralmente é coberta por gramíneas como o mimosinho (Reimarochloa), preferido pelo gado e por herbívoros silvestres.
DESMATAMENTO
Em 2020 foram necessários apenas seis meses para que 13.319 hectares de vegetação nativa fossem desmatados no Pantanal brasileiro. O número já representa 80% de toda a área desmatada em doze meses de 2019.
O levantamento é da Ecoa (ecologia e ação é uma organização não governamental), que trabalhou dados do projeto Mapbiomas. No ano passado, 16.521 hectares foram retirados nas porções brasileiras do Pantanal.
Além do avanço rápido do desmatamento, chama a atenção, também, que apenas 1,18% do total desmatado em seis meses ocorreu de forma “legal”, ou seja, com autorização da legislação brasileira. Nessa região, a abertura de novas pastagens para a criação de gado é a principal causa da supressão de vegetação natural.
O MapBiomas Alerta é um sistema de validação e refinamento de sinais de desmatamento, degradação e regeneração de vegetação nativa. Utiliza imagens de alta resolução com alertas gerados pelos sistemas Deter (Inpe), SAD (Imazon) e Glad (Universidade de Maryland). Os dados são validados e refinados com ajuda de imagens de satélite de alta resolução (três metros) que permitem identificar as áreas desmatadas de forma ainda mais precisa.

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