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Livro Eletrônico Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 1 Sumário Introdução ......................................................................................................................... 2 Cronograma de Aulas ........................................................................................................................ 3 Motivação da Aula ............................................................................................................................ 4 1. Contextualização ........................................................................................................... 5 2. Formação da Opinião e Emissão do Relatório ................................................................ 8 3. Opinião modificada ...................................................................................................... 20 4. Parágrafos de Ênfase e de Outros Assuntos ................................................................. 30 4.1 – Parágrafo de Ênfase ............................................................................................................... 31 4.1 – Parágrafo de Outros Assuntos ............................................................................................... 35 5. Novidades sobre a opinião do Auditor ......................................................................... 39 6. Manual de Auditoria Governamental do TCE RJ ........................................................... 41 7. Lista de Questões de Concursos Anteriores .................................................................. 44 8. Gabarito....................................................................................................................... 52 9. Questões de Concursos Anteriores Resolvidas e Comentadas ...................................... 53 10. Respostas das questões subjetivas ............................................................................. 77 11. Resumo em mapas, esquemas e tópicos .................................................................... 81 12. Bibliografia ................................................................................................................ 86 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 2 INTRODUÇÃO Olá, amigos do Estratégia Concursos, tudo bem? Chegamos à sétima aula do nosso CURSO DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL P/ TCE RJ (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO), focado na banca CESPE. Havendo qualquer dificuldade na compreensão da teoria ou na resolução dos exercícios, não deixe de entrar em contato conosco pelo fórum de dúvidas e também por meio de nossas redes sociais! Vamos à nossa aula! Tonyvan Carvalho (@professortonyvancarvalho) Guilherme Sant’Anna (@prof.guilhermesantanna) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 3 CRONOGRAMA DE AULAS Aula Tema Início em Progresso Porcentagem Aula 0 Auditoria: conceitos, objetivos e exercícios práticos. Aspectos gerais do auditor. - 10% 10% Aula 1 Auditoria Interna: NBC TI 01. - 5% 15% Aula 2 Planejamento da auditoria. Papéis de trabalho e documentação de auditoria. - 5% 20% Aula 3 Amostragem em auditoria. Supervisão e controle de qualidade. - 10% 30% Aula 4 Risco de auditoria. Relevância na auditoria. Fraude e erro. - 5% 35% Aula 5 Procedimentos e técnicas de auditoria. Evidência de auditoria. - 10% 45% Aula 6 Relatório de auditoria. - 10% 55% Aula 7 Governança no setor público. Controles Internos segundo o COSO Internal Control – Integrated Framework (2013) e COSO Enterprise Risk Management – Integrated Framework (2004). 28/mai 10% 65% Aula 8 Auditoria Governamental: tipos, formas e abrangência. Auditoria de Regularidade e Auditoria Operacional. 07/jun 10% 75% Aula 9 Instrumentos de fiscalização: auditoria, levantamento, monitoramento, acompanhamento e inspeção. Procedimentos em processos de tomadas e prestações de contas. 17/jun 10% 85% Aula 10 Normas do TCE RJ utilizadas no processo de auditoria. 27/jun 10% 95% Aula 11 Simulado e revisão em mapas mentais 07/jul 5% 100% Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 4 MOTIVAÇÃO DA AULA Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir. LISTA DE PERGUNTAS 1) O que é e como é formada a opinião do auditor? 2) Em que circunstâncias o auditor deve emitir um relatório com opinião não modificada? 3) Em que circunstâncias o auditor deve emitir um relatório com opinião modificada? 4) Quais os tipos de opinião modificada? 5) Quando deve ser emitida opinião com ressalva? 6) Quando deve ser emitida opinião adversa? 7) Quando deve ser emitido relatório com abstenção de opinião? 8) Qual deve ser a data do relatório de auditoria? 9) Qual a atitude a ser tomada pelo auditor se as demonstrações elaboradas de acordo com os requisitos de estrutura de apresentação adequada não atingem uma apresentação adequada? 10) Qual a atitude a ser tomada pelo auditor quando as demonstrações são elaboradas de acordo com a estrutura de conformidade? E no caso dessas demonstrações serem enganosas? 11) Qual deve ser a atitude do auditor no caso de limitação ao alcance da auditoria imposta pela administração após a aceitação dos trabalhos? 12) O que é e quando se aplica o Parágrafo de ênfase? 13) O que é quando se aplica o Parágrafo de Outros Assuntos? 14) Cite exemplos de situações que ensejam o uso do parágrafo de ênfase. 15) De acordo com o Manual de Auditoria Governamental do TCE RJ, quais elementos devem estar presentes na estrutura do relatório de auditoria? 16) Segundo o Manual, que atributos de qualidade devem ser observados pelo Relatório? Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 5 1. CONTEXTUALIZAÇÃO De acordo com as normas de auditora, são objetivos gerais do auditor: Expressar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TA, em conformidade com as suas constatações. Percebam que a emissão de opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis à estrutura aplicável é objetivo fundamental da auditoria e do auditor independente. E por qual meio o auditor expressa sua opinião? Por meio do Relatório de Auditoria – nosso tema de hoje. Relatório de auditoria, anteriormente denominado parecer de auditoria, é a nova expressão atribuída pelas normas internacionais de auditoria ao instrumento por meio do qual o auditor apresenta a conclusão de seus trabalhos, na forma de uma opinião. (LONGO, 2011). Opinião é a conclusão apresentada no relatório de auditoria, que pode ser uma opinião não modificada (também referida como sem modificações ou “opinião limpa”) ou uma opinião modificada. A opinião não modificada é expressa peloauditor quando ele conclui que as demonstrações financeiras foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável; enquanto a opinião modificada compreende a opinião com ressalva, adversa ou a abstenção de opinião. (LONGO, 2011). Para formar a opinião de auditoria, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, não apresentam distorções relevantes, sejam elas decorrentes de fraude ou erro. Essa conclusão deve levar em consideração se: a) foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente; b) as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, são relevantes; c) as demonstrações financeiras divulgam adequadamente as práticas contábeis selecionadas e aplicadas; d) as práticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável e são apropriadas; e) as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis; f) as informações apresentadas nas demonstrações financeiras são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis; g) as demonstrações financeiras fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações financeiras; e Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 6 h) a terminologia usada nas demonstrações financeiras, incluindo o título de cada demonstração financeira, é apropriada; e i) se as demonstrações financeiras propiciam uma apresentação adequada especialmente: I) quanto à apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras; e II) se as demonstrações financeiras, incluindo as notas explicativas, representam as transações e eventos subjacentes de modo a alcançar uma apresentação adequada. O auditor deve emitir um relatório de auditoria com opinião não modificada quando ele não tiver tido qualquer limitação ao alcance de seu trabalho e puder concluir que as demonstrações financeiras foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Por outro lado, o relatório de auditoria deve conter opinião modificada quando o auditor: a) concluir, com base na evidência de auditoria obtida, que as demonstrações financeiras apresentam distorções relevantes; ou b) não conseguir obter evidência de auditoria suficiente e apropriada para concluir que as demonstrações financeiras não apresentam distorções relevantes. O esquema a seguir apresenta as linhas gerais sobre a forma de opinião de auditoria a ser emitida. Veja: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 7 Ao formar sua opinião sobre as demonstrações financeiras, o auditor pode concluir que é necessário emitir um relatório diferente do padrão (ou seja, um relatório diferente do “limpo”). Nesse caso, serão incluídas modificações, seja por meio de ressalvas ou outras modificações, e o relatório de auditoria conterá uma opinião modificada. A opinião modificada pode ser uma: opinião com ressalva ou qualificada, opinião adversa ou abstenção de opinião. Tipos de opinião modificada: Com ressalva Opinião Adversa Abstenção de opinião Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 8 2. FORMAÇÃO DA OPINIÃO E EMISSÃO DO RELATÓRIO A NBC TA 700 - Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis trata da responsabilidade do auditor independente para formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis e da forma e do conteúdo do relatório emitido como resultado da auditoria. Os objetivos específicos do auditor são: (a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões alcançadas pela evidência de auditoria obtida; e (b) expressar claramente essa opinião por meio de relatório por escrito. Em linhas gerais, a NBC TA 700 apresenta as circunstâncias em que o auditor deve emitir uma opinião não modificada ou modificada (com ressalva, adversa e abstenção de opinião) – vistas na Contextualização; expõe o formato e a composição do relatório, ou seja, as seções que dele fazem parte (destaque para a seção “Responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis” – a mais cobrada em provas); bem como traz alguns detalhes importantes, como por exemplo a data do relatório do auditor. Apresentaremos a seguir – “na veia” – um extrato dos principais tópicos da NBC TA 700, sempre destacando aqueles cobrados em prova de forma recorrente com nossas “corujinhas”. Cada “corujinha” faz menção ao item da norma que aparece na sequência. Ao resolvermos questões, você perceberá claramente que as bancas dão preferência a um grupo “restrito” de itens. 7. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os seguintes significados: [...] Estrutura de relatório financeiro para fins gerais é a estrutura de relatório financeiro elaborada para satisfazer às necessidades de informações financeiras comuns de ampla gama de usuários. A estrutura de relatório financeiro pode ser uma estrutura de apresentação adequada ou uma estrutura de conformidade. Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. [...] Observação: a opinião não modificada também é chamada de opinião “limpa”, ou ainda “sem ressalvas”). Formação da opinião sobre as demonstrações contábeis Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 9 10. O auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 11. Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Essa conclusão deve levar em consideração: (a) se, na conclusão do auditor, foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente; (b) se, na conclusão do auditor, distorções não corrigidas são relevantes, individualmente ou em conjunto; e [...] Forma da opinião 16. O auditor deve expressar uma opinião não modificada quando concluir que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 17. O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705 se: (a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou (b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. Observação: reparem que a letra “b” acima traz uma dupla negação (auditor NÃO consegue evidências de que as demonstraçõesNÃO contém distorções relevantes) 18. Se as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com os requisitos de uma estrutura de apresentação adequada não atingem uma apresentação adequada, o auditor deve discutir o assunto com a administração e, dependendo dos requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável e como o assunto é resolvido, deve determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705. Observação: o item acima noz diz que o auditor deve discutir com a administração, ou ainda verificar se é necessário modificar sua opinião, quando concluir que as demonstrações – ainda que elaboradas conforme os requisitos aplicáveis – não atingem uma apresentação adequada. 19. Quando as demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com a estrutura de conformidade, o auditor não precisa avaliar se as demonstrações contábeis atingem uma apresentação adequada. Entretanto, se, em circunstâncias extremamente raras, o auditor concluir que essas demonstrações contábeis são enganosas, ele deve discutir o assunto com a administração e, dependendo de como o assunto for resolvido, ele deve determinar a necessidade e a forma de comunicar isso no seu relatório. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 10 Relatório do auditor independente 20. O relatório do auditor deve ser por escrito. Observação: a informação acima nos parece óbvia, mas ainda assim as bancas tentarão confundi-los, afirmando que o relatório pode ser produzido de outra maneira (verbal ou oral, por exemplo). Observação: os itens a seguir não costumam cair tanto em provas. Trouxemo-nos nesse momento mais a título ilustrativo. Desse tema (formato do relatório), o que mais aparece em provas é a seção Responsabilidade do Auditor, especialmente o item 38. Relatório do auditor para auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria Título 21. O relatório do auditor deve ter título que indique claramente que é o relatório do auditor independente. Destinatário 22. O relatório do auditor deve ser endereçado conforme exigido pelas circunstâncias do trabalho. Esclarecendo: em regra, o relatório é endereçado às pessoas para quem é elaborado, ou seja, acionistas, responsáveis pela governança, etc. Eventualmente, caso não proibido por lei ou regulamento, o relatório PODE especificar para quem o ele deve ser endereçado. Opinião do auditor 23. A primeira seção do relatório do auditor deve incluir a opinião do auditor independente e deve ter “Opinião” como título. 24. A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve: (a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas; (b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; (c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; (d) fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; e Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 11 (e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. 25. Ao expressar uma opinião não modificada sobre demonstrações contábeis elaboradas de acordo com a estrutura de apresentação adequada, a opinião do auditor deve utilizar uma das seguintes frases, que são consideradas equivalentes: (a) “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes,… de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”; ou (b)“Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam uma visão verdadeira e justa… de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”. [...] Observação: antes da atualização da NBC TA 700 (ocorrida em 2016), utilizava-se para essa primeira parte do relatório a denominação “parágrafo introdutório”. Como vimos acima, hoje dá-se o nome de seção “Opinião”. Base para opinião 28. O relatório do auditor deve incluir uma seção, logo após a seção “Opinião”, com o título “Base para opinião”, que: (a) declare que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas de auditoria; (b) referencie a seção que descreve as responsabilidades do auditor, segundo as normas de auditoria; (c) inclua a declaração de que o auditor é independente da entidade de acordo com as exigências éticas relevantes relacionadas com a auditoria e que ele atendeu às outras responsabilidades éticas do auditor de acordo com essas exigências. A declaração deve identificar a jurisdição de origem das exigências éticas relevantes ou referir-se ao Código de Ética do International Ethics Standards Board for Accountants (Iesba) da Federação Internacional de Contadores (Ifac); e (d) declare se o auditor acredita que a evidência de auditoria obtida por ele é suficiente e apropriada para fundamentar sua opinião. Observação: antes da atualização da NBC TA 700 (ocorrida em 2016), a declaração de que a auditora é conduzida de acordo com as normas (alínea “a” acima) fazia parte da seção “Responsabilidade do Auditor”. Outro ponto de destaque é que a seção Base para opinião deve vir logo após a seção Opinião. [...] Responsabilidades pelas demonstrações contábeis 33. O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis”. O relatório do auditor não precisa referir-se especificamente à “administração”, mas deve usar o termo que é apropriado no contexto da estrutura legal. Em algumas jurisdições, a referência apropriada pode ser os responsáveis pela governança. 34. Essa seção do relatório do auditor deve explicar a responsabilidade da administração pela: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 12 (a) elaboração das demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos que a administração determinar que sejam necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro; e (b) avaliação da capacidade da entidade de manter a continuidade operacional (...), e se o uso da base contábil de continuidade operacional é apropriado, assim como divulgar, se aplicável, questões relacionadas com a continuidade operacional (...). [...] Responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis 37. O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. 38. Essa seção do relatório do auditor deve declarar que: (a) os objetivos do auditor são: (i) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de distorção relevante, independentemente de se causada por fraude ou erro; e (ii) emitir um relatório que inclua a opinião do auditor; (b) segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não é uma garantia de que uma auditoria conduzida, de acordo com as normas de auditoria sempre detectará uma distorção relevante, quando ela existir; e (c) as distorções podem decorrer de fraude ou erro, e: (i) descrever que elas são consideradas relevantes se, individualmente ou em conjunto, pudesse ser razoavelmente esperado que elas influenciassem as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstraçõescontábeis; ou (ii) fornecer uma definição ou descrição da materialidade de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Esclarecendo: várias declarações que devem estar presentes nesta seção se relacionam com os objetivos gerais da auditoria e do auditor, ou mesmo com o conceito de materialidade/relevância – tópicos estudados em outras aulas de nossos cursos. 39. A seção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis” do relatório do auditor deve também: (a) declarar que, como parte da auditoria de acordo com as normas de auditoria, o auditor exerce o julgamento profissional e mantém o ceticismo profissional durante toda a auditoria; e (b) descrever a auditoria especificando que as responsabilidades do auditor são: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 13 (i) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejar e executar procedimentos de auditoria que respondam a esses riscos e obter evidência de auditoria que seja suficiente e apropriada para fornecer uma base para a opinião do auditor. O risco de não se detectar uma distorção relevante resultante de fraude é maior que aquele de se detectar uma distorção relevante resultante de erro, uma vez que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissões intencionais, falsas declarações ou transgressão dos controles internos; (ii) obter entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da entidade. [...] (iii) avaliar a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e das respectivas divulgações feitas pela administração; (iv) concluir quanto à adequação do uso, pela entidade, da base contábil de continuidade operacional e, com base na evidência de auditoria obtida, se existe incerteza relevante relacionada com eventos ou condições que podem levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade da entidade. Se o auditor concluir que existe incerteza relevante, ele deve chamar atenção no seu relatório para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou, se essas divulgações forem inadequadas, modificar a opinião. As conclusões do auditor se baseiam na evidência de auditoria obtida até a data do seu relatório. Contudo, eventos ou condições futuras podem fazer com que a entidade interrompa a sua continuidade operacional; (v) quando as demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com uma estrutura de apresentação adequada, avaliar a apresentação geral, estrutura e conteúdo das demonstrações contábeis, incluindo as divulgações, e se elas representam as transações e eventos subjacentes de forma a alcançar a apresentação adequada; (c) quando a NBC TA 600 – Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes se aplicar, explicar ainda a responsabilidade do auditor em trabalhos de auditoria de grupo, especificando que: (i) as responsabilidades do auditor são as de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis do grupo; (ii) o auditor é responsável pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo; e (iii) o auditor continua sendo o único responsável pela sua opinião. 40. A seção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis” do relatório do auditor deve também: (a) declarar que o auditor se comunica com os responsáveis pela governança com relação, entre outras questões, ao alcance e à época planejados da auditoria e às descobertas significativas de auditoria, incluindo quaisquer deficiências significativas nos controles internos que ele venha a identificar durante a auditoria; (b) declarar, para a auditoria das demonstrações contábeis de entidades listadas, que o auditor independente fornece para os responsáveis pela governança uma declaração de que ele cumpriu com as exigências éticas relevantes relacionadas à independência e que comunicou a eles todos os Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 14 relacionamentos e outras questões que podem, de forma razoável, gerar ameaça à independência do auditor e, quando aplicável, as respectivas salvaguardas; e (c) para a auditoria das demonstrações contábeis das entidades listadas e quaisquer outras entidades para as quais os principais assuntos de auditoria são comunicados, de acordo com a NBC TA 701, especificar que, com base nesses assuntos comunicados para os responsáveis pela governança, o auditor determina aqueles que são mais relevantes na auditoria das demonstrações contábeis do período atual e que são, portanto, os principais assuntos de auditoria. O auditor deve explicar esses assuntos no seu relatório, salvo se alguma lei ou regulamento impedir divulgações públicas sobre o assunto ou quando, em circunstâncias extremamente raras, o auditor determinar que o assunto não deve ser comunicado no seu relatório porque as consequências adversas de tal ato podem, de forma razoável, ser mais importantes que os benefícios de interesse público de tal comunicação. [...] Data do relatório do auditor 49. O relatório do auditor não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis, incluindo evidência de que: (a) todas as demonstrações e divulgações que compõem as demonstrações contábeis foram elaboradas e divulgadas; e (b) as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade sobre essas demonstrações contábeis. Esclarecendo: pelo item acima, a data do relatório deve ser posterior à data em que o auditor obteve evidência apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião. Fique atento, mais uma vez, à definição de opinião não modificada, limpa ou sem ressalvas: Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Se o auditor, por exigência de lei ou regulamento, for requerido a utilizar uma forma ou um texto específico para elaborar o seu relatório, ele só pode se referir às normas de auditoria brasileiras ou internacionais se incluir, no mínimo, cada um dos seguintes elementos: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 15 Elementos mínimos que devem estar contidos no Relatório de Auditoria: (a) título; (b) destinatário, conforme exigido pelas circunstâncias da contratação; (c) parágrafo da opinião contendo a opinião expressa sobre as demonstrações contábeis e referência à estrutura de relatório financeiro aplicável utilizada para elaborar as demonstrações contábeis. d) identificação de que as demonstrações contábeis da entidade foram auditadas; (e) declaração de que o auditor é independente da entidade, de acordo com as exigências éticas relevantes relacionadas com a auditoria,e que ele atendeu às outras responsabilidades éticas do auditor, de acordo com essas exigências. [...] (j) descrição das responsabilidades da administração pela elaboração das demonstrações contábeis e identificação dos responsáveis pela supervisão do processo de apresentação de relatórios financeiros; (k) referência às normas brasileiras e internacionais de auditoria e à lei ou regulamento e descrição da responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis; (l) nome do sócio ou técnico responsável e seu número de registro no CRC; (m) assinatura do auditor; (n) localidade em que o relatório foi emitido; (o) data do relatório do auditor. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 16 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 17 (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) Considerando que, no relatório de auditoria, o auditor independente deve emitir opinião acerca da análise realizada das demonstrações contábeis, assinale a opção que apresenta situação que, encontrada durante auditoria independente em sociedade anônima, permita ao auditor manter o relatório de auditoria sem mudança de opinião. a) existência de nota explicativa às demonstrações financeiras que descreva incerteza relacionada ao resultado de ação judicial trabalhista movida contra a empresa auditada b) avaliação de investimento relevante em sociedade controlada pelo custo histórico de aquisição c) adoção do método de avaliação de estoques último que entra primeiro que sai (UEPS) d) impossibilidade de obtenção de evidência de auditoria acerca das contas a pagar e a receber da entidade examinada, com efeitos generalizados nas demonstrações financeiras e) existência de registro de item de despesa como ativo, cujo impacto tenha sido considerado em parcela substancial das demonstrações financeiras Comentários Para emitir uma opinião não modificada (relatório “sem mudança de opinião”), o auditor deve obter evidência suficiente para concluir que as demonstrações são elaboradas de acordo com estrutura aplicável. Analisando as assertivas, percebemos que apenas no caso da letra A temos situação que foi refletida normalmente nas demonstrações (inclusão de nota explicativa relacionada ao resultado de demanda judicial). Nas demais, temos algumas inconsistências relevantes nas demonstrações (avaliação de investimento pelo custo histórico, quando deveria ser utilizado o método da equivalência patrimonial; adoção de método UEPS para avaliação dos estoques – proibido por lei; registro de item de despesa como ativo) ou impossibilidade de obtenção de evidência (letra D). De acordo com a NBC TA 700: Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Gabarito: “A”. (CESPE- Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018) À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do auditor independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item subsequente. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 18 O relatório do auditor deve conter seção em que fiquem registradas as suas responsabilidades, indicando, entre outros, que o termo segurança razoável não significa que auditoria executada segundo as normas irá sempre detectar distorção relevante. Comentários Questão versa sobre uma das seções (ou parágrafos) que devem compor o relatório de auditoria – “responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis”. Após atualização da NBC TA 700, ocorrida em 2016, há necessidade de que esta seção contenha, além das declarações já previstas no modelo anterior, afirmação dos auditores de que “segurança razoável é um alto nível de segurança”. Essa expressão, que pode até parecer pouco importante, dá uma ênfase maior ao termo “razoável”. Veja: Responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis 38. Essa seção do relatório do auditor deve declarar que: (a) os objetivos do auditor são: (i) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de distorção relevante, independentemente de se causada por fraude ou erro; e (ii) emitir um relatório que inclua a opinião do auditor; (b) segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não é uma garantia de que uma auditoria conduzida, de acordo com as normas de auditoria sempre detectará uma distorção relevante, quando ela existir; e (c) as distorções podem decorrer de fraude e erro, e: [...] [Grifo nosso] Gabarito: “CERTO”. (NUCEPE (UESPI) - Perito (PC PI)/Contabilidade/Criminal - 2018) Considerando as normas de auditoria vigentes, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa INCORRETA. a) Asseguração razoável é um nível elevado de segurança, porém não é um nível absoluto porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião é conclusiva. b) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada, quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. c) O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis”. O relatório do auditor não precisa referir-se especificamente à “administração”, mas deve usar o termo que é apropriado no contexto da estrutura legal. d) O relatório do auditor não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 19 e) O relatório do auditor deve afirmar que o auditor examinou as demonstrações contábeis da entidade, especificando o título de cada demonstração contábil que compõe o conjunto completo das demonstrações contábeis requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável, especificando a data ou período coberto por cada demonstração contábil e as notas explicativas às demonstrações contábeis, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Comentários: Questão aborda aspectos gerais de auditoria independente, segundo as NBC TAs. Analisando cada alternativa: Letra A) INCORRETA. Segundo a NBC TA 200(R1), “asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva”. Letra B) CORRETA. Essa é a definição de risco de auditoria disposta na NBC TA 200(R1). Letra C) CORRETA. Ela está aninhada à NBC TA 700(R1): Responsabilidades pelas demonstrações contábeis 33. O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis”.O relatório do auditor não precisa referir-se especificamente à “administração”, mas deve usar o termo que é apropriado no contexto da estrutura legal. Em algumas jurisdições, a referência apropriada pode ser os responsáveis pela governança. Letra D) CORRETA. A data do relatório deve ser, no mínimo, concomitantemente à data de obtenção da evidência de auditoria, mas nunca antes. Letra E) CORRETA. Ela está aninhada à NBC TA 700(R1): 24. A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve: (a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas; (b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; (c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; (d) fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; e (e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. Portanto, gabarito é a letra “A”. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 20 3. OPINIÃO MODIFICADA A NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente trata da responsabilidade do auditor de emitir um relatório apropriado nas circunstâncias em que, ao formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, conclui que é necessária uma modificação em sua opinião. Nesse contexto, o objetivo do auditor é expressar claramente uma “Opinião modificada” de forma apropriada sobre as demonstrações contábeis, que é necessária quando ele: (a) conclui, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis como um todo apresentam distorções relevantes; ou (b) não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis como um todo não apresentam distorções relevantes. Como visto na seção Contextualização, são 3 (três) os tipos de opinião modificada: A decisão sobre qual tipo de opinião modificada é apropriada em cada caso depende de 02 (dois) fatores. O primeiro se relaciona à obtenção ou não de evidência de auditoria apropriada e suficiente de que as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante. O segundo se relaciona aos efeitos (no caso de se obter evidência) ou possíveis efeitos (quando há impossibilidade de se obter evidência) da disseminação da distorção, ou seja, se tal efeito é relevante e generalizado ou relevante e não generalizado. A quase totalidade das questões desse tópico é resolvida com a correta interpretação e aplicação da tabela a seguir: Tipos de opinião modificada: Com ressalva Opinião Adversa Abstenção de opinião Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 21 Natureza do assunto que gerou a modificação Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante, mas não generalizado Relevante e generalizado Demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa Impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião No sentido das linhas (horizontal), encontram-se as variáveis referentes à obtenção ou não de evidência de que as demonstrações apresentam distorções. Na primeira linha do quadrante, o auditor consegue obter evidências, e na segunda linha há impossibilidade de se obter evidência apropriada e suficiente. No sentido das colunas (vertical), estão presentes as variáveis quanto à disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos das distorções sobre as demonstrações contábeis. Na primeira coluna do quadrante, os efeitos são relevantes e não generalizados, enquanto que na segunda coluna os efeitos são relevantes e generalizados. Vejamos alguns exemplos: 1) Auditor consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e não generalizadas -> estamos então na primeira linha (foi obtida evidência) e na primeira coluna (não generalizadas) da nossa tabelinha. Logo, deve ser emitida opinião COM RESSALVA. Com ressalva 2) Auditor consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e generalizadas -> estamos na primeira linha (foi obtida evidência) e na segunda coluna (generalizadas) de nossa tabelinha. Logo, deve ser emitida opinião ADVERSA. Adversa 3) Auditor não consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e os possíveis efeitos desses distorções são relevantes e não generalizados -> estamos na segunda linha (impossibilidade de se obter evidência) e na primeira coluna (não generalizados) de nossa tabelinha. Logo, deve ser emitida opinião COM RESSALVA. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 22 Com ressalva 4) Auditor não consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e os possíveis efeitos desses distorções são relevantes e generalizados -> estamos então na segunda linha (impossibilidade de se obter evidência) e na segunda coluna (generalizados) da nossa tabelinha. Logo, o auditor deve ABSTER-SE DE EXPRESSAR OPINIÃO. Abstenção de opinião Dica: sempre que for mencionado efeito relevante e NÃO GENERALIZADO, estamos diante da opinião COM RESSALVA, independentemente de se conseguir ou não evidência apropriada e suficiente. Apresentaremos a seguir – “na veia” – um extrato dos principais tópicos da NBC TA 705. Saibam, porém, que os itens referentes às definições de cada tipo de opinião modificada podem ser lidos a título ilustrativo. Como dissemos, com a adequada interpretação e aplicação da tabela acima apresentada, é possível resolver praticamente todas as questões deste tema. Tipos de opinião modificada 2. Esta norma estabelece três tipos de opiniões modificadas, a saber: “Opinião com ressalva”, “Opinião adversa” e “Abstenção de opinião”. A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriada depende: (a) da natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante ou, no caso de impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, podem apresentar distorção relevante; e (b) do julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto nas demonstrações contábeis. 5. Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo: Generalizado é o termo usado, no contexto de distorções, para descrever os efeitos disseminados de distorções sobre as demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre as demonstrações contábeis que não são detectados, se houver, devido à impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Efeitos generalizados sobre as demonstrações contábeis são aqueles que, no julgamento do auditor: (i) não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 23 (ii) se estiverem restritos, representam ou poderiam representar umaparcela substancial das demonstrações contábeis; ou (iii) em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento das demonstrações contábeis pelos usuários. Opinião com ressalva 7. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando: (a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou (b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados. Opinião adversa 8. O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. Abstenção de opinião 9. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. 10. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, o auditor conclui que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. Observação: chamamos atenção do item 10 acima, por nos apresentar o caso especial da abstenção de opinião. Trata-se de cenário pouco usual, que ocorre em raras circunstâncias, quando o auditor – independente de conseguir ou não evidência – julga não ser possível expressar uma opinião em virtude da possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo. O item 9 traz o caso geral (impossibilidade de se obter evidência + possíveis efeitos relevantes e generalizados). Consequência da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente devido a uma limitação imposta pela administração depois da aceitação do trabalho pelo auditor Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 24 11. Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na necessidade de expressar uma opinião com ressalva ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. 12. No caso de a administração se recusar a retirar a limitação mencionada no item 11, o auditor deve comunicar o assunto aos responsáveis pela governança, a menos que todos aqueles responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade, assim como determinar se é possível executar procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. 13. Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria, o auditor deve determinar as implicações como segue: (a) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados, o auditor deve emitir uma opinião com ressalva; ou (b) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados de modo que uma ressalva na opinião seria não adequada para comunicar a gravidade da situação, o auditor deve: (i) renunciar ao trabalho de auditoria, quando praticável e possível de acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis; ou (ii) se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório de auditoria independente não for viável ou possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Observação: chamamos atenção para os 03 (três itens acima), pois eles costumam aparecer em provas (especialmente o item 11). Reparem que há uma sequência de ações a serem tomadas no caso da administração impor uma limitação ao alcance da auditoria após a aceitação dos trabalhos. Primeiro, o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. Em seguida – caso haja recusa em retirar a limitação – o auditor comunica o assunto à governança da entidade e busca executar procedimentos alternativos para obtenção de evidência apropriada e suficiente. Finalmente, caso não seja possível obter evidência, o auditor deve, conforme o caso, emitir uma opinião com ressalva, abster-se de emitir uma opinião ou até renunciar ao trabalho. Opinião com ressalva 17. Quando o auditor expressa uma “Opinião com ressalva” devido à distorção relevante nas demonstrações contábeis, ele deve especificar que, em sua opinião, exceto pelos efeitos dos assuntos descritos na seção “Opinião com ressalva”: (a) as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes (ou apresentam uma visão verdadeira e justa) [...], de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável], quando o relatório é emitido de acordo com uma estrutura de apresentação adequada; ou Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 25 (b) as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável], quando o relatório é emitido de acordo com uma estrutura de conformidade. Quando a modificação é decorrente da impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, o auditor deve usar a correspondente frase “exceto pelos possíveis efeitos dos assuntos...” para a opinião modificada. Opinião adversa 18. Quando o auditor expressa uma “Opinião adversa”, ele deve especificar que, em sua opinião, devido à relevância dos assuntos descritos na seção “Base para opinião adversa”: (a) as demonstrações contábeis não estão apresentadas adequadamente (ou não apresentam uma visão verdadeira e justa) [...], de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável], quando o relatório é emitido de acordo com uma estrutura de apresentação adequada; ou (b) as demonstrações contábeis não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável], quando o relatório é emitido de acordo com uma estrutura de conformidade. Abstenção de opinião 19. Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele deve: (a) especificar que ele não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis; (b) especificar que, devido à relevância dos assuntos descritos na seção “Base para abstenção de opinião”, o auditor não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião de auditoria sobre as demonstrações contábeis; e [...] Base para opinião 20. Quando o auditor modifica a opinião sobre as demonstrações contábeis, ele deve, além dos elementos específicos requeridos pela NBC TA 700: (a) alterar o título “Base para opinião” requerido pelo item 28 da NBC TA 700 para “Base para opinião com ressalva”, “Basepara opinião adversa” ou “Base para abstenção de opinião”, conforme apropriado; e (b) nessa seção, incluir a descrição do assunto que deu origem à modificação. [...] Descrição da responsabilidade pela auditoria das demonstrações contábeis quando o auditor se abstém de expressar uma opinião 28. Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele deve alterar a descrição Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 26 das responsabilidades do auditor requerida pelos itens 39 a 41 da NBC TA 700 para incluir apenas declaração: (a) de que a sua responsabilidade é a de conduzir uma auditoria das demonstrações contábeis da entidade de acordo com as normas de auditoria e a de emitir um relatório de auditoria; (b) de que, em decorrência dos assuntos descritos na seção “Base para a abstenção de opinião”, não foi possível obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar uma opinião de auditoria sobre as demonstrações contábeis; e [...] Comunicação com os responsáveis pela governança 30. Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório, ele deve comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaram à modificação prevista e o texto proposto da modificação. Natureza da impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente A8. A impossibilidade do auditor de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (também denominada limitação no alcance da auditoria) pode ser decorrente de: (a) circunstâncias que estão fora do controle da entidade; (b) circunstâncias relacionadas com a natureza ou a época do trabalho do auditor; ou (c) limitações impostas pela administração. [...] A10. Exemplos de circunstâncias que estão fora do controle da entidade incluem: • registros contábeis da entidade que tenham sido destruídos; •registros contábeis de componente significativo que tenham sido apreendidos indefinidamente por autoridades governamentais. A Tabela a seguir mostra como o julgamento do auditor sobre a natureza do assunto que dá origem à modificação e à disseminação de forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis afeta o tipo de opinião a ser expressa. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 27 Natureza do assunto que gerou a modificação Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante, mas não generalizado Relevante e generalizado Demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa Impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião (CESPE – CAGE RS – Auditor do Estado – 2018) Denominam-se efeitos generalizados de distorções nas demonstrações financeiras os efeitos que a) são secundários para o entendimento dos usuários quanto às divulgações. b) apresentam divergência em um grupo específico de contas do ativo. c) decorrem de ausência de evidências apropriadas para transações específicas da receita. d) são restritos a uma parte das demonstrações e as afetam de maneira superficial. e) se encontram disseminados em vários elementos, contas ou itens da demonstração financeira. Comentários Segundo a NBC TA 705(R1): 5. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os seguintes significados a eles atribuídos: (a) Generalizado é o termo usado, no contexto de distorções, para descrever os efeitos de distorções sobre as demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre as demonstrações contábeis, se houver, que não são detectados devido à impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Efeitos generalizados sobre as demonstrações contábeis são aqueles que, no julgamento do auditor: (i) não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis; (ii) se estiverem restritos, representam ou poderiam representar parcela substancial das demonstrações contábeis; ou (iii) em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento das demonstrações contábeis pelos usuários; [grifo nosso] Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 28 Assim, efeitos generalizados de distorções nas demonstrações financeiras são diferenças de valores ou informações, encontrados de forma “espalhada” (não pontual ou não restrito e elementos e contas específicas) nas demonstrações contábeis. Gabarito: “E”. (VUNESP – Contador (Pref. N. Odessa) – 2018) De acordo com a NBC TA 705, quando o auditor independente tiver obtido uma evidência apropriada e suficiente e concluir que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis, ele deve emitir um relatório (atual denominação do parecer de auditoria) a) com abstenção de opinião. b) sem ressalvas. c) com ressalvas. d) adverso. e) renunciando ao trabalho de auditoria. Comentários: Você deve ficar atento às palavras-chaves: “auditor tiver obtido uma evidência apropriada e suficiente” e “distorções são relevantes, mas não generalizadas”. Bastava essa identificação para chegarmos à conclusão de que estamos na primeira linha e na primeira coluna de nossa tabelinha (abaixo apresentada), ou seja, temos uma opinião com ressalva. Podemos ser mais enfáticos ainda, no sentido de que se o enunciado traz a expressão “não generalizadas”, isso é suficiente para “cravarmos” o gabarito – opinião com ressalva. Portanto, alternativa correta é C. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA) / Controle Externo – 2018) Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento de que a administração impôs uma limitação ao alcance da auditoria, o auditor, imediatamente, deve Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 29 a) emitir relatório com opinião adversa. b) solicitar que a administração retire a limitação. c) emitir relatório com ressalva. d) comunicar o assunto aos responsáveis pela governança. e) renunciar ao trabalho de auditoria. Comentários Segundo a NBC TA 705: 11. Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na necessidade de expressar uma opinião com ressalva ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. [Grifo nosso] Posteriormente, caso a administração se recuse a retirar essa limitação, então o auditor deve comunicar o assunto aos responsáveis pela governança, a menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade. Adicionalmente, deve o auditor determinar se é possível executar procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Se, ainda assim, o auditornão conseguir obter evidência apropriada e suficiente, deve emitir opinião com ressalva (se os possíveis efeitos de distorções não detectadas forem relevantes e não generalizados), ou abster-se de emitir uma opinião (se os possíveis efeitos das distorções forem relevantes e generalizados e a renúncia ao trabalho não for praticável ou possível), ou ainda renunciar ao trabalho (quando praticável e permitido por lei ou regulamento) Vejam que o enunciado pede a ação imediata, ou a primeira providência que se deve tomar. Pelo exposto, primeiramente o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação (gabarito B). Após isso, há diversos cenários possíveis, como emitir opinião com ressalva, renunciar aos trabalhos ou mesmo abster-se de expressar uma opinião. Gabarito: B. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 30 4. PARÁGRAFOS DE ÊNFASE E DE OUTROS ASSUNTOS A NBC TA 706 trata das comunicações adicionais incluídas no relatório do auditor, quando este as considerar necessário para: (a) chamar a atenção dos usuários para assuntos apresentados ou divulgados nas demonstrações contábeis, de tal importância que sejam fundamentais para seu entendimento; ou (b) chamar a atenção dos usuários para quaisquer assuntos que não os apresentados ou divulgados nas demonstrações contábeis e que sejam relevantes para os usuários entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou o seu relatório. Os parágrafos de ênfase e de outros assuntos são os meios pelos quais o auditor efetua essas comunicações adicionais. A diferença entre ambos é bem clara. No parágrafo de ênfase, é comunicado assunto que já foi apresentado ou divulgado nas demonstrações, mas que é de tal importância que se justifica um destaque com intuito de chamar a atenção dos usuários das demonstrações contábeis. Importante ressaltar, de pronto, que a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor não afeta a sua opinião, ou seja, um parágrafo de ênfase não substitui uma opinião modificada. A natureza circunstâncias que podem levar a inclusão do parágrafo de ênfase não se relacionam àqueles que poderiam levar o auditor a modificar sua opinião. Já o parágrafo de outros assuntos é utilizado para destacar assunto não originalmente apresentado ou divulgado nas demonstrações, mas que é relevante para que os usuários compreendam a auditoria, as responsabilidades do auditor ou o próprio relatório. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 31 Se o auditor espera incluir um parágrafo de ênfase ou parágrafo de outros assuntos no seu relatório, ele deve comunicar-se com os responsáveis pela governança no que se refere a essa expectativa e à redação proposta desse parágrafo. Essa comunicação possibilita aos responsáveis pela governança tomarem ciência da natureza de quaisquer assuntos específicos que o auditor pretenda destacar no seu relatório e fornecer-lhes a oportunidade de obter esclarecimento adicional do auditor, quando necessário. 4.1 – PARÁGRAFO DE ÊNFASE Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, é de tal importância que é fundamental para o entendimento desses usuários, ele deve incluir parágrafo de ênfase no seu relatório, desde que: (a) como resultado desse assunto, não fosse exigido que o auditor modificasse a opinião; e (b) o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser comunicado no relatório do auditor. Como dissemos anteriormente, o assunto destacado por meio do parágrafo de ênfase não poderia ter como resultado uma modificação na opinião do auditor. Principais assuntos de auditoria são aqueles que, no julgamento profissional do auditor, foram os mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do período corrente. Não podemos confundir, portanto, um “principal assunto de auditoria” com um assunto incluído em parágrafo de ênfase. Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no seu relatório, ele deve: (a) incluir o parágrafo em seção separada do relatório do auditor, com título apropriado que inclua o termo “Ênfase” (antes da atualização da NBC TA 706, ocorrida em 2016, dizia-se que o parágrafo de ênfase deveria ser incluído imediatamente após o parágrafo de opinião); (b) incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis. Tal parágrafo deve referir-se apenas a informações apresentadas ou divulgadas nas demonstrações contábeis; e (c) indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado. A NBC TA 706 descreve alguns exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário incluir parágrafo de ênfase. São elas: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 32 O Apêndice 1 do normativo supramencionado apresenta ainda uma lista de outras normas de auditoria que contêm exigências para inclusão de parágrafo de ênfase. São elas: 1) NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, item 19(b) *o item 19 (b) exige que seja incluído parágrafo de ênfase quando, no contexto de aceitação do trabalho de auditoria, o auditor determina que a estrutura de relatório financeiro prevista em lei ou regulamento não seria aceitável, exceto pelo fato de ser prevista em lei ou regulamento. 2) NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, itens 12(b) e 16 *o item 16 da NBC TA 560 exige que seja incluído parágrafo de ênfase quando há alteração das demonstrações contábeis devido a fato que chega ao conhecimento do auditor após a divulgação das demonstrações contábeis. 3) NBC TA 800 – Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais, item 14 *o item 14 da NBC TA 800 exige que seja incluído parágrafo de ênfase para alertar os usuários que demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com a estrutura de relatório financeiro para propósitos especiais e que, consequentemente, as demonstrações contábeis podem não ser adequadas para outro fim. Podemos resumir as informações apresentas acima, referentes a circunstâncias previstas em outras normas e que demandam a inclusão de parágrafo de ênfase, na lista a seguir: Quando a estrutura de relatório financeiro aplicável prevista por lei ou regulamento seria inaceitável exceto (justamente) pelo fato de ser prevista por lei ou regulamento; Exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de ênfase são: Existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória. Evento subsequente significativo ocorrido entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor . Aplicação antecipada (quando permitida) de nova norma contábil com efeito relevante sobre as demonstrações contábeis. Grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 33 Alertar os usuários de que as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com estrutura de relatório financeiro para propósitos especiais; Quando fatos chegam ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório e o auditor fornece um relatório novo ou modificado (ou seja, eventos subsequentes) Com relação aos exemplos e circunstâncias apresentados acima, as normas nos alertam que o uso generalizado de parágrafos de ênfase diminui a eficácia da comunicação de tais assuntos. Reparem que não se impede a utilização da ênfase, no entanto é feita ressalva quanto a seu uso de forma disseminada. Finalmente, frisamos que a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor não afeta a sua opinião. Nesse sentido, um parágrafo de ênfase não substitui: (a) uma opinião modificada, quando exigido pelas circunstâncias de trabalho de auditoria específico; (b) as divulgações nas demonstrações contábeis exigidas da administração de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável ou que são, de outra forma, necessárias para alcançar uma apresentação adequada; ou (c) a apresentação de relatório quando existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que podem levantar dúvida significativa quanto à capacidade da entidade de manter sua continuidade operacional. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 34 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 35 4.1 – PARÁGRAFO DE OUTROS ASSUNTOS Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto, não apresentado nem divulgado nas demonstrações contábeis, e que de acordo com seu julgamento é relevante para o entendimento, pelos usuários, da auditoria, das responsabilidades do auditor ou do seu relatório, o auditor deve incluir um parágrafo de outros assuntos no seu relatório, desde que: (a) não seja proibido por lei ou regulamento; e (b) o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser comunicado no relatório do auditor. Assim como no parágrafo de ênfase, o assunto destacado no parágrafo de outros assuntos não podem fazer parte dos “principais assuntos de auditoria”. O parágrafo de outros assuntos, quando incluído pelo auditor, deve ficar em seção separada do relatório com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. A localização do parágrafo de ênfase ou do parágrafo de outros assuntos no relatório do auditor depende da natureza das informações a serem comunicadas e do julgamento do auditor sobre a relevância dessas informações para os usuários previstos em comparação com outros elementos que devam ser incluídos no relatório A NBC TA 706 apresenta uma série de circunstâncias em que o parágrafo de outros assuntos pode ser necessário. São elas, de forma resumida: Quando relevante para o entendimento da auditoria pelos usuários; o Nas raras circunstâncias em que não é possível ao auditor renunciar ao trabalho, embora o possível efeito da incapacidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente esteja disseminado de forma generalizada, devido à limitação ao alcance da auditoria imposta pela administração, o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de outros assuntos no seu relatório para explicar por que não é possível renunciar ao trabalho. Assuntos relevantes para o entendimento pelos usuários das responsabilidades do auditor ou do seu relatório. o Quando a seção “Outros assuntos” inclui mais de um assunto que, de acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as responsabilidades do auditor ou o seu relatório, pode ser útil usar subtítulos diferentes para cada assunto. Emissão de relatório sobre mais de um conjunto de demonstrações contábeis o Se o auditor determinou que as estruturas de relatório financeiro são aceitáveis nas respectivas circunstâncias, ele pode incluir um parágrafo de outros assuntos no relatório, referindo-se ao fato de que outro conjunto de demonstrações contábeis foi elaborado pela mesma entidade de acordo com outra estrutura de relatório e que emitiu um relatório de auditoria sobre essas demonstrações contábeis. Restrição à distribuição ou ao uso do relatório do auditor. o No caso de demonstrações contábeis elaboradas para uma finalidade específica, como o relatório do auditor destina-se a usuários específicos, o auditor pode considerar Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 36 necessário, nas circunstâncias, incluir um parágrafo de outros assuntos, declarando que o relatório do auditor destina-se unicamente aos usuários previstos e não deve ser distribuído ou utilizado por outras partes. O Apêndice 2 da NBC TA 706 apresenta ainda uma lista de outras normas de auditoria que contêm exigências para inclusão de parágrafo de outros assuntos. São elas: 1) NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, itens 12(b) e 16 *o item 16 da NBC TA 560 exige que seja incluído parágrafo de ênfase quando há alteração das demonstrações contábeis devido a fato que chega ao conhecimento do auditor após a divulgação das demonstrações contábeis. 2) NBC TA 710 – Informações Comparativas, itens 13, 14, 16, 17 e 19 3) NBC TA 720 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações, item 10(a). (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) Assinale a opção que apresenta circunstância que justifique a inclusão de um parágrafo de ênfase no relatório de determinado auditor. A) sinistro em uma das unidades de armazenamento da empresa auditada que já tenha sido relatado em notas explicativas e que tenha ocasionado perda de estoques B) apreensão, por autoridade governamental, de todos os registros contábeis objeto dos exames da auditoria, por tempo indeterminado. C) negativa, pela administração, de acesso aos relatórios de auditoria referentes a investimentos realizados em controlada e não consolidados nas demonstrações contábeis D) ausência de registro a valor presente de parcela relevante da conta fornecedores, com consequente efeito generalizado nas demonstrações contábeis E) aplicação antecipada e sem autorização legal — já relatada em notas explicativas — de nova norma contábil, com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis. Comentários: Segundo a NBC TA 706, “Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório do auditor referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis”. Além disso, a utilização de parágrafo de ênfase não implica modificação de opinião em relação ao assunto tratado. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira Aula 06 Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1269293 24378793822 - Helena Barbosa Freitas 37 Devemos, portanto, selecionar a assertiva que apresenta situação que não implica modificação de opinião e que esteja apropriadamente divulgada nas demonstrações. Analisando cada alternativa: Letra A) CORRETA. Percebam que o fato – sinistro com perda estoques –