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ANÁLISE DO DISCURSO UNIDADE DE APRENDIZAGEM - 01 PROFª MESTRE NEUZA MENDONÇA AD: ORIGEM E NOÇÕES PRELIMINARES 1. Introdução LINGUAGEM EM FUNCIONAMENTO LINGUÍSTICA ANÁLISE DO DISCURSO Ideologia Sujeito Condições de Produção ORIGEM E NOÇÕES PRELIMINARES 1. Introdução Michel Pêcheux Michel Foucault Mikhail Bakhtin Dominique Maingueneau Patrick Charaudeau Norman Fairclough ORIGEM E NOÇÕES PRELIMINARES 2. Origem e função TEXTO Décadas de 1960 a 1970, surgem os textos fundadores da Análise do Discurso. Bases teóricas “radicalmente estruturalistas” O ESTRUTURALISMO é uma corrente teórica que procura explicar os fenômenos em busca de suas estruturas, de suas leis internas. Na área da Linguística, destacamos Jakobson como o representante dessa teoria, pois contribuiu para a instauração da comunicação como objeto de estudo científico. SAUSSURE (dicotomia língua/fala) BENVENISTE – Linguagem da enunciação LINGUÍSTICA DE TEXTO – texto como unidade principal TEXTO como manifestação do discurso ORIGEM E NOÇÕES PRELIMINARES 2. Origem e função Efeitos de sentidos entre interlocutores (Pêcheux, 2010), relacionando sentido e ideologia. Análise do Discurso Psicanálise Materialismo Histórico 3. Noções preliminares CORRENTES PRECEDENTES Linguística Textual Noções de sujeito Noções de discurso Enunciação Elementos sócio-históricos na constituição do sentido 3. Noções preliminares Concepção de Sujeito Para Foucault, é um lugar determinado e vazio, com potencialidade para ser ocupado por indivíduos diferentes. Para Pêcheux, sob a influência de Althusser, é o indivíduo interpelado pela ideologia e afetado pelo inconsciente. Concepção de Discurso Para Foucault, é uma forma de poder, um poder do qual desejamos nos apoderar, e está sujeito a modos de legitimação e de interdição. Condições de Produção Dizem respeito ao fato de que os discursos são sempre produzidos em certas condições específicas, e elas estão associadas às relações de força que se estabelecem entre esses discursos, segundo Pêcheux. Para Pêcheux, é um efeito de sentido entre interlocutores, ou melhor, entre suas representações, determinadas pelo estado de luta de classes. DISCURSO E IDEOLOGIA 1. Ideologia: noções iniciais Na perspectiva atual da AD, tem suas bases na teoria marxista, que pressupõe uma relação entre os modos de produção dos sujeitos e suas realidades histórica e social. A partir de Marx, Althusser apresenta as seguintes proposições sobre a IDEOLOGIA Não tem história. É eterna, atemporal. É uma “representação” da relação imaginária dos indivíduos com suas condições reais de existência. Interpela os indivíduos enquanto sujeitos. Dizer sujeito, então, é dizer sujeito ideológico, pois ele vive espontaneamente na ideologia. DISCURSO E IDEOLOGIA 2. Aparelhos ideológicos do Estado: a manutenção da ideologia. AIE: “um certo números de realidades que se apresentam ao observador imediato sob a forma de instituições distintas e especializadas” Religiosos Familiar Jurídico Político Sindical Cultural De informação Escolar Pela inserção do sujeito nesses aparelhos reprodutores da ideologia dominante que é assegurada a manutenção dessa ideologia em seu “status” de dominância. DISCURSO E IDEOLOGIA 3. A relação entre discurso e ideologia Sequência verbal Discurso Efeito de sentidos entre lugares sociais determinada pela estrutura social DISCURSO E IDEOLOGIA 3. A relação entre discurso e ideologia http://circuitomt.com.br/editorias/cidades/34131-apos-quatro-horas-termina-protesto-na-zona-sul-de-sao-paulo.html A ideologia vai garantir que algumas palavras tenham um sentido “evidente” a depender do lugar social de que se fala. A Análise do Discurso reconhece a Ideologia como constitutiva, não é possível pensar textos, discursos ou qualquer situação que esteja isenta dela. Tudo o que você lê, escreve, interpreta, pensa e enuncia está inserido numa formação ideológica. LINGUAGEM, DISCURSO, SUJEITO E SUBJETIVIDADE 1. A subjetividade nos Estudos da Linguagem “Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos um dia viverão em uma nação que não os julgará pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter.” (Martin Luther King, 1963) “É na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito”. (BENVENISTE, 2005, p. 286) Saussure: Não aborda o sujeito em sua teoria. Foco dos estudos no terreno da fala. Benveniste: propôs a Teoria da Enunciação (elementos da língua testemunham a subjetividade). Marco que instaurou a subjetividade nos estudos da linguagem. Cada um como sujeito do seu discurso. LINGUAGEM, DISCURSO, SUJEITO E SUBJETIVIDADE 2. Concepções de sujeito e discurso para Foucault Articulação entre as concepções de sujeito, discurso e relações de poder. Discursos são práticas que formam os objetos de que falam enquanto falam. Conjunto de enunciados de determinado campo do saber. O sujeito se constitui nas relações entre o desejo de “ter” a verdade e o poder de afirmá-la. O sujeito não é uma pessoa, mas uma posição que alguém assume diante de um certo discurso. LINGUAGEM, DISCURSO, SUJEITO E SUBJETIVIDADE 3. Concepções de sujeito e discurso para Pêcheux SUJEITO O sujeito se constitui a partir do “efeito ideológico elementar” e a constituição do sentido se une a esse processo. RELAÇÕES As noções de sujeito e discurso são pensadas em relação à noção de Formação Discursiva. FORMAÇÃO DISCURSIVA É aquilo que, numa formação ideológica dada, a partir de uma posição dada numa conjuntura dada, influenciada pelo estado da luta de classes, determina o que pode e deve ser dito. FORMA-SUJEITO A noção reúne os saberes centrais de determinada Formação Discursiva, e é por seu viés que o sujeito se identifica com aquela formação. REFERÊNCIAS BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral I. Tradução de Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri. 5. ed. Campinas: Pontes Editores, 2005. MEDEIROS, L. V. A. (org.). Análise do Discurso. Coleção Ser Educacional. Porto Alegre: SAGAH, 2017. PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso (AAD – 69). Tradução de Eni Pulcinelli Orlandi. In: GADET, F.; HAK, T. (orgs.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michael Pêcheux. 4. ed. Campinas: Editora Unicamp, 2010.
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