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CALORIMETRIA E CALOR ESPECÍFICO EQUIVALENTE MECÂNICO DO CALOR Prof. João Guilherme Nogueira Matias Curso de Engenharia de Computação Curso de Engenharia Elétrica Campus da UFC em Sobral CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ● Revisão teórica – Definição das Grandezas Capacidade Térmica e Calor Específico, Definição de Calorimetria e Calorímetro, Equivalente Mecânico do Calor, Potência e Energia ● Objetivos ● Procedimento experimental ● Resultados experimentais ● Atividades ● Bibliografia DEFINIÇÃO: CAPACIDADE TÉRMICA e CALOR ESPECÍFICO • No estudo da transmissão de calor por sólidos e líquidos definimos a capacidade térmica de um corpo, C, como a razão entre a quantidade de calor recebida ou cedida pelo corpo, Q, e sua mudança de temperatura, T. C = Q/T (1) • O calor específico, c, é a capacidade térmica por unidade de massa do corpo. c = C/m = Q/m.T (2) • O calor específico depende do material de que é feito o corpo. Calores específicos Substância Calor específico - c cal/g.oC J/kg.K - SI Chumbo 0,0305 128 Prata 0,0564 236 Cobre 0,0923 386 Alumínio 0,215 900 Latão 0,092 380 Granito 0,19 790 Vidro 0,20 840 Etanol 0,58 2430 Água doce 1,00 4180 Água do mar 0,93 3900 Gelo 0,53 2220 CALORIMETRIA E CALORÍMETRO • Em um sistema isolado termicamente (o fluxo de calor, recebido ou gerado pelo do sistema, será zero), a energia interna permanece constante e o calor será trocado entre os corpos. • A técnica usada para medir calor específico (calorimetria) envolve aquecer um corpo até determinada temperatura e colocá-lo em contato com uma massa de água em um recipiente isolado termicamente (calorímetro). • Mede-se a temperatura final do sistema e, por conservação de energia, sabemos que o calor cedido pelo corpo quente (Qp) será igual ao calor recebido pela massa de água (Qag) mais o calor recebido pelo calorímetro, ou seja: Qp = Qag + QC (3) Equivalente Mecânico do Calor • Até por volta de 1850, a termodinâmica e a mecânica eram consideradas partes distintas da física. • Em meados do século 19, James Joule e outros mostraram que a energia podia ser adicionada ou retirada de um sistema por meio de calor ou realizando trabalho sobre, ou pelo, sistema. • Hoje sabemos que a energia interna pode ser transformada em energia mecânica e a conservação da energia é um conceito universal. • Em um sistema não conservativo (onde forças de atrito ou de arrasto atuam) verificamos que sua energia mecânica é perdida. • Essa energia mecânica não desaparece, mas é transformada em energia interna do sistema. • A conexão entre energia mecânica e energia interna de um sistema foi primeiro proposta por Benjamim Thompson mas foi Joule que estabeleceu a equivalência entre estas duas formas de energia. • Experimento de Joule – A energia mecânica perdida pela queda das massas m é transformada em energia interna da água, aumentando sua temperatura. Equivalência Joule - Caloria Relação entre caloria e Joule 1 cal = 4,186 J Potência e Energia • A potência elétrica fornecida por uma fonte de tensão e corrente é dada por: P = VI (4) – onde P é a potência fornecida, V é a tensão aplicada e I a corrente elétrica. • A potência é definida como sendo o trabalho realizado, W, por unidade de tempo, t, (P = W/t), mas devido à equivalência entre trabalho e energia ela pode ser escrita como sendo P = E/t ou E = VIt (5) – onde E é a energia fornecida ao sistema. OBJETIVOS • Determinar a capacidade térmica de um calorímetro. • Determinar o calor específico de corpos de prova sólidos. • Comparar os valores medidos com os valores obtidos da literatura. • Determinar a equivalência entre Joule e caloria. MATERIAIS • Calorímetro, provetas, becker, aquecedor elétrico, corpos de prova de alumínio, latão e teflon, termômetros, resistor ôhmico, fonte de corrente e tensão, multímetros digitais, cronômetro Vídeo: Materiais Calorimetria e Calor Específico https://youtu.be/vuuYvlpMZBU PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Capacidade térmica de um calorímetro • Com uma proveta, colete e meça a massa de aproximadamente (não precisa ser exatamente esse valor) 50 ml de água fria. Anote na Tabela 1. Despeje a água no calorímetro, agite, e meça a temperatura inicial do sistema. Anote na Tabela 1. • Aqueça água no béquer até aproximadamente 35°C (não precisa ser exatamente esse valor). Com uma proveta, colete e meça a massa de aproximadamente (não precisa ser exatamente esse valor) 50 ml de água quente. Anote na Tabela 1. • Despeje a água quente no calorímetro, feche-o, agite novamente e meça a temperatura de equilíbrio. Meça e anote na Tabela 1 Vídeo: Prática Capacidade Térmica do Calorímetro https://youtu.be/UZhhqtk4rbA Tabela 1 e Atividade 1 Capacidade térmica de um calorímetro Água Fria Água Quente Temperatura no Equilíbrio (oC) C (cal/oC) Massa (g) Temperatura (oC) Massa (g) Temperatura (oC) 51 21 51 38 29 Atividade 1 ● Com os dados da Tabela 1 e combinando as equações 1, 2 e 3, determine a capacidade térmica, C, do calorímetro usado na prática. Neste caso, o corpo quente é a água quente. – Obs: Use o valor do calor específico da água obtido da literatura, c = 1 cal/g.oC. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Calor específico de corpos de prova sólidos • Com uma proveta, colete e meça a massa de aproximadamente (não precisa ser exatamente esse valor) 100 ml de água na temperatura ambiente. Anote na Tabela 2. Despeje a água no calorímetro, agite, e meça a temperatura inicial do sistema. Anote na Tabela 2 • Meça a massa do corpo de prova de latão e anote seu valor na Tabela 2 • Coloque o corpo de prova em um becker com água e o aqueça até a ebulição. Meça a temperatura deste sistema. Anote na Tabela 2 • Rapidamente, retire o corpo de prova do becker e o coloque no calorímetro, feche e meça a temperatura de equilíbrio. Anote na Tabela 2 • Repita o procedimento anterior para os outros corpos de rova Vídeo: Prática Calorimetria e Calor Específico https://youtu.be/0YNKU3Jwd7c Tabela 2 e Atividade 2 Calor específico de corpos de prova sólidos Corpo de prova Água Corpo de prova Temperatura no Equilíbrio (oC) c (cal/g.oC) Massa (g) Temperatura (oC) Massa (g) Temperatura (oC) Alumínio 100 22 32 92 27 Latão 100 26 98 92 31 Teflon 100 31 14 88 33 Atividade 2 ● Com os dados da Tabela 2 e combinando as equações 1, 2 e 3, determine o calor específico dos corpos de prova, c. – Obs: Use o valor do calor específico da água obtido da literatura, c = 1 cal/g.oC. • Compare os valores dos calores específicos dos corpos de prova medidos neste experimento com os valores obtidos da literatura. Verifique a diferença na medida através da expressão: – Erro (%) = [(Vm – Vl)/ Vl] x 100, onde Vm é o valor medido e Vl é o valor da literatura. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Equivalente mecânico do calor • Determine a capacidade térmica do calorímetro que contem o resistor usando o procedimento descrito na prática “Capacidade Térmica do Calorímetro”. • Meça a massa de aproximadamente (não precisa ser exatamente este valor) 150 ml de água fria cuja temperatura deve ser aproximadamente 10 oC abaixo da temperatura ambiente. • Despeje a água no calorímetro que contem o resistor, tampe-o e meça a temperatura inicial de equilíbrio. • Anote os dados na Tabela 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Equivalente mecânico do calor • Monte o circuito elétrico apresentado esquematicamente na figura ao lado, onde: – R, representa o resistor localizado dentro do calorímetro, – A, representa um amperímetro, – V, representa um voltímetro, e – Ɛ, representa uma fonte de tensão/corrente contínua (CC). Vídeo: Materiais Equivalente Mecânico do Calor AA V A Re Amperímetro Resistor Voltímetro Fonte CC https://youtu.be/noPetdw37go PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Equivalente mecânico do calor • Na fonte fonte CC, escolha um valor de 15 V para aplicar ao resistor. • Inicie a contagem do tempo no momento queenergizar / ligar o circuito. • Meça a tensão e a corrente efetivamente aplicada ao resistor (valores medidos no amperímetro e no voltímetro). Anote na Tabela 3. – Obs: Os valores de corrente e tensão poderão se modificar ao longo do tempo. Escolha um valor, que julgar médio, ao anotar na tabela. • Quando a temperatura atingir aproximadamente 10 oC acima da temperatura ambiente (não precisa ser exatamente este valor), desligue a tensão da fonte, ao mesmo tempo que desliga o cronômetro finalizando a contagem do tempo. • Aguarde a temperatura estabilizar e meça seu valor. • Anote tempo e temperatura na Tabela 3. Vídeo: Prática Equivalente Mecânico do Calor https://youtu.be/eLToHiS-WIg Tabela 3 e Atividade 3 Equivalente mecânico do calor Massa de Água (g) Temperatura Inicial (oC) Tensão (V) Corrente (A) Tempo (s) Temperatura Final (oC) Relação Joule/Caloria 150 19 14,5 1,5 540 36 Atividade 3 • Com os dados da Tabela 3 e combinando as equações 1, 2, 3 e 5, determine o valor da relação Joule/caloria e compare o valor obtido no procedimento com o valor da literatura: 4,186 J/cal. – Obs: Use o valor do calor específico da água obtido da literatura, c = 1 cal/g.oC. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18
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