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teste de pirogênio in vivo e in vitro

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA 
DISCIPLINA: CONTROLE BIOLÓGICO DA QUALIDADE DE MEDICAMENTOS 
DOSCENTE: NATHÁLIA ALEXANDRA DE OLIVEIRA CARTAXO FURTADO 
DISCENTE: NATHALIA MARTINS DA SILVA 
 
 
TESTE DE PIROGÊNIO IN VITRO E IN VIVO 
 
Pirogênios são substâncias que quando injetadas, induzem a elevação da temperatura 
corporal do homem e de alguns animais. Algumas dessas substâncias podem ser 
encontradas em produtos farmacêuticos, principalmente as endotoxinas que são 
lipopolissacarídeos constituintes da membrana de bactérias gram-negativas. Além das 
endotoxinas, bactérias gram-positivas, fungos, vírus e outros compostos também podem 
provocar reações pirogênicas. Os chamados pirogênios endógenos atuam sobre o centro 
termorregulador, causando febre e, dependendo da dose, pode ocasionar outras reações, 
como o choque pirogênico, que é capaz de levar o indivíduo à óbito. Os medicamentos e 
correlatos devem ser apirogênicos e a comprovação é feita através do teste de pirogênio 
que pode ser in vivo ou in vitro. Cada método apresenta vantagens e limitações. O teste 
in vitro é específico para endotoxinas e consiste na reação da endotoxina com o reagente 
LAL que é constituído a partir de lizado de amebócitos do caranguejo Limulus 
polyphemus, o qual, se gelifica na presença de endotoxinas. Outros parâmetros como 
turvação ou coloração podem também ser utilizados para avaliação do resultado, 
dependendo do método utilizado. O teste in vivo é realizado em coelhos, o qual, se 
fundamenta no aumento da temperatura corporal, a amostra é injetada por via intravenosa 
e verifica-se o aumento da temperatura. Os animais são submetidos a acondicionamentos. 
Para cada amostra a ser testada, utilizam-se 3 coelhos adultos e, de no mínimo, 1 kg e 
meio. Em seguida, são colocados em contendores, de forma a serem imobilizados durante 
o teste. Duas horas antes e durante o teste, a alimentação é suprimida, podendo apenas, 
fornece-lhes água. Depois da convenção dos animais são introduzidos, os termômetros 
clínicos no reto dos coelhos, numa profundidade de aproximadamente 6 cm. No máximo 
40 minutos antes da injeção da amostra a ser testada é determinada a temperatura de 
controle de cada animal. Os animais com temperatura superior à 39,8 graus não podem 
ser utilizados, outra exigência é que a temperatura entre um coelho e outro não deve ser 
maior que 1 grau. Os materiais utilizados no teste devem ser apirogênicos, previamente 
preparados e submetidos a processos de despirogenização, sendo embrulhados em papel 
alumínio ou acondicionados à recipientes resistentes ao calor e colocados em estufa à 250 
graus por 30 minutos ou 200 graus por 1 hora. A interpretação dos resultados dos testes 
é realizada de acordo com dois parâmetros: aumento da temperatura máxima de cada 
coelho e a somatória dos aumentos de temperatura dos três coelhos. Quando nenhum dos 
três apresentar aumento de temperatura maior ou igual à 0,5 °C ou se a somatória das 
elevações dos três coelhos não for maior que 3,3°C, o produto testado cumpre com os 
requisitos de ausência de pirogênio e a amostra é aprovada. Caso contrário a amostra é 
feita novamente, utilizando mais cinco coelhos. O teste de pirogênio in vivo, utilizando 
coelhos foi introduzido oficialmente em 1942 e desde então tem contribuído para a terapia 
parenteral mais segura. Atualmente a maioria dos produtos é testada pelo método in vitro, 
substituição que é justificada pela facilidade do método e também para poupar os animais. 
Entretanto, para assegurar a apirogenicidade de alguns produtos parenterais o teste em 
coelhos é por vezes realizado.

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