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Direito Internacional Publico Discente: Wysner Crispim da Silva Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD Faculdade de Direito e Relações Internacionais – FADIRI Direito Ambiental Internacional O Direito Ambiental Internacional está ligado aos Direitos Humanos até certo ponto, uma vez que se faz necessário um ambiente saudável e equilibrado para todos os seres humanos. É mediado por regras e princípios que tenta estabelecer alguns limites comuns entre os países para que sejam efetivados, fomentando um equilíbrio ambiental conjugando cooperação e bom uso dos recursos rumo a sustentabilidade. Há várias fontes que podem estabelecer medidas sobre Direito Ambiental Internacional, os mais comuns são os Tratados, Convenções, Pactos, Protocolos e Acordos, dentre muitos outros. Cada fonte com sua especificidade e abrangência, sendo local, mundial, entre instituições especificas e países em cooperação. Para que alguma norma seja incorporadora em âmbito nacional é necessário passar por 4 fases, a assinatura feita pelo Presidente da República, logo após cabe ao Congresso Nacional aprova-la e ratifica-la e por último a promulgação de um decreto presidencial, obtendo força de lei no Estado brasileiro. Esse trâmite era muito extenso, dificultando a entrada e a vigoração de tratados internacionais na conjuntura nacional, mas com a nova estrutura que a conferencia do Rio de Janeiro produziu houve um aceleramento desse processo, tornando efetiva determinadas regras com um período de tempo menor. Houve a necessidade do estabelecimento dos princípios e regras e a fundamentação de novas formas para remediar os impactos causados ao meio ambiente a partir do desenvolvimento social e aumento da utilização dos recursos naturais, essas medidas deviam ser empregados por todos para que houvesse um impacto efetivo e com uma proporção de preservação maior, mas infelizmente isso não acontece até os dias atuais. A evolução histórica de amadurecimento e analises sobre o direito ambiental e suas conferencias, discussões e reuniões mais importantes começaram a se destacar a partir de 1960, trazendo complementos e atualizações para o debate e delimitando metas gerais e individuais que os países deveriam seguir e se esforçar para cumprir. As políticas ambientais surgiram em 1972 com a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente de Estocolmo, definindo os parâmetros desse direito e os princípios alicerces do mesmo com o fim de atingir a sustentabilidade e a consciência sustentável, mas a preocupação sobre problemas ambientais já era discutida, principalmente no pós-guerra. A partir disso ouve a criação de instituições para regular e pôr em pratica as decisões tomadas nesses eventos, reforçando o comprometimento dos países envolvidos para que cumpra tais medidas. No brasil, a instituição de políticas a respeito de leis ambientais fora implementada em 1981, estabelecendo princípios e regras na política doméstica para que fosse seguida. Alguns instrumentos foram desenvolvidos na Rio 92 que aconteceu no Brasil em 1992 definiu alguns objetivos como a Agenda 21, unindo sustentabilidade ao desenvolvimento, parâmetros que são antagônicos até certo ponto para a preservação ambiental. Outro mecanismo para regular as medidas ambientais foi o Protocolo de Kyoto, que estabelecido para redução de poluentes no ar e combater o efeito estufa, vários países se comprometeram com esse objeto de regulação. Bem como outros que foram sendo estabelecidos com o fim de preservar, conscientizar e fomentar a sustentabilidade, assegurando o mantimento de um ambiente benéfico, saudável e seguro a partir da cooperação dos países para que haja essa prosperidade. O processo de greening do direito internacional e a abrangência dos Direitos Humanos nessa concepção, aderindo como necessário para o ser humano a manutenção e o cuidado desse fator que influencia a todos, formando um laço de adesões e prospecção de valores e princípios comuns para a preservação, desenvolvendo métodos para superar os desafios que estagnam de certo modo a aplicabilidade dos princípios e as obrigações morais imposta sobre os Estados, mas sua estrutura é de soft law e não cabe a ela força vinculante, deixando os Estados que não cumprem seus deveres sem sanções, torna-se então maleável e fica nas mãos dos signatários a decisão de colaborar ou não. Isso fragiliza as expectativas que as políticas ambientais idealizam, sem ter poder de norma jurídica. Desse modo é necessário a responsabilidade de um sistema interconectado e comprometido com essas políticas, institucionalizando mecanismos de regulação internas e regionais para que possa existir uma abrangência e um impacto maior dos direitos.
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