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A sífilis é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum, sendo uma moléstia de evolução crônica, de transmissão sexual, sanguínea e vertical. A bactéria pode passar para o feto em qualquer estágio da doença e em qualquer IG, mas quanto mais recente a infecção materna, maior é o risco de comprometimento fetal. CLASSIFICAÇÃO DA SIFILIS RECENTE (ATE 1 ANO DE INFECÇÃO) Primária Secundária Latente recente TARDIA (>1 ANO DE INFECÇÃO) Latente tardia Sífilis terciária A sífilis primária é caracterizada pelo cancro duro: lesão genital que aparece após uma média de 21 dias de incubação (3 dias – 3 meses). Trata-se de uma lesão ulcerada, única, indolor. De bordas endurecidas, de fundo limpo, rica em treponemas, associada a linfodenomegalia generalizada, e que desaparece após 2 – 6 semanas espontaneamente. A lesão é mais comum na região genital, mas pode aparecer no ânus, boca e faringe. A sífilis secundária é caracterizada por uma infecção sistêmica disseminada que surge em 4 – 8 semanas após o cancro duro. Aqui temos um exantema maculopapular róseo (roséola sifilítica) em tronco, palma das mãos e planta dos pés. Pode ainda vir associado a alopecia em sobrancelhas e couro cabeludo, e lesões hipertróficas em genitália (condiloma lata ou condiloma plano). A sífilis latente compreende o período entre a forma secundária e terciária, que pode ser de anos; a divisão recente e tardia se justifica porque na primeira a transmissibilidade é maior. Já a sífilis terciaria ou neurossifilis é um quadro insidioso, atualmente rara e tem como clinica: ▪ Tabes dorsalis (dor intensa em um dermatomo e atatxia locomotora) ▪ Pupilas de Argyll Robertson (abolição do reflexo pupilar a luz, sem prejuízo ao reflexo de acomodação) ▪ Gomas 1sifilíticas ▪ Paresias ▪ Convulsões ▪ Demência A sífilis congênita também possui classificações, podendo ser precoce ao surgir até o 2º ano de vida tendo uma expressão clinica discreta e inespecífica, ou tardia surgindo após o 2º ano de vida com substituição dos órgãos por tecidos de granulação sifilítica. SIFILIS CONGENITA PRECOCE SIFILIS CONGENITA TARDIA Hepatomegalia Rinite sero-sanguinolenta Metafisite Pênfigo palmo-plantar Tibia em sabre Palato em ogiva Hidrocefalia Fronte olímpica Retardo mental Nariz em sela Sinal de Higoumenakis Dentes de Hutchinson Para diagnóstico, existem os testes treponêmicos e os não- treponemicos. Os treponêmicos são testes específicos para a sífilis e na maioria das vezes, permanecem reagentes mesmo após o tratamento, não servindo para o monitoramento. Já os não-treponemicos, são inespecíficos para a sífilis e tem seus resultados expressões em frações (1:2; 1:4; 1:8; 1:16; 1:32; 1:64), sendo importantes para o diagnóstico e monitoramento do tratamento. ▪ Não-treponemicos→ VDRL RPR TRUST ▪ Treponemicos→ FTA-Abs ELISA/EQL TPHA/TPPA/MHA-TP CLIA/CMIA Teste rápido VDRL FTA-Abs SIGNIFICADO Não reagente Não reagente Sem doença ou contato prévio Não reagente Reagente Contato prévio 1:2 Reagente Cicatriz sorológica 1:2 ou 1:4 Não reagente Falso positivo >1:4 Reagente Doença ativa No pré-natal, devemos solicitar o VDRL na 1ª consulta + repetir no 3º trimestre (28 – 32 semanas). Se o VDRL +, solicitar FTA-Abs. Basta 1 teste reagente para se iniciar o tratamento. Alguns serviços, ainda incluem o teste rápido na 1ª consulta e na internação do trabalho de parto, no entanto, isso não é um consenso. Para a FEBRASGO, o rastreamento da infecção na gestação deve ser realizado no início da gravidez, repetido no início do 3º trimestre e na admissão para parto ou aborto e pode ser realizado da seguinte maneira: 1. Teste rápido (se + iniciar o tratamento) e acompanhar com VDRL quantitativo 2. VDRL associado a FTA-Abs para diagnóstico (se + iniciar o tratamento) e acompanhar com VDRL quantitativo 3. CLIA (se + solicitar VDRL e FTA-Abs para confirmar) e acompanhar com VDRL quantitativo Deve-se repetir VDRL mensalmente em qualquer pessoa tratada durante a gestação, interpretando como reinfecção a ascensão de 2 diluições e falha a queda inadequada em mulheres com títulos >1/8. O tratamento da sífilis na gravidez não difere daquele recomendado em adultos. Sabe-se que o T. pallidum ultrapassa a barreira placentária antes das 16-18 semanas, mas observa-se que não há consequências da infecção fetal ocorrida antes deste período porque não ocorreu, ainda, a resposta inflamatória responsável pelas lesões determinadas pelo agente, o que aponta para a necessidade de se tentar diagnóstico e terapêutica precocemente na gravidez. Um ponto muito importante a ser colocado é que, na gestação, a penicilina é a única droga que tem capacidade de alcançar o feto e tratá-lo de maneira adequada. Assim, o tratamento da gestante com penicilina é a única forma, por enquanto, considerada efetiva no tratamento do feto. RECENTE Primária Secundaria Latente recente Penicilina G benzatina 2,4 milhoes UI IM dose única (1,2 milhoes UI IM em cada glúteo) Ceftriaxona 1g IM ou EV MID por 8-10 dias TARDIA Latente tardia Terciaria Penicilina G benzatina 2,4 milhoes UI IM 3 doses intervalo de 1 semana (total de 7,2 milhoes UI, IM) Ceftriaxona 1g IM ou EV MID por 8-10 dias NEUROSSIFILIS Penicilina G cristalina 18-24 milhoes UI/dia Dose de 3,4 milhoes UI a cada 4 horas EV por 14 dias O uso de penicilina pode desencadear a reação de Jarisch-Herxheimer com febre, artralgia, mal estar e exarcebação das lesões cutâneas. Não se trata de uma reação anafilática. São critérios para se considerar o tratamento adequado: ▪ Tratamento com penicilina benzantina ▪ Intervalo adequado entre administrações ▪ Parto >30 dias após o tratamento ▪ Avaliação quanto ao risco de reinfecção ▪ Documentação de quedas adequadas de VDRL→ pelo menos 2 diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses São critérios de retratamento: ▪ Aumento da titulação em 2 diluições (ex.: 1:16→ 1:64, ou 1:4→ 1:16) ▪ Não redução da titulação em 2 diluições no intervalo de 6 meses ou 12 meses (sifilis tardia) após tratamento (ex.: 1:32→ 1:8, ou 1:128→ 1:32) ▪ Persistência ou recorrência de sinais e sintomas de sifilis em qualquer momento do seguimento Se a paciente preencher os critérios de retratamento, recomenda-se investigar neurossifilis por meio de punção lombar e retratamento com 3 doses de penicilina benzantina 2,4 milhoes UI IM 1 vez/semana por 3 semanas. Mesmo que os parceiros sexuais apresentem sorologia negativa, ainda assim devem receber dose única de penicilina G benzantina 2 400 000 UI IM. Após o parto, é recomendado a analise histopatológica da placenta em gestantes positivas. A notificação é compulsória. É causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, parasita intracelular, que pode ser transmitido pela ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos do parasita presentes nas fezes de gato. A transmissão vertical via placentária é o nosso foco, e por isso é uma das doenças que compõe o rastreio no pré-natal. O aleitamento materno está liberado, pois não foi constatada a transmissão pelo leite. É uma doença que pode levar ao abortamento, óbito fetal ou acometimento grave do SNC fetal. São manifestações possíveis: ▪ Hidrocefalia ▪ Microcefalia ▪ Calcificação difusa intracraniana ▪ Coriorretinite ▪ Estrabismo ▪ Cegueira ▪ Epilepsia ▪ Retardo mental ou psicomotor ▪ Petequias por trombocitopenia ▪ Anemia O diagnostico maternoé possível com a sorologia IgG e IgM na 1ª consulta do pré-natal. O IgG surge com 2 semanas de infecção, com pico em 6 – 8 semanas e declínio nos 2 anos seguintes, mas ainda permanecendo no sistema imune conferindo imunidade permanente. O IgM surge na 1ª semana pós infecção e declina em alguns meses até anos, por isso sua presença sugere, mas não confirma infecção aguda. IgM IgG RESULTADO - - Suscetível Repetir sorologia mensalmente - + Imune Sorologia a cada trimestre + - Suspeita de infecção aguda Encaminhar para o pré-natal de alto risco Solicitar IgA Iniciar o tratamento conforme IG Sorologia IgM e IgG após 3 semanas + + Suspeita de infecção recente Encaminhar para o pré-natal de alto risco Solicitar teste de avidez Iniciar tratamento conforme IG As pacientes sintomáticas, também devem ser investigadas para mononucleose, sífilis, rubéola, citomegalovírus, tuberculose e parvovirose como diagnósticos diferenciais. Como os casos IgM positivo – IgG negativo podem significar falso- positivo, solicita-se o IgA e se caso positivo indica infecção aguda há <4 meses. Se o IgA não for disponível, iniciar o tratamento e repetir sorologia em 3 semanas. Se durante a profilaxia o IgG continuar negativo, suspende-se a profilaxia já que estamos frente a um falso- positivo. Profilaxia→ Espiromicina (500 mg/cp) 1g VO 8/8 horas Nos casos IgM e IgG positivos, devemos diferenciar se a infecção é aguda ou antiga via teste de avidez do IgG: Alta avidez→ Infecção antiga Baixa avidez→ Infecção recente Deve-se iniciar a profilaxia de infecção fetal com espiramicina nas seguintes situações: ▪ >16 semanas ▪ <16 semanas + teste de avidez baixa ▪ Teste de avidez inconclusivo ▪ Soroconversão em paciente previamente suscetível O diagnóstico padrão-ouro para infecção fetal é a identificação do DNA do antígeno via PCR do líquido amniótico com aminiocentese de 17 – 32 semanas. Outra técnica possível é a cordocentese para pesquisa de IgM na circulação fetal. Há ainda os achados sugestivos no USG: ▪ Calcificações intracranianas ▪ Dilatações ventriculares ▪ Microcefalia ▪ Hepatoesplenomegalia ▪ Ascite ▪ Restrição crescimento fetal ▪ Placentomegalia O tratamento da toxoplasmose está indicado quando ocorre suspeita ou confirmação de infecção aguda na gravidez. O início de tratamento precoce após a infecção materna, idealmente em até 3 semanas, diminui os riscos de infecção fetal. Devido à maior virulência das cepas brasileiras, orienta-se início de esquema tríplice quando infecção fetal ocorreu com >18 semanas, com vistas a diminuir o risco de sequelas decorrentes da infecção fetal. Se a infecção ocorrer <18 semanas, o tratamento inicial é com espiramicina, devendo ser modificado para esquema tríplice a partir das 18 semanas. O retorno para a monoterapia será orientado conforme avaliação em serviço de Pré-Natal de Alto Risco. <18 SEMANAS Espiramicina 500 mg, 2 cp de 8/8h Administrar com alimentos. >18 SEMANAS ESQUEMA TRIPLICE Sulfadiazina 500 mg 2 cp, 8/8 h ou 3 cp, 12/12h + Pirimetamina 50 mg BID por 2 dias→ 25 mg VO BID + Ácido folínico1 15 mg, 1 cp, MID TOXOPLASMOSE CONGENITA DO RECEM NASCIDO Primetamina 2 mg/kg /dia por 2 dias→ 1 mg/kg /dia por 2–6 meses, continuar com a mesma dose 3 vezes/semana + Sulfadiazin 100 mg/kg /dia em 2 doses + Acido folinico 10 mg 3 vezes por semana + Prednisona 1 mg/kg /dia em duas doses As medicações da gestante devem ser mantidas até o parto. O acido folinicio deve ser retirado só após 1 semana da suspensão da primetamina. A espiramicina não cruza a barreira placentária. Tem objetivo de reduzir o risco de infecção fetal. Trocar para esquema tríplice a partir de 18 semanas, se ainda não foi descartado infecção fetal. Efeitos adversos: ▪ Náusea e vômito ▪ Diarreia ▪ Reações cutâneas Monitorização laboratorial: não é necessária. Já o esquema tríplice cruza a barreia placentária. Não deve ser administrado <18 semanas de gestação pelo risco de teratogenicidade. Deve ser usado ininterruptamente até o parto. Manter ou iniciar esquema tríplice após 36 semanas é uma decisão individualizada do pré- natal de alto risco. A pirimetamina é um antagonista do ácido fólico, podendo provocar supressão medular com anemia, leucopenia e trombocitopenia. Também pode ocorrer náusea, vômito e reações cutâneas. Monitorização laboratorial: hemograma com plaquetas 15 – 15 dias. O HIV é um retrovírus que infecta as células T do sistema imunológico, causando uma redução progressiva de seu número e eventualmente AIDS quando <200 células/mm3. Então, que já fique bem claro: ser soropositivo para HIV não significa o mesmo que portar AIDS. A transmissão do vírus pode acontecer via transplacentária a partir da 8ª semana ou mesmo no momento do parto. A carga viral elevada e a ruptura de membranas amnióticas aumentam os riscos. Além disso, o aleitamento materno também é uma forma de transmissão. O rastreamento é feito via sorologia ELISA para anticorpos do HIV 1 e 2 na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre e na admissão da maternidade (teste rápido). Casos os rastreios sejam +, solicitar um teste confirmatório e se eles virem positivos também, então temos o diagnóstico: ▪ Antígenos virais HIV (Western blot, Imunoblot) ▪ Testes moleculares Caso haja discrepância de resultados dos testes de rastreio e de confirmação, realizamos uma nova coleta de material 30 dias para sorologia e quantificação da carga viral. Após a confirmação, solicitar teste de carga viral (CV), isso por que a taxa de transmissão é <1% em gestantes em uso de ARV que mantem CV <1000 cópias/ml, e ainda mais baixo quando estiver indetectável. Periodicidade para solicitação da CV: ▪ No diagnóstico ▪ 2 – 4 semanas após introdução TARV ▪ IG a partir de 34 semanas A contagem de linfócitos TCD4+ deve ser solicitada no diagnostico e também na 1ª consulta pré-natal para aquelas gestantes sabidamente HIV+ afim de estabelecer magnitude da viremia. Periodicidade de solicitação: ▪ No diagnóstico ▪ 3 – 3 meses para avaliar resposta ao tratamento ▪ 34ª semana para avaliação de via de parto Órgãos e sistemas comumente associados a manifestações de HIV no exame inicial da gestante assintomática: PELE Sinais de dermatite seborreica, foliculite, micose cutânea, molusco contagioso, sarcoma de Kaposi CABEÇA PESCOÇO Pesquisar candidíase oral e/ou leucoplasia pilosa na orofaringe Fundoscopia se TCD4+ < 50 cels/mm3 LINFONODOS Pesquisar linfadenomegalias ABDOME Pesquisar hepatomegalia ou esplenomegalia, massas palpáveis SNC Pesquisar sinais focais e estado cognitivo GENITO URINARIO Pesquisar corrimento, ulceras e lesões sugestivas de HPV O HIV é um fator de risco para tuberculose, então em caso de tosse, febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna, solicitar BAAR em 3 amostras de escarro. A TARV está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, objetivando a supressão do CV-HIV plasmático <50 cópias/ml afim de diminuir a transmissão vertical. Para todas as gestantes soropositivas, realizar antes a genotipagem para melhor direcionamento da terapia para comprovar ausência de mutações para EFZ (Efavirenz). Nas gestantes sem TARV anteriormente: <12 SEMANAS Se genotipagem comprovar ausência de mutação para EFZ→ Esquema TDF + 3TC + EFZ Se genotipagem comprovar presença de mutação para EFZ→ Esquema TDF + 3TC + ATV/r >12 SEMANAS TDF + 3TC + DTG TDF→ Tenofovir TC→ Lamivudina EFZ→ Efavirenz DTG→ Dolutegravir O DTG não é recomendado para inicio de terapia no 1º trimestre, contudo pode ser iniciado no após este período. Seu uso esta contraindicado caso a paciente use oxicarbamazepina, dofetilida ou piscicainida, nestes casos, substituiro DTG pelo EFZ. Se houver contraindicação ao uso de ATRV/r, substitui-lo pelo DRV/r. E por fim, se houver contraindicação ao DTG e o inicio tardio do pré-natal, lança-se mão do RAL (Raltegravir). Para as gestantes que já estão em uso de TARV e com CV-HIV indetectável ou <50 cópias/ml, recomenda-se manter o esquema em uso. Se o CV-HIV for detectável >50 cópias/ml, deve-se reforçar a adesão e avaliar interação medicamentosa, até ajustar a TARV de acordo com a genotipagem para adequar esquema. As mulheres já em uso de DTG e com bons resultados laboratoriais precisam usar acido fólico na dose de 5mg/dia por 3 meses antes da concepção + 2º mês de gravidez. Lembrando que o ideal é substitui-lo por ATV/r e após 13ª semana retornar com o DTG. A conduta atual proposta pelo Ministério da Saúde é que a via de parto seja determinada pela carga viral da paciente na 34ª semana de gestação, em associação, é claro, com avaliação obstétrica: ▪ CV < 1000 cópias/ml→ Via vaginal ▪ CV > 1000 cópias/ml→ Cesariana Já as com CV desconhecida na 34ª semana devem receber profilaxia com AZT EV (ampola 20 ml com 200mg – 10 mg/ml) Ataque→ AZT 2 mg/kg infusão em 1 hora + Manutenção→ 1 mg/kg/hora (manter ate o campleamento do cordão umbilical – duração mínima de 2 horas) Se não houver AZT EV, podemos prescrever AZT oral, mas não tem a mesma eficácia: AZT 300 mg VO 3 – 3 horas até o clampeamento do cordão Cuidados no parto vaginal em gestantes HIV+: ▪ Não realizar cordocentese, amniocentese e amniotomia ▪ Evitar fórceps e preferir vácuo-extrator ▪ AZT IV na admissão se CV < 1000 cópias/ml ▪ Evitar bolsa rota prolongada >4 horas ▪ Ligadura de cordão umbilical imediata após o parto e jamais realizar ordenha do cordão ▪ Evitar toques desnecessários ▪ Evitar episiotomia Cuidados do parto cesáreo em gestantes HIV+: ▪ Realizar cesárea eletiva com 38 semanas ▪ Na cesariana com dilatação cervical <4 cm, iniciar infusão de AZT 3 horas antes do procedimento ▪ AZT IV na admissão se CV < 1000 cópias/ml ▪ Ligadura de cordão umbilical imediata após o parto e jamais realizar ordenha do cordão ▪ Hemostasia rigorosa em vasos da parede abdominal Quando há ruptura de membranas a conduta muda de acordo com a IG. <34 SEMANAS Corticoterapia para maturação pulmonar: Betametasona 12 mg IM MID Dexametasona 6 mg IM BID ATB para profilaxia do estreptococcus grupo B: Azitromicina 1g VO dose única + Ampicilina 2g EV 6 – 6 horas por 48 horas, substituir por amoxicilina após 48 horas + Amoxicilina 500 mg VO 8 – 8 horas por 5 dias Hiperidratação se oligodrâmnio >34 SEMANAS Resolução da gestação após infusão de AZT IV ATB caso >18 horas de rotura de membranas ou <37 semanas ou febre intraparto: Penicilina G cristalina Ataque 5 000 000 UI EV Manutenção 2 500 000 EV 4 – 4 horas Cefazolina Ataque 2g EV Manutenção 1g EV 8 – 8 horas No puerpério, esta mãe não poderá iniciar aleitamento já que há risco de transmissão, portanto devemos inibi-lo: Cabergolina 1mg VO dose única (2 cp de 0,5mg) Marcar consultas de puerpério no 5º, 8º e 42º dia.
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