Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Discente: Iago Rodrigues Oliveira Turma: Arquitetura e Urbanismo 2020/2 Noturno In TRONCARELLI, Ruth Cuiá. Arquitetura indígena xinguana: um estudo das representações. ICTH,Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo 2019. Disponível em: <https://bityli.com/NOBWr>. Acesso em: 23 Ago. 2020. Resumo: O presente estudo faz referência de diversos autores que estudaram tribos indígenas de uma mesma região, sendo elas do Alto do Xingu, que se localiza no estado do Mato Grosso. Onde nos estudos abordados foram desconsideradas as pequenas diferenças entre as diversas tribos. Percebe-se que ambos os estudos se completam, fazendo jus as ideais apresentadas nos estudos científicos mencionados, temos na primeira parte do artigo um conceito teórico adquirido por meios das pesquisas, onde foram apresentados números, disposição das aldeias além de fotografias que complementam os ideais dos pesquisadores. Já na segunda metade do texto temos a abordagem dos mundos visíveis e invisíveis, onde as invisiveis tem embasamento nos mitos presentes nas tribos, que foram relatados pelo pesquisador Pedro Augustinho no seu livro Mitos e outras Narrativas Kamayurá. Com as narrativas apresentadas por ele, torna-se plausível a compreensão de ideias apresentadas pelos autores da primeira metade, tal como a relação do corpo humano com as construções, que e melhor abordada na obra Encontro com a civilização brasileira onde no seu IV capítulo a arquiteta Cristina C. Da Costa e Sá apresenta as diferentes partes da casa relacionadas com partes do corpo humano ou animal. Visto que às duas vertigens foram abordadas e tangidas no artigo, as relações dos eixos horizontais e verticais apresentados fazem a união dos mitos escritos pelo Augustinho com conceitos propostos por Etiene Samain. Uma vez que, apresenta ideias do imaginário ligado ao real. Tornando-se visível nos mitos as delimitações dos eixos horizontais e nos estudos arquitetónicos os eixos verticais, fazendo o entrelaçamento das diversas frentes de estudos abordadas. Fichamento: “[...] sendo a cultura indígena uma cultura viva, que está em constante transformação.” (p. 706) “[...] representações serão o ponto de partida para a aproximação ao estudo da arquitetura indígena.[...]”(p. 707) “[...]Apesar de terem línguas diferentes, apresentam costumes, modo de vida e visão de mundo semelhantes, embora cada um desses povos mantenha sua identidade étnica.” (p. 708) “Sá (1979) procura estabelecer uma característica geral do que é a aldeia xinguana, sem se deter à características particulares de cada uma. Em sua definição, a aldeia tem o formato circular, composta por um conjunto de casas, que configuram um grande pátio ao centro. Neste pátio, um pouco fora do centro estão concentradas as sepulturas, e no centro a casa dos homens ou casa das flautas. Ela descreve as áreas consideradas particulares e as áreas públicas. Em seguida aborda a definição da “Casa tradicional’, em que as diferentes partes da casa estão relacionadas com partes do corpo humano. Em seu texto também está descrito o processo de construção de uma casa Yawalapiti, que durou seis meses para a sua finalização, período em que houve festas por toda essa época.” (p. 711) “Os autores apresentam uma descrição da aldeia, apresentando características gerais que puderam ser percebidas, tais como as casas distribuídas na periferia de um pátio central e o cemitério ao centro, casa dos homens vedado à entrada das mulheres, por exemplo. Também apresentam aspectos relativos a casa antropomorfa, em que identificam a relação desta com um ser biológico, que pode ser um corpo humano ou animal e as partes das casas.” (p. 715) “[...] Este, portanto, mostra-se fundamental para o entendimento da maneira de construir de um povo, suas técnicas, e todas as informações relativas à construção, além de serem registros de uma época.” (p. 717) “Considera-se que o mundo invisível é todo aquele relacionado aos espíritos” (p. 719) “No entendimento da horizontalidade, temos três círculos concêntricos: o primeiro círculo (1) em que se tem a praça da aldeia, “centro de informações, lugar público, social e masculino” (SAMAIN, 1991, p.81). Em seguida, o segundo círculo (2) é o das casas e seus arredores “domínio das mulheres e das crianças, grande matriz transformadora e zona ambígua de transição entre a Natureza e a Cultura” (SAMAIN, 1991, p.81). E por fim, no terceiro círculo (3) se tem os caminhos, a serem percorridos pela floresta ou pelas águas, a um “mundo misterioso, desconhecido e perigoso, que os “espíritos” (mama’e) povoam” (SAMAIN, 1991, p.81).” (p. 720) “E este mundo horizontal, está ligado ao que eles entendem como vertical, descrito a seguir. A aldeia ocupa novamente o lugar central, estando ao centro da abóbada. Acima da aldeia se tem a aldeia celeste, cujo caminho é representado pela Via Láctea. O espaço é limitado pela abóbada celeste, englobando o sol, a lua, as estrelas, árvores, animais, os “espíritos” e os homens. Abaixo da crosta terrestre estão as águas profundas, perigosas, em que habitam além dos peixes, seres sobrenaturais que “comem gente”. Já a região mais próxima a superfície, é “provedora de alimentos”, sendo os principais como o peixe e a mandioca (SAMAIN, 1991, p.83).” (p. 721) “Para o entendimento do que vem ser a casa xinguana, considerou-se dar início à imersão aos mitos e outros significados vinculados às simbologias. Partiu-se do exterior (aldeia, território) para que se possa compreender o interior (casa). Visto que, assim como Bachelard nos apresenta a seguir, que a própria casa possui o seu próprio cosmos:” (p. 722) Esquema: Disponível em Alta resolução no link abaixo: https://drive.google.com/file/d/1HUZIx0sQG974nhUzOQZ5kU9US_6px2ty/view?usp= drivesdk Leituras Recomendadas: SÁ, Cristina C. Da Costa e; CÔRREA, Eduardo Henrique Bacellar. Habitação Indígena no Alto Xingu. In: SILVEIRA, Ênio. Encontros com a Civilização Brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. (Encontros com a Civilização Brasileira, Volume 12), p. 129-142. < http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Asa-1979- habitacao/Sa%26Correa_1979_Habitacao_indigena_no_Alto_Xingu.pdf> Acesso em 23 de Ago. de 2020 https://drive.google.com/file/d/1HUZIx0sQG974nhUzOQZ5kU9US_6px2ty/view?usp=drivesdk https://drive.google.com/file/d/1HUZIx0sQG974nhUzOQZ5kU9US_6px2ty/view?usp=drivesdk http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Asa-1979-habitacao/Sa%26Correa_1979_Habitacao_indigena_no_Alto_Xingu.pdf http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Asa-1979-habitacao/Sa%26Correa_1979_Habitacao_indigena_no_Alto_Xingu.pdf AGOSTINHO, Pedro. Mito e outras narrativas Kamayurá. Salvador: Editora da UFBA, 1974. Arquitetura Popular: espaços e saberes. Disponível em: < https://static.scielo.org/scielobooks/ctchz/pdf/agostinho-9788523212032.pdf> .Acesso em 24 de agosto de 2020. COSTA, M. H. F.; MALHANO, H. B. Habitação indígena brasileira. In: RIBEIRO, B. (Org.). Suma etnológica brasileira: 2 – Tecnologia indígena. São Paulo: Vozes, 1986, p. 27-94. Disponível em: < http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/suma%3Avol2p027- 094/Suma_Vol2_p_027-094.pdf >. Acesso em 23 de Ago. 2020. https://static.scielo.org/scielobooks/ctchz/pdf/agostinho-9788523212032.pdf http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/suma%3Avol2p027-094/Suma_Vol2_p_027-094.pdf http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/suma%3Avol2p027-094/Suma_Vol2_p_027-094.pdf
Compartilhar