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RESENHA CRITICA - Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde Antidepressivos no Transtorno Depressivo Maior em Adultos


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BRATS - Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Antidepressivos no Transtorno Depressivo Maior em Adultos. ISSN 1983-7003. Ano VI. nº 18. Março de 2012.
O artigo “Antidepressivos no Transtorno Depressivo Maior em Adultos” retrata sobre a síndrome da depressão, definida em sua forma mais comum como o transtorno depressivo maior (TDM), suas principais causas, que pensasse atualmente ser motivada por diversos fatores psicológicos ou genéticos, bem como o seu tratamento baseado no uso, principalmente, de medicamentos antidepressivos ou outras opções terapêuticas, e os efeitos adversos evidenciados no processo.
O BRATS reconhece em conjunto com a OMS, dentro da pesquisa realizada, a Síndrome de Depressão como um problema de saúde pública muito grave e já estima que no ano de 2020 seja o segundo maior problema que acomete a toda a população mundial. Isso ocorre por conta da sua associação com alterações do humor e psicomotora, agitação, desinteresse pelas atividades cotidianas, dificuldade de concentração e raciocínio, fadiga e perda de energia, diretamente ligadas ao estresse cotidiano dentro de suas próprias rotinas aos quais muitos indivíduos estão inseridos na atualidade, principalmente as mulheres que sofrem com um tipo específico de depressão que é o Transtorno Depressivo Maior (TDM), com quadros de episódios únicos ou de forma recorrentes.
Dentro do que fora abordado ao longo do artigo não se conhece uma causa específica do TDM, mas especulasse dentro da literatura que pode ser conseqüência de fatores psicobiológicos desencadeantes evidentes; fatores somáticos, genéticos e ambientais; Processos inflamatórios e neurodegenerativos causados por fatores estressores psicossociais ou por doenças inflamatórias orgânicas ou outras condições, como o período pós-parto (intensificando a ocorrência em mulheres); Lesões vasculares; e diminuição da atividade metabólica em estruturas neocorticais e ao aumento da atividade metabólica em estruturas límbicas, como hipocampo e amígdala, responsáveis pelo “colorido” emocional. De modo geral, as possíveis causas são fatores psicológicos ou genéticos, assim o diagnóstico para ser mais preciso, depende bastante da avaliação do paciente, de seu estado geral e de seu histórico. Uma entrevista é essencial para a detecção dos sintomas, apesar de muitas vezes o relato estar comprometido por uma tendência de negação do próprio paciente, ou mesmo de minimização e justificação.
O uso de medicamentos antidepressivos no tratamento de TDM funciona como um eliminador de sintomas, recuperador da capacidade funcional e social e como uma forma de impedir a recorrência da doença. Esse uso deve ser por um período inicial de latência (duas semanas), a fim de que o organismo do paciente se acostume com o medicamento, bem como deve ser acompanhado por profissionais de saúde especializados (médico e farmacêutico) para que ocorra a perfeita adesão do individuo ao tratamento adequado sem que haja interrupções do mesmo ao processo. Dentre os medicamentos utilizados para esse tratamento têm-se os Antidepressivos Tricíclicos (ADT); Inibidores da MonoAmino Oxidase (IMAO); Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS); Inibidores da Receptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN); Entretanto existem outras opções terapêuticas para tratamento como a psicoterapia e a eletroconvulsoterpaia que seriam métodos usados no início da doença ou em casos graves, respectivamente.
Efeitos adversos são muito comuns dentro de um tratamento medicamentoso, pois eles são decorrentes da funcionalidade do medicamento, ou seja, da atividade do seu efeito terapêutico e no caso dos antidepressivos eles são variáveis em decorrência do tipo de medicamento utilizado. Segundo a BRATS, “de modo geral, os novos antidepressivos, também chamados de antidepressivos de segunda geração (ISRS e outros antidepressivos novos, como bupropiona, duloxetina, mirtazapina, trazodona e venlafaxina), têm perfis similares de efeitos adversos. Constipação, diarréia, tontura, dor de cabeça, insônia, náusea, disfunções sexuais e sonolência foram eventos frequentemente relatados (cerca de 60% das pessoas relataram pelo menos um efeito adverso). Náusea e vômito foram às causas mais comuns para descontinuação nos estudos de eficácia.” 
O artigo em si traz ao leitor outra perspectiva quanto à síndrome da depressão em sua forma mais comum que é o Transtorno Depressivo Maior (TDM) e, dessa forma explicam quais podem ser as causas desse problema que atinge muitas mulheres e homens, apesar delas não serem específicas e se tratarem, de suposições dos mais diversos autores utilizados na pesquisa, mas que da forma como eles abordam fazem sentido as questões sintomáticas da doença. Ao ponto de vista do uso medicamentoso dos antidepressivos eles são importantes, mas não devem ser o método primário de tratamento do TDM já que a psicoterapia se mostra bastante eficaz quando o problema ainda é recente e considerado leve, então se não houver outra solução dentro do diálogo entre paciente e profissional deve ser inserido o uso de medicamentos antidepressivos e por último caso, se o problema tornar-se grave, introduzir o método da eletroconvulsoterpaia.
Conclui-se com base na leitura do artigo que o TDM em adultos pode ser controlado por diversos meios que incluem o tratamento medicamentoso a base de antidepressivos como também o tratamento com base terapêutica e que esses métodos quando utilizados de forma correta podem servir como base para redução dos quadros depressivos que acometem a população mundial. 
QUESTIONÁRIO 
2. 
A) Qual o mecanismo de ação dos medicamentos apresentados?
Os antidepressivos tricíclicos promovem o bloqueio da passagem de neurotransmissores (monoaminas – principalmente norepinefrina, dopamina e serotonina) para o neurônio pré-sináptico (recaptação); aumentando, assim, a disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica, o que potencializa seus efeitos e antagoniza os sintomas da depressão, podendo ser esse bloqueio reversível ou irreversível.
Os antidepressivos Inibidores da MAO têm a função de degradar monoaminas, nesse caso, neurotransmissores (dopamina, norepinefrina e serotonina). A inibição (reversível ou irreversível) dessa enzima aumenta o armazenamento de neurotransmissores, o que potencializa seus efeitos quando liberados na fenda sináptica. É exatamente isso que os antidepressivos inibidores da MAO fazem para diminuir os sintomas da depressão.
Os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina inibem a recaptação pré-sináptica da recaptação da serotonina, e deste modo aumentam a disponibilidade da serotonina sináptica.
B) Como se explicam os principais efeitos colaterais dos medicamentos citados?
Eles são explicados pelo fato de que se o tratamento for por meio de farmacoterapia, os medicamentos devem ter o mínimo de efeitos colaterais, para que ocorra boa adesão ao tratamento, que são fatores intrinsecamente relacionados aos distintos fármacos.
C) Quais os principais medicamentos representantes dessa classe?
Fluoxetina, Espran, Sertralina, Amitriptilina e Citalopram.
MORENO, Ricardo Alberto; MORENO, Doris Hupfeld; SOARES, Márcia Britto de Macedo. Psicofarmacologia de antidepressivos. Rev. Bras. Psiquiatr.,  São Paulo ,  v. 21, supl. 1, p. 24-40,  May  1999 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500006&lng=en&nrm=iso>

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