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NORMA REGULAMENTADORA Nº 10 Aluno:_____________________________________________________________________________________ Data: _______/________/_______ Turma:__________________________ www.atic.eng.br Treinamento SEP - Sistema Elétrico de Potência NORMA REGULAMENTADORA Nº 10 Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 02 Data: 06/2009 Sumário SEP - Sistema elétrico de potencia Organização do trabalho Procedimentos de trabalho Trabalho em equipe Riscos no SEP Trabalhos em altura Riscos de queda Riscos em instalações e serviços com eletricidade Técnicas Análise de Risco Mapa de risco Exemplos de mapas de riscos Planejamento de serviço Sinalização de segurança Segurança em instalações elétricas energizadas Medidas de proteção coletiva Medidas de proteção individual A postura de trabalho Postura e vestuário Veiculo com equipamento hidráulico Situação de emergência Choque elétrico Salvamento de colaborador acidentado do alto da estrutura Responsabilidades Direito de recusa Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 03 Data: 06/2009 SEP - Sistema elétrico de potencia SEP é um conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive. 1. Geração 2. Transmissão 3. Distribuição 1. Geração a. Hidroelétrica b. Termoelétrica c. Eólica d. Nuclear a.Hidroelétrica b.Termoelétrica Nas usinas Hidroelétricas, os geradores são acionados pela força das águas dos rios, normalmente com quedas artificiais, através de grandes represas. Nas usinas termelétricas, o gerador é acionado pelo vapor d água que sai de uma caldeira aquecida. Para aquecer esta caldeira, utiliza-se o calor desenvolvido na combustão de óleo, carvão e outros combustíveis e, assim, nestas usinas temos a transformação da energia térmica em energia elétrica. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 04 Data: 06/2009 c.Eólica d.Nuclear 2.Transmissão de energia elétrica Transmissão A energia dos ventos é uma alternativa renovável, disponível localmente, não poluente e economicamente competitiva às fon- tes convencionais que aquecem o planeta e agridem o ambien- te. Cata-ventos melhorados tecnologicamente podem transformar o movimento do ar em grandes quantidade de energia elétrica, sem emitir gases poluentes, sem alagar solos férteis e sem des- pejar elementos radiativos na natureza. As usinas nucleares funcionam da mesma maneira que uma usina termelétrica, com a única diferença que o calor utilizado para produzir o vapor que aciona o gerador é obtido por meio de reações nucleares que se desenvolvem em um reator atômi- co. Portanto, nestas usinas, temos a transformação de energia nu- clear em energia elétrica. Basicamente está constituída por linhas de condutores destinados a transportar a energia elétrica desde a fase de geração até a fase de distribuição, abrangendo pro- cessos de elevação e rebaixamento de tensão elétrica, realizados em estações próximas aos centros de consu- mo, ao lado das cidades. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 05 Data: 06/2009 ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE TRANSMISSÃO: As inspeções terrestres são executadas pelas divisões de transmissão seguindo um roteiro pré- estabelecido, que leva em consideração o diagnóstico da linha de transmissão, sua idade, desempenho, características próprias, etc. Programação dos Serviços de Manutenção Com base no diagnóstico de cada linha de transmissão, deve-se elaborar a programação dos serviços. Nesta programação devem estar incluídos os serviços relacionados no Plano de Trabalho na Diretoria de Operação. Atribuições Organização do trabalho. Para executar qualquer tarefa com sucesso, é preciso que nos organizemos antes. Organizar significa pensar antes de iniciarmos a tarefa. Mas pensar em quê? Inspeção de linhas de transmissão Inspetores de linha verificam o estado da estrutura e seus elementos, a altura dos cabos elétricos e a faixa de servi- dão, área ao longo da extensão da linha de domínio da companhia de transmissão. Esse processo de inspeção periódica poderá ser realiza- do por terra ou por helicóptero, dependendo dos recursos da empresa e especificidade do serviço. As inspeções por terra demandam periodicamente subi- das em torres e estruturas. O planejamento, acompanhamento e controle de todos os servi- ços de manutenção das linhas de transmissão, barramentos aé- reos de subestações e estruturas de telecomunicações sob res- ponsabilidade da respectivo órgão responsável par tal, da em- presa Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 06 Data: 06/2009 Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles exagerados. No modo mais barato de fazer a tarefa. No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa. Num procedimento que seja mais rápido. Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável. Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa. Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não cause poluição do ar, da água e do solo. É fácil tratar cada um desses itens isoladamente para tomar providências. O problema surge quando desejamos tratar todos os itens juntos. Podemos, por exemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar uma tarefa. Entretanto, essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho perigoso. Se, por exemplo, precisamos trocar rapidamente uma lâmpada queimada sobre a máquina de trabalho, podemos fazer a troca subindo na máquina. Mas esse procedimento não é bom, porque pode nos levar a um acidente. O correto seria usarmos uma escada. A tarefa seria mais demorada mas a segurança e a qualidade estariam asseguradas. Portanto, todos os itens devem ser pensados juntos, para que no final haja equilíbrio entre eles, de modo que um não prejudique o outro. Além disso, precisamos pensar, também, na quantidade e qualidade das pessoas e dos materiais necessários, na hora e no local em que eles devem estar. Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar: Material adequado Ferramentas adequadas e em bom estado Veículo com equipamento adequado. Equipamentos de segurança, individuais e coletivos. Tempo necessário Pessoal qualificado. Ordem de serviço Comunicação aos setores envolvidos. Etc... . Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 07 Data: 06/2009 Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir no trabalho e reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos organizando o trabalho para alcançar bons resultados. Ritmo O trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência. Quando andamos uma longa distância, devemos manter um ritmo constante, de modo que não nos cansemos andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar. Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio. Assim, o trabalhador deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente. Um movimento excessivamente rápido, além de cansar quem está serrando, pode resultar num corte malfeito, sem boa qualidade. Também pode causar redução da produção pois o trabalhador, após excessivo esforço, vê-se obrigado a parar por muito cansaço. Objetos em ordem Objetos em ordem facilitam o trabalho. Se, numaseqüência de operações, você usa ferramentas ou outros objetos, procure colocá-los na mesma ordem da seqüência de uso e na zona em que vai trabalhar. Os objetos de uso mais freqüente devem ficar mais próximos de você. Fatores ambientais Outros fatores, como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para aumentar ou diminuir a produtividade e assegurar a qualidade do serviço que está sendo feito. Um lugar para cada coisa Deve haver sempre um lugar para cada coisa e cada coisa deve estar sempre em seu lugar. Pondo isso em prática, evita-se fadiga, perda de tempo e irritação por não se encontrar o que se necessita. Um exemplo desse princípio de ordem e organização é o dos quadros de oficinas mecânicas, que apresentam contornos das ferramentas a fim de que cada uma vol- te sempre ao seu local. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 08 Data: 06/2009 Ferramentas As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto no tamanho. Por exemplo: para pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e para pregos grandes, martelos grandes. Devemos apertar uma porca com chave de boca com tamanho e tipo apropriados. Seria incorreto usar um alicate. Isto é uma organização que produz? Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 09 Data: 06/2009 Procedimentos de trabalho 10.11 - Procedimentos de Trabalho 10.11.1 Os serv iços em insta lações e lét r icas devem ser p lane jados e rea l izados em conformidade com proced imentos de t raba lho específ icos, padron izados, com descr ição deta lhada de cada ta refa , passo a passo, ass inados por prof iss iona l que a tenda ao que estabe lece o i tem 10.8 desta NR. 10 .11.2 Os serv iços em insta lações e lét r icas devem ser preced idos de ordens de serv iço especi f icas, aprovadas por t raba lhador au tor izado, contendo, no mín imo, o t ipo , a da ta , o loca l e as referências aos proced imentos de t raba lho a serem adotados. 10 .11.3 Os proced imentos de t raba lho devem conter, no mín imo, ob je t ivo , campo de ap l icação, base técn ica , competências e responsab i l idades, d isposições gera is , med idas de cont ro le e or ien tações f ina is . 10 .11.4 Os proced imentos de t raba lho, o t re inamento de segurança e saúde e a autor ização de que t ra ta o i tem 10.8 devem ter a part ic ipação em todo processo de desenvo lv imento do Serv iço Especia l izado de Engenhar ia de Segurança e Medic ina do Traba lho -SESMT, quando houver. 10 .11.5 A autor ização refer ida no i tem 10.8 deve estar em conformidade com o t re inamento min is t rado, p rev is to no Anexo I I desta NR. 10 .11.6 Toda equ ipe deverá te r um de seus t raba lhadores ind icado e em cond ições de exercer a superv isão e condução dos t raba lhos. 10 .11.7 Antes de in ic ia r t raba lhos em equ ipe os seus membros, em con junto com o responsáve l pe la execução do serv iço , devem rea l izar uma ava l iação prév ia , estudar e p lane jar as a t iv idades e ações a serem desenvo lv idas no loca l , de f o rma a a tender os pr incíp ios técn icos básicos e as melhores técn icas de segurança ap l icáve is ao serv iço . 10 .11.8 A a l te rnância de a t iv idades deve considerar a aná l ise de r iscos das ta re fas e a competência dos t raba lhadores envo lv idos, de fo rma a garant i r a segurança e a saúde no t raba lho. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 10 Data: 06/2009 Planejamento O planejamento provoca modificações em pessoas, tecnologia e sistemas Portanto deve-se considerar que o planejamento é condição básica para o sucesso de qualquer trabalho que procure a melhoria da qualidade. Esse planejamento deverá ser feito nas diversas etapas da cadeia de fornecimento de um produto ou serviço, isto é, desde a pesquisa de mercado, o projeto, o fornecedor até a loja que fornece este item ao consumidor ou cliente. Por que planejar? "O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes" - PETER DRUCKER. Qualquer atividade humana realizada sem qualquer tipo de preparo, é uma atividade aleatória que conduz, em geral, o indivíduo e as organizações a destinos não esperados, alta- mente emocionantes e via de regra a situações piores que aquelas anteriormente existentes. A QUALIDADE é fruto de um esforço direcionado de um indivíduo ou grupo para fazer algo acontecer conforme o que foi anteriormente desejado e estabelecido, portanto a qualidade somente poderá ser alcançada através de um trabalho planejado. Portanto fica claro que a qualidade somente será conseguida se ela for planejada e que este planejamento ocorra de forma organi- zada, isto é, dentro de uma seqüência de eventos pré- determinada. Vale a pena recordar um ditado chinês que afirma que "se você não souber onde pretende chegar, qualquer caminho serve”.Isto significa: se uma empresa ou pessoa quer alcançar a qualidade competitiva, isto não se dará por acaso, mas será o resultado de um esforço de todos aqueles que trabalham na organização, des- de o presidente até o mais simples funcionário. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 11 Data: 06/2009 Qualquer trabalho, por mais simples que seja, só deve ser executado após planejamento de todas as suas fases, incluindo a escolha dos meios necessários á sua execução, bem como a previsão dos possíveis riscos de acidente e o seu controle. Cabe a cada profissional planejar o trabalho em conjunto com seus companheiros de equipe, abordando todos os pontos de vista técnico e de segurança, sobre o serviço a ser executado. Nos trabalhos em redes elétricas, deve indicar os circuitos energizados, sua tensão nominal e a posição mais seguram para o profissional. No planejamento devem ser consideradas as condições pessoais dos elementos da equipe, especialmente em partes energizadas. Se alguém se apresentar indisposto, deve executar tarefas de menor risco e, se necessário, ser encaminhado ao setor competente. Responsabilidade Independentemente da responsabilidade de cada empregado pela observância rigorosa das Normas de Segurança, compete á chefia imediata exigir o seu cumprimento. No impedimento ou em casos que não haja encarregado, a segurança no trabalho é de responsabilidade de cada um, que deve selar belo bem estar físico e psíquico de si próprio. Atitude no trabalho A máxima atenção e cuidados devem ser tomados pelos empregadas ao executarem qualquer serviço, sendo indispensável e altamente perigosas conversas alheias ao trabalho, brincadeiras com companheiros ou terceiros e outras atitudes que possam distrair a atenção dos empregados, especialmente na execução de trabalhos aéreos ou próximos a instalações elétricas energizadas. Trabalho em equipe Forma especial de organização, que visa, principalmente, a ajuda mútua entre profissionais de uma mesma companhia ou departamento, o Trabalho em Equipe pode ser descrito como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou um determinado trabalho. Valorizando cada indivíduo e permitindo que todos façam parte de uma mesma ação, seja no campo escolar, profissional ou, até mesmo, em atividades cotidianas, o Trabalho em Equipe, além de possibilitar a troca de conhecimento é determinante nas relações humanas, pois motiva o grupo a buscar de forma coesa os objetivos traçados. Na visão do psicólogo Maslow), profissional que deu início a Psicologia Transpessoal (área da psicologia que estuda a consciência nos seus diferentes níveis e a sua relação com os aspectos evolutivos do ser), o trabalho em equipe possibilita dare receber, por parte de cada um de seus membros, afeição, aceitação e sentimento de importância. Para Maslow, "isto faz com que o indivíduo cresça, tornando o trabalho determinante, pois o objetivo a ser alcançado depende, exclusivamente, da satisfação psicológica do indivíduo bem como das relações humanas". A necessidade de desenvolvimento do trabalho em equipe passa por diversos fatores de importância para a evolução profissional, como a definição de prioridades, o ajuste de metas, otimismo e o estar aberto a mudanças. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 12 Data: 06/2009 Todas estas qualidades, quando são acrescidas ao ser individual (si próprio), podem significar o sucesso nas relações pessoais, o que forma um círculo virtuoso, propiciando assim as tarefas conjuntas. É importante perceber que, quando se fala em trabalhar em equipe, fala-se em maior volume de atividades, mais e maior responsabilidade, comprometimento, flexibilidade, colaboração e esforço pessoal, detalhes que acabam sendo descobertos a cada novo dia de trabalho. Entretanto, como benefício, um grupo coeso aflora muitas características que até então passavam despercebidas no individual, como a criatividade, a participação, visão de futuro, questionamento de posições e colocações e senso crítico. Segundo a Psicóloga Solange Cremasco, a motivação é um fator substancial que deve estar ligado ao trabalho em equipe. De acordo com ela, esse atributo individual do ser humano representa o comprometimento e a "chave para o sucesso que está ao alcance de todos". "Quanto maior for o grau de responsabilidade, quanto maior for o universo de aprendizado e as perspectivas de evolução, muito mais ele (os profissionais) se envolvem com as atividades que lhes são atribuídas e, conseqüentemente, a motivação sempre se encontrará no topo". Trabalhar em equipe significa compartilhar uma direção comum. Além disso, atividades desenvolvidas em conjunto encorajam o grupo, o que aumenta o desempenho na hora de realizar atividades, transmitindo autoconfiança, habilidade e união, características primordiais para o sucesso. Riscos no SEP NR-9 - Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais é um documento de revisão anual, sendo fundamental a abordagem, dentre todos os riscos ambientais, sobretudo dos riscos relativos à: Radiação eletromagnética, principalmente na construção e manutenção de linhas de elevado potencial (transmissão e sub-transmissão) e em subestações; ão elétrica (sala de máquinas), serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica e telefonia e em subestações; Umidade em caixas subterrâneas; Riscos biológicos diversos nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica e telefonia (eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de construção de modo geral; Gases tóxicos, asfixiantes, inflamáveis nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica e telefonia tais como metano, monóxido de carbono, etc; Produtos químicos diversos como solventes para limpeza de acessórios; Óleos dielétricos utilizados nos equipamentos, óleos lubrificantes minerais e hidrocarbonetos nos serviços de manutenção mecânica em equipamentos, sobretudo em subestações de energia, usinas de geração e transformadores na rede de distribuição; Ácido sulfúrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de geração elétrica e nas estações telefônicas; Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 13 Data: 06/2009 Ascarel ou Bifenis Policlorados (PCBs), ainda presente em transformadores e capacitores de instalações elétricas antigas, em atividades de manutenção em subestações de distribuição elétrica e em usinas de geração elétrica, por ocasião da troca de transformadores e capacitores e, em especial, da recuperação de transformadores e descarte desse produto. Outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e riscos porventura decorrentes de atividades de construção, tais como vapores orgânicos em atividades de pintura, fumos metálicos em solda, poeiras em redes subterrâneas e obras, etc. É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento base do PPRA, que dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção para os seguintes: Discussão do documento base com os empregados (CIPA); Descrição de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de trabalho, internos ou externos e em todas as atividades realizadas na empresa (trabalhadores próprios ou de empresa contratadas); Realização de avaliações ambientais quantitativas dos riscos ambientais levantados (radiação; calor, ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre outros), contendo descrição de metodologia adotada nas avaliações, resultados das avaliações, limites de tolerância estabelecidos na NR-15 (Atividades e operações insalubres) esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios, nas atividades ou operações insalubres que são executadas acima dos limites de tolerância previstos na Legislação, comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho. (Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes químicos, etc...). Ou na omissão dessa Norma na ACGIH (American Conference of Governamental Industrial Higyenists) e medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente habilitado; Descrição das medidas de controle coletivas adotadas; Cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa. O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de SST, como PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), PCA e o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da) (Construção) (em caso de construção de linhas elétricas, obras civis de apoio a estruturas, prediais), e, inclusive, com todos os documentos relativos ao sistema de gestão em SST (segurança e saúde no trabalho) adotado pela empresa. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 14 Data: 06/2009 TRABALHOS EM ALTURA INTRODUÇÃO Se perguntarmos a qualquer profissional de segurança qual o tipo de acidente de trabalho que mais mata com certeza obteremos como resposta as quedas de níveis diferentes. E não nos referimos de forma alguma apenas a realidade brasileira. Ora, se os acidentes desta natureza implicam em tais resultados, porque as Normas relativas a trabalhos deste tipo são tão reduzidas? Plantão de final de semana de uma grande empresa qualquer. Tempo e momento de realizarem os trabalhos de manutenção, sai de campo a equipe da produção e entra em campo a equipe da manutenção, hora e vez de realizarem todos os trabalhos que não é possível realizar durante a semana, alguns em tempo recorde, todos imprescindíveis a continuidade e ampliação das operações. Em tempos passados, era o momento da manutenção desdobrar-se, hoje, é tempo de encontrarmos diversas empresas contratadas, realizando aqueles trabalhos considerados "especiais" que vão desde as Áreas Confinadas até mesmo aos temidos trabalhos em altura. Não é preciso ir a uma fábrica ou mesmo ser da área de segurança do trabalho para saber que os trabalhos em altura matam, basta tão somente saber ler e durante a semana abrir os jornais para encontrarmos noticias sobre as mortes ocorridas por quedas de fachadas, telhados e outras mais. Nós de segurança, em especial, sabemos o que é isso. Diante das autorizações para execução de serviços, por mais que sejamos experientes e habilidosos ficamos temerosos. Trabalhos em altura são sempre perigosos, mais ainda porque trata-se de uma área onde desenvolvimento de métodos e tecnologias quase inexiste. Além disso, apesar de significar tanto risco, trabalhos desta natureza geralmente são realizados por pessoastotalmente despreparadas, seja do ponto de vista técnico, seja quanto a aptidão certificada por exame medico. Aquilo que por natureza já é perigoso, passa a ser ainda mais quando sabemos que nas estruturas estarão trabalhando pessoas mal alimentadas, de pouco ou nenhuma instrução, levadas a este tipo de trabalho pela necessidade de sobrevivência. É fácil afirmar, que na atualidade a realização destes trabalhos está mais associada a uma loteria de fatores do que qualquer condição real de assegurar condições mínimas de segurança. Não há muito o que fazer. Se na teoria de nossas convicções filosóficas a vida é de suma importância, naquele momento a realização do trabalho tornar-se prioritária; A empresa precisa do trabalho e os empregados que irão realiza-lo precisam do emprego. Todos nós conhecemos este quadro. Todos nós sabemos como são feitos a maioria dos trabalhos em altura. Por tantos conhecerem, pelas evidências escritas nos inúmeros e incontáveis acidentes fatais que já ocorreram, parece-nos por demais estranho que não exista ainda uma legislação especifica para este assunto. Supostamente as leis são feitas para assegurarem direitos, é a vida ainda é um direito. Supostamente as leis devem resguardar os interesses de todos os grupos e segmentos, e estes trabalhadores fazem parte de um segmento que carece demais deste tipo de garantia. A questão do trabalho em altura merece com certeza mais atenção do que vem merecendo, deixando de ser apenas uma citação na NR 6 (cinto de segurança) e alguns poucos itens da NR 18, para ser de fato uma norma clara e abrangente, capaz de auxiliar na prevenção destes acidentes geralmente fatais. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 15 Data: 06/2009 O que pode ser feito ? Com certeza muito. A primeira atitude a ser tomada é rompermos com o paradigma da mera e constante culpa do empregado, não só apenas em acidentes deste tipo, mas acidentes de toda natureza. Rompendo-se com este velho paradigma, aquela que nos leva a escrever com tanta facilidade ATO INSEGURO, talvez nos vejamos obrigados a de fato estudar e conseqüentemente propiciar condições mais adequadas e reais de segurança. Parece-nos pelo menos desonesto, quando não anti-ético, supormos que a mera entrega de um cinto de segurança a uma pessoa seja tudo que se possa fazer tecnicamente para assegurar condições seguras em um trabalho desta natureza. E pelo menos ridículo notar o quanto as pessoas nem ao menos observam a ausência de um local adequado a fixação do mesmo. O principio é simples: Homens não voam ! E assim sendo, não devem em qualquer momento de um trabalho em superfície acima do nível do piso estarem soltos. Deve ficar claro, que qualquer situação diferente desta é a anti-prática da prevenção. Portanto qualquer planejamento de trabalho em altura deve prever a possibilidade real de manter o homem preso durante todo o tempo de realização do trabalho, inclusive e em especial nos acessos/decessos necessários. Passo a passo entendemos que a situação mereça a seguinte atenção: Toda equipe de trabalho em altura deve ter um coordenador, que para desenvolver seu trabalho deverá receber treinamento compatível. Deve conhecer cabos de aço e cordas, a ponto de poder inspecioná-los, fixá-los de forma correta e rejeitá-los antes do inicio de cada jornada quando não apresentarem condições plenas de uso. Deve conhecer andaimes e escadas, desde a montagem correta dos primeiros até a inspeção detalhada de ambos. Deve saber inspecionar, montar e usar cintos de segurança com habilidade impar. Deve ter conhecimentos sobre a capacidade e resistência dos diversos tipos de telhas e coberturas. Deve também estar treinado para métodos de socorro para empregados projetados e presos por cinto de segurança. Neste primeiro item, vemos logo de cara a incoerência com que se trata o assunto, visto que na atualidade os trabalhos em altura são coordenados na grande maioria das vezes por pessoas sem qualquer conhecimento, que se expõe e faz o mesmo com toda sua equipe de trabalho. Qualificação especifica do profissional de segurança do trabalho que fará acompanhamento, mesmo porque é muita pretensão supor que qualquer um de nos domina todas as áreas da prevenção com amplo conhecimento. Ao longo dos anos tenho visto verdadeiros atestados de óbitos prévios através das prescrições feitas por alguns de nossos colegas para trabalhos em altura. Diga-se de passagem, Trabalhos em Altura deveria ser uma matéria especifica de nossos cursos, onde aprendemos tantas coisas que jamais usamos e de certa forma deixamos de ver aquilo que de fato nos interessa. Planejamento prévio do trabalho, tal como se fosse uma ação de guerra, com analise de risco elaborada por todo grupo, questionando-se fase a fase, definindo-se passagens, transporte de materiais e responsabilidades Exame medico compatível com o risco do trabalho. Já tivemos a infeliz oportunidade de encontrarmos pessoas com epilepsia trabalhando em altura. No entanto, a seleção medica não deve ser apenas a única fase de responsabilidade quanto ao assunto, visto que operários alcoolizados devem ser retirados deste tipo de trabalho, situação que deve ficar clara a todos membros da equipe na fase de planejamento. . Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 16 Data: 06/2009 Treinamento da equipe. Parece absurdo dizer, mas a grande maioria das equipes que trabalham em altura jamais treinaram para isso. Vale mesmo, a valentia ! Não é preciso ser muito especialista para entender que andar ou permanecer em superfícies altas não é algo inerente a pessoa humana. Equipamento de uso individual adequado. Há pouco tempo assistimos uma demonstração de um especialista francês, o qual apresentou uma infinidade de equipamentos modernos, leves e versáteis para trabalhos em altura, na verdade, adaptação de equipamentos de alpinismo para esta finalidade. O que temos hoje em uso, além de obsoleto é perigoso, desconfortável a ponto de ser desinteressante seu uso. O equipamento de segurança deve ser agradável ao homem, deve induzi-lo ao interesse por conhecê-lo e saber usá-lo. Deve ser guardado e cuidado como uma ferramenta especial, limpo o bastante para ser atrativo. Qualquer um de nós sabe que a realidade não é esta. Nem mesmo calçados com solados antiderrapantes, um equipamento mínimo para tal trabalho consegue-se encontrar nestes locais de trabalho. O equipamento de uso coletivo. Sem dúvida alguma, uma das maiores industrias do Brasil é a que fabrica informalmente escadas e andaimes, notável por sua capacidade de gambiarras e improvisações que tem como uma única constante a insegurança. Em qualquer empresa, em qualquer obra é possível encontrar uma série destas escadas e andaimes, fabricadas pelo improviso necessário que ocorre pela falta de meios adequados e tecnicamente corretos. Com o advento da NR 18, muito pode ser melhorada nos andaimes, infelizmente tal melhoria ainda estão restritas as paginas da referida Norma e há poucas empresas que fazem com que se cumpra. De fato as condições são precárias e mata-se por isso, mata-se pela total falta de respeito ao que há de mínimo em alguns segmentos. Termo de Responsabilidade Técnica, mesmo porque trabalho em altura é e deve ser visto sempre como uma atividade que deve ser tratada de forma especial. Regras Gerais Todo e qualquer trabalho a ser executado, deve possuir prévia autorização. O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e ser feito um isolamento para prevenir acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando embaixo. Ex.: Cuidado - Homens trabalhando acima desta área. É obrigatório o uso do cinto de segurança, tipo pára-quedista, para trabalhos em altura superior a 2 metros. O transporte do material para cima ou para baixo, deverá ser feito preferencialmente com a utilizaçãode cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada. Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, para evitar acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas. As Ferramentas não podem ser transportadas em bolsos; utilizar sacolas especiais ou cintos apropriados. Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pelo SESMT da empresa contratante Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a "Autorização para Trabalho em Alturas". Que será emitida com a apresentação de atestado médico capacitando-o para tal. Exames esses que devem conter pressão arterial e teste de equilíbrio. Estão impedidas de trabalhar em alturas pessoas com histórico de hipertensão ou epilepsia. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 17 Data: 06/2009 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHO EM ALTURA Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço. Sob forte ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o serviço. Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas, ripas estuques); instalar uma prancha móvel. Usar cinto de segurança ancorado em local adequado. Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado. É proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento adequado (cordas ou cestas especiais), caso não seja possível, a área destinada para jogar o material deve ser cercada, sinalizada e com a devida autorização do SESMT da empresa Contratante. Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e ferramentas. Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas autorizados. Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para calçá-la. Ao descer ou subir escadas, faça com calma e devagar. Não Improvisar. Riscos de queda Constitui-se numa das principais causas de acidentes nos setores elétrico, sendo característico de diversos ramos de atividade, mas muito representativo nas atividades de construção e manutenção do setor de transmissão e distribuição de energia elétrica e de construção e manutenção de redes telefônicas. As quedas ocorrem em conseqüência de choques elétricos, de inadequação de equipamentos de elevação (escadas, cestos, plataformas), inadequação de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores, falta de delimitação e sinalização do canteiro do serviço nas vias públicas e ataque de insetos. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE 10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. 10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 18 Data: 06/2009 Conceito de Risco Os riscos podem estar presentes na forma de substâncias químicas, agentes físicos e mecânicos, agentes biológicos, inadequação ergonômica dos postos de trabalho ou, ainda, em função das características da organização do trabalho e das práticas de gerenciamento das empresas, como organizações autoritárias que impedem a participação dos trabalhadores, tarefas monótonas e repetitivas, ou ainda a discriminação nos locais de trabalho em função do gênero ou raça. É claro que a saúde dos trabalhadores é muito mais abrangente do que os riscos nos locais de trabalho, e tem a ver com as condições mais gerais de trabalho e vida, como salário, moradia, alimentação, lazer, existência de creche no trabalho e a participação nas decisões da sociedade. Também é bom lembrar que o trabalho pode ser uma importante fonte de saúde, se é realizado de forma gratificante e num ambiente saudável. Concentraremos basicamente na análise dos riscos presentes nos locais de trabalho, mas não devemos nos esquecer que esta análise deve considerar os aspectos mais gerais de interesse da saúde e vida dos trabalhadores. O termo risco é usado de diferentes formas por profissionais de saúde e segurança. Considerações gerais sobre riscos Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores nesses setores são, via de regra, elevados podendo levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de atividade. Contudo, o maior risco à segurança e saúde dos trabalhadores é o de origem elétrica. Devemos salientar que no ano de 2001 o maior volume de trabalhadores concentrou-se na distribuição de energia elétrica, cujo número de empregados das concessionárias era de aproximadamente 70.000 e suas prestadoras de serviços contavam com aproximadamente 280.000 empregados, totalizando 350.000 trabalhadores. Contemplamos os principais riscos presentes nas atividades desenvolvidas nos setores elétrico e telefônico. A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou como sinônimo de perigo. A palavra risco é utilizada em muitas áreas e com vários significados, co- mo a matemática, a economia, a engenharia e o campo da saúde pública. Nós adotaremos uma concepção abrangente de risco de interesse à saúde dos trabalhadores, significando toda e qualquer possibilidade de que algum elemento ou circunstância existente num dado processo e ambiente de tra- balho possa causar dano à saúde, seja através de acidentes, doenças ou do sofrimento dos trabalhadores, ou ainda através da poluição ambiental. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 19 Data: 06/2009 Riscos de origem elétrica A eletricidade constitui-se em agente de elevado potencial de risco ao homem. Mesmo em baixas tensões ela representa perigo à integridade física e saúde do trabalhador. Sua ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com conseqüências: diretas, e indiretas (quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras). Também apresenta risco devido à possibilidade de ocorrências de curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico originando grandes incêndios, explosões ou acidentes ampliados. É importante lembrar que o fato da linha estar desenergizada não elimina o risco elétrico, tampouco se pode prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com outros circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros. CHOQUE ELÉTRICO será visto no item 41 Arco voltaico OUTROS RISCOS RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS Neste item abordaremos riscos de acidentes envolvendo transporte de trabalhadores e a utilização de veículos de serviço e equipamentos. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 20 Data: 06/2009 Constitui-se em outro risco de origem elétrica. O arco voltaico caracteriza-se pelo fluxo de corrente elétrica através de um meio “isolante”, como o ar, e geralmente é pro- duzido quando da conexão e desconexão de dispositivos elé- tricos e em caso de curto-circuito. Um arco voltaico produz calor que pode exceder a barreira de tolerância da pele e causar queimaduras de segundo ou ter- ceiro grau. arco elétrico possui energia suficiente para queimar as rou- pas e provocar incêndios, emitindo vapores de material ioni- zado e raios ultravioleta. Citamos como exemplo: Veículos a caminhodos locais de trabalho em campo. Para tanto é comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços. Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de transporte, sendo muitas vezes realizados em carroçarias abertas ou em condições inadequadas potencializando esses riscos. Um agravante, também, da condição de risco é situação em que o motorista exerce outra função além dessa, ou seja, múltipla função. Como exemplo, é atribuída ao motorista a função de dirigir e inspecionar a linha, para encontrar pontos que demandam reparos ou manutenção, tarefas estas incompatíveis. Veículos e equipamentos para elevação de cargas, cestas aéreas e cadeiras. Nos serviços de construção, instalação ou manutenção em linhas redes elétricas e de telefonia nos quais são utilizados cestos aéreos, cadeiras ou plataformas, além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é necessária a aproximação dos veículos junto às estruturas (postes, torres) e da grua junto das linhas ou cabos. Nestas operações podem acontecer graves acidentes e exigem cuidados especiais que vão desde o correto posicionamento do veículo, o seu adequado travamento e fixação, até a precisa operação da grua, guincho ou equipamento de elevação. Além das situações acima descritas, agravam os riscos a utilização de veículos improvisados. Riscos de ataques de insetos Ataques de insetos, tais como abelhas e marimbondos, ocorrem na execução de serviços em torres, postes, subestações, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e outros. Ataque de animais Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 21 Data: 06/2009 Ocorre, sobretudo nas atividades de construção, supervisão e manutenção em redes de transmissão em regiões silvícolas e florestais. Atenção especial deve ser dada à possibilidade de picadas de animais peçonhentos nessas regiões. Também é freqüente no setor de distribuição de energia com os trabalhadores leituristas domiciliares, que são normalmente atacados por animais domésticos. Riscos em ambientes fechados Os trabalhos em espaços fechados, como caixas subterrâneas e estações de transformação e distribuição, fechadas, expõem os trabalhadores ao risco de asfixia por deficiência de oxigênio ou por exposição a contaminantes, tanto nas atividades do setor elétrico como no setor de telefonia. Nestes ambientes pode ocorrer a presença de gases asfixiantes (ex: monóxido e dióxido de carbono) e/ou explosivos (ex: metano, vapores de combustíveis líquidos). Estes contaminantes originam-se por formação de gases orgânicos oriundos de reações químicas nos esgotos e presença de agentes biológicos de putrefação existentes nesses ambientes, e, ainda, de vazamentos de combustíveis dos tanques subterrâneos de postos de abastecimento e da canalização de gás combustível. Além desses riscos, nos trabalhos executados em redes de distribuição de energia elétrica e de telefonia subterrâneas, devido à proximidade com redes de esgoto e locais encharcados, existe a possibilidade de contaminação por agentes biológicos. Riscos ergonômicos São significativos, nas atividades do setor elétrico e telefônico os riscos ergonômicos, relacionados aos fatores: Biomecânicas - posturas não fisiológicas de trabalho provocadas pela exigência de ângulos e posições inadequadas dos membros superiores e inferiores para realização das tarefas, principalmente em altura, sobre postes e apoios inadequados, levando a intensas solicitações musculares, levantamento e transporte de carga, etc. Organizacional - pressão no tempo de atendimento a emergências ou a situações com períodos de tempo rigidamente estabelecidos, realização rotineira de horas extras, trabalho por produção, pressões da população com falta do fornecimento de energia elétrica. Psicossociais – elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades associada à constante convivência com o risco de vida devido à presença do risco elétrico e também do risco de queda (neste caso, sobretudo para atividades em linhas de transmissão, executadas em grandes alturas). Ambientais – representados pela exposição ao calor, radiação, intempéries da natureza, agentes biológicos, etc. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 22 Data: 06/2009 Calor. Nas atividades desempenhadas em espaços fechados ou em subestações (devido à proximidade de conjunto de transformadores e capacitores). Radiação solar. Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com eletricidade quando realizados em áreas abertas podem também expor os trabalhadores à radiação solar. Como conseqüências podem ocorrer queimaduras, lesões nos olhos e até câncer de pele, provocadas por radiação infravermelho ou ultravioleta. Ruído. Presente nas usinas de geração de energia elétrica, devido ao movimento de turbinas e geradores. Ocorre também em estações e subestações de energia, decorrente do funcionamento de conjunto de transformadores, como também da junção e disjunção de conectores, que causam forte ruído de impacto. Ascarel ou bifenis policlorados (PCB). Seu uso como líquido isolante em equipamento elétrico (ex: capacitores, transformadores, chaves de manobras e disjuntores) tornou-se bastante difundido porque, além de apresentar boas qualidades dielétricas e térmicas, é resistente ao fogo. Apesar do uso desse produto estar proibido, transformadores e capacitores antigos podem contê-lo. Exposição dos trabalhadores pode ocorrer em atividades de manutenção executadas em subestações de distribuição elétrica e em usinas de geração, por ocasião da troca ou recuperação desses equipamentos, em especial, quando do descarte desse produto. Acidentes com vazamento de ascarel já ocorreram e encontram registro no nosso país. Os danos à saúde causados pelo ascarel estão relacionados aos processos genéticos da reprodução, funções neurológicas e hepáticas. Ainda, é considerado como provável carcinogênico. UMIDADE A umidade existente no ar é produzida a partir de diversos tipos de fontes. Os alimentos que estão sendo cozidos produzem grande quantidade de vapor de água. No processo de respiração desenvolvida pelos animais, inclusive o ser humano, é produzido uma quantidade considerável de vapor de água. Quando a temperatura ambiente sobe, nosso organismo produz o suor como forma de resfriar o nosso corpo. O Banheiro produz muito vapor de água. Quanto mais quente e demorado for o banho mais vapor de água é produzida. As plantas, vasos, aquários também produzem vapor de água. Como a umidade afeta o nosso organismo: Quando aumenta a umidade do ambiente, o nosso corpo perde a capacidade de suar. Aumenta a dificuldade de respirar e o corpo se sente sufocado. Quando aumenta a umidade do ar, o nosso corpo transpira menos, o suor se condensa na pele e sentimos mais calor ainda. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 23 Data: 06/2009 Quando aumenta a umidade do ambiente aumenta as condições biológicas para os micro-organismos se desenvolverem. Daí surgem mais Bactéricas, Fungos e Mofos. Quando a umidade abaixa, o ar fica mais seco e, mesmo com a temperatura elevada, não sentimos tanto calor assim. Quando surgem os micro-organismos, surgem também as traças. RISCOS ADICIONAIS Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho. Temos como exemplo: Materiais de limpeza, materiais elétricos em desuso e equipamentos armazenados em cabines de força. Veículo de transporte de pessoal inadequado. Terceiros na área de trabalho. Som alto na áreade trabalho. Desavenças com colegas. Dividas. Etc. A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou como sinônimo de perigo. A palavra. Risco é utilizada em muitas áreas e com vários significados. Explicação dos Termos Fundamentais Risco - Uma ou mais condição de uma variável com o potencial necessário para causar danos. Técnicas Análise de Risco Conceito de risco A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou como sinônimo de perigo. A palavra risco é utilizada em muitas áreas e com vários significados. Explicação dos Termos Fundamentais Risco - Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões as pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da capacidade de produção. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 24 Data: 06/2009 Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos. Perigo - Expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos Um risco pode estar presente, mas pode haver baixo nível de perigo, devido às precauções tomadas. Assim, um banco de transformadores de alta Tensão possui um risco inerente de eletrocussão, uma vez que esteja energizado. Há um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma área onde circulam pessoas. O mesmo risco estará presente quando os transformadores estiverem trancados num cubículo sob o piso por exemplo. Entretanto, o perigo agora será mínimo para as pessoas. Vários outros exemplos poderiam ser citados, para mostrar como os níveis de perigo diferem, ainda que o risco se mantenha o mesmo. Danos – É a gravidade (severidade) da perda-humana, material, ambiental ou financeira que pode resultar, caso o controle sobre um risco seja perdido. Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um dano físico, por exemplo, uma fratura na perna. Se a viga estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza, estaria morto. O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os mesmos. Entretanto, a diferença reside na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda. Causa - É a origem de caráter humano ou material relacionado com o evento catastrófico (acidente ou falha), resultante da materialização de um risco, provocando danos. Segurança - É freqüentemente definida como isenção de riscos. Entretanto, é praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos. Segurança é, portanto, um compromisso acerca de uma relativa proteção de exposição a riscos. É o antônimo de perigo. Risco - Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico de tempo ou número de ciclos operacionais. Incerteza quanta à ocorrência de um determinado evento.Chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou série de acidentes. Perdas ou Sinistro- É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarcimento por seguro ou outros meios. Incidente - Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos. É também chamado de quase-acidente. Terminologia RISCO: Como vimos, é uma condição (de uma variável) com potencial para causar danos. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 25 Data: 06/2009 Exemplos: RISCO: Como vimos, é probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo definido ou ciclos operacionais. PERIGO: Parâmetro que caracteriza uma relativa exposição a um risco. É a exposição que favorece a “materialização” do risco como causa de um fato catastrófico (acidente) e dos danos resultantes. RISCO De maneira figurativa: PERIGO = ------------------------------- MEDIDAS DE CONTROLE Por exemplo: Situação: Trabalho em limpeza de peças com solventes. Como Conhecer os Riscos nos Locais de trabalho Os riscos nos locais de trabalho estão relacionados às características do processo do trabalho, seu ambiente e organização. Por isso, uma primeira etapa consiste no reconhecimento dos principais riscos existentes dentro das atividades executadas. Todo o processo de trabalho e toda atividade de trabalho sejam eles exercidos no campo, em fabricas ou dentro de escritórios, podem possuir diferentes riscos simultaneamente. Mesmo quando se levantam prioridades para um setor ou categoria, a análise e prevenção de risco somente serão plenamente levadas a cabo quando realizada no cotidiano (dia a dia) dos locais de trabalho, junto com os trabalhadores que vivenciam suas situações particulares. SITUAÇÃO RISCO VARIÁVEL CONDIÇÃO Trabalho com chapas aque- cidas Queimaduras Temperatura da Chapa Temperatura da chapa muito maior que a temperatura da pele. Trabalho em altura Queda Fatal Altura de Trabalho Altura de trabalho muito maior que a altura do indivíduo. Trabalho em ambiente rui- doso Redução da Capaci- dade Auditiva Dose de Ruído Di- ária Dose maior que 1 ou 100% Trabalho com eletricidade Choque elétrico Fa- tal Corrente elétrica Corrente e tempo de exposição acima do limite suportável Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 26 Data: 06/2009 MEDIDAS DE CONTROLE QUANTO À EXPOSIÇÃO AO RIS- CO PERÍGO Nenhuma medida Alto Uso de máscara filtrante e (EPI´s) Moderado a baixo Limitação do Tempo de exposição (se viável) Baixo Automatização do processo (não há necessidade do operador no recinto). Praticamente nulo Para conhecer e sistematizar o processo de trabalho algumas técnicas e documentos podem ajudar bastante. Estes documentos podem ser: Descrição das principais características da empresa; Equipes e jornadas de trabalho; Detalhamento dos locais de trabalho; Descrição detalhada das tarefas e atividades realizadas (Análise Prevencionista da Tarefa) APT. Análise Prevencionista de Tarefas – APT É a descrição detalhada das Etapas que compõem uma dada Tarefa, identificando os Riscos de acidentes ou doenças ocupacionais de cada Etapa, e respectivas providências e procedimentos para garantir uma execução segura. Cada APT é apresentada em Formulário padrão com 3 colunas, sendo a 1ª para descrever as Etapas, a 2ª para identificar os Riscos e a 3ª para especificar as Medidas Prevencionistas recomendadas. Ao definir os Objetivos para o ano, cada Supervisor deverá apresentar a Lista de Tarefas Críticas (LTC), para as quais planeja elaborar ou revisar APTs em conjunto com sua equipe, indicando o prazo para cada uma. Cada equipe deverá elaborar ou revisar pelo menos uma APT por mês. Sempre que for detectada necessidade, novas Tarefas poderão ser acrescentadas à Lista e ao cronograma. É responsabilidade da equipe elaborar ou revisar as APTs,, sendo que os colaboradores receberão treinamento específico sobre APTs. Independente disso, sempre que se tratar de tarefa, processo ou equipamento complexo, poderá ser pedida ajuda a outros profissionais, durante ou após o trabalho de Análise. Esta ajuda pode ser muito útil nas revisões periódicas, pois devem ser feitas como forma de aprendizado, mesmo que não pareçam ter muitas novidades. Pessoas de fora da equipe podem trazer uma nova visão, enriquecendo o processo. Depois de elaborada ou revisada, uma APT deve ficar facilmente disponível (de preferência plastificada e pendurada no local da tarefa) para ser consultada pelos colaboradores antes da execução da tarefa, lendo no local e seguindo suas recomendações . O objetivo é que todas as tarefas com potencial de risco sejam realizadas utilizando-seAPT. A Lista de Tarefas Críticas e as APTs devem ficar disponíveis não só para a equipe mas para consulta de qualquer outro colaborador. Equipes de diferentes áreas devem procurar comparar e compartilhar o que há de bom nas suas APTs , sendo que Tarefas idênticas, mesmo em áreas diferentes, deveriam ter APTs iguais. Cada equipe deve ter pelo menos um conjunto em pasta própria, além dos exemplares plastificados avulsos que forem necessários. É responsabilidade do Supervisor garantir que todos conheçam a Lista e as APTs, que a quantidade de exemplares é suficiente e que todas as cópias sejam da revisão mais recente. Sempre que houver necessidade de executar uma tarefa nova, que não seja usual ou rotineira, recomenda-se que seja feita uma avaliação de seus riscos usando APT. Isto é obrigatório em situações como : Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 27 Data: 06/2009 Serviços não usuais de Manutenção, construção ou montagem Partida de novos equipamentos Novos produtos, processos ou procedimentos Mesmo no caso de já terem sido incluídas recomendações prevencionistas numa Instrução, é responsabilidade do Supervisor fazer o levantamento das Tarefas Críticas e discuti-las com a Área de Segurança, encaminhando para decisão da Gerência. Em caso de dúvida, a APT deverá ser elaborada e colocada disponível. Critérios de Medição: (APTs elaboradas ou revisadas no mês) % APT = --------------------------------------------------------------- X 100 (Elaborações ou revisões programadas no mês) A verificação do conhecimento das APTs e do seu uso correto e freqüente pelos colaboradores será avaliada em cada Inspeção de Segurança, observando, questionando e checando pessoalmente. Responsabilidades Gerais É responsabilidade do Gerente da Empresa assegurar a implementação deste Programa e garantir o cumprimento de seus procedimentos e recomendações, liderando com seu exemplo na prática. É responsabilidade da Área de Segurança do trabalho elaborar atualizações deste Programa, obter aprovações, emitir e divulgar A Área de Segurança do Trabalho deverá acompanhar seu andamento constantemente, verificando sua aplicação, dando suporte e orientando os Colaboradores quando necessário, assegurando continuidade das ações, recebendo e processando dados para Medição da aplicação e resultados do Programa, e disseminando as informações que possam ser úteis. O setor de Manutenção deverá priorizar o atendimento aos serviços relativos a Riscos detectados, principalmente os que são Iminentes e com potencial para danos graves. Estas pendências deverão ser encaminhadas com especial atenção. A atuação dos Supervisores de área é considerada de essencial importância para o sucesso, devendo suas atitudes e ações mostrar exemplo de responsabilidade, comprometimento e envolvimento para com os aspectos de Segurança. (Entende-se como Supervisor de área aquele que tem subordinados trabalhando em áreas de exposição a riscos) É dever de todos os colaboradores procurar conhecer e dar apoio a este Programa, assumindo sua obrigação de co-responsabilidade e, acima de tudo, trabalhando sempre com atitudes pró-ativas de segurança. As Chefias dos diversos níveis devem assegurar que todos os recursos, organização e procedimentos estão providenciados; colaboradores sejam orientados e treinados; documentação e instalações requeridas estão disponíveis; para garantir atendimento contínuo da Instrução Normativa da Empresa. (Modelo de análise de risco ) apresentado pelo professor Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 28 Data: 06/2009 Resumo RISCO: Uma ou mais condição com potencial para causar danos a pessoa; equipamentos e instalações; ambiental; material. PERIGO: É a exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos. DANOS: É a gravidade da perda (humana; material; ambiental; financeira). CAUSA: É a origem de caráter humano ou material, relacionado com o evento (acidente ou falha). SEGURANÇA: É o antônimo de perigo. PERDAS OU SINISTRO: É o prejuízo sofrido por uma empresa, sem garantia de ressarcimento por seguro ou outro forma. INCIDENTE: Qualquer evento ou fato negativo. MAPA DE RISCO 1. INTRODUÇÃO A prevenção de acidente de trabalho no Brasil registra décadas de iniciativas sem sucesso. Em 1944 foi criada a primeira legislação estabelecendo a obrigatoriedade de formação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes CIPAs. A partir de 1970 o avanço da industrialização resultou no aumento do número de acidentes, que já era alto. Criou se uma série de normas para enfrentar essa situação, dentre elas a obrigatoriedade das empresas maiores de terem profissionais especializados (engenheiros, médicos e técnicos) na área de segurança e medicina do trabalho. Mas a quantidade de acidentes continuou a crescer, mesmo quando o ritmo da atividade econômica se reduziu. Em 1975 e 1976 o Brasil chegou a ter quase 10% dos seus trabalhadores acidentados. Há quase meio século o quadro se mantém e, se nesse período não se conseguiu reduzir os acidentes de trabalho no Brasil, é porque o modelo de prevenção, paternalista, está errado. Problemas crônicos exigem soluções inovadoras. É nessa situação de persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, que surge o Mapa de Riscos. Esse instrumento representa uma tentativa inédita no Brasil, de comprometer e envolver os trabalhadores e também os empresários com a solução de um problema que interessa a todos superar. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 29 Data: 06/2009 2. Quanto a Implantação do Mapa de Riscos Implantado pela Portaria nº5 de 17 de agosto de 1992 do Ministério do Trabalho e da Administração, ele é obrigatório nas empresas com grau de risco e número de empregados que exijam a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. O mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, de fácil visualização e afixado em locais acessíveis no ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos os que ali atuam e de outros que eventualmente transitem pelo local, quanto as principais, áreas de risco. No mapa de riscos, círculos de cores e tamanhos diferentes mostram os locais e os fatores que podem gerar situações de perigo pela presença de agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. O Mapa de riscos é elaborado segundo a Portaria nº 25, pela CIPA, ouvidos os trabalhadores envolvidos no processo produtivo e com a orientação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho SESMT da empresa, quando houver. É considerada indispensável, portanto, a participação das pessoas expostas ao risco no dia-a-dia. O Mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores diante dos perigos identificados e graficamente sinalizados. Desse modo, contribui para a eliminação ou controle dos riscos detectados. Para o empresário, as informações mapeadas são de grande interesse com vista à manutenção e ao aumento da competitividade, prejudicada pela descontinuidade da produção interrompida por acidentes, Também permite a identificação de pontos vulneráveis na sua planta. Primeira medida não paternalista na área, o mapa de risco é um modelo participativo e pode ser um aliado de empresários e empregados para evitar acidentes, encontrar soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e melhorar o ambiente e as condições de trabalho e a produtividade, com isso ganham os trabalhadores, com a proteção da vida, da saúde e da capacidade profissional. Ganham as empresas,com a redução de perdas por horas paradas, danos em equipamentos e desperdícios de matérias primas. Ganha o País, com a redução dos vultosos gastos do sistema previdenciário no pagamento de pensões e com o aumento da produtividade geral da economia. O mapeamento deve ser feito anualmente, toda a vez que se renova a CIPA. Com essa reciclagem cada vez mais trabalhadores aprendem a identificar e a registrar graficamente os focos de acidentes nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-los. 3.A Legislação Brasileira Com redação dada pela Portaria nº 25 de 2911211994, incluiu se na NR 5-(CIPA), item 5.16, alínea o, "elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento e com a colaboração do SESMT, quando houver, o MAPA DE RISCOS, com base nas orientações constantes do anexo IV devendo o mesmo ser refeito a cada gestão da CIPA Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 30 Data: 06/2009 ANEXO I V MAPA DE RISCOS 1. O Mapa de Riscos tem como objetivos: a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa, b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. 2. Etapas de elaboração: a) conhecer o processo de trabalho no local analisado: - Os trabalhadores: Número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; - os instrumentos e materiais de trabalho; - as atividades exercidas; - O ambiente. b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da tabela 1. c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: medidas de proteção coletiva. Medidas de organização do trabalho Medidas de proteção individual; Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer. d) identificar os indicadores de saúde: Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores. Expostos aos mesmos riscos. Acidentes de trabalho ocorridos, Doenças profissionais diagnosticadas, A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos. 3. Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores 4. No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e surpreendente, modificar a situação de riscos estabelecidas. A realização do mapa é informada formalmente ao empregador por meio da cópia da ata da respectiva reunião da CIPA. Após 30 dias ele deverá dizer se cabe a adoção das medidas sugeridas pela CIPA para eliminar os focos de risco. Os prazos para adoção das medidas são negociados entre as Cipas e as empresas. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 31 Data: 06/2009 A falta de elaboração e de afixação, nos locais de trabalho, do mapa de riscos ambientais pode implicar em multas de valor elevado. A maior multa, no campo da Segurança do Trabalho, é aplicada em casos extremos, quando fica evidenciada a posição do empregador em fraudar a lei ou resistir à fiscalização. Além das situações extremas existem outras previstas na NR 28 – (fiscalização e penalidades) da Portaria 3.214178 (com a redação dada pelas Portarias nº 3, de 10 de julho de 1992, e 7, de 5 de outubro de 1992), que também implicam multas vultosas. Existem três incisos de intensidade máxima na escala de infrações (14, sendo “V de infração)” quando o Mapa de riscos não for refeito em cada gestão da CIPA, quando o empregador deixar de se manifestar no prazo de 30 dias após o recebimento do relatório da CIPA, e quando a direção do estabelecimento deixar de fazer as alterações nos locais de trabalho, dentro do prazo combinado com a CIPA. É interessante notar que, neste último caso, a Cipa passa a ser investida de uma competência de fiscalizar a própria empresa, cabendo lhe não só negociar o prazo com o empregador como, principalmente, encaminhar à DRT uma cópia do mapa de riscos e do relatório, para análise e inspeção. Só é obrigada a fazer o mapa de riscos a empresa que deve ter CIPA. Mesmo quando esse órgão for inoperante ou não tiver condições de realizar o mapa de riscos, no entanto, a empresa é quem estará exposta à punição em função disso. A fiscalização e as penalidades a que estão sujeitas as empresas que deixarem de elaborar o mapa de riscos ou o fizerem incorretamente encontram se previstas na Norma Regulamentadora NR 28- (fiscalização e penalidades) ( da mesma Portaria 3.214178, com a redação dada pela Portaria nº 7, expedida pelo mesmo órgão em 5 de Outubro de 1992. Cabe ao empregador dar condições para a realização do mapeamento de riscos ambientais afixando o, em local visível. 0 mapa de riscos será executado (pela CIPA, depois de consultados os trabalhadores de todos os setores produtivos da empresa) 4. Classificação dos Riscos Ambientais Os riscos estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais atividades humanas, comprometendo a segurança e a saúde das pessoas e a produtividade da empresa. Esses riscos podem afetar o trabalhador a curto, médio e longos prazos, provocando acidentes com lesões imediatas e ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam a acidentes do trabalho. Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam estar presentes nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos: Agentes químicos; Agentes físicos; Agentes biológicos; Agentes ergonômicos; Agentes de acidentes (mecânicos). Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 32 Data: 06/2009 Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos ambientais que podem provocar danos à saúde ocupacional dos funcionários da empresa. Para fazer o mapa de riscos, consideram se os riscos ambientais provenientes de: GRUPO I 1. Agentes químicos: São considerados agentes químicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde: Poeira, fumos, névoas, vapores, gases, produtos químicos em geral, neblina, etc. Os principais tipos de agentes químicos que atuam sobre o organismo humano, causando problemas de saúde, são: Gases, vapores e névoas; aerodispersóides (poeiras e fumos metálicos). Riscos à saúde Os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou anestésicos: Efeitos irritantes: são causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, cloro, que provocam irritação das vias aéreas superiores. Efeitos asfixiantes: gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono e outros causam dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e até morte. Efeitos anestésicos: a maioria dos solventes orgânicos assim como o butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno, tem ação depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos órgãos. 0 benzeno especialmente é responsável por danos ao sistema formador do sangue. Os aerodispersóides: que ficam em suspensão no ar em ambientes de trabalho, podem ser poeiras: minerais, vegetais, alcalinas, incômodas ou fumos metálicos: Poeiras minerais: provêm de diversos minerais, como sílica, asbesto, carvão mineral, (e provocam silicose quartzo), asbestose (asbesto), pneurnoconioses (ex. carvão minerais, minerais emgeral). Poeiras vegetais: são produzidas pelo tratamento industrial, por exemplo, de bagaço de cana de açúcar e de algodão, que causam bagaçose e bissinose, respectivamente. Poeiras alcalinas: provêm em especial do calcário, causando doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como enfisema pulmonar. Poeiras incômodas: podem interagir com outros agentes agressivos presentes no ambiente de trabalho, tornando os mais nocivos à saúde, Fumos metálicos: provenientes do uso industrial de metais, como chumbo, manganês, ferro etc., causa doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos, intoxicações específicas, de acordo com o metal. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 33 Data: 06/2009 GRUPO II 2. Agentes físicos São considerados agentes físicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde: Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, pressões anormais, temperaturas extremas, iluminação deficiente, umidade, etc. Riscos à saúde Ruídos provocam cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição (surdez temporária, surdez definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial, problemas no aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto, Vibrações provocam cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias. Calor ou frio extremos provocam taquicardia aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico, perturbação das funções digestivas, hipertensão. Radiações ionizantes provocam alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho. Radiações não íonizantes provocam queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos. É muito importante saber que a presença de produtos ou agentes no local de trabalho como, por exemplo, radiações infravermelho, presentes em operações de fornos, de solda oxiacetilênica; ultravioleta, produzida pela solda elétrica; de raios laser podem causar ou agravar problemas visuais ( ex. catarata, queimaduras, lesões na pele, etc.), mas isto não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde, isso depende da combinação de muitas condições como a natureza do produto, a sua concentração, o tempo e a intensidade que a pessoa fica exposta a eles, por exemplo. .Umidades provocam doenças do aparelho respiratórias, da pele e circulatórias. GRUPO III 3. Agentes biológicos Microrganismos e animais são os agentes biológicos que podem afetar a saúde do trabalhador. São considerados agentes biológicos os bacilos, bactérias, fungos, protozoários, parasitas, vírus. Entram nesta classificação também os escorpiões, bem como as aranhas, insetos e ofídios peçonhentos. Riscos à saúde Pode causar as seguintes doenças: Tuberculose, intoxicação alimentar, fungos (microrganismos causadores infecções), brucelose, malária, febre amarela. As formas de prevenção para esses grupos de agentes biológicos são: vacinação, esterilização, higiene pessoal, uso de EPI; ventilação, controle médico e controle de pragas. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 34 Data: 06/2009 GRUPO IV 4. Agentes ergonômicos São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador. Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão: Trabalho físico pesado; Posturas incorretas; Posições incômodas, Repetitividade; Monotonia, Ritmo excessivo; Trabalho em turnos e trabalho noturno, Jornada prolongada; Riscos à saúde Trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições incômodas provocam cansaço, dores musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlceras, moléstias nervosas, alterações no sono, acidentes, problemas de coluna, etc. Ritmo excessivo, monotonia, trabalho em turnos, jornada prolongada, conflitos, excesso de responsabilidade provocam desconforto, cansaço, ansiedade, doenças no aparelho digestivo (gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no sono e na vida social (com reflexos na saúde e no comportamento), hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatias (angina, infarto), diabetes, asmas, doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade. GRUPO V Agentes de acidentes (mecânicos): São arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas e equipamentos, ferramentas defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou explosão, transporte de materiais, edificações, armazenamento inadequado, etc. Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos: Arranjo físico; Edificações; Sinalizações; Ligações elétricas; Máquinas e equipamentos sem proteção, Equipamento de proteção contra incêndio; Ferramentas defeituosas ou inadequadas, EPI inadequado, Armazenamento e transporte de materiais. Iluminação deficiente - fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho. Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 35 Data: 06/2009 Riscos à saúde Arranjo físico: quando inadequado ou deficiente, pode causar acidentes e provoca desgaste físico excessivo nos trabalhadores. Máquinas sem proteção: podem provocar acidentes graves. Instalações elétricas deficientes: trazem riscos de Curto circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras, acidentes fatais. Matéria prima sem especificação e inadequada: acidentes, doenças profissionais, queda da qualidade de produção. Ferramentas defeituosas ou inadequadas: acidentes, com repercussão principalmente nos membros superiores. Falta de EPI ou EPI inadequados ao risco: acidentes, doenças profissionais. Transporte de materiais, peças, equipamentos sem as devidas precauções: acidentes. Edificações com defeitos de construção: a exemplo de piso com desníveis, escadas fora de ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção, passagens sem a atura necessária : quedas, acidentes. Falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de escadas e caminhos de fuga, alarmes, de incêndios: ações desorganizadas nas emergências, acidentes. Armazenamento e manipulação inadequados de inflamáveis e gases, curto circuito, sobrecargas de redes elétricas: incêndios, explosões. Armazenamento e transporte de materiais: a obstrução de áreas traz fiscos de acidentes, de quedas, de incêndio, de explosão etc. Equipamento de proteção contra incêndios: quando deficiente ou insuficiente, traz efetivos riscos de incêndios. Sinalização deficiente: falta de uma política de prevenção de acidentes, não identificação de equipamentos que oferecem fisco, não delimitação de áreas, informações de segurança insuficientes etc. comprometem a saúde ocupacional dos funcionários. . Riscos Químicos, Físicos, Biológicos, Ergonômicos, Acidentes 5.1. Agentes Químicos Os agentes químicos mais comuns apresentam‑se sob as seguintes formas: Formas dos Agentes Químicos Forma Gasosa Monóxido de carbono Bióxido de enxofre Vapores de solventes Óxido de hidrogênio Amônia Ácido clorídrico Ácido sulfúrico Sulfeto de carbono Sulfeto de hidrogênio Forma sólida Soda em escamas, pós, poeiras de sílica, Granito, algodão, etc. Forma liquida Álcalis Ácidos Solventes Material Didático: Curso Complementar - Sistema Elétrico de Potência - SEP 36 Data: 06/2009 5.1.1 Contaminantes ambientais No ambiente de trabalho, podemos encontrar seis tipos mais comuns de agentes químicos ou substâncias contaminantes: Poeiras São produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. Exemplo: fibras de amianto e poeiras de sílica.
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