Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
MINICURSO PC-RJ GRÁTIS PLANO DE ESTUDOS Inspetor de Polícia de 6ª Classe PASSO a PASSO POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PC J-R TÉCNICO DE NECROPSIA - Língua Portuguesa - Conhecimentos de Anatomia e Fisiologia Humanas CONTEÚDO CONTEÚDO DE ACORDO COM O ÚLTIMO EDITAL COLEÇÃO PREPARATÓRIA2020 Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ Técnico Policial de Necropsia A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base no edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos. JN041-N0 Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998. Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br. www.novaconcursos.com.br sac@novaconcursos.com.br OBRA Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC-RJ Técnico Policial de Necropsia Atualizada até 01/2020 AUTORES Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Conhecimentos de Anatomia e Fisiologia Humanas - Profº Ronaldo Senna PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO Aline Carvalho DIAGRAMAÇÃO Rodrigo Bernardes de Moura Willian Lopes CAPA Joel Ferreira dos Santos APRESENTAÇÃO PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO. A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas. Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público. Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a matéria é organizada de forma que otimize o tempo do candidato. Afinal corremos contra o tempo, por isso a preparação é muito importante. Aproveitando, convidamos você para conhecer nossa linha de produtos “Cursos online”, conteúdos preparatórios e por edital, ministrados pelos melhores professores do mercado. Estar à frente é nosso objetivo, sempre. Contamos com índice de aprovação de 87%*. O que nos motiva é a busca da excelência. Aumentar este índice é nossa meta. Acesse www.novaconcursos.com.br e conheça todos os nossos produtos. Oferecemos uma solução completa com foco na sua aprovação, como: apostilas, livros, cursos online, questões comentadas e treinamentos com simulados online. Desejamos-lhe muito sucesso nesta nova etapa da sua vida! Obrigado e bons estudos! *Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição. CURSO ONLINE PASSO 1 Acesse: www.novaconcursos.com.br/passaporte PASSO 2 Digite o código do produto no campo indicado no site. O código encontra-se no verso da capa da apostila. *Utilize sempre os 8 primeiros dígitos. Ex: JN001-19 PASSO 3 Pronto! Você já pode acessar os conteúdos online. SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA Compreensão e interpretação de textos. ..................................................................................................................................................... 01 Características gerais de textos narrativos, descritivos e argumentativos. ......................................................................... 08 Exercícios de reescritura de frases mediante condições propostas. ...................................................................................... 09 Ambiguidade. .............................................................................................................................................................................................. 11 Resumo de textos. ..................................................................................................................................................................................... 14 Uso adequado do vocabulário. ............................................................................................................................................................ 15 Linguagem figurada. ................................................................................................................................................................................. 20 Formas de abreviações. Usos de sinais de pontuação e notações léxicas. ......................................................................... 24 Correção de formas................................................................................................................................................................................... 27 CONHECIMENTOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANAS Parte Geral: Corpo Humano - Órgãos E Sistemas. ................................................................................................................ 01 A Célula - Célula Procariota E Célula Eucariota. Reprodução Celular, Mitose E Meiose. ...................................... 01 Tecidos E Pele - Classificação Dos Tecidos. Pele E Anexos. ................................................................................................ 06 Sistema Esquelético - Esqueleto Axial. Esqueleto Apendicular. Articulações. .......................................................... 15 Sistema Muscular - Estrutura Dos Músculos Esqueléticos. .............................................................................................. 17 Sistema Nervoso - Encéfalo E Nervos Cranianos. Medula Espinhal E Nervos Espinhais. ..................................... 19 Sistema Circulatório - Sangue. Anatomia Do Coração E Dos Vasos Sanguíneos. .................................................... 24 Sistema Respiratório - Parede Torácica E Pulmões. Mediastino. .................................................................................... 24 Outros Sistemas - Anatomia Do Sistema Digestivo. Anatomia Do Sistema Urinário. Anatomia Do Sistema Reprodutor. .......................................................................................................................................................................................... 27 Parte Especial: Cabeça E Pescoço - Cavidade Craniana. Face E Couro Cabeludo. Órbita E Olhos. Estrutura Do Pescoço. Cavidade Nasal. Cavidade Oral. Laringe E Faringe. ..................................................................................... 33 Tórax - Cavidades Pleurais. Pulmões. Traquéia. Brônquios. Coração. Vasos Sangüíneos. Mediastino Ante- rior, Médio E Posterior. ................................................................................................................................................................... 35 Abdome - Cavidade Abdominal. Estômago E Intestinos. Fígado. Pâncreas. Baço. Rins. Adrenal E Retrope- ritônio. Vísceras Pélvicas. Períneo. ............................................................................................................................................... 36 LÍNGUA PORTUGUESA ÍNDICE Compreensão e interpretação de textos. ..................................................................................................................................................... 01 Características gerais de textos narrativos, descritivos e argumentativos. ......................................................................... 08 Exercícios de reescritura de frases mediante condições propostas. ...................................................................................... 09 Ambiguidade. .............................................................................................................................................................................................. 11 Resumo de textos. ..................................................................................................................................................................................... 14 Uso adequado do vocabulário. ............................................................................................................................................................ 15 Linguagem figurada. ................................................................................................................................................................................. 20 Formas de abreviações. Usos de sinais de pontuação e notações léxicas. ......................................................................... 24 Correção de formas................................................................................................................................................................................... 27 1 LÍ N G UA P O RT U G U ES A COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS INTERPRETAÇÃO TEXTUAL Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- cionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codi- ficar e decodificar). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa in- terligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, po- derá ter um significado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- rências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fun- damentações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, em uma prova, o candidato deve: • Identificar os elementos fundamentais de uma ar- gumentação, de um processo, de uma época (nes- te caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). • Comparar as relações de semelhança ou de dife- renças entre as situações do texto. • Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. • Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. • Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá- rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), lei- tura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qua- lidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; capacidade de raciocínio. Interpretar/Compreender Interpretar significa: Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Através do texto, infere-se que... É possível deduzir que... O autor permite concluir que... Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Compreender significa Entendimento, atenção ao que realmente está escrito. O texto diz que... É sugerido pelo autor que... De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... O narrador afirma... Erros de interpretação • Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. • Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desen- volvido. • Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con- clusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. Observação: Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de concurso, o que deve ser levado em consi- deração é o que o autor diz e nada mais. Os pronomes relativos são muito importantes na in- terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstân- cia, a saber: que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- te, mas depende das condições da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). Dicas para melhorar a interpretação de textos • Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais infor- mação você absorver com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. • Se encontrar palavras desconhecidas, não inter- rompa a leitura. • Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. • Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão). • Volte ao texto quantas vezes precisar. • Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. 2 LÍ N G UA P O RT U G U ES A • Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me- lhor compreensão. • Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. • O autor defende ideias e você deve percebê-las. • Observe as relações interparágrafos. Um parágra- fo geralmente mantém com outro uma relação de continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- que muito bem essas relações. • Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante. • Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Interpretação de Texto, mas para todas as de- mais questões! • Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi- pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão. • Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque reme- tem a outros vocábulos do texto. SITES Disponível em: http://www.tudosobreconcursos.com/ materiais/portugues/como-interpretar-textos Disponível em: http://portuguesemfoco.com/pf/ 09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- -provas Disponível em: http://www.portuguesnarede.com /2014 /03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.html Disponível em: http://vestibular.uol.com.br/cursinho/ questoes/questao-117-portugues.htm EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística – AOCP-2015) O verão em que aprendi a boiar Quando achamos que tudo já aconteceu, novas ca- pacidades fazem de nós pessoas diferentes do que éramos IVAN MARTINS Sei que a palavra da moda é precocidade, mas eu acredito em conquistas tardias. Elas têm na minha vida um gosto especial. Quando aprendi a guiar, aos 34 anos, tudo se trans- formou. De repente, ganhei mobilidade e autonomia. A cidade, minha cidade, mudou de tamanho e de fisiono- mia. Descer a Avenida Rebouças num táxi, de madruga- da, era diferente – e pior – do que descer a mesma ave- nida com as mãos ao volante, ouvindo rock and roll no rádio. Pegar a estrada com os filhos pequenos revelou-se uma delícia insuspeitada. Talvez porque eu tenha começado tarde, guiar me parece, ainda hoje, uma experiência incomum. É um ato que, mesmo repetido de forma diária, nunca se banalizou inteiramente. Na véspera do Ano Novo, em Ubatuba, eu fiz outra descoberta temporã. Depois de décadas de tentativas inúteis e frustran- tes, num final de tarde ensolarado eu conquistei o dom da flutuação. Nas águas cálidas e translúcidas da praia Brava, sob o olhar risonho da minha mulher, finalmente consegui boiar. Não riam, por favor. Vocês que fazem isso desde os oito anos, vocês que já enjoaram da ausência de peso e esforço, vocês que não mais se surpreendem com a sensação de balançar ao ritmo da água – sinto dizer, mas vocês se esqueceram de como tudo isso é bom. Nadar é uma forma de sobrepujar a água e impor-se a ela. Boiar é fazer parte dela – assim como do sol e das montanhas ao redor, dos sons que chegam filtrados ao ouvido submerso, do vento que ergue a onda e lança água em nosso rosto. Boiar é ser feliz sem fazer força, e isso, curiosamente, não é fácil. Essa experiência me sugeriu algumas considerações sobre a vida em geral. Uma delas, óbvia, é que a gente nunca para de apren- der ou de avançar. Intelectualmente e emocionalmente, de um jeito prático ou subjetivo, estamos sempre incor- porando novidades que nos transformam. Somos gene- ticamente elaborados para lidar com o novo, mas não só. Também somos profundamente modificados por ele. A cada momento da vida, quando achamos que tudo já aconteceu, novas capacidades irrompem e fazem de nós uma pessoa diferente do que éramos. Uma pessoa capaz de boiar é diferente daquelas que afundam como pedras. Suspeito que isso tenha importância também para os relacionamentos. Se a gente não congela ou enferruja – e tem gente que já está assim aos 30 anos – nosso repertório íntimo tende a se ampliar, a cada ano que passa e a cada nova relação. Penso em aprender a escutar e a falar, em olhar o outro, em tocar o corpo do outro com propriedade e deixar-se tocar sem susto. Penso em conter a nossa pró- pria frustração e a nossa fúria, em permitir que o parceiro floresça, em dar atenção aos detalhes dele. Penso, so- bretudo, em conquistar, aos poucos, a ansiedade e in- segurança que nos bloqueiam o caminho do prazer, não apenas no sentido sexual. Penso em estar mais tranquilo na companhia do outro e de si mesmo, no mundo. Assim como boiar, essas coisas são simples, mas pre- cisam ser aprendidas. Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar na água do mar. Às vezes você nada, outras vezes você boia, de vez em quando, morto de medo, sente que pode afundar. É uma experiência que exige, ao mesmo tempo, relaxamento e atenção, e nem sempre essas coisas se combinam. Se a gente se põe muito tenso e cerebral, a relação perde a espontaneidade. Afunda. Mas, largada apenas ao sabor das ondas, sem atenção ao equilíbrio, a relação também naufraga. Há uma ciência sem cálculos que tem de ser assimilada a cada novo amor, por cada um de nós. Ela fornece a combinação exata de atenção e relaxamento que permite boiar. Quer dizer, viver de for- ma relaxada e consciente um grande amor. 3 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Na minha experiência, esse aprendizado não se fez rapidamente. Demorou anos e ainda se faz. Talvez por- que eu seja homem, talvez porque seja obtuso para as coisas do afeto. Provavelmente, porque sofro das limi- tações emocionais que muitos sofrem e que tornam as relações afetivas mais tensas e trabalhosas do que de- veriam ser. Sabemos nadar, mas nos custa relaxar e ser felizes nas águas do amor e do sexo. Nos custa boiar. A boa notícia, que eu redescobri na praia, é que tudo se aprende, mesmo as coisas simples que pareciam im- possíveis. Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de melhorar. Mesmo se ela acabou, é certo que haverá outra no futuro, no qual faremos melhor: com mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo. O verão, afinal, está apenas começando. Todos os dias se pode tentar boiar. http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noti- cia/2014/01/overao-em-que-aprendi-boiar.html De acordo com o texto, quando o autor afirma que “To- dos os dias se pode tentar boiar.”, ele refere-se ao fato de a) haver sempre tempo para aprender, para tentar relaxar e ser feliz nas águas do amor, agindo com mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo. b) ser necessário agir com mais cautela nos relacionamen- tos amorosos para que eles não se desfaçam. c) haver sempre tempo para aprender a ser mais criterio- so com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam vividos intensamente. d) haver sempre tempo para aprender coisas novas, in- clusive agir com o raciocínio nas relações amorosas. e) ser necessário aprender nos relacionamentos, porém sem- pre estando alerta para aquilo de ruim que pode acontecer. Resposta: Letra A Ao texto: (...) tudo se aprende, mesmo as coisas simples que pareciam impossíveis. / Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de melhorar = sempre há tempo para boiar (aprender). Em “a”: haver sempre tempo para aprender, para ten- tar relaxar e ser feliz nas águas do amor, agindo com mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo = correta. Em “b”: ser necessário agir com mais cautela nos rela- cionamentos amorosos para que eles não se desfaçam = incorreta – o autor propõe viver intensamente. Em “c”: haver sempre tempo para aprender a ser mais criterioso com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam vividos intensamente = incorreta – ser menos objetivo nos relacionamentos. Em “d”: haver sempre tempo para aprender coisas no- vas, inclusive agir com o raciocínio nas relações amo- rosas = incorreta – ser mais emoção. Em “e”: ser necessário aprender nos relacionamentos, porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode acontecer = incorreta – estar sempre cuidando, não pensando em algo ruim. 2. (TJ-SC – ANALISTA ADMINISTRATIVO – FGV-2018) Observe a charge a seguir: A charge acima é uma homenagem a Stephen Hawking, destacando o fato de o cientista: a) ter alcançado o céu após sua morte; b) mostrar determinação no combate à doença; c) ser comparado a cientistas famosos; d) ser reconhecido como uma mente brilhante; e) localizar seus interesses nos estudos de Física. Resposta: Letra D Em “a”: ter alcançado o céu após sua morte; = incorreto Em “b”: mostrar determinação no combate à doença; = incorreto Em “c”: ser comparado a cientistas famosos; = incorreto Em “d”: ser reconhecido como uma mente brilhante; Em “e”: localizar seus interesses nos estudos de Física. = incorreto Usemos a fala de Einstein: “a mente brilhante que es- távamos esperando”. 3. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) Lastro e o Sistema Bancário [...] Até os anos 60, o papel-moeda e o dinheiro deposita- do nos bancos deviam estar ligados a uma quantidade de ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse metal é limitado, isso garantia que a produção de dinheiro fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros se deram conta de que ninguém estava interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a reserva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do que realmente tinham em ouro nos cofres. Nas crises, como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar suas contas e os bancos quebra- vam por falta de fundos, deixando sem nada as pessoas que acreditavam ter suas economias seguramente guardadas. Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão-ou- ro. Desde então, o dinheiro, na forma de cédulas e principal- mente de valores em contas bancárias, já não tendo nenhuma riqueza material para representar, é criado a partir de emprés- timos. Quando alguém vai até o banco e recebe um emprésti- mo, o valor colocado em sua conta é gerado naquele instante, criado a partir de uma decisão administrativa, e assim entra na economia. Essa explicação permaneceu controversa e escon- dida por muito tempo, mas hoje está clara em um relatório do Bank of England de 2014. 4 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo é criado assim, inventado em canetaços a partir da conces- são de empréstimos. O que torna tudo mais estranho e perverso é que, sobre esse empréstimo, é cobrada uma dívida. Então, se eu peço dinheiro ao banco, ele inventa números em uma tabela com meu nome e pede que eu devolva uma quantidade maior do que essa. Para pagar a dívida, preciso ir até o dito “livre-mercado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear, para conseguir o dinheiro que o banco inventou na conta de outras pessoas. Esse é o di- nheiro que vai ser usado para pagar a dívida, já que a única fonte de moeda é o empréstimo bancário. No fim, os bancos acabam com todo o dinheiro que foi inventa- do e ainda confiscam os bens da pessoa endividada cujo dinheiro tomei. Assim, o sistema monetário atual funciona com uma moeda que é ao mesmo tempo escassa e abundante. Es- cassa porque só banqueiros podem criá-la, e abundante porque é gerada pela simples manipulação de bancos de dados. O resultado é uma acumulação de riqueza e po- der sem precedentes: um mundo onde o patrimônio de 80 pessoas é maior do que o de 3,6 bilhões, e onde o 1% mais rico tem mais do que os outros 99% juntos. [...] Disponível em <https://fagulha.org/artigos/inventando-dinhei- ro/>. Acessado em 20/03/2018 De acordo com o autor do texto Lastro e o sistema bancá- rio, a reserva fracional foi criada com o objetivo de a) tornar ilimitada a produção de dinheiro. b) proteger os bens dos clientes de bancos. c) impedir que os bancos fossem à falência. d) permitir o empréstimo de mais dinheiro e) preservar as economias das pessoas. Resposta: Letra D Ao texto: (...) Com o tempo, os banqueiros se deram conta de que ninguém estava interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a reserva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do que realmente tinham em ouro nos cofres. Em “a”, tornar ilimitada a produção de dinheiro = in- correta Em “b”, proteger os bens dos clientes de bancos = in- correta Em “c”, impedir que os bancos fossem à falência = incorreta Em “d”, permitir o empréstimo de mais dinheiro = correta Em “e”, preservar as economias das pessoas = incor- reta 4. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) A leitura do texto permite a compreensão de que a) as dívidas dos clientes são o que sustenta os bancos. b) todo o dinheiro que os bancos emprestam é imaginário. c) quem pede um empréstimo deve a outros clientes. d) o pagamento de dívidas depende do “livre-mercado”. e) os bancos confiscam os bens dos clientes endividados. Resposta: Letra A Em “a”, as dívidas dos clientes são o que sustenta os bancos = correta Em “b”, todo o dinheiro que os bancos emprestam é imaginário = nem todo Em “c”, quem pede um empréstimo deve a outros clientes = deve ao banco, este paga/empresta a ou- tros clientes Em “d”, o pagamento de dívidas depende do “livre- -mercado” = não só: (...) preciso ir até o dito “livre- -mercado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear. Em “e”, os bancos confiscam os bens dos clientes endi- vidados = desde que não paguem a dívida 5. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018) Observe a charge abaixo, publicada no momento da intervenção nas atividades de segurança do Rio de Janeiro, em março de 2018. Há uma série de informações implícitas na charge; NÃO pode, no entanto, ser inferida da imagem e das frases a seguinte informação: a) a classe social mais alta está envolvida nos crimes co- metidos no Rio; b) a tarefa da investigação criminal não está sendo bem-feita; c) a linguagem do personagem mostra intimidade com o interlocutor; d) a presença do orelhão indica o atraso do local da charge; e) as imagens dos tanques de guerra denunciam a pre- sença do Exército. Resposta: Letra D NÃO pode ser inferida da imagem e das frases a se- guinte informação: Em “a”, a classe social mais alta está envolvida nos cri- mes cometidos no Rio = inferência correta Em “b”, a tarefa da investigação criminal não está sen- do bem-feita = inferência correta 5 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Em “c”, a linguagem do personagem mostra intimida- de com o interlocutor = inferência correta Em “d”, a presença do orelhão indica o atraso do local da charge = incorreta Em “e”, as imagens dos tanques de guerra denunciam a presença do Exército = inferência correta 6. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018) Observe a charge abaixo. No caso da charge, a crítica feita à internet é: a) a criação de uma dependência tecnológica excessiva; b) a falta de exercícios físicos nas crianças; c) o risco de contatos perigosos; d) o abandono dos estudos regulares; e) a falta de contato entre membros da família. Resposta: Letra A Em “a”: a criação de uma dependência tecnológica excessiva; Em “b”: a falta de exercícios físicos nas crianças; = in- correto Em “c”: o risco de contatos perigosos; = incorreto Em “d”: o abandono dos estudos regulares; = incorreto Em “e”: a falta de contato entre membros da família. = incorreto Através da fala do garoto chegamos à resposta: de- pendência tecnológica - expressa em sua fala. 7. (Câmara de Salvador-BA – Assistente Legislativo Municipal – FGV-2018-adaptada) “Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos de impo- sição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas”. A manchete jornalística abaixo que NÃO se enquadra em nenhum tipo de violência citado nesse segmento é: a) Presa por mensagem racista na internet; b) Vinte pessoas são vítimas da ditadura venezuelana; c) Apanhou de policiais por destruir caixa eletrônico; d) Homossexuais são perseguidos e presos na Rússia; e) Quatro funcionários ficaram livres do trabalho escravo. Resposta: Letra C Em “a”: Presa por mensagem racista na internet = como a repressão política, familiar ou de gênero Em “b”: Vinte pessoas são vítimas da ditadura venezue- lana = como a repressão política, familiar ou de gênero Em “c”: Apanhou de policiais por destruir caixa eletrô- nico = não consta na Manchete acima Em “d”: Homossexuais são perseguidos e presos na Rús- sia = como a repressão política, familiar ou de gênero Em “e”: Quatro funcionários ficaram livres do trabalho escravo = o desgaste causado pelas condições de trabalho 8. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – ÁREA JURÍDICA – FGV-2018) Oportunismo à Direita e à Esquerda Numa democracia, é livre a expressão, estão garanti- dos o direito de reunião e de greve, entre outros, obe- decidas leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos e seus responsáveis, puni- dos, conforme estabelecido na legislação. É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos caminhoneiros, concluídas as investigações, por exem- plo, da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessa- dos em se beneficiar do barateamento do combustível. Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise. Inclusive, neste ano de eleição, com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, para desgastar governantes e reforçar seus projetos de poder, por mais de- lirantes que sejam. Também aqui vale o que está delimitado pelo estado democrático de direito, defendido pelos diver- sos instrumentos institucionais de que conta o Estado – Polí- cia, Justiça, Ministério Público, Forças Armadas etc. A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o sistema produtivo funcionando, do qual depende a sobrevivência física da população. Isso não pode ser esquecido e serve de alerta para que as auto- ridades desenvolvam planos de contingência. O Globo, 31/05/2018. “É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos ca- minhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se beneficiar do barateamento do combustível.” Segundo esse parágrafo do texto, o que “precisa acontecer” é a) manter-se o direito de livre expressão do pensamento. b) garantir-se o direito de reunião e de greve. c) lastrear leis e regras na Constituição. d) punirem-se os responsáveis por excessos. e) concluírem-se as investigações sobre a greve. Resposta: Letra D Em “a”: manter-se o direito de livre expressão do pensa- mento. = incorreto Em “b”: garantir-se o direito de reunião e de greve. = incorreto Em “c”: lastrear leis e regras na Constituição. = incorreto Em “d”: punirem-se os responsáveis por excessos. Em “e”: concluírem-se as investigações sobre a greve. = incorreto 6 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Ao texto: (...) há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, conforme estabelecido na legislação. / É o que precisa acontecer... = precisa acontecer a punição dos excessos. 9. (PC-MA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – CESPE-2018) Texto CG1A1AAA A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos po- líticos, econômicos ou militares. Cada um de nós, indepen- dentemente de idade, sexo, estrato social, crença religio- sa etc. é chamado à criação de um mundo pacificado, um mundo sob a égide de uma cultura da paz. Mas, o que significa “cultura da paz”? Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças e os adultos da compreensão de princípios como liber- dade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e solidariedade. Implica uma rejeição, indivi- dual e coletiva, da violência que tem sido percebida na sociedade, em seus mais variados contextos. A cultura da paz tem de procurar soluções que advenham de dentro da(s) sociedade(s), que não sejam impostas do exterior. Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado em sentido negativo, quando se traduz em um estado de não guerra, em ausência de conflito, em passividade e per- missividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada a um vazio, a uma não existência palpável, difícil de se con- cretizar e de se precisar. Em sua concepção positiva, a paz não é o contrário da guerra, mas a prática da não violência para resolver conflitos, a prática do diálogo na relação entre pessoas, a postura democrática frente à vida, que pressupõe a dinâmica da cooperação planejada e o movimento cons- tante da instalação de justiça. Uma cultura de paz exige esforço para modificar o pensamento e a ação das pessoas para que se promova a paz. Falar de violência e de como ela nos assola deixa de ser, então, a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada; ela pertence ao nosso dia a dia e temos consciência disso. Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de pala- vras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A vio- lência já é bastante denunciada, e quanto mais falamos dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio social. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos. Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à gestão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos poten- cialmente violentos e reconstruir a paz e a confiança en- tre pessoas originárias de situação de guerra é um dos exemplos mais comuns a serem considerados. Tal missão estende-se às escolas, instituições públicas e outros lo- cais de trabalho por todo o mundo, bem como aos par- lamentos e centros de comunicação e associações. Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento sustentado e o respeito pelos direitos humanos, reforçando as instituições democráticas, promovendo a liberdade de expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente. É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia” que podemos vis- lumbrar a educação para a paz. Leila Dupret. Cultura de paz e ações sócio-educativas: de- safios para a escola contemporânea. In: Psicol. Esc. Educ. (Impr.) v. 6, n.º 1. Campinas, jun./2002 (com adaptações). De acordo com o texto CG1A1AAA, os elementos “gestão de conflitos” e “erradicar a pobreza” devem ser concebi- dos como a) obstáculos para a construção da cultura da paz. b) dispensáveis para a construção da cultura da paz. c) irrelevantes na construção da cultura da paz. d) etapas para a construção da cultura da paz. e) consequências da construção da cultura da paz. Resposta: Letra D Em “a”: obstáculos para a construção da cultura da paz. = incorreto Em “b”: dispensáveis para a construção da cultura da paz. = incorreto Em “c”: irrelevantes na construção da cultura da paz. = incorreto Em “d”: etapas para a construção da cultura da paz. Em “e”: consequências da construção da cultura da paz. = incorreto Ao texto: Um dos primeiros passos nesse sentido refe- re-se à gestão de conflitos. (...) Outro passo é tentar er- radicar a pobreza e reduzir as desigualdades = etapas para construção da paz. 10. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- TIÇA AVALIADOR – FGV-2018) O humor da tira é conseguido através de uma quebra de expectativa, que é: a) o fato de um adulto colecionar figurinhas; b) as figurinhas serem de temas sociais e não esportivos; c) a falta de muitas figurinhas no álbum; d) a reclamação ser apresentada pelo pai e não pelo filho; e) uma criança ajudar a um adulto e não o contrário. 7 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Resposta: Letra B Em “a”: o fato de um adulto colecionar figurinhas; = incorreto Em “b”: as figurinhas serem de temas sociais e não esportivos; Em “c”: a falta de muitas figurinhas no álbum; = incorreto Em “d”: a reclamação ser apresentada pelo pai e não pelo filho; = incorreto Em “e”: uma criança ajudar a um adulto e não o con- trário. = incorreto O humor está no fato de o álbum ser sobre um tema incomum: assuntos sociais. 11. (PM-SP - SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VU- NESP-2015) Leia a tira. (Folha de S.Paulo, 02.10.2015. Adaptado) Com sua fala, a personagem revela que a) a violência era comum no passado. b) as pessoas lutam contra a violência. c) a violência está banalizada. d) o preço que pagou pela violência foi alto. Resposta: Letra C Em “a”: a violência era comum no passado. = incorreto Em “b”: as pessoas lutam contra a violência. = incorreto Em “c”: a violência está banalizada. Em “d”: o preço que pagou pela violência foi alto. = incorreto Infelizmente, a personagem revela que a violência está banalizada, nem há mais “punições” para os agressivos. 12. (PM-SP - ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTE- RIOR] – VUNESP-2017) Leia a charge. (Pancho. www.gazetadopovo.com.br) É correto associar o humor da charge ao fato de que a) os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma situação de com- pleto confinamento. b) os dois personagens estão muito bem informados so- bre a economia, o que não condiz com a imagem de criminosos. c) o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocupação com a aparência. d) o aumento dos preços de cosméticos não surpreende os personagens, que estão acostumados a pagar caro por eles nos presídios. e) os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se en- contram. Resposta: Letra E Em “a”: os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma situação de completo confinamento. = incorreto Em “b”: os dois personagens estão muito bem infor- mados sobre a economia, o que não condiz com a imagem de criminosos. = incorreto Em “c”: o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocu- pação com a aparência. = incorreto Em “d”: o aumento dos preços de cosméticos não sur- preende os personagens, que estão acostumados a pagar caro por eles nos presídios. = incorreto Em “e”: os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se encontram. Pela condição em que as personagens se encontram, o aumento no preço dos cosméticos não os afeta. 13. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- TIÇA AVALIADOR – FGV-2018) Texto 1 – Além do celular e da carteira, cuidado com as figurinhas da Copa Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018 A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos pe- los cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão le- vando seus estoques para casa quando termina o expediente. Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular. Sobre a estrutura do título dado ao texto 1, a afirmativa adequada é: a) as figurinhas da Copa passaram a ocupar o lugar do celular e da carteira nos roubos urbanos; b) as figurinhas da Copa se somaram ao celular e à cartei- ra como alvo de desejo dos assaltantes; c) o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros que vendem as figurinhas da Copa; d) os ladrões passaram a roubar as figurinhas da Copa nas bancas de jornais; e) as figurinhas da Copa se transformaram no alvo prin- cipal dos ladrões. 8 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Resposta: Letra B Em “a”: as figurinhas da Copa passaram a ocupar o lugar do celular e da carteira nos roubos urbanos; = incorreto Em “b”: as figurinhas da Copa se somaram ao celular e à carteira como alvo de desejo dos assaltantes; Em “c”: o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros que vendem as figurinhas da Copa; = incorreto Em “d”: os ladrões passaram a roubar as figurinhas da Copa nas bancas de jornais; = incorreto Em “e”: as figurinhas da Copa se transformaram no alvo principal dos ladrões. = incorreto O título do texto já nos dá a resposta: além do celular e da carteira, ou seja, as figurinhas da Copa também passaram a ser alvo dos assaltantes. CARACTERÍSTICAS GERAIS DE TEXTOS NARRATIVOS, DESCRITIVOS E ARGUMENTATIVOS TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL A todo o momento nos deparamos com vários tex- tos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocuto- res. Estes interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito. É de fundamental importância sabermos classificar os textos com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos tex- tuais e gêneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre al- guém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descri- ção e Dissertação. As tipologias textuais se caracterizam pelos aspec- tos de ordem linguística Os tipos textuais designam uma sequência definida pela natureza linguística de sua composição. São obser- vados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, rela- ções logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação demarcados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, como é o caso de an- tes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conver- sa, resolveram... B) Textos descritivos – como o próprio nome indica, descrevem características tanto físicas quanto psi- cológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...” C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acontecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o benefício. D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma modalidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utilizando-se de verbos expres- sos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente: Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea. E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demar- cam-se pelo predomínio de operadores argumen- tativos, revelados por uma carga ideológica cons- tituída de argumentos e contra-argumentos que justificam a posição assumida acerca de um deter- minado assunto: A mulher do mundo contemporâ- neo luta cada vez mais para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que os gê- neros estão em complementação, não em disputa. Gêneros Textuais São os textos materializados que encontramos em nosso cotidiano; tais textos apresentam características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema, editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. A escolha de um determinado gênero discursivo de- pende, em grande parte, da situação de produção, ou seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores e os interlocutores, o meio disponível para vei- cular o texto, etc. Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exemplo, são comuns gêneros como notícias, reporta- gens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divul- gação científica são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Co- char. Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. SITE Disponível em: http://www.brasilescola.com/redacao/ tipologia-textual.htm 9 LÍ N G UA P O RT U G U ES A EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (TJ-DFT – CONHECIMENTOS BÁSICOS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2015) Ouro em Fios A natureza é capaz de produzir materiais preciosos, como o ouro e o cobre - condutor de ENERGIA ELÉTRICA. O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT: - Desligue as luzes nos ambientes onde é possível usar a iluminação natural. - Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado. - Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do ambiente. - Utilize o computador no modo espera. Fique ligado! Evite desperdícios. Energia elétrica. A natureza cobra o preço do desperdício. Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações) Há no texto elementos característicos das tipologias ex- positiva e injuntiva. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Texto injuntivo – ou instrucional – é aquele que passa instruções ao leitor. O texto acima apresenta tal característica. EXERCÍCIOS DE REESCRITURA DE FRASES MEDIANTE CONDIÇÕES PROPOSTAS REESCRITA DE TEXTOS/EQUIVALÊNCIA DE ESTRUTURAS “Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase leva-nos a refletir sobre a organização das ideias em um texto. Significa dizer que, antes da redação, naturalmente devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo, do contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a experiência de vida antecedem o ato de escrever. Obtido um razoável conhecimento sobre o que ire- mos escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é necessário saber ordenar as ideias em frases bem es- truturadas. Logo, não basta conhecer bem um determi- nado assunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores. O estudo da pontuação pode se tornar um valioso aliado para organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Para tanto, é necessário ter alguma noção de sin- taxe. “Sintaxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação ló- gica das frases entre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistura”, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produzirem um sentido evidente para os re- ceptores das nossas mensagens. Observe: 1. A desemprego globalização no Brasil e no na está Latina América causando. 2. A globalização está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de “uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de língua portuguesa inteirados da situação econômica e cultural do mundo atual. A Ordem dos Termos na Frase Leia novamente a frase contida no item 2. Note que ela é organizada de maneira clara para produzir sentido. Todavia, há diferentes maneiras de se organizar grama- ticalmente tal frase, tudo depende da necessidade ou da vontade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém, acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Significa dizer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões e intercalações em nossas frases, confor- me a nossa vontade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos transmitir uma ideia, do nosso estilo. Por exemplo, podemos expressar a mensagem da frase 2 da seguinte maneira: No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- sando desemprego. Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repa- re que, para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas. Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e o que mais nos auxilia na organização de um período, pois facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando pro- duzimos frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem organizadas aos nossos leitores. O básico para a organização sintática das frases é a ordem direta dos termos da oração. Os gramáticos es- truturam tal ordem da seguinte maneira: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL + CIRCUNSTÂNCIAS A globalização + está causando + desemprego + no Brasil nos dias de hoje. Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas contêm todos estes elementos, portanto cabem algumas observações: A) As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.) normalmente são representadas por adjuntos ad- verbiais de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quando queremos recordar algo ou narrar uma história, existe a tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases: “No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas minhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e outros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…” 10 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Observações: Tais construções não estão erradas, mas rompem com a ordem direta; É preciso notar que em Língua Portuguesa, há mui- tas frases que não têm sujeito, somente predicado. Por exemplo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Fri- burgo. São quatro horas agora; Outras frases são construídas com verbos intransiti- vos, que não têm complemento: O menino morreu na Alemanha. (sujeito +verbo+ ad- junto adverbial) A globalização nasceu no século XX. (idem) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a or- dem direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os ter- mos existentes nelas. Levando em consideração a ordem direta, podemos estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Se os termos estão colocados na ordem direta não haverá a necessidade de vírgulas. A frase 2 é um exem- plo disto: A globalização está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da ora- ção por três vezes ou mais, então é necessário usar a vír- gula, mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a regra básica n.º1 para a colocação da vírgula. Veja: A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” causam desemprego… (três núcleos do sujeito) A globalização causa desemprego no Brasil, na Améri- ca Latina e na África. (três adjuntos adverbiais) A globalização está causando desemprego, insatisfa- ção e sucateamento industrial no Brasil e na América Lati- na. (três complementos verbais) B) Em princípio, não devemos, na ordem direta, se- parar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou seja, não devemos separar com vírgula os termos da oração. Veja exemplos de tal incorreção: O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é a regra básica n.º 2 para a colocação da vírgula. Dito em outras palavras: quando intercalamos expressões e frases entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com vírgulas. Vejamos: A globalização, fenômeno econômico deste fim de sé- culo XX, causa desemprego no Brasil. Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o sujeito e o verbo. Outros exemplos: A globalização, que é um fenômeno econômico e cul- tural, está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada. As orações adjetivas explicativas desempenham fre- quentemente um papel semelhante ao do aposto expli- cativo, por isto são também isoladas por vírgula. A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil… Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu complemento. A globalização causa desemprego, e isto é lamentável, no Brasil… Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não pertence ao assunto: globalização, da frase principal, tal oração é apenas um comentário à parte entre o comple- mento verbal e os adjuntos). Observação: A simples negação em uma frase não exige vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil e na Amé- rica Latina. C) Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo- -a, tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra n.º 3 da colocação da vírgula. No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- sando desemprego… No fim do século XX, a globalização causou desempre- go no Brasil… Nota-se que a quebra da ordem direta frequente- mente se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstân- cias, em gramática, são representadas pelos adjuntos ad- verbiais. Muitas vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos: Quando o século XX estava terminando, a globalização começou a causar desemprego. Enquanto os países portadores de alta tecnologia de- senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos paí- ses pobres. Durante o século XX, a Globalização causou desempre- go no Brasil. Observação: Quanto à equivalência e transformação de estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas é o enun- ciado trazer uma frase no singular e pedir a passagem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a mudança de tempos verbais. SITE Disponível em: <http://ricardovigna.wordpress. com/2009/02/02/estudos-de-linguagem-1-estrutura- -frasal-e-pontuacao/> 11 LÍ N G UA P O RT U G U ES A AMBIGUIDADE SIGNIFICADO DAS PALAVRAS Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas mudanças de significação através do tempo ou em determinada época. A maior importância está em dis- tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). Sinônimos São palavras de sentido igual ou aproximado: alfa- beto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. Duas palavras são totalmente sinônimas quando são substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quan- do, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, em deteminado enunciado (aguadar e esperar). Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela exis- tência de numerosos pares de sinônimos: adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemici- clo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diá- logo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. Antônimos São palavras que se opõem através de seu significa- do: ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - cen- surar; mal - bem. Observação: A antonímia pode se originar de um prefixo de sen- tido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e antico- munista; simétrico e assimétrico. Homônimos e Parônimos • Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas significados di- ferentes. Podem ser A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife- rentes na pronúncia: rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e de- nuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo). B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- ferentes na escrita: acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmoni- zar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (ar- reio); censo (recenseamento) e senso ( juízo); paço (palácio) e passo (andar). C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou per- feitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia: caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo). • Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po- rém de formas relativamente próximas. São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptá- culo de vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre) e imi- nente (que está para ocorrer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento (medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), defe- rir (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emitir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, afundar). Hiperonímia e Hiponímia Hipônimos e hiperônimos são palavras que perten- cem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperônimo, mais abrangente. O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô- nimo, criando, assim, uma relação de dependência se- mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi- peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é um hiperônimo de carros. Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili- zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a repetição desnecessária de termos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Co- char - Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua Portuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. SITE Disponível em: <http://www.coladaweb.com/portu- gues/sinonimos,-antonimos,-homonimos-e-paronimos> Polissemia Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, mas que abarca um grande número de significados den- tro de seu próprio campo semântico. 12 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per- cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando- -se em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência da polissemia: O rapaz é um tremendo gato. O gato do vizinho é peralta. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência O passarinho foi atingido no bico. Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em co- mum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o formato quadriculado que têm. Polissemia e homonímia A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra apresenta vários sig- nificados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais palavras com origens e sig- nificados distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma homonímia. A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é polissemia porque os diferentes significados para a palavra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes signifi- cados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita. Polissemia e ambiguidade Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma in- terpretação. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma alimentação equilibrada fre- quentemente são felizes. Neste caso podem existir duas interpretações diferentes: As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equi- librada. De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto em que a frase é pro- ferida. Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, comicidade. Repare na figura abaixo: (http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-cabelo-e- -pinto. Acesso em 15/9/2014). Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, mas duas seriam: Corte e coloração capilar ou Faço corte e pintura capilar REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Co- char. Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. SITE Disponível em: <http://www.brasilescola.com/grama- tica/polissemia.htm> Denotação e Conotação Exemplos de variação no significado das palavras: Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal) Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido figurado) Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado) As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo (conotação) das palavras. A) Denotação Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original, independentemente do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra. A denotação tem como finalidade informar o recep- tor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um caráter prático. É utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bu- las de medicamentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pedaço de madeira. Outros exemplos: O elefante é um mamífero. As estrelas deixam o céu mais bonito! 13 LÍ N G UA P O RT U G U ES A B) Conotação Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido co- notativo ela pode significar castigo (dar-lhe um pau), re- provação (tomei pau no concurso). A conotação tem como finalidade provocar sentimen- tos no receptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, entre outros. Exemplos: Você é o meu sol! Minha vida é um mar de tristezas. Você tem um coração de pedra! Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado com o sentido que consta no dicionário. #FicaDica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. SITE http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/ EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) Um ex-governador do estado do Amazonas disse o seguinte: “Defenda a ecologia, mas não encha o saco”. (Gilberto Mestrinho) O vocábulo sublinhado, composto do radi- cal-logia (“estudo”), se refere aos estudos de defesa do meio ambiente; o vocábulo abaixo, com esse mesmo ra- dical, que tem seu significado corretamente indicado é: a) Antropologia: estudo do homem como representante do sexo masculino; b) Etimologia: estudo das raças humanas; c) Meteorologia: estudo dos impactos de meteoros so- bre a Terra; d) Ginecologia: estudo das doenças privativas das mu- lheres; e) Fisiologia: estudo das forças atuantes na natureza. Resposta: Letra D Em “a”: Antropologia: Ciência que se dedica ao estudo do homem (espécie humana) em sua totalidade Em “b”: Etimologia: Ciência que investiga a origem das palavras procurando determinar as causas e circuns- tâncias de seu processo evolutivo Em “c”: Meteorologia: Estudo dos fenômenos atmosfé- ricos e das suas leis, principalmente com a intenção de prever as variações do tempo. Em “d”: Ginecologia: estudo das doenças privativas das mulheres = correta Em “e”: Fisiologia: Ciência que trata das funções orgâ- nicas pelas quais a vida se manifesta 2. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LEGIS- LATIVO MUNICIPAL – FGV-2018) “Na verdade, todos os anos a imprensa nacional destaca os inaceitáveis números da violência no país”. O vocábulo “inaceitáveis” equivale ao “que não se aceita”. A equivalência correta abaixo in- dicada é: a) tinta indelével / que não se apaga; b) ação impossível / que não se possui; c) trabalho inexequível / que não se exemplifica; d) carro invisível / que não tem vistoria; e) voz inaudível / que não possui audiência. Resposta: Letra A Em “a”: tinta indelével / que não se apaga = correta Em “b”: ação impossível = que não é possível Em “c”: trabalho inexequível = que não se executa Em “d”: carro invisível = que não se vê Em “e”: voz inaudível = que não se ouve 3. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010) A pobreza é um dos fatores mais comumente res- ponsáveis pelo baixo nível de desenvolvimento huma- no e pela origem de uma série de mazelas, algumas das quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja onde o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes a participarem do processo de produção. Foi assim na Revolução Industrial de ontem e nas economias ditas avançadas. E ainda é, nos dias de hoje, nas manufaturas da Ásia ou em diversas regiões do Brasil. Enquanto, entre as nações ricas, o trabalho infantil foi minimizado, já que nunca se pode dizer erradicado, ele continua sendo grave problema nos países mais pobres. Jornal do Brasil, Editorial, 1.º/7/2010 (com adaptações). A palavra “chaga”, empregada com o sentido de ferida social, refere-se, na estrutura sintática do parágrafo, a “pobreza”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado (...) É o caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno = refere-se a “trabalho infantil”. 14 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 4. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR- GO 33 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - Nível Médio – CESPE-2013) Há um dispositivo no Código Civil que condiciona a edição de biografias à autorização do biografado ou des- cendentes. As consequências da norma são negativas. Uma delas é a impossibilidade de se registrar e deixar para a posteridade a vida de personagens importantes na formação do país, em qualquer ramo de atividade. Permite-se a interdição de registros de época, em prejuí- zo dos historiadores e pesquisadores do futuro. Dessa forma, tem sido sonegado, por exemplo, o relato da vida do poeta Manoel Bandeira e dos escritores Má- rio de Andrade e Guimarães Rosa. Tanto no jornalismo quanto na literatura não pode haver censura prévia. Pu- blicada a reportagem (ou biografia), os que se sentirem atingidos que recorram à justiça. É preciso seguir o pa- drão existente em muitos países, em que há biografias “autorizadas” e “não autorizadas”. Reclamações posteriores, quando existem, são encami- nhadas ao foro devido, os tribunais. O alegado “direito à privacidade” é argumento frágil para justificar o veto a que a historiografia do país seja enri- quecida, como se não bastasse o fato de o poder de cen- sura concedido a biografados e herdeiros ser um atenta- do à Constituição. O Globo, 23/9/2013 (com adaptações). A palavra “sonegado” está sendo empregada com o sen- tido de reduzido, diminuído. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado (...) Permite-se a interdição de registros de época, em prejuízo dos historiadores e pesquisadores do futuro. Dessa forma, tem sido sonegado, por exemplo, o rela- to da vida do poeta Manoel Bandeira e dos escritores Mário de Andrade e Guimarães Rosa = o sentido é o de “impedido”. 5. (PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP-2014) O termo destacado na passagem do primeiro parágrafo – Mesmo com tantas opções, ainda há resistência na hora da compra. – tem sentido equivalente a a) impetuosidade. b) empatia. c) relutância. d) consentimento. e) segurança. Resposta: Letra C Mesmo com tantas opções, ainda há resistência na hora da compra. Em “a”: impetuosidade (força) = incorreto Em “b”: empatia = incorreto Em “c”: relutância (resistência). Em “d”: consentimento (aceitação) = incorreto Em “e”: segurança = incorreto A substituição que manteria o sentido do período é “ainda há relutância”. RESUMO DE TEXTOS O resumo de texto é um mecanismo em que se apon- ta somente as ideias principais de um texto fonte, de forma que é produzido um novo texto, no entanto, de maneira resumida, abreviada ou sintetizada. Em outras palavras, o resumo é a compilação de in- formações mais relevantes de um texto original e não uma cópia. Podemos fazer o resumo de um livro, capítulo, conto, artigo, dentre outros. Alguns especialistas apontam que o resumo deve conter pelo menos 30 % do documento original, ou seja, se um texto apresenta 10 páginas, o re- sumo deverá conter 3 laudas. Sem que notemos, utilizamos o resumo de diversas maneiras no dia-a-dia, na linguagem informal sobretudo, quando contamos um fato para os amigos, um filme que passou na televisão, o capítulo da novela ou do seriado, a aula que estávamos ausentes, um livro que lemos e que- remos indicar, dentre outros. Tipos de Resumo Antes de começar o resumo, confira a proposta dada pelo professor ou pela avaliação, uma vez que há três tipos de resumo: Resumo Indicativo: resume somente os fatos impor- tantes, as principais ideias, sem que haja exemplos ofere- cidos do texto original. É o tipo de resumo mais pedido nas escolas. Resumo Informativo: resume as informações e/ou da- dos qualitativos e quantitativos expressos no texto origi- nal. Se confunde com os fichamentos e geralmente são utilizados em textos acadêmicos. Resumo Crítico: chamado de resenha crítica, ele resu- me as informações do texto original os quais são acres- centados juízos de valor, ou seja, surge argumentos do autor e do escritor do resumo. Como fazer um bom resumo de texto? Pode parecer tarefa fácil, mas muitas vezes sintetizar algo pode ser trabalhoso e requer algumas técnicas im- portantes, embora a técnica mais eficiente seja a prática. Note que o resumo de texto auxilia muito na apren- dizagem para facilitar na memorização, compreensão e interpretação e não deve ser um texto muito longo, ou seja, ele deve ser menos extenso que o original. Entretanto, tome cuidado, pois geralmente no resu- mo não devemos acrescentar ideias novas, ou seja, dar um juízo de valor ou fazer comentários pessoais sobre o assunto tratado. Esse tipo de apreciação é feita quando fazemos uma resenha crítica, também chamado de resumo crítico. Além disso, convém não copiar trechos ou frases do texto original. Portanto, tenha autonomia para escrever com suas próprias palavras. De tal maneira, o resumo deve ter uma boa clareza de ideias, ou seja, uma pessoa que não tenha lido o texto original deverá compreender na totalidade o que foi lido. 15 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Assim, para auxiliá-lo nessa tarefa, segue abaixo pas- so a passo para realização de um resumo: Leia atentamente o texto original: a leitura atenta e calma é muito importante para começar essa tarefa e as- sim se familiarizar com o tema ou o assunto que se trata. Não adianta passar os olhos e querer resumir qualquer informação. Se necessário, leia novamente. Aliás, um re- sumo pode ser mais longo (se for de um livro), médio ou curto. Marque as principais ideias do texto: Depois de lido, você deverá marcar as ideias principais de cada parágra- fo. Mas, cuidado para que não fique muito extenso. Por exemplo, se for fazer um resumo de um livro, fica impos- sível resumir cada parágrafo, por isso, pense em resumir os capítulos. Sublinhe as palavras-chave: Da mesma forma que a etapa acima, você deve pensar nas principais palavras do texto para fazer o resumo. Todas elas devem fazer parte do texto produzido. Geralmente cada parágrafo apresen- ta uma palavra-chave. Poder da síntese: sintetizar o texto pode não ser fácil, mas depois de organizar as principais ideias, escreva de modo claro e coeso. Fique de olho no tema e na conclu- são oferecida pelo autor do texto. Coesão e coerência: para que um texto seja conside- rado bom, a coesão e a coerência são dois recursos bási- cos e deveras importante na produção de textos. Assim, a coesão está intimamente relacionada com as regras gramaticais e o bom uso dos conectivos. Por isso, se não souber o significado de uma palavra procure no dicio- nário sua concepção ou evite usá-la. Por conseguinte, a coerência implica a lógica e o contexto em que está inse- rido o texto. Lembre que o resumo não é um emaranha- do de frases soltas, ele precisa fazer sentido para o leitor. Leitura final: Depois de produzido, é muito impor- tante fazer uma leitura final do resumo e comparar se as ideias sublinhadas estão todas contidas no texto. Por isso, tenha cuidado com as ideias secundárias, o que pode tornar seu texto prolixo ou extenso. Para facilitar essa etapa, leia o texto em voz alta ou para um amigo. Se ele compreender tudo, o seu resumo está pronto. Citar a fonte: É muito importante indicarmos de onde surgiu nosso resumo, ou seja, os dados do texto que estamos resumindo: autor, obra, páginas, capítulos, edi- tora, ano de publicação, dentre outros. Geralmente esse tipo de informação é mais utilizada nos textos acadêmi- cos sendo chamada de bibliografia. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/resumo-de- -texto/ USO ADEQUADO DO VOCABULÁRIO ORTOGRAFIA A ortografia é a parte da Fonologia que trata da cor- reta grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são grafados segundo acordos ortográficos. A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de etimologia (origem da palavra). Regras ortográficas A) O fonema S São escritas com S e não C/Ç • Palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - as- censão / inverter - inversão / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / im- pelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir – consensual. São escritos com SS e não C e Ç • Nomes derivados dos verbos cujos radicais ter- minem em gred, ced, prim ou com verbos ter- minados por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / compro- meter - compromisso / submeter – submissão. • Quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simé- trico - assimétrico / re + surgir – ressurgir. • No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse. São escritos com C ou Ç e não S e SS • Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar. • Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique. • Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, car- niça, caniço, esperança, carapuça, dentuço. • Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção. • Após ditongos: foice, coice, traição. • Palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r): marte - marciano / infrator - infração / absor- to – absorção. B) O fonema z São escritos com S e não Z • Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárqui- cos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa. • Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me- tamorfose. • Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste. • Nomes derivados de verbos com radicais termi- nados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir – difusão. 16 LÍ N G UA P O RT U G U ES A • Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho. • Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. • Verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar. São escritos com Z e não S • Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje- tivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza. • Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): final - finalizar / con- creto – concretizar. • Consoante de ligação se o radical não terminar com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal Exceção: lápis + inho – lapisinho. C) O fonema j São escritas com G e não J • Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso. • Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento,
Compartilhar