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Processo Digestivo da Boca ao Estômago

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Digestão alimentar 
1. Descrever o processo 
digestivo da boca ao 
estômago 
Mastigação 
O trato alimentar abastece o corpo com 
suprimento contínuo de água, eletrólitos, vitaminas 
e nutrientes. 
Esse abastecimento requer diversas etapas que 
incluem mecanismos de controle os quais 
estudaremos a seguir, iniciando pelo processo de 
mastigação. 
A mastigação é fundamental para a digestão de 
todos os alimentos. É nela que a área de superfície 
total do alimento aumenta, deixando as enzimas 
livres para agir, já que tais enzimas só agem nas 
superfícies das partículas dos alimentos, facilita o 
transporte do alimento ao longo do sistema 
digestório e rompe membranas de celulose 
indigeríveis nas superfícies das partículas de 
alimentos. 
Os dentes, portanto, são adaptados 
engenhosamente para esse processo: os incisivos 
cortam e os molares trituram. Além dos dentes, a 
mastigação envolve músculos também, sendo a 
maioria deles inervados pelo ramo motor do 
quinto nervo craniano e o ato de mastigar 
propriamente dito sendo controlado por núcleos 
no tronco encefálico. 
Grande parte do processo de mastigação é 
ocasionada pelo reflexo de mastigação: 
A presença do bolo alimentar na boca, primeiro, 
desencadeia a inibição reflexa dos músculos da 
mastigação, permitindo que a mandíbula inferior se 
abaixe. 
Isso inicia o reflexo de estiramento dos músculos 
mandibulares que leva à contração reflexa. 
Essa ação automaticamente eleva a mandíbula, 
causando cerramento dos dentes e comprimindo 
o bolo nas cavidades da parede bucal, o que inibe 
mais uma vez os músculos mandibulares, 
permitindo que a mandíbula desça e suba. 
Esse processo então repete-se várias vezes 
Deglutição 
O processo de deglutição é um pouco mais 
complexo já que a faringe é um órgão comum ao 
sistema digestório e respiratório. Então, é 
extremamente importante que a respiração não 
seja comprometida nesse estágio. A deglutição 
pode ser dividida em 3 estágios: estágio voluntário, 
que vai iniciar o processo de deglutição, o estágio 
faríngeo que é involuntário e corresponde a 
passagem do alimento até o esôfago e o estágio 
esofágico, que é uma outra fase involuntária que 
transporta o alimento da faringe até o estômago. 
Estágio voluntário: 
Faz referência ao estágio em que o alimento está 
prestes a ser deglutido, onde o mesmo é 
voluntariamente comprimido e empurrado para 
trás em direção a faringe pela pressão exercida 
pela língua para cima e para trás contra o palato, 
tornando a partir daí o processo quase que todo 
automático. 
Estágio involuntário da deglutição: 
Esse bolo alimentar então atinge a parte posterior 
da cavidade bucal e a faringe, estimulando áreas de 
receptores epiteliais da deglutição ao redor da 
abertura da faringe, localizados especialmente nos 
pilares tonsilares e seus impulsos passam para o 
tronco encefálico, o que desencadeia uma série de 
contrações faríngeas automáticas. 
O palato é empurrado para cima de maneira a 
fechar a parte posterior da cavidade nasal evitando 
o refluxo do alimento. 
As pregas palatofaríngeas são empurradas 
medialmente de forma a se aproximarem e 
formarem uma fenda. Tal abertura realiza uma 
ação seletiva, permitindo que somente o alimento 
suficientemente mastigado passe por ela. 
As cordas vocais se aproximam e a laringe é 
puxada para cima e para frente pelos músculos do 
pescoço. Essas ações combinadas com a presença 
de ligamentos que impedem o movimento para 
cima da epiglote, fazem com que essa epiglote se 
mova para trás. O conjunto desses efeitos impede 
a passagem do alimento para o nariz e para a 
traqueia. 
Esse movimento para cima da laringe também 
puxa e dilata a abertura do esôfago, ao mesmo 
tempo, o esfíncter esofágico superior se relaxa 
facilitando a movimentação do alimento da faringe 
posterior para o esôfago superior. Entre as 
deglutições, esse esfíncter permanece fortemente 
contraído, evitando a entrada de ar no esôfago 
durante a respiração. 
A elevação da laringe também eleva a glote 
afastando-a do fluxo principal do alimento de 
modo que o bolo alimentar passe ao lado da 
epiglote ao invés de passar ao longo dela. 
O peristaltismo esofágico se inicia então quando a 
laringe se eleva e o esfíncter faringoesofágico é 
relaxado. Toda parede muscular da faringe se 
contrai, iniciando na parte superior da faringe e 
progredindo longo em seguida para a parte medial 
e inferior dela, o que impulsa o alimento até o 
esôfago. 
Em suma, a traqueia se fecha, o esôfago se abre, e 
a onda peristáltica rápida, iniciada pelo sistema 
nervoso da faringe, força o bolo alimentar para a 
parte superior do esôfago 
 
A função primária do esôfago é conduzir 
rapidamente o alimento da faringe para o 
estômago e todos os seus movimentos são 
coordenados especificamente para essa função. O 
esôfago normalmente apresenta dois tipos de 
peristaltismo: o peristaltismo primário e o 
secundário. 
O peristaltismo primário seria a continuação da 
onda peristáltica que começa na faringe durante o 
estágio faríngeo da deglutição. Se a onda primária 
não é suficiente para mover esse bolo alimentar, 
entra em ação as ondas secundárias. Essas, por sua 
vez, resultam da distensão do próprio esôfago 
pelo alimento retido e continuam até o completo 
esvaziamento do esôfago. 
Na porção final do esôfago, encontra-se o 
esfíncter gastroesofágico que, em condições 
normais, permanece tonicamente contraído 
gerando uma pressão intraluminal no esôfago de 
ordem de 30mmHg em contraste com a porção 
medial do esôfago que normalmente permanece 
relaxada. Quando essa onda peristáltica da 
deglutição desce pelo estômago, ocorre o 
relaxamento receptivo do esfíncter esofágico 
inferior, permitindo a fácil propulsão do alimento 
deglutido para o estômago. 
 
À medida que esse alimento entra no estômago, 
formam-se círculos concêntricos de alimentos na 
porção oral do estômago. Imediatamente, o 
alimento que estiver presente no estômago entra 
em contato com as secreções gástricas. Durante a 
permanência dos alimentos no estômago, ele sofre 
a ação de ondas de mistura que são ondas 
constritivas peristálticas fracas, iniciadas na porção 
média superior da parede gástrica e deslocadas na 
direção do antro. 
À medida que essas ondas constritivas ganham 
intensidade, anéis constritivos são formados a fim 
de forçar o conteúdo alimentar no antro em 
direção ao piloro. Porém, a abertura do piloro é 
pequena então apenas alguns ml do conteúdo 
antral passam para o duodeno a cada onda 
peristáltica. O próprio músculo pilórico também 
se contrai a cada aproximação de onda peristáltica 
impedindo ainda mais o esvaziamento pelo piloro. 
Assim, grande parte do conteúdo antral premido 
pelo anel peristáltico é lançado de volta na direção 
do corpo do estômago. A combinação desses dois 
mecanismos gera a retropulsão que é um 
mecanismo de mistura extremamente importante 
no estômago 
 
Depois de o alimento ter sido bem misturado 
com as secreções gástricas, a mistura que passa 
para o intestino é denominado quimo. O grau de 
fluidez do quimo que deixa o estômago depende 
das quantidades relativas dos alimentos, da água, 
das secreções gástricas e do grau de digestão que 
ocorreu. 
 
O esvaziamento do estômago é promovido por 
intensas contrações peristálticas no antro gástrico. 
Ao mesmo tempo, o esvaziamento é reduzido por 
graus variados de resistência à passagem do quimo 
pelo piloro. 
Na maior parte do tempo, as contrações 
realizadas pelo estômago são fracas. Porém, cerca 
de 20% delas têm uma intensidade maior, 
começando na porção média do órgão e 
progredindo no sentido caudal formando anéis de 
constrição que esvaziam o estômago. À medida 
que o estômago esvazia essas contrações 
começam a se aproximar ao corpo do estômago, 
misturando-o com o quimo no antro. 
Cada intensa onda peristáltica dessaforça vários 
mililitros de quimo para o duodeno em uma ação 
denominada bomba pilórica. A velocidade e 
intensidade com que o estômago se esvazia é 
regulada por sinais tanto do estômago, como do 
duodeno, sendo os sinais do duodeno bem mais 
potentes 
O volume de alimentos promove maior 
esvaziamento gástrico. A dilatação da parede 
gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais 
que acentuam bastante a atividade da bomba 
pilórica e, ao mesmo tempo, inibem o piloro. 
 
Quando o quimo entra no duodeno, são 
desencadeados múltiplos reflexos nervosos com 
origem na parede duodenal. Eles voltam para o 
estômago e retardam ou mesmo interrompem o 
esvaziamento gástrico se o volume de quimo no 
duodeno for excessivo. 
Esses reflexos paralelos têm dois efeitos sobre o 
esvaziamento do estômago: primeiro, inibem 
fortemente as contrações propulsivas da “bomba 
pilórica” e, em segundo lugar, aumentam o tônus 
do esfíncter pilórico. Existem também hormônios 
que são capazes de inibir o esvaziamento gástrico. 
1.3. Salivas e glândulas 
salivares 
Em todo tratogastrointestinal, as glândulas 
secretoras servem a duas funções primárias: 
enzimas digestivas são secretadas na maioria das 
áreas do trato alimentar, desde a boca até a 
extremidade distal do íleo; glândulas mucosas, 
desde a boca até o ânus, proveem muco para 
lubrificar e proteger todas as partes do trato 
alimentar. 
A maioria das secreções digestivas é formada em 
resposta a presença de alimento no trato 
alimentar. A quantidade secretada é proporcional 
a quantidade necessária para uma boa digestão. 
Os tipos de enzimas e os outros constituintes das 
secreções variam de acordo com os tipos de 
alimentos ingeridos. 
A produção dessas substâncias orgânicas segue 
alguns princípios como: 
1. O material nutriente necessário para 
formação da secreção tem que se difundir 
ou ser ativamente transportado pelo 
sangue 
2. Muitas mitocôndrias presentes no interior 
da célula glandular utilizam energia 
derivada da oxidação para formar ATP 
3. A energia desse ATP mais os substratos 
providos dos nutrientes são usados para 
sintetizar as substâncias orgânicas das 
secreções, especialmente sintetizadas pelo 
ribossomo 
4. Os materiais dessas secreções são 
transportados através de túbulos do 
retículo endoplasmático até o complexo 
de Golgi 
5. No complexo de Golgi, as substâncias são 
modificadas, acrescentadas, concentradas, 
sob a forma de vesículas secretoras 
6. Essas vesículas permanecem armazenadas 
até que sinais de controle nervosos ativem 
a secreção de seus conteúdos vesiculares 
pela superfície celular 
A secreção de água e eletrólitos é extremamente 
importante para acompanharem as substâncias 
orgânicas 
As principais glândulas salivares são as glândulas 
parótidas, submandibulares e sublinguais, além de 
diversas minúsculas glândulas orais. 
A saliva contém dois tipos de secreção de 
proteína: a secreção serosa contendo ptialina (uma 
alfa-amilase) que é uma enzima para digestão de 
amido e a secreção mucosa contendo mucina para 
lubrificar e proteger as superfícies. 
A saliva tem uma grande quantidade de íons, 
especialmente de sódio e potássio. Os ácinos 
produzem uma secreção inicial contendo ptialina e 
mucina em concentrações de íons bem próximas 
àquelas encontradas no líquido extracelular. À 
medida que essa secreção flui pelos ductos, 
ocorrem dois processos importantes que 
modificam a composição iônica da saliva. Primeiro: 
íons sódio são reabsorvidos ativamente nos ductos 
salivares e íons potássios são ativamente 
secretados por troca do sódio. A concentração de 
íons da saliva diminui, enquanto a concentração de 
íons potássio fica maior. Essa reabsorção de sódio 
excede a secreção de potássio, criando uma 
negatividade na qual permite que os íons cloreto 
passem passivamente pelos ductos salivares. Há 
também uma produção de bicabornato pelo 
epitélio dos ductos em direção aos ductos do 
lúmen em resposta a entrada de íons cloreto 
nesses ductos. 
Salivas são produzidas a cada minuto, quase 
inteiramente do tipo mucoso, tendo sua 
quantidade reduzida durante o sono. Essa 
secreção tem função extremamente importante 
para a manutenção da saúde dos tecidos orais, 
prevenindo a deterioração dos tecidos e cáries. 
Esse fluxo de saliva ajuda: lavar a boca das 
bactérias patogênicas que se alimentam de 
partículas de alimentos. Contém íons tiocianato e 
diversas enzimas proteolíticas, como a lisozima, 
que são fundamentais também nessa ação 
antibacteriana, além de conter quantidades 
significativas de anticorpos proteicos essenciais 
para o combate dessas bactérias 
Secreção esofágica 
O esôfago também produz secreções quase 
totalmente mucosas que tem como principal 
função fornecer lubrificação para a deglutição. No 
corpo principal do esôfago, existem glândulas 
mucosa simples e na sua terminação gástrica 
existem glândulas mucosas compostas as quase 
produzem um muco responsável por proteger a 
parede esofágica da digestão por sucos gástricos 
ácidos que refluem do estômago com frequência. 
1.1. Suco gástrico 
Além de células secretoras de muco que revestem 
toda a superfície desse estômago, a mucosa 
gástrica apresenta outros dois tipos importantes 
de glândulas tubulares: glândulas oxínticas 
(gástricas) e glândulas pilóricas. As glândulas 
oxínticas, são encontradas em maior parte e ficam 
localizadas no fundo do estômago, secretam ácido 
clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco. 
Já as glândulas pilóricas são encontradas na porção 
antral do estômago e constituem uma menor 
parte, elas secretam muco para proteger a mucosa 
pilórica do ácido gástrico. Elas também secretam 
um hormônio denominado gastrina. 
A glândula gástrica típica é composta por 3 tipos 
de células: as células mucosas do cólon, células 
pépticas que secretam grande quantidade de 
pepsinogênio e células parietais que secretam 
ácido clorídrico e fator intrínseco. 
Células oxínticas 
As células oxínticas secretam uma solução 
extremamente ácida contendo ácido clorídrico e 
consequentemente, uma grande concentração de 
íons hidrogênio. O ácido clorídrico dessa solução é 
formado nas projeções em forma de vilos nos 
canalículos e então, é conduzido desses canalículos 
até a extremidade secretora da célula. A principal 
força-motriz para a secreção desse ácido 
clorídrico pelas células parietais é a bomba de 
hidrogênio-potássio-potássio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A maior parte da capacidade do estômago de 
prevenir o vazamento do ácido de volta pode ser 
atribuída à barreira gástrica, devido a formação de 
muco alcalino e junções estreitas entre as células 
epiteliais 
Diferentes tipos de pepsinogênio são secretados 
pelas células mucosas e pépticas das glândulas 
gástricas, porém todos têm as mesmas funções 
básicas. Quando o pepsinogênio é secretado, ele 
não tem função digestiva. Mas ao entrar em 
contato com o ácido clorídrico, o pepsinogênio é 
clivado para formar a pepsina ativa a qual tua 
como enzima proteolítica em meio muito ácido. 
 
A substância fator intrínseco que é essencial para a 
absorção de vitamina B12 no íleo, é secretada 
pelas células parietais, juntamente com a secreção 
de ácido clorídrico. Caso eu tenha algum defeito 
nessa produção, estimulação da medula óssea pela 
vitamina B12 fica comprometida, prejudicando a 
maturação de hemácias culminando em uma 
anemia. 
Glândulas pilóricas 
As glândulas pilóricas contêm poucas células 
pépticas e quase nenhuma célula parietal. Possuem 
especialmente células mucosas idênticas às 
encontradas nas glândulas oxínticas e também 
liberam o hormônio gastrina, que tem papel 
crucial no controle da secreção gástrica. As células 
mucosas da glândula pilórica denominadas células 
mucosas superficiais, secretam grande quantidade 
de muco muito viscoso que recobre a mucosa 
gástrica com camada gelatinosade mucosa a qual 
contribui também para a lubrificação do 
transporte de alimento e a proteção da parede 
gástrica em relação a secreção ácida do estômago 
por conta da sua alcalinidade 
Fases da secreção gástrica 
Fase cefálica: Ocorre antes mesmo do alimento 
ser ingerido. Resulta da visão, do odor, da 
lembrança ou do sabor do alimento. São 
originadas de sinais neurogênicos que são levados 
ao longo do trato gastrointestinal. Essa fase da 
secreção corresponde a aproximadamente 30% 
da secreção gástrica 
Fase gástrica: Corresponde a entrada de alimento 
no estômago, o qual leva a secreção de suco 
gástrico por várias horas, durante a permanência 
do alimento no estômago. Corresponde a cerca 
de 60% da secreção gástrica 
Fase intestinal: Corresponde a entrada de alimento 
no intestino delgado, culminando na secreção de 
suco gástrico, provavelmente pela quantidade de 
gastrina liberada pela mucosa duodenal. 
Corresponde a 10% da produção de suco 
2. Caracterizar a função dos 
hormônios na digestão 
 2.1. Relacionar o papel 
neuroendócrino com a digestão 
Hormônios: 
Os hormônios gastrointestinais são liberados na 
circulação porta e exercem as ações fisiológicas 
em células-alvo, com receptores específicos para o 
hormônio. Em termos químicos, esses hormônios 
são polipeptídeos ou seus derivados. Os efeitos 
desses hormônios persistem mesmo depois de 
todas as conexões nervosas serem interrompidas 
Ao entrar no duodeno, as gorduras provocam 
liberação de diversos hormônios pelo epitélio 
duodenal e jejunal por ligações a receptores nas 
células epiteliais. Os hormônios são transportados 
pelo sangue para o estômago onde inibem a 
bomba pilórica ao mesmo tempo em que 
aumentam a força de contração do esfíncter 
pilórico. Exemplos desses hormônios são: 
Colecistocinina: a colecistocinina (CCK) é secretada 
pelas células “I” da mucosa do duodeno e do 
jejuno, em especial em resposta aos produtos da 
digestão de gorduras, ácidos graxos e 
monoglicerídeos nos conteúdos intestinais. Esse 
hormônio age como inibidor, bloqueando o 
aumento da motilidade gástrica causado pela 
gastrina 
Hormônios secretina e o peptídeo insulinotrópico 
dependente de glicose, também chamado de 
peptídeo inibidor gástrico (GIP): é liberada 
principalmente pela mucosa duodenal, em 
resposta ao ácido gástrico que sai do estômago 
em direção ao piloro. No geral, esse hormônio 
tem um fraco efeito sobre a diminuição da 
motilidade gástrica. Sua maior eficiência está em 
estimular a secreção de insulina pelo pâncreas 
Gastrina: A secreção de ácido clorídrico é 
controlada por sinais nervoso e endócrinos. 
As células parietais são controlas por outros tipos 
de células chamadas de células semelhantes às 
enterocromafins (células ECL) cuja função primária 
é secretar histamina. As células ECL estão 
localizadas na submucosa, bem próximas das 
glândulas oxínticas, liberando histamina no espaço 
entre elas. A intensidade da secreção de ácido 
clorídrico então é diretamente proporcional a 
quantidade de histamina que é secretada pelas 
células ECL. Essa secreção de histamina é 
estimulada através do hormônio gastrina 
A gastrina, portanto, é secretada pelas células 
gástricas ou células “G” localizadas nas glândulas 
pilóricas do antro do estômago em resposta aos 
estímulos associados à ingestão de refeição como 
distensão do estômago, produtos da digestão das 
proteínas, principalmente das carnes. Quando os 
alimentos proteicos chegam a essa região do 
estômago algumas dessas proteínas tem efeito 
estimulador sobre as células da gastrina nas 
glândulas pilóricas, causando a liberação de gastrina 
no sangue para ser transportado para as células 
ECL do estômago. A mistura dos sucos gástricos 
transporta a gastrina rapidamente para as células 
ECL, causando a liberação de histamina que age 
diretamente nas glândulas oxínticas profundas. A 
ação da histamina é rápida, estimulando a secreção 
de ácido clorídrico gástrico. 
As ações primárias da gastrina são: estimulação da 
secreção gástrica de ácido e estimulação do 
crescimento da mucosa gástrica, além de 
intensificar a ação da bomba pilórica. 
Acetilcolina: a acetilcolina liberada pela estimulação 
parassimpática excita a secreção de pepsinogênio 
pelas células pépticas, de ácido clorídrico pelas 
células parietais e de muco pelas células da 
mucosa 
Secretina: tem ação maior sobre o controle da 
secreção pancreática, porém também exerce 
controle sobre a inibição gástrica. O peptídeo 
insulinotrópico dependente de glicose (peptídeo 
inibidor gástrico), o polipeptídeo intestinal 
vasoativo e a somatostatina também tem feitos 
leves a moderados na inibição da secreção gástrica. 
Regulação nervosa: 
Mastigação: A maioria dos músculos da mastigação 
é inervada pelo ramo motor do quinto nervo 
craniano, e o processo de mastigação é 
controlado por núcleos no troco encefálico. A 
estimulação de áreas reticulares específicas, nos 
centros do paladar do tronco cerebral são as 
responsáveis por causar movimentos de 
mastigação rítmicos