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Atividade Hermeneutica- Identifique no texto os elementos que demonstram aplicação da Hermenêutica e da Argumentação Jurídica.

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Caro(a), discente, em nossos estudos na disciplina de Hermenêutica e Argumentação Jurídica, nesta 1ª Etapa, aprofundamos os conhecimentos a fim de entender os conceitos de Hermenêutica e de Argumentação, compreendendo origem e evolução como teoria e ciência, bem como, suas formas de aplicabilidade, além de vermos alguns dos teóricos fundadores e formuladores para a área jurídica. Tomando como base estes estudos, leia o texto abaixo:
Blogueiro pode usar foto de artista para ilustrar texto sobre "sexo explícito", diz juiz
Ilustrar matéria de Carnaval com imagem de artista que, notoriamente, participa de performances teatrais públicas não fere direitos de personalidade assegurados na Constituição. Ainda mais se o texto não imputa nenhuma conduta imoral ou delituosa ao artista e a foto é representativa de bloco que abriu a folia. Com tal argumento, foi julgada improcedente ação indenizatória movida por uma artista contra um blogueiro. O blog estampou a imagem dela, com os seios desnudos, captada noutro momento, numa matéria sobre o Carnaval. Segundo a reportagem, em plena luz do dia, pelo menos 2 mil pessoas participaram da festa, que teve cenas de sexo explícito. As cenas, segundo o texto, escandalizaram os moradores do bairro de classe média alta, provocando protestos públicos, registrou o blog. Na petição inicial, a autora sustentou que as informações do post não têm relação com a imagem estampada para ilustrá-lo. A fotografia utilizada retrata, na verdade, uma cena artística de outro momento. Assim, por utilizar a imagem para noticiar "situações desabonadoras", o seu direito de personalidade foi violado. Pediu a exclusão da matéria e o pagamento de danos morais. A Justiça deferiu a antecipação de tutela apenas para a exclusão da imagem. Na contestação, o jornalista esclareceu que utilizou a imagem para ilustrar o evento, e não para ligá-la às ocorrências de sexo explícito. Informou que a fotografia foi extraída da internet, sem qualquer pretensão de envolver a autora com a situação narrada. Destacou que a publicação de imagem extraída de local público ou privado aberto ao público, sem fins artísticos ou comerciais, não requer o consentimento da pessoa retratada. O juiz disse que a demanda judicial põe em conflito os direitos fundamentais da livre manifestação do pensamento e da liberdade da informação com o direito à inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas, ambos protegidos pela Constituição. Neste embate entre princípios opostos, não existe solução definitiva e absoluta, pois sempre será necessário exercer a ponderação à luz do caso concreto. Por vezes, irá preponderar a liberdade de imprensa; noutras, o direito à imagem, à privacidade e à honra. No caso do post, afirmou que não viu informação inverídica, dissociada dos fatos ou com dolo de causar dano a quaisquer dos participantes, seja individualmente ou coletivamente. Afinal, as afirmações contendo as expressões ‘‘cenas de sexo explícito’’, ‘‘nudismo’’, ‘‘voyeurismo’’ e ‘‘cenas escatológicas’’ vieram acompanhadas, na contestação, de fotografias atestando esta realidade. Ou seja, a narração é verdadeira. Conforme o julgador, em nenhum momento do texto o jornalista afirmou que a autora se envolveu nestas condutas, embora tenha utilizado foto dela em performance teatral, tirada num evento público. A imagem é representativa do grupo ‘‘Bloco da Laje’’, que, coincidentemente, promoveu a saída de rua no carnaval da Vila Conceição. Portanto, deduziu, não se trata de imagem dissociada do evento, pois mostra algum conteúdo sobre os fatos mencionados. “A autora não poderia esperar somente comentários elogiosos associados à fotografia do seu esquete teatral, porque permitir-se apenas comentários elogiosos e taxar de antijurídicos os discursos contrários é, sim, um patrulhamento ideológico”, finalizou na sentença. (TRIBUNA DE BARUERI, 2020).
QUESTÃO 1 – Identifique no texto os elementos que demonstram aplicação da Hermenêutica e da Argumentação Jurídica. (Valor 5,0 pontos)
Instruções e distribuição da nota:
a) A resposta deve demonstrar capacidade de aplicar os conhecimentos estudados em sala, ao caso discutido no texto.
b) A resposta deve demonstrar capacidade de fazer uso das fontes (textos, aulas, vídeos) estudados na etapa 
c) A resposta deve citar, corretamente, de acordo com a ABNT, professor, colegas e outras fontes de conhecimento obtidas durante os estudos 
Resposta:
A hermenêutica jurídica é o ramo da teoria Geraldo direito, que é destinado ao estudo do desenvolvimento dos métodos e princípios da atividade de interpretação, em sua finalidade inicial, a hermenêutica, é proporcionar bases seguras e racionais pra a interpretação dos enunciados normativos. O sentido normativo básico de sua hermenêutica passa a ser o seguinte: compreender, de modo a afastar os mal-entendidos, significa a “repetição da produção originária de ideias, com base na cordialidade dos espíritos”. Ou seja, para compreender corretamente um texto o intérprete precisa reduzir a distância temporal que o separa de seu objeto, afastar seus pré-conceitos, e desenvolver uma experiência que equivale o seu espírito com o daquele que criou o texto.
ao se interpretar uma norma, no direito, o raciocínio deve ser posto desde sua origem. Na introdução ao estudo do direito vemos a teoria acerca de Miguel Reale, o fato, valor e norma. Sendo assim não é possível fazer a interpretação jurídica sem julgar o fato e valor normativo que deu origem a norma, assim a intenção e compreensão do legislador será atingida.
No texto acima é possível observar uma matéria de carnaval e a interpretação do magistrado. Na matéria, em plena luz do dia, pelo menos duas mil pessoas participaram da festa em um bloco, que teve cenas de sexo explícito em um momento onde uma artista foi capturada, a imagem dela, com os seios desnudos, por um blogueiro.
As cenas, segundo o texto, escandalizaram os moradores do bairro de classe média alta, provocando protestos públicos, registrou o blog. Na petição inicial, sustentou-se que as informações do post não têm relação com a imagem estampada para ilustrá-lo. A fotografia utilizada retrata, na verdade, uma cena artística de outro momento. Assim, por utilizar a imagem para noticiar "situações desabonadoras", o seu direito de personalidade foi violado. A artista Pediu a exclusão da matéria e o pagamento de danos morais.
O juiz em questão, em sua interpretação afirmou que ”a demanda judicial põe em conflito os direitos fundamentais da livre manifestação do pensamento e da liberdade da informação com o direito à inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas, ambos protegidos pela Constituição”, sempre se é e será necessário exercer a ponderação do caso concreto. Em alguns momentos ira se ponderar acerca da liberdade de expressão da impressa, mas por outra, o direito a privacidade, honra e a imagem.
O magistrado afirma ainda que em nenhum momento do texto o jornalista afirmou que a autora se envolveu nestas condutas, embora tenha utilizado foto dela em desempenho teatral, tirada num evento público.
QUESTÃO 2. O que é a hermenêutica e como ela se diferencia da interpretação? Explique (2,5).
 A hermenêutica é a ciência e técnica de interpretação de textos, tendo em sua essência ao próprio modo do homem de se expressar e de compreender o mundo, sendo também uma maneira de interpretação das normas jurídicas. Para se atingir a compreensão de um texto, e seu significado mais complexo, é necessário aprofundar os diversos elementos que integram o processo hermenêutico – o autor, o texto e o leitor. 
 A palavra hermenêutica tem origem grega, do verbo hermeneuein – tendo o sentido de ‘interpretar’, ‘explicar’ de uma forma geral a passagem textual em questão – e o substantivo hermeneia, estes derivados do conto grego de Hermes. O Deus que traduzia tudo aquilo que a mente humana não compreendia, assim chamado de “deus-interprete”, e a palavra hermeios, que se referia ao sacerdote do oráculo de Delfos, simbolizando um deus-mensageiro-alado, o pioneiro na linguagem ena escrita.
  Sua origem grega acaba exprimindo o entendimento do fato não perceptível, se relacionando diretamente com a gramática, à retórica e à dialética e, sobretudo com o método figurado, para permitir o entendimento e a harmonia das tradições mitológicas com a razão.
 Inicialmente consistia em uma metodologia específica para esclarecer a Escritura Sagrada, destacando esta palavra textualmente na Bíblia ao menos quatro vezes – em João 1:42; 9:7; Hebreus 7:2 e Lucas 24:27.
 A hermenêutica sempre foi analisada com um sinônimo da interpretação, porém, a interpretação se refere à declaração e explicação do sentido de algo, a ação ou o efeito de estabelecer a relação de pensamento acerca da mensagem que se transmite ou até a tradução das palavras de uma língua para outra, sendo capaz de ter sua representação teatral, e execução musical. A origem da palavra é do latim, interpretatĭo,ōnis que significa “explicação, sentido”. Por isso, a interpretação acaba se assemelhando com a definição de hermenêutica - sentido da hermenêutica seria “dizer, explicar e traduzir.”-.
QUESTÃO 3. Tendo em vista a temática trabalhada em sala de aula, explique a diferença entre analogia, interpretação extensiva e restritiva. Explique cada. (2,5).
 A analogia é uma palavra de origem latina, analogĭa,ae. Seu significado era de proporção, semelhança e simetria. A definição de analogia remete a semelhança entre fatos e coisas, podendo ser utilizada em vários sentidos distintos, como o sentido jurídico, científico, filosófico e utilizada como figura de linguagem, como uma exemplificação mais simples do que está sendo dito.
 A analogia, como dito acima, pode significar uma relação de semelhança análoga é parecido, afim, que se funda ou se baseia em algo semelhante. Juridicamente expõe quando se estende a um caso não compreendido, sendo assim recebendo uma complementação da lacuna jurídica de ações parecidas.
 A interpretação extensiva e restritiva se conecta diretamente ao direito, pois expõe ao alcance da norma jurídica, e os tipos de interpretação. 
 Enquanto a interpretação extensiva se dá em uma lei ou uma fala que se torna ampla, ou seja, diz menos do que deveria dizer, precisando assim de uma interpretação, para se obter e verificar o seu real limite e significado, utilizando de conceitos e palavras da própria fala a fim de ampliar seu significado.
 Já a restritiva se dá quando uma fala, afirmação ou uma lei possuem palavras que acabam ampliando a vontade, logo cabe a interpretação reduzir o limite do alcance da fala.
 Sendo assim, a diferença em relação à analogia e as respectivas interpretações (extensiva e restritiva) se da quando a analogia se fundamenta sobre a semelhança entre duas ou mais essências distintas, e a interpretação se da para o entendimento da fala, em relação ambiguidade, extensão ou limitação do que se é dito.

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