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Adaptações celulares-UC5 (AULA 2)

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1 Gabrielle Nunes | P2|2020.1 
[Patologia-1] 
DISTÚRBIOS DA PROLIFERAÇÃO E DA 
DIFERENCIAÇÃO CELULARES 
Proliferação e diferenciação celulares são processos 
complexos controlados por um sistema integrado que 
mantém a população celular dentro de limites fisiológicos. 
Alterações no processo regulatório resultam em distúrbios 
ora da proliferação, ora da diferenciação, ora das duas ao 
mesmo tempo. 
1. Alterações de volume 
- Estímulo acima do normal, maior síntese de seus 
constituintes o que aumenta seu volume, corresponde à 
hipertrofia. 
- Se sofre agressão que resulta em diminuição da nutrição, 
do metabolismo e da síntese necessária para renovação de 
suas estruturas, a célula fica com volume menor, fenômeno 
que recebe o nome de hipotrofia. 
 
2. Alterações da proliferação celular 
- Aumento da taxa de divisão celular acompanhado de 
diferenciação normal recebe o nome de hiperplasia. 
- Diminuição da taxa de proliferação celular é chamada 
hipoplasia. Utiliza-se, de forma incorreta, o termo aplasia 
como sinônimo para hipoplasia. 
3. Alterações da diferenciação celular 
- Quando as células de um tecido modificam seu estado de 
diferenciação normal, tem-se metaplasia. 
4. Alterações da proliferação e da diferenciação 
celulares 
- Quando há proliferação celular e redução ou perda de 
diferenciação, tem-se a displasia. A proliferação celular 
autônoma, em geral acompanhada de perda ou redução 
da diferenciação, é chamada neoplasia. 
5. Outros distúrbios 
- Agenesia: significa uma anomalia congênita na qual um 
órgão ou parte dele não se forma. 
- Distrofia: é empregado para designar várias doenças 
degenerativas sistêmicas, genéticas ou não, como as 
distrofias musculares. 
- Ectopia ou heteropia: é a presença de um tecido normal 
em localização anormal (p. ex., parênquima pancreático 
na parede do estômago). 
- Hamartias são crescimentos focais, excessivos, de 
determinado tecido de um órgão.Quando formam tumores, 
estes são chamados hamartomas. 
- Coristia: consiste em erros locais do desenvolvimento em 
que um tecido normal de um órgão cresce em sítios nos 
quais normalmente não é encontrado (p. ex., proliferação 
de cartilagem no pulmão, longe da parede brônquica) 
HIPOTROFIA 
Consiste em redução quantitativa dos componentes 
estruturais e das funções celulares, resultando em 
diminuição do volume das células e dos órgãos atingidos. 
▪ (+) Degradação proteica, principal mecanismo da 
hipotrofia. 
 
FISIOLÓGICAS PATOLÓGICAS 
Senilidade Inanição (Deficiência nutricional resulta 
em hipotrofia generalizada) 
Desuso, como em músculos esqueléticos 
imobilizados 
Compressão (Resulta da pressão 
exercida por uma lesão expansiva, como 
tumores, cistos,) 
Obstrução vascular [(-) oxigênio e (-) 
nutrientes] 
Células atrofiadas, 
hipotrofiadas e 
hipertrofiadas 
 
2 Gabrielle Nunes | P2|2020.1 
Substâncias tóxicas que bloqueiam 
sistemas enzimáticos e a produção de 
energia 
 
HIPERTROFIA 
Hipertrofia é o aumento dos constituintes estruturais e das 
funções celulares, o que resulta em aumento volumétrico 
das células e dos órgãos afetados. 
Condições: Fornecimento de oxigênio e nutrientes para 
suprir a necessidade, as células devem conter organelas e 
sistemas enzimáticos íntegros e células que dependem da 
estimulação nervosa só podem hipertrofiar mediante 
conservação da inervação. 
FISIOLÓGICAS PATOLÓGICAS 
- Hipertrofia da musculatura 
uterina na gravidez 
- Hipertrofia do miocárdio 
(sobrecarga do coração 
por obstáculo ao fluxo 
sanguíneo) 
- Hipertrofia da musculatura 
esquelética 
- Hipertrofiada musculatura 
lisa da parede de órgãos 
ocos 
- Hipertrofia de neurônios 
 
Tecidos e órgãos hipertróficos tornam-se aumentados de 
volume e de peso, por aumento volumétrico de suas células. 
A arquitetura básica do órgão mantém-se inalterada, mas 
aumenta o fluxo de sangue e de linfa. 
A hipertrofia é também reversível; cessado o estímulo, a 
célula volta ao normal. Em órgão em que ocorreram 
hipertrofia e hiperplasia, apoptose de células em excesso 
reduz a população celular aos níveis normais. 
 
HIPOPLASIA 
Hipoplasia é a diminuição da população celular de um 
tecido, de um órgão ou de parte do corpo. A região 
afetada é menor e menos pesada que o normal, mas 
conserva o padrão arquitetural básico. 
FISIOLÓGICAS PATOLÓGICAS 
Involução do timo a partir 
da puberdade e a de 
gônadas no climatério 
Senilidade, aumento da 
apoptose 
Hipoplasias de medula 
óssea provocadas por 
agentes tóxicos ou por 
infecções (Anemia 
aplásica) 
Hipoplasia de órgãos na 
AIDS. 
 
As hipoplasias patológicas podem ser reversíveis, exceto as 
anomalias congênitas. 
HIPERPLASIA 
Consiste no aumento do número de células de um órgão ou 
de parte dele, por aumento da proliferação e/ou por 
diminuição na apoptose. 
Acontece apenas em órgão que contêm células com 
capacidade replicativa. 
▪ Células lábeis > Se renovam constantemente, como as 
células epiteliais da pele 
▪ Células estáveis > Não estão se replicando, mas se 
estimuladas possuem a capacidade de replicar, 
como os hepatócitos 
▪ Células permanentes > Proliferam com taxa mínima, 
como cardiomiócitos e neurônios 
Em órgãos com hiperplasia, ocorrem aumento na síntese de 
fatores de crescimento e de seus receptores, além de 
ativação de rotas intracelulares de estímulo para a divisão 
celular. 
Condições: suprimento sanguíneo suficiente, integridade 
morfofuncional das células e inervação adequada. 
Desencadeada por agentes que estimulam funções 
celulares. 
A capacidade de hiperplasia tem limite. As células 
hiperplásicas não se multiplicam indefinidamente e 
conservam os mecanismos de controle da divisão celular. 
Hiperplasia é também reversível: se a causa é eliminada, a 
população celular volta ao nível normal. 
OBS: Esse ponto diferencia-a da neoplasia, a qual possui 
proliferação celular é autônoma e independe da ação de 
um agente estimulador. 
 
 
FISIOLÓGICAS PATOLÓGICAS 
Hiperplasias compensatórias 
ou por estímulo hormonal, 
exemplo útero durante a 
gravidez e na hepatectomia 
parcial. 
Hiperestimulação hormonal 
ou hiperplasias inflamatórias, 
como exemplo a síndrome de 
Cushing. 
 
 
 
 
 
 
Miocardiócitos normais X 
miocardiócitos hipertróficos 
 
3 Gabrielle Nunes | P2|2020.1 
➢ Hiperplasia da pele: calos, por exemplo; 
 
 
 
METAPLASIA 
Metaplasia significa mudança de um tipo de tecido adulto 
(epitelial ou mesenquimal) em outro da mesma linhagem: 
um tipo de epitélio transforma-se em outro tipo epitelial; um 
epitélio, porém, não se modifica em tecido mesenquimal. 
Resulta da inativação de alguns genes (cuja expressão 
define a diferenciação do tecido que sofre metaplasia) e 
desrepressão de outros (que condicionam o novo tipo de 
diferenciação). 
 
São consideradas lesões pré-cancerígenas e o novo tecido 
há uma perda. 
 
Tipos mais frequentes de metaplasia: 
1. Transformação de epitélio estratificado pavimentoso 
não queratinizado em epitélio queratinizado. 
➢ Ocorre no epitélio da boca ou do esôfago em 
consequência de irritação prolongada. 
 
2. Epitélio pseudoestratificado ciliado em epitélio 
estratificado pavimentoso, queratinizado ou não. 
➢ Metaplasia brônquica (escamosa) 
secundária a agressão persistente, cujo 
protótipo é o tabagismo. 
- Menor proteção: há prejuízo na síntese de 
muco e desaparecimento dos cílios, ambos 
importantes como defesa do 
organismo contra infecções. 
 
3. Epitélio glandular seroso em epitélio mucíparo, 
➢ Como acontece na metaplasia intestinal da 
mucosa gástrica; 
4. Tecido conjuntivo em tecido cartilaginoso ou ósseo 
5. Tecido cartilaginoso em tecido ósseo 
 
Em princípio, metaplasia resulta de irritação persistente que 
leva ao surgimento de um tecido mais resistente. 
 
 
PATOLÓGICAS 
- Agressões mecânicas repetidas 
- Irritação por calor prolongado- Irritação química persistente 
- Inflamações crônicas, como nas mucosas brônquicas 
e gástrica (A) 
 
Metaplasia é reversível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISPLASIA 
Displasia é uma condição adquirida caracterizada por 
alterações da proliferação e da diferenciação celulares 
acompanhadas de redução ou perda de diferenciação 
das células afetadas. 
Os exemplos mais conhecidos são displasias epiteliais, nas 
quais ocorrem aumento da proliferação celular e redução 
Aumento na espessura 
das camadas 
Mesmo caso de A. Coloração por PAS-azul de alciano, 
mostrando mucinas ácidas nas células caliciformes (setas 
amarelas) e mucinas neutras em células mucossecretoras (seta 
vermelha). Notar ainda borda em escova (seta preta). 
Metaplasia intestinal no 
estômago. Grande número 
de células caliciformes 
(contendo vacúolos claros 
no citoplasma) e células 
absortivas, com borda em 
escova, não existentes 
normalmente na mucosa 
gástrica. 
 
4 Gabrielle Nunes | P2|2020.1 
na maturação das células, que podem apresentar algumas 
atipias celulares e arquiteturais. 
 
 
 
 
 
 
COMPLEMENTO 
TIREOÍDE 
NORMAL 
 
TIREOÍDE 
ATROFIADA 
+ hiperplasia 
 
TIREOÍDE 
HIPERTROFIADA 
 
 
As células tronco normalmente se encontram na base da 
camada, no entanto, em casos de displasia essas células se 
diferenciam e começam a empurrar as células superiores. A 
medida que sobem em alta velocidade vão apresentando o 
núcleos e com citoplasmas variados no mesmo nível do 
tecido. 
Células imaturas em vários 
níveis

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