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REDES DE ATENÇÃO AO IDOSO NO SUS VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C A Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa inicia-se na UBS, a porta de entrada no SUS. Os idosos devem estar sempre vinculados e cadastrados a este local, onde a maioria dos problemas da população idosa, como por exemplo: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, doenças cardiovasculares, e doenças osteoarticulares e depressão, devem ser atendidos e resolvidos. Programa Acompanhante de Idoso (PAI) Fazem parte da atenção primária: PAI – Programa Acompanhante de Idosos, projeto piloto da Prefeitura Municipal de São Paulo em parceria com a UNIFESP, desde 2006. É um tipo de cuidado domiciliar biopsicosocial para pessoas idosas em situação de fragilidade e vulnerabilidade social, que disponibiliza a prestação dos serviços de profissionais e acompanhantes de idosos, para apoio e suporte nas Atividades de Vida Diárias (AVD’s) e para suprir outras necessidades de saúde e sociais quando insuficiência de suporte familiar ou social. Equipe: 1 Coordenador (com formação em Serviço Social), 1 médico (clínico ou preferencialmente geriatra), 1 enfermeiro, 2 auxiliares de enfermagem, 1 agente administrativo, 10 Acompanhantes de Idosos e 1 motorista. Objetivos: - Promover assistência integral à saúde da população idosa descrita, objetivando desenvolver autocuidado, autonomia, independência e melhoria do estado de saúde; - Evitar, ou adiar a institucionalização e oferecer condições a essa população de uma vida mais autônoma e de melhor qualidade; - Promover a quebra do isolamento e exclusão social; - Formar, acompanhar e dar suporte técnico a acompanhantes de idosos, para atender a população idosa adscrita, em seu domicílio e/ou na cidade; VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Integrar as redes formais e informais de atenção à pessoa idosa para fortalecimento de parcerias e obtenção de alternativas de atendimento das demandas. Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso Hospitais Gerais. Centros de Referência de Atenção à Saúde do Idoso – CRASPI (principalmente na assistência ao idoso com mal de Alzheimer). - Atendimento especializado à saúde do Idoso com equipe multidisciplinar com serviços de geriatria, enfermagem, assistência farmacêutica, algumas especialidades médicas como dermatologia, ortopedia, cardiologia e profissionais da reabilitação. Centro de Referência ao Idoso – CRI: - Atendimentos de especialidades médicas, assistência odontológica, atendimentos assistenciais, reabilitação e espaço de convivência social: atividades educativas, atividades físicas e cursos. Unidades de Referência de Saúde ao Idoso (URSI) Atendimento voltado ao idoso fragilizado que apresenta perda funcional e agravos à saúde (patologias mais complexas). Necessário encaminhamento do score da AMPI – AB. Somente as UBS podem encaminhar os pacientes para a URSI. Equipe: geriatra, enfermagem e assistência social (equipe mínima), além dos profissionais da reabilitação. Objetivos da URSI: - Oferecer atenção integral e promover a saúde e o autocuidado da pessoa idosa fragilizada. - Qualificar a atuação dos profissionais da rede básica, responsáveis pela continuidade dos cuidados do idoso durante o acompanhamento na URSI e após alta desse serviço. Equipamentos da Assistência Social Núcleos de Convivência do Idoso (NCI). Centro de Referência da Cidadania do Idoso (CRECI). Centro de Acolhida Especial para Idosos: são espaços para idosos independentes em situação de rua. Centro Dia para Idosos - Serviço diurno voltado para pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social, com grau de dependência física e/ou cognitiva. - Realiza ações integradas com a saúde. - Nesses locais, os idosos podem passar o dia recebendo cuidados especiais como alimentação, terapia ocupacional, atendimento multidisciplinar, além de participar de oficinas, enquanto o familiar estiver trabalhando. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Instituição de Longa Permanência Para Idosos (ILPI) São estabelecimentos que prestam atendimento integral institucional para pessoas com 60 anos ou mais, dependentes ou independentes, que não dispõem de condições para permanecer em seu domicílio ou com a família. As ILPIs são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Elas devem proporcionar serviços na área social, médica, de psicologia, de enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia e outras, a depender das necessidades do perfil dos pacientes. Serviço que oferta moradia, alimentação, atividades socioeducativas, trabalho psicossocial através de encaminhamento de pessoas idosas com risco pessoal e social, que apresentam fragilidade, dependência física e/ou cognitiva, prioritariamente sem vínculos familiares. A forma de acesso é pelo CREAS da região de moradia. Avaliação da assistência social e saúde que definem em conjunto quanto o idoso deverá ser elegível para institucionalização. Devem seguir os princípios do SUS e são fiscalizados pela ANVISA / Vigilância Sanitária. 65,2% são filantrópicas. Menos de 50% recebem visitas da ESF. ILPIs privadas: residentes dependentes e semi-dependentes. Fisioterapia e Terapia Ocupacional em apenas 31% das instituições. Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) Padrão ouro para o manejo da fragilidade do idoso. Idealmente deve ser realizada por equipe geriátrico-gerontológica especializada e sua duração média varia de 60 a 90 minutos. Permite o reconhecimento das demandas biopsicossociais do indivíduo, ou seja, o diagnóstico de suas condições de saúde agudas e/ou crônicas. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C AMPI-AB Instrumentalizar as UBSs para qualificação da demanda, planejamento e gestão do cuidado. A avaliação multidimensional da pessoa idosa na Atenção Básica consiste de etapas processuais e complementares com a aplicação de questionários e testes. Realizados por diferentes profissionais da Atenção Básica. Difere do exame clínico padrão por enfatizar a avaliação das capacidades cognitiva e funcional e dos aspectos psicossociais da vida das pessoas idosas e pela possibilidade de utilizar escalas e testes que permitem quantificar o grau de incapacidade. Conhecer as necessidades de saúde da população idosa, classificando-a segundo o grau de fragilidade. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C CLÍNICA AMPLIADA A clínica ampliada é uma das diretrizes que a Política Nacional de Humanização (2003) propõe para qualificar o modo de se fazer saúde. Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde, da família e da comunidade. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas na busca de um cuidado e tratamento de acordo com cada caso, com a criação de vínculo com o usuário. A vulnerabilidade e o risco do indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só pelo saber dos especialistas clínicos, mas também leva em conta a história de quem está sendo cuidado. Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além do enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a qualificação do diálogo (tanto entre os profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto destes com o usuário), de modo a possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS.
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