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Literatura Inglesa: Bíblia, Poetas e Romances

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Literatura Inglesa 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.a Palma Simone Tonel Rigolon
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Nathalia Botura
Revisão Textual:
Prof. Esp. Bruno Reis
A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos 
e o Primeiro Romance
5
• Da primeira Bíblia em Língua Inglesa ao primeiro romance
• Os poetas metafísicos
• A Revolução Industrial e os poemas do Romantismo
• O primeiro romance inglês: Robinson Crusoe
Nesta unidade, trabalharemos vários temas importantes para o entendimento da 
literatura e cultura Inglesa. Começaremos contando sobre a primeira tradução da 
Bíblia para a Língua Inglesa e a repercussão disso na cultura e na língua. Depois 
falaremos um pouco sobre os poetas metafísicos e finalmente sobre o que foi 
considerado como o primeiro romance em língua Inglesa: Robinson Crusoe de 
Daniel Defoe.
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as 
atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, 
os Poetas Metafísicos e o 
Primeiro Romance
6
Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
Contextualização
Veja no link abaixo um texto sobre a Guerra Civil na Inglaterra, este texto está em inglês e 
o ajudará a entender melhor a nossa aula:
https://goo.gl/LZLo1
Você poderá assistir a uma aula síntese sobre “Revolução Inglesa: Rei X Parlamento e a 
Guerra Civil (1641-1649)”, no link abaixo:
https://youtu.be/EDWJ9CCZ2OM
Com relação aos poetas metafísicos você pode pesquisar em:
https://goo.gl/Tk84tt
Um texto mais elaborado e que está em inglês, você encontrará no site:
https://goo.gl/7Ru3GX
Após a morte da Rainha Elizabeth I que por não possuir herdeiros, o trono da Inglaterra 
é assumido por James IV da Escócia, que tornou-se Rei James I da Inglaterra e consolidou a 
igreja anglicana.
Rei James I era opunha-se aos puritanos, seu objetivo era mais político do que religioso, 
pois queria que a igreja fosse subordinada ao Estado, o que lhe garantiria mais poder.
E o que vem a ser puritanismo?
Segundo Burgess (2008, p.123) puritanos eram cristãos que queriam um cristianismo mais 
puro do que aquele atribuído pela Reforma de Henrique VIII. Era uma pureza radical, pois 
não admitiam tolerância, nem alegria, puniam todo o tipo de vício da maneira mais rigorosa 
possível. Eram seguidores de João Calvino, que pregava que o livre-arbítrio não existia e que 
os homens tinham seus destinos traçados desde o início dos tempos. 
Foram essas diferenças que levaram à Guerra Civil.
É claro que todos os acontecimentos históricos influenciam a literatura. O que percebemos 
é que houve um enfoque na produção de textos sobre a palavra de Deus. Inclusive a primeira 
tradução da Bíblia para a língua inglesa aconteceu nessa época.
7
Da Primeira Bíblia em Língua Inglesa ao Primeiro Romance
A Bíblia era escrita em latim, o que não permitia que as pessoas comuns a lessem, porque 
esse era o idioma da cultura e da nobreza. Por isso, havia um forte desejo de que existisse 
uma Bíblia escrita em inglês. Houve várias traduções na Idade Média, mas a mais famosa e 
considerada a versão autorizada é a chamada Bíblia do Rei James I.
Você deve estar se perguntando o porquê do destaque dessa informação. O motivo de 
sua importância é que a Bíblia teve muita influência na cultura inglesa, pois, por meio dela, 
a palavra de Deus foi espalhada por todos os cantos, não apenas na Inglaterra. As pessoas 
aprendiam a ler com a Bíblia e acabavam, consequentemente, se familiarizando com a cultura 
e os valores cristãos. Outro ponto importante é que a Bíblia influenciou e inspirou vários 
autores e poetas, como é o caso dos poetas metafísicos que serão discutidos a seguir.
Os Poetas Metafísicos
Os poetas metafísicos apareceram durante o período do Renascimento (ou Renaissance, 
em inglês) no final de 1500 e início de 1600. Esses poetas eram bastante criativos e usavam 
metáforas exageradas com o objetivo de surpreender e chocar o leitor com o inesperado. Esse 
tipo de linguagem, carregada de metáforas, exageros, comparações com objetos considerados 
até mesmo grotescos (como o compasso, uma pulga etc.), era uma reação contra a linguagem 
de Shakespeare e dos demais poetas elisabetanos. Além do poeta John Donne (1572-1631), 
foco desta unidade, podemos citar outros, tais como George Herbert (1593-1633) e Andrew 
Marvell (1621-1678).
Glossário: Na palavra metafísica, “meta” significa algo além e “física” algo concreto.
Um dos grandes nomes da poesia metafísica é John Donne (1572-
1631), que será discutido mais detalhadamente a seguir. O tema dos 
poetas metafísicos estava relacionado à espiritualidade e à fi losofi a. 
Os autores utilizavam-se de fi guras pouco convencionais, muitas vezes, 
consideradas até antipoéticas, com o objetivo de surpreender o leitor.
Segundo Burgess (2008, p.118), a poesia de Donne foi desprezada 
por muito tempo e só veio a ser destacada no século XX.
O autor ainda afirma que a obra de Donne pode ser dividida em dois momentos: o início 
de sua carreira, em que se intitulava Jack Donne e escrevia versos ousados, amorosos, 
apaixonados e o segundo momento, o do Dr. Donne, capelão da Catedral de São Paulo, que 
escrevia grandes sermões.
Analisaremos aqui um poema de cada fase. Iniciaremos com o poema da primeira fase, 
intitulado The Flea (“A Pulga”). Veja a seguir os textos em inglês e em português.
W
ik
im
ed
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 C
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s
8
Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
The Flea
Mark but this flea, and mark in this, 
How little that which thou deniest me is; 
It sucked me first, and now sucks thee,
And in this flea our two bloods mingled be; 
Thou know’st that this cannot be said
A sin, nor shame, nor loss of maidenhead,
 Yet this enjoys before it woo,
 And pampered swells with one blood made 
of two,
 And this, alas, is more than we would do.
Oh stay, three lives in one flea spare,
Where we almost, nay more than married are. 
This flea is you and I, and this
Our mariage bed, and marriage temple is; 
Though parents grudge, and you, w’are met, 
And cloistered in these living walls of jet.
 Though use make you apt to kill me,
 Let not to that, self-murder added be,
 And sacrilege, three sins in killing three.
Cruel and sudden, hast thou since
Purpled thy nail, in blood of innocence? 
Wherein could this flea guilty be,
Except in that drop which it sucked from thee? 
Yet thou triumph’st, and say’st that thou 
Find’st not thy self, nor me the weaker now;
 ’Tis true; then learn how false, fears be:
 Just so much honor, when thou yield’st to me,
 Will waste, as this flea’s death took life 
from thee.
A Pulga
Repara nesta pulga e apreende bem
Quão pouco é o que me negas com desdém.
Ela sugou-me a mim e a ti depois,
Mesclando assim o sangue de nós dois.
E é certo que ninguém a isto alude
Como pecado ou perda de virtude.
Mas ela goza sem ter cortejado
E incha de um sangue em dois revigorado:
É mais do que teríamos logrado.
Poupa três vidas nesta que é capaz
De nos fazer casados, quase ou mais.
A pulga somos nós e este é o teu
Leito de núpcias. Ela nos prendeu,
Queiras ou não e os outros contra nós,
Nos muros vivos deste Breu a sós.
E embora possas dar-me fim, não dês:
É suicídio e sacrilégio, três
Pecados em três mortes de uma vez.
Mas tinges de vermelho, indiferente,
A tua unha em sangue de inocente.
Que falta cometeu a pulga incauta
Salvo a mínima gota que te falta?
E te alegras e dizes que não sentes
Nem a ti nem a mim menos potentes.
Então, tua cautela é desmedida.Tanta honra hei de tomar, se concedida,
Quanto a morte da pulga à tua vida.
Fonte:The Norton Anthology of Poetry (1996). 
Disponível em: http://www.poetryfoundation.org/poem/175764 
Acesso em: 18/12/ 2017
Fonte: Traduzido do inglês por Augusto de Campos. 
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhatee/fm090619.htm
Acesso em: 18/12/ 2017
9
No poema, percebemos que o eu-lírico compara a pulga (the flea) ao sexo. Observe:
Oh stay, three lives in one flea spare,
Where we almost, nay more than married are.
This flea is you and I, and this
Our mariage bed, and marriage temple is;
O poeta está dizendo para sua amada que não vá embora, porque essa pulga tem o sangue 
do poeta e o dela misturados e, como os fluidos corporais já estão misturados dentro do inseto, 
sendo assim, não haveria problema algum em fazerem sexo, mesmo sem serem casados. No 
ponto de vista do eu-lírico, como a pulga é um inseto inofensivo, não haveria problema algum 
em terem relação sexual, pois, nesse caso, o sexo também seria considerado inofensivo. 
Depois disso a amada, que recusa-se a fazer sexo com o poeta e mata a pulga, o que deixa 
o eu-lírico indignado, pois, segundo ele, ela acabara com três vidas: a dela mesma, a dele e a 
da pulga. Veja abaixo:
Cruel and sudden, hast thou since
Purpled thy nail, in blood of innocence?
Wherein could this flea guilty be,
Except in that drop which it sucked from thee?
Yet thou triumph’st, and say’st that thou
Find’st not thy self, nor me the weaker now;
’Tis true; then learn how false, fears be:
Just so much honor, when thou yield’st to me,
Will waste, as this flea’s death took life from thee.
Percebemos então a característica do poema metafísico que é usar algo inusitado para, 
nesse caso, falar de sexo. O eu-lírico compara a pulga com o ato sexual e o faz de maneira 
brilhante.
Com relação à linguagem, notamos que o autor faz uso da linguagem coloquial e direta, 
carregada de ironia e paradoxos. As imagens incomuns, como é o caso da pulga, surpreende 
o leitor com o inesperado – objetivo dos poetas metafísicos.
10
Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
Agora, vamos analisar outro poema, desta vez, da segunda fase de Donne, quando o autor 
era capelão da Catedral de São Paulo. O poema é Hymn To God, My God, In My Sickness. 
Veja-o a seguir.
Hymn To God, My God, In My Sickness
Since I am coming to that holy room,
Where, with thy choir of saints for evermore,
I shall be made thy music; as I come
I tune the instrument here at the door,
And what I must do then, think here before.
Whilst my physicians by their love are grown
Cosmographers, and I their map, who lie
Flat on this bed, that by them may be shown
That this is my south-west discovery,
Per fretum febris, by these straits to die,
I joy, that in these straits I see my west;
For, though their currents yield return to none,
What shall my west hurt me? As west and east
In all flat maps (and I am one) are one,
So death doth touch the resurrection.
Is the Pacific Sea my home? Or are
The eastern riches? Is Jerusalem?
Anyan, and Magellan, and Gibraltar,
All straits, and none but straits, are ways to them,
Whether where Japhet dwelt, or Cham, or Shem.
We think that Paradise and Calvary,
Christ’s cross, and Adam’s tree, stood in one place;
Look, Lord, and find both Adams met in me;
As the first Adam’s sweat surrounds my face,
May the last Adam’s blood my soul embrace.
So, in his purple wrapp’d, receive me, Lord;
By these his thorns, give me his other crown;
And as to others’ souls I preach’d thy word,
Be this my text, my sermon to mine own:
“Therefore that he may raise, the Lord throws down.”
Disponível em: http://www.poetryfoundation.org/poem/173370. Acesso em: 18/12/ 2017
11
Percebemos que o eu-lírico morrerá em breve. Ele compara os médicos a cosmógrafos 
(especialistas na descrição do mundo por meio da astronomia) e a si mesmo a um mapa 
esticado sobre a mesa para ser mostrado/estudado, porém mostra-se feliz, já que a morte está 
relacionada à ressurreição. 
Esse poema foi escrito antes da morte do autor e, segundo estudiosos, representa sua 
tentativa de resumir o que se passava em sua mente em breves palavras, como uma tentativa 
de oferecer um sermão à sua própria alma. Observe:
Since I am coming to that holy room,
Where, with thy choir of saints for evermore,
I shall be made thy music; as I come
I tune the instrument here at the door,
And what I must do then, think here before.
Os versos referem-se à imagem de Donne como um mapa que é observado pelos médicos, 
que percebem que sua morte é inadiável.
O verso Look Lord, and find both Adam met in me define que o eu-lírico pede a ajuda de 
Cristo (segundo Adão) para purificar sua alma. 
Donne termina escrevendo um sermão para sua própria alma, da mesma maneira que 
pregava pelas almas das pessoas quando era padre. 
Agora que você já sabe um pouco sobre a poesia metafísica, que tal ler um outro poema e 
tentar comparar com os que foram analisados aqui?
Já que estamos falando de poesia, vamos continuar nossa viagem discutindo sobre a poesia 
do romantismo. Você perceberá que será bem diferente dos poemas metafísicos que acabamos 
de ver. Mas, antes de chegarmos aos poemas, temos de fazer referência ao contexto sócio-
histórico para que você consiga entender melhor a trajetória da literatura britânica.
Você já deve ter estudado no Ensino Médio alguma coisa sobre a Revolução Industrial, 
não é? Vamos relembrar?
12
Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
A Revolução Industrial e os Poemas do Romantismo
A revolução Industrial foi um período de grandes mudanças no mundo, nos séculos XVIII e 
XIX. A principal mudança foi a substituição do trabalho artesanal pelo uso de máquinas que 
invadiram o continente europeu. 
No século XVIII, a maior parte da população vivia na zona rural e vivia da plantação, claro 
que de maneira bastante artesanal. A mudança foi drástica e fez com que muitos camponeses 
migrassem para os centros urbanos, então, a classe dos agricultores e artesãos transformou-se 
no proletariado urbano. Os camponeses saíram da área rural para a cidade com o objetivo de 
trabalhar nas fábricas.
O grande problema foi que as cidades não tinham estrutura para abrigar todas essas pessoas 
que migravam para lá. Como consequência, as condições de trabalho, saúde, moradia eram 
péssimas. Isso fez com que muitas pessoas acabassem morrendo, já que não havia sistema de 
saúde, saneamento básico etc.
Diante desse caos, apareceram dois movimentos com o intuito de ajudar essas pessoas 
carentes: um deles foi o Metodismo, que era um movimento religioso e ajudava as classes 
menos favorecidas; o outro foi o dos Sindicatos, que davam apoios aos trabalhadores em 
situação de doença, desemprego.
Como você já deve ter observado, todo contexto social é refletido na literatura. Nesse 
período, percebemos essa influência nos poemas, principalmente com relação às questões 
sociais, como a luta contra a escravidão, melhores condições de vida aos trabalhadores, a 
situação insalubre dos centros urbanos.
Os poetas do Romantismo podem ser vistos em dois grupos, chamados de primeira e 
segunda gerações. Os poetas da primeira geração são: 
• William Blake (1757-1827), considerado precursor do romantismo;
• William Wordsworth (1770-1850) e 
• Samuel Taylor Coleridge (1732-1834). 
Os poetas da segunda geração são: 
• Lord Byron (1788-1824); 
• John Keats (1795-1821) e 
• Percy Shelley (1792-1822).
Nosso enfoque será um dos poemas de William Blake, London, que retrata a situação social 
da Revolução Industrial. Leia o poema a seguir em inglês e em português.
13
London
I wander thro’ each charter’d street, 
Near wherethe charter’d Thames does flow. 
And mark in every face I meet 
Marks of weakness, marks of woe. 
In every cry of every Man, 
In every Infants cry of fear, 
In every voice: in every ban, 
The mind-forg’d manacles I hear 
How the Chimney-sweepers cry 
Every black’ning Church appalls, 
And the hapless Soldiers sigh 
Runs in blood down Palace walls 
But most thro’ midnight streets I hear 
How the youthful Harlots curse 
Blasts the new-born Infants tear 
And blights with plagues the Marriage hearse
Londres
Vagueio por estas ruas violadas, 
Do violado Tamisa ao derredor, 
E noto em todas as faces encontradas 
Sinais de fraqueza e sinais de dor. 
Em toda a revolta do Homem que chora, 
Na Criança que grita o pavor que sente, 
Em todas as vozes na proibição da hora, 
Escuto o som das algemas da mente. 
Dos Limpa-chaminés o choro triste 
As negras Igrejas atormenta; 
E do pobre Soldado o suspiro que persiste 
Escorre em sangue pelos Palácios que sustenta. 
Mas nas ruas da noite aquilo que ouço mais 
É da jovem Prostituta o seu fadário, 
Maldiz do tenro Filho os tristes ais, 
E do Matrimónio insulta o carro funerário.
Fonte: http://www.poetryfoundation.org/poem/172929. Acesso em: 18/12/ 2017 Fonte: Canções da Experiência, tradução de Hélio Osvaldo Alves. 
Disponível em: http://www.citador.pt/poemas/londres-william-blake. Acesso em: 18/12/ 2017
Ouça o poema musicado, disponível em: 
https://youtu.be/PkGi_XAhtPc Acesso em: 18/12/ 2017
Tenho certeza de que você deve ter percebido várias das características que mencionamos 
ao discutir os centros urbanos insalubres da Revolução Industrial. O poeta nos passa a imagem 
de desolação e sofrimento que existia na cidade e as pessoas que vivem ali, como o limpa-
chaminés, o soldado, a mulher que, sem alternativa, torna-se prostituta.
O autor nos passa a impressão de que ele está vendo tudo o que acontece na cidade. 
Percebemos isso por meio dos verbos wonder e meet, (“vagueio” e “noto”, na tradução). 
Observe a terceira e a quarta estrofes. Nelas, o poeta nos passa a ideia de que ele percebe 
(quase pode sentir) o sofrimento das pessoas.
14
Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
How the Chimney-sweepers cry 
Every black’ning Church appalls, 
And the hapless Soldiers sigh 
Runs in blood down Palace walls 
But most thro’ midnight streets I hear 
How the youthful Harlots curse 
Blasts the new-born Infants tear 
And blights with plagues the Marriage hearse 
O choro do limpa-chaminés, o suspiro do soldado, a prostituta que pragueja o próprio filho 
que chora.
Agora que já vimos um poema ilustrativo do Romantismo, vamos estudar a obra que foi 
considerada o primeiro romance inglês: Robinson Crusoe, de Daniel Defoe (1660-1731).
15
O Primeiro Romance Inglês: Robinson Crusoe
Antes de começarmos a discutir esse romance, sugiro que você busque informações a 
respeito da obra e leia-a, tenho certeza de que lhe será de grande valia.
fonte: Wikimedia Commons
Defoe (1660-1731) e seus outros dois contem-
porâneos, também considerados precursores do gê-
nero romance, Samuel Richardson (1689-1761) e 
Henry Fielding (1707-1754), retratam em suas nar-
rativas a nova realidade social da Inglaterra, ou seja, 
suas transformações sociais do século XVIII.
Vasconcelos (2003, p. 25) discute que, antes do gê-
nero romance aparecer, o que havia na época era o 
chamado romanesco, que tinha como característica o 
fantástico, o fabuloso, e focalizava príncipes e princesas 
que narravam acontecimentos absurdos, irreais.
Já no romance, os temas são ligados à realidade em que personagens e enredo são 
entrelaçados com o objetivo de produzir no leitor uma ideia de que a história narrada é 
verdadeira, a chamada verossimilhança na literatura. Watt (1996, p. 15) aponta que os autores 
do romance, com o objetivo de conseguir essa verossimilhança, utilizavam em suas narrativas 
cartas, relatos, diários e usavam também muita descrição, para que os leitores conseguissem 
“visualizar” os ambientes. Todas essas estratégias envolvem o leitor de tal maneira que ele 
parece realmente participar da narrativa. 
Robinson Crusoe é baseado na história do marinheiro escocês Alexander Selkirk (1626-
1721), que foi abandonado na ilha de Juan Fernandez em 1709 e depois sofreu um naufrágio. 
Essa ilha, assim como a ilha de Crusoe, era desabitada.
A obra foi escrita no século XVIII, quando as pessoas estavam em busca de terras para 
serem colonizadas. Ao colonizarem essas terras, como forma de poder, eram impostas a 
língua, a cultura e a religião do colonizador.
Defoe nasceu em 1660, durante o início do período da restauração da monarquia Britânica, 
após a Guerra Civil Inglesa. Era de família presbiteriana, que acreditava na soberania de 
Deus, na palavra das Escrituras, em predestinação, na redenção por meio de boas ações e, 
principalmente, na fé em Deus e em Jesus Cristo.
Vamos começar então com um breve resumo para que você se lembre de alguns fatos da 
leitura que certamente você já fez.
16
Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
Robinson Crusoe: o romance
O personagem principal é um puritano, nascido em 1602, que desafia a autoridade de seus 
pais e sai para os mares em busca de seus sonhos.
Em sua primeira viagem com um amigo, acontece o primeiro naufrágio. Chegam à cidade 
de Yarmouth e são acolhidos pelas autoridades.
Nosso personagem não desiste, conhece um capitão que viajava bastante e começa a 
viajar com ele. Muitas aventuras acontecem, inclusive a captura do navio por piratas, quando 
Robinson é capturado e obrigado a ser escravo do capitão. Finalmente consegue fugir e acaba 
vindo para o Brasil, onde se torna um fazendeiro próspero por um período de quatro anos. 
Com o intuito de conseguir escravos para o trabalho na fazenda, segue rumo à África, mas, na 
verdade, Crusoe era atraído muito mais pela aventura do que pela busca pela riqueza.
Novamente acontece um naufrágio e nosso herói acaba chegando a uma ilha deserta. 
Acaba se utilizando dos destroços do navio para sua sobrevivência. Constrói abrigo, alimenta-
se do que consegue encontrar e do que ainda restava no navio. 
Nosso náufrago fica nessa ilha por 28 anos. Nesse meio tempo, muitas coisas acontecem. 
Vai melhorando sua “casa”, encontra sementes de milho no navio e acaba conseguindo fazer 
uma plantação e assim vai sobrevivendo.
Em uma das expedições à ilha, acaba vendo um grupo de canibais, o que o deixa 
amedrontado. Esses canibais iam à ilha de tempos em tempos para uma espécie de ritual 
canibalesco. Robinson começa a preparar armas caso os canibais resolvam atacá-lo. 
Depois de um tempo, encontra os canibais novamente, mas, dessa vez, eles estão com 
dois nativos. Um deles morre, o outro acaba fugindo e encontra Crusoe. Nosso herói o leva 
para casa, o nomeia de Sexta-feira e pede para que seu futuro amigo o chame de “Master”. 
Como Sexta-feira não fala a língua de Crusoe, acabam se comunicando de maneira bastante 
rudimentar. Com o passar do tempo Crusoe lhe ensina a língua e os conhecimentos cristãos. 
Ficam bastante amigos. 
Depois de passar 28 anos na ilha e de muitas aventuras, aparece a oportunidade de voltar. 
Crusoe e seu fiel amigo voltam para a Inglaterra. Vai ao Brasil. 
De volta à Inglaterra, acaba se casando e sendo pai de três filhos. Mas a aventura mora 
dentro do nosso herói, como se estivesse em seu sangue, então, Crusoe volta à ilha em que 
havia vivido por tanto tempo e onde tinha deixado amigos espanhóis. Leva algumas mulheres, 
faz um loteamento da terra e as pessoas ficam ali, vivendo naquele novo mundo.
Análise da obra
Vamos começar pensando um pouco sobre o nosso protagonista, Robinson Crusoe. Você 
deve ter observado que ele tem característicasde herói, apesar de algumas fraquezas e alguns 
medos demonstrados ao longo da narrativa. Crusoe é bastante corajoso, determinado e 
enfrenta todas as dificuldades que aparecem. Constrói seus utensílios, trabalha bastante para 
ter uma vida confortável na medida do possível. Apesar de toda a adversidade, o personagem 
faz tudo para levar uma vida digna e se enxerga como o “senhor” de sua própria vida.
17
Também percebemos essa “vaidade” quando ele pede a Sexta-feira que o chame de “Master” 
(mestre), a primeira palavra a lhe ser ensinada antes mesmo de “sim” e “não”. Além disso, 
Crusoe o trata como um serviçal, claro que a relação dos dois vai se estreitando ao longo da 
história, mas o traço de superioridade está sempre presente. Confira a seguir.
In a little time I began to speak to him; and teach him to speak 
to me: and first, I let him know his name should be Friday, which 
was the day I saved his life: I called him so for the memory of 
the time. I likewise taught him to say Master; and then let him 
know that was to be my name: I likewise taught him to say Yes 
and No and to know the meaning of them 
(DEFOE, 2000, p.186-187).
O que percebemos é que Defoe aponta as características do homem moderno em Crusoe: 
a coragem, a determinação, a vaidade, a ânsia pelo conforto material. Já a relação com Sexta-
feira mostra o poder do colonizador sobre o colonizado, a relação de superioridade. É nítido 
o esforço de Crusoe para “civilizar” Sexta-feira (papel do colonizador frente ao colonizado).
A religião também tem papel importante na vida do personagem. Só para lembrar, Crusoe 
era puritano. O personagem encontra Bíblias no navio e as leva para sua “casa”. No início, 
começa a ler a Bíblia em situações difíceis, mas depois cria um hábito e sua leitura acontece 
diariamente. Se pensarmos nas características dos puritanos, perceberemos muitas delas em 
nosso herói: eles acreditavam que as atividades produtivas, a fé em Deus e o sucesso estavam 
relacionados. Veja o trecho a seguir: 
“Now, said I aloud, My dear Father’s Words are come to pass: 
God’s Justice has overtaken me, and I have none to help or 
hear me: I rejected the Voice of Providence” 
(DEFOE, 2000, p. 67).
O excerto mostra que o personagem tem certeza de que Deus o está ajudando e que, por 
causa dessa ajuda, da justiça de Deus, ele não tem mais nada a temer.
Outro ponto que vale notar é a ideia de “imperialismo” bastante presente na obra. Crusoe 
era o imperador da ilha. Essa ideia acontece gradativamente. O personagem começa a construir 
sua “casa”, a fazer seus utensílios e acaba se “apossando” da ilha, sente-se dono dela. Crusoe 
representa o Estado, exerce influência sobre todos na ilha: objetos, animais e, mais tarde, o 
poder na relação com Sexta-feira. Observe a seguir.
My island was now peopled, and I thought myself very rich in 
subjects; and it was a merry reflection, which I frequently made, 
how like a king I looked. First of all, the whole country 
was my own mere property, Baso that I had an undoubted 
right of dominion. Secondly, my people were perfectly subjected. 
I was absolute lord and lawgiver, they all owed their lives to me, 
and were ready to lay down their lives, if there had been occasion 
of it, for me
(DEFOE, 2000, p. 200, grifo nosso). 
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Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
O trecho nos mostra a ideia de propriedade do personagem, que se compara a um rei, que 
entende que é dono de tudo, típico do pensamento do colonizador. Crusoe, como colonizador, 
impõe sua língua, sua religião e seus hábitos ao colonizado Sexta-feira. Veja o exemplo a seguir:
From these things, I began to instruct him in the knowledge of 
the true God; I told him that the great Maker of all things lived up 
there, pointing up towards heaven; that He governed the world 
by the same power and providence by which He made it; that He 
was omnipotent, and could do everything for us, give everything 
to us, take everything from us; and thus, by degrees, I opened his 
eyes. He listened with great attention, and received with pleasure 
the notion of Jesus Christ being sent to redeem us; and of the 
manner of making our prayers to God, and His being able to hear 
us, even in heaven. He told me one day, that if our God could hear 
us, up beyond the sun, he must needs be a greater God than their 
Benamuckee, who lived but a little way off, and yet could not hear 
till they went up to the great mountains where he dwelt to speak 
to them 
(DEFOE, ano, p. 196).
Como já dito anteriormente, o fato de Crusoe ensinar sua religião a Sexta-feira é uma das 
características de poder, o poder do colonizador sobre o colonizado que impõe sua religião, 
sua língua, sua cultura etc.
Apesar de já termos falado sobre Sexta-feira, ainda não analisamos esse personagem, não 
é mesmo? Então, diante das informações e leituras que você já fez, vamos pensar em algumas 
características desse personagem?
Sexta-feira é um nativo caribenho de cerca de 26 anos de idade. Esse personagem representa 
todos os nativos da América, da Ásia e da África que foram oprimidos pelos colonizadores do 
imperialismo europeu. 
Além dessa importante representação, Sexta-feira demonstra, muitas vezes, ter mais 
sentimento com relação à família do que Crusoe. Na narrativa, Crusoe nunca menciona sentir 
falta de sua família, enquanto Sexta-feira, ao encontrar o pai, pula e canta para demonstrar o 
quão feliz está com o reencontro. Veja que emocionante.
But when Friday came to hear him speak, and look in his 
face, it would have moved any one to tears to have seen how 
Friday kissed him, embraced him, hugged him, cried, laughed, 
hallooed, jumped about, danced, sang; then cried again, wrung 
his hands, beat his own face and head; and then sang and 
jumped about again like a distracted creature. It was a good 
while before I could make him speak to me or tell me what was 
the matter; but when he came a little to himself he told me that 
it was his father 
(DEFOE, 2000, p. 215).
A maneira pela qual o autor descreve essa cena permite que o leitor possa sentir a felicidade 
de Sexta-feira ao reencontrar seu pai. Todo esse sentimento demonstrado pelo personagem 
nos permite notar que Crusoe não tem essa emoção pelos pais, pela família. Na verdade, a 
característica mais marcante de Robinson é o materialismo e o individualismo e é Sexta-feira 
que ameniza esses traços.
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Um ótimo desfecho para essa história é perceber que o sentimento de Crusoe em relação a Sexta-
feira é grande e verdadeiro, é muito mais do que gostar de um serviçal. Apesar de não demonstrar 
seus sentimentos, o personagem afirma amar Sexta-feira. Sexta-feira oferece a seu mestre, amor, 
emoção, paz de espírito, sentimentos que faltam no coração europeu. Veja o excerto.
Besides the pleasure of talking to him, I had a singular 
satisfaction in the fellow himself: his simple, unfeigned honesty 
appeared to me more and more every day, and I began really 
to love the creature; and on his side I believe he loved me 
more than it was possible for him ever to love anything before 
(DEFOE, 2000, p. 193, grifo nosso).
Podemos perceber que Sexta-feira tocou o coração de Crusoe quando ele diz “I began 
really to Love the creature” mesmo que ainda dirija-se a ele como “criatura” ou “selvagem”.
Com relação à narrativa realista, como já mencionamos, sabemos que o autor usa estratégias 
linguísticas para envolver o leitor na história e a narra como se fosse fatos reais. Uma dessas 
estratégias é a utilização do narrador em primeira pessoa, pronome “eu”, que passa ao leitor 
uma sensação de familiaridade, de proximidade com o leitor, além disso, dá a impressão de 
autenticidade, de que a história é real. 
Esse é um dos motivos pelo qual Defoe é considerado o precursor do romance realista. A 
narrativa em primeirapessoa exprime uma relação de confidencialidade entre autor e leitor. 
Observe essas características no trecho a seguir do começo da obra.
I was born in York, England in 1632. My father was from Bremen in 
Germany and had moved to England for business. His family name 
was Kreutznaer, but English people aren’t very comfortable with 
foreign names. Everyone started to call my father Crusoe instead 
of Kreutznaer, so eventually our family name became Crusoe.
I had two elder brothers, one of whom was lieutenant-colonel to an 
English regiment of foot in Flanders, formerly commanded by the 
famous Colonel Lockhart, and was killed at the battle near Dunkirk 
against the Spaniards. What became of my second brother I never 
knew, any more than my father or mother knew what became of me
(DEFOE, 2000, p. 3).
Conforme já discutido anteriormente, a narrativa realista passa a ideia de que tudo o que 
acontece é realmente verdade. Além de o autor capturar a atenção do leitor já no início da 
narrativa ao utilizar a primeira pessoa I/eu. Watt (1996, p. 34-35) aponta que outro traço 
marcante é quando o personagem conta sobre sua família, oferecendo ao leitor informações 
de datas, locais, dados econômicos e sociais que também remetem o leitor a pensar que se 
trata de algo real. É como se estivesse compartilhando os fatos de sua vida. 
Além disso, no segundo parágrafo, o autor relaciona a narrativa a um fato real, a Guerra 
Espanhola, outra característica do realismo, o que corrobora a percepção do leitor para a ideia 
de uma história real. 
Essa obra é um marco da literatura inglesa. Tenho certeza de que você aproveitou a leitura, 
não só pelas informações relevantes da literatura, mas também porque a história é interessante 
e envolvente. Continue lendo! 
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Unidade: A Primeira Bíblia em Língua Inglesa, os Poetas Metafísicos e o Primeiro Romance
Material Complementar
Caro aluno, aproveite o material elencado abaixo para aprimorar seu conhecimento:
Vídeo:
Assista a uma palestra bastante interessante sobre o poeta metafísico John Donne:
https://youtu.be/D2Ulrvt-7xU
Há materias excelentes disponíveis na internet sobre a obra que enfocamos nesta unidade, 
Robinson Crusoe de Daniel Defoe: A seguir apresento três endereços o primeiro é um áudio 
book, que está em inglês e que você poderá, além de ouvir a obra em qualquer lugar que esteja, 
ainda praticar a habilidade da audição. No segundo link, você encontrará a obra completa em 
inglês e no terceiro a obra em português
Livros:
https://goo.gl/qqkB5f (audio book)
https://goo.gl/MK4e3w (e-book em inglês)
https://goo.gl/MQSrGC (e-book em português)
Filme:
Veja o trailer do fi lme Robinson Crusoe com Pierce Brosnan:
https://youtu.be/3nXblCMnetI
E depois, claro, assista ao filme.
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Referências
BORGES, J. L. Curso de literatura inglesa. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2006.
BURGESS, Anthony. A literatura inglesa. São Paulo: Ática, 2008.
VASCONCELOS, S. A Formação do Romance Brasileiro. http://www.iel.unicamp.br/
memoria/caminhos/ensaios, acesso em 24 de setembro de 2014.
WATT, Ian. A Ascenção do Romance: estudos sobre Defoe, Richardson, Fielding. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1996.
Watt, Ian. Myths of Modern Individualism. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
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Anotações