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Livro Eletrônico
Aula 06
Auditoria Governamental p/ TCE-RJ (Analista de Controle
Externo-Controle Externo)Com videoaulas-2019
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
24378793822 - Helena Barbosa Freitas
 
 
 
 
 1 
 
 
Sumário 
Introdução ......................................................................................................................... 2 
Cronograma de Aulas ........................................................................................................................ 3 
Motivação da Aula ............................................................................................................................ 4 
1. Contextualização ........................................................................................................... 5 
2. Formação da Opinião e Emissão do Relatório ................................................................ 8 
3. Opinião modificada ...................................................................................................... 20 
4. Parágrafos de Ênfase e de Outros Assuntos ................................................................. 30 
4.1 – Parágrafo de Ênfase ............................................................................................................... 31 
4.1 – Parágrafo de Outros Assuntos ............................................................................................... 35 
5. Novidades sobre a opinião do Auditor ......................................................................... 39 
6. Manual de Auditoria Governamental do TCE RJ ........................................................... 41 
7. Lista de Questões de Concursos Anteriores .................................................................. 44 
8. Gabarito....................................................................................................................... 52 
9. Questões de Concursos Anteriores Resolvidas e Comentadas ...................................... 53 
10. Respostas das questões subjetivas ............................................................................. 77 
11. Resumo em mapas, esquemas e tópicos .................................................................... 81 
12. Bibliografia ................................................................................................................ 86 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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 2 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá, amigos do Estratégia Concursos, tudo bem? 
 
Chegamos à sétima aula do nosso CURSO DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL P/ TCE RJ (ANALISTA 
DE CONTROLE EXTERNO), focado na banca CESPE. 
 
 
 Havendo qualquer dificuldade na compreensão da teoria ou na resolução dos 
exercícios, não deixe de entrar em contato conosco pelo fórum de dúvidas e 
também por meio de nossas redes sociais! Vamos à nossa aula! 
 
Tonyvan Carvalho (@professortonyvancarvalho) 
Guilherme Sant’Anna (@prof.guilhermesantanna) 
 
 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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 3 
 
CRONOGRAMA DE AULAS 
 
Aula Tema Início em Progresso Porcentagem 
Aula 0 
Auditoria: conceitos, objetivos e exercícios 
práticos. Aspectos gerais do auditor. 
- 10% 10% 
Aula 1 Auditoria Interna: NBC TI 01. - 5% 15% 
Aula 2 
Planejamento da auditoria. Papéis de trabalho e 
documentação de auditoria. 
- 5% 20% 
Aula 3 
Amostragem em auditoria. Supervisão e controle 
de qualidade. 
- 10% 30% 
Aula 4 
Risco de auditoria. Relevância na auditoria. 
Fraude e erro. 
- 5% 35% 
Aula 5 
Procedimentos e técnicas de auditoria. Evidência 
de auditoria. 
- 10% 45% 
Aula 6 Relatório de auditoria. - 10% 55% 
Aula 7 
Governança no setor público. Controles Internos 
segundo o COSO Internal Control – Integrated 
Framework (2013) e COSO Enterprise Risk 
Management – Integrated Framework (2004). 
28/mai 10% 65% 
Aula 8 
Auditoria Governamental: tipos, formas e 
abrangência. Auditoria de Regularidade e 
Auditoria Operacional. 
07/jun 10% 75% 
Aula 9 
Instrumentos de fiscalização: auditoria, 
levantamento, monitoramento, 
acompanhamento e inspeção. Procedimentos 
em processos de tomadas e prestações de 
contas. 
17/jun 10% 85% 
Aula 10 
Normas do TCE RJ utilizadas no processo de 
auditoria. 
27/jun 10% 95% 
Aula 11 Simulado e revisão em mapas mentais 07/jul 5% 100% 
 
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MOTIVAÇÃO DA AULA 
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir. 
 
LISTA DE PERGUNTAS 
1) O que é e como é formada a opinião do auditor? 
2) Em que circunstâncias o auditor deve emitir um relatório com opinião não modificada? 
3) Em que circunstâncias o auditor deve emitir um relatório com opinião modificada? 
4) Quais os tipos de opinião modificada? 
5) Quando deve ser emitida opinião com ressalva? 
6) Quando deve ser emitida opinião adversa? 
7) Quando deve ser emitido relatório com abstenção de opinião? 
8) Qual deve ser a data do relatório de auditoria? 
9) Qual a atitude a ser tomada pelo auditor se as demonstrações elaboradas de acordo com os 
requisitos de estrutura de apresentação adequada não atingem uma apresentação adequada? 
10) Qual a atitude a ser tomada pelo auditor quando as demonstrações são elaboradas de 
acordo com a estrutura de conformidade? E no caso dessas demonstrações serem enganosas? 
11) Qual deve ser a atitude do auditor no caso de limitação ao alcance da auditoria imposta pela 
administração após a aceitação dos trabalhos? 
12) O que é e quando se aplica o Parágrafo de ênfase? 
13) O que é quando se aplica o Parágrafo de Outros Assuntos? 
14) Cite exemplos de situações que ensejam o uso do parágrafo de ênfase. 
15) De acordo com o Manual de Auditoria Governamental do TCE RJ, quais elementos devem 
estar presentes na estrutura do relatório de auditoria? 
16) Segundo o Manual, que atributos de qualidade devem ser observados pelo Relatório? 
 
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO 
De acordo com as normas de auditora, são objetivos gerais do auditor: 
 Expressar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os 
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; 
 Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas 
NBC TA, em conformidade com as suas constatações. 
Percebam que a emissão de opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis à estrutura 
aplicável é objetivo fundamental da auditoria e do auditor independente. E por qual meio o auditor 
expressa sua opinião? Por meio do Relatório de Auditoria – nosso tema de hoje. 
Relatório de auditoria, anteriormente denominado parecer de auditoria, é a nova expressão 
atribuída pelas normas internacionais de auditoria ao instrumento por meio do qual o auditor 
apresenta a conclusão de seus trabalhos, na forma de uma opinião. (LONGO, 2011). 
Opinião é a conclusão apresentada no relatório de auditoria, que pode ser uma opinião não 
modificada (também referida como sem modificações ou “opinião limpa”) ou uma opinião 
modificada. 
A opinião não modificada é expressa peloauditor quando ele conclui que as demonstrações 
financeiras foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável; enquanto a opinião modificada compreende a opinião com ressalva, 
adversa ou a abstenção de opinião. (LONGO, 2011). 
Para formar a opinião de auditoria, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável de que as 
demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, não apresentam distorções relevantes, sejam 
elas decorrentes de fraude ou erro. Essa conclusão deve levar em consideração se: 
a) foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente; 
b) as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, são relevantes; 
c) as demonstrações financeiras divulgam adequadamente as práticas contábeis selecionadas e 
aplicadas; 
d) as práticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório 
financeiro aplicável e são apropriadas; 
e) as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis; 
f) as informações apresentadas nas demonstrações financeiras são relevantes, confiáveis, 
comparáveis e compreensíveis; 
g) as demonstrações financeiras fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários 
previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas 
demonstrações financeiras; e 
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h) a terminologia usada nas demonstrações financeiras, incluindo o título de cada demonstração 
financeira, é apropriada; e 
i) se as demonstrações financeiras propiciam uma apresentação adequada especialmente: 
I) quanto à apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras; e 
II) se as demonstrações financeiras, incluindo as notas explicativas, representam as transações e 
eventos subjacentes de modo a alcançar uma apresentação adequada. 
O auditor deve emitir um relatório de auditoria com opinião não modificada quando ele não tiver 
tido qualquer limitação ao alcance de seu trabalho e puder concluir que as demonstrações 
financeiras foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável. 
Por outro lado, o relatório de auditoria deve conter opinião modificada quando o auditor: 
a) concluir, com base na evidência de auditoria obtida, que as demonstrações financeiras 
apresentam distorções relevantes; ou 
b) não conseguir obter evidência de auditoria suficiente e apropriada para concluir que as 
demonstrações financeiras não apresentam distorções relevantes. 
O esquema a seguir apresenta as linhas gerais sobre a forma de opinião de auditoria a ser emitida. 
Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
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 7 
 
Ao formar sua opinião sobre as demonstrações financeiras, o auditor pode concluir que é necessário 
emitir um relatório diferente do padrão (ou seja, um relatório diferente do “limpo”). Nesse caso, 
serão incluídas modificações, seja por meio de ressalvas ou outras modificações, e o relatório de 
auditoria conterá uma opinião modificada. A opinião modificada pode ser uma: opinião com ressalva 
ou qualificada, opinião adversa ou abstenção de opinião. 
 
 
Tipos de opinião modificada:
Com ressalva
Opinião Adversa
Abstenção de opinião
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 8 
 
2. FORMAÇÃO DA OPINIÃO E EMISSÃO DO RELATÓRIO 
A NBC TA 700 - Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as 
Demonstrações Contábeis trata da responsabilidade do auditor independente para formar uma 
opinião sobre as demonstrações contábeis e da forma e do conteúdo do relatório emitido como 
resultado da auditoria. 
Os objetivos específicos do auditor são: 
(a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões 
alcançadas pela evidência de auditoria obtida; e 
(b) expressar claramente essa opinião por meio de relatório por escrito. 
Em linhas gerais, a NBC TA 700 apresenta as circunstâncias em que o auditor deve emitir uma opinião 
não modificada ou modificada (com ressalva, adversa e abstenção de opinião) – vistas na 
Contextualização; expõe o formato e a composição do relatório, ou seja, as seções que dele fazem 
parte (destaque para a seção “Responsabilidades do auditor independente pela auditoria das 
demonstrações contábeis” – a mais cobrada em provas); bem como traz alguns detalhes 
importantes, como por exemplo a data do relatório do auditor. 
Apresentaremos a seguir – “na veia” – um extrato dos principais tópicos da NBC TA 700, sempre 
destacando aqueles cobrados em prova de forma recorrente com nossas “corujinhas”. Cada 
“corujinha” faz menção ao item da norma que aparece na sequência. Ao resolvermos questões, você 
perceberá claramente que as bancas dão preferência a um grupo “restrito” de itens. 
 
7. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os seguintes significados: 
[...] 
Estrutura de relatório financeiro para fins gerais é a estrutura de relatório financeiro elaborada para 
satisfazer às necessidades de informações financeiras comuns de ampla gama de usuários. A estrutura 
de relatório financeiro pode ser uma estrutura de apresentação adequada ou uma estrutura de 
conformidade. 
 
Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as demonstrações 
contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório 
financeiro aplicável. 
[...] 
Observação: a opinião não modificada também é chamada de opinião “limpa”, ou ainda “sem 
ressalvas”). 
 
Formação da opinião sobre as demonstrações contábeis 
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10. O auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos 
os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
11. Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de distorção relevante, 
independentemente se causada por fraude ou erro. Essa conclusão deve levar em consideração: 
(a) se, na conclusão do auditor, foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente; 
(b) se, na conclusão do auditor, distorções não corrigidas são relevantes, individualmente ou em 
conjunto; e [...] 
 
Forma da opinião 
16. O auditor deve expressar uma opinião não modificada quando concluir que as demonstrações 
contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório 
financeiro aplicável. 
 
17. O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705 se: 
(a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas 
em conjunto apresentam distorções relevantes; ou 
(b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. 
Observação: reparem que a letra “b” acima traz uma dupla negação (auditor NÃO consegue evidências 
de que as demonstraçõesNÃO contém distorções relevantes) 
 
18. Se as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com os requisitos de uma estrutura de 
apresentação adequada não atingem uma apresentação adequada, o auditor deve discutir o assunto 
com a administração e, dependendo dos requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável e como 
o assunto é resolvido, deve determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório de auditoria 
de acordo com a NBC TA 705. 
Observação: o item acima noz diz que o auditor deve discutir com a administração, ou ainda verificar 
se é necessário modificar sua opinião, quando concluir que as demonstrações – ainda que elaboradas 
conforme os requisitos aplicáveis – não atingem uma apresentação adequada. 
 
19. Quando as demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com a estrutura de conformidade, 
o auditor não precisa avaliar se as demonstrações contábeis atingem uma apresentação adequada. 
Entretanto, se, em circunstâncias extremamente raras, o auditor concluir que essas demonstrações 
contábeis são enganosas, ele deve discutir o assunto com a administração e, dependendo de como o 
assunto for resolvido, ele deve determinar a necessidade e a forma de comunicar isso no seu relatório. 
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Relatório do auditor independente 
20. O relatório do auditor deve ser por escrito. 
Observação: a informação acima nos parece óbvia, mas ainda assim as bancas tentarão confundi-los, 
afirmando que o relatório pode ser produzido de outra maneira (verbal ou oral, por exemplo). 
 
 
Observação: os itens a seguir não costumam cair tanto em provas. Trouxemo-nos nesse momento mais 
a título ilustrativo. Desse tema (formato do relatório), o que mais aparece em provas é a seção 
Responsabilidade do Auditor, especialmente o item 38. 
 
Relatório do auditor para auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria 
Título 
21. O relatório do auditor deve ter título que indique claramente que é o relatório do auditor 
independente. 
 
Destinatário 
22. O relatório do auditor deve ser endereçado conforme exigido pelas circunstâncias do trabalho. 
Esclarecendo: em regra, o relatório é endereçado às pessoas para quem é elaborado, ou seja, 
acionistas, responsáveis pela governança, etc. Eventualmente, caso não proibido por lei ou 
regulamento, o relatório PODE especificar para quem o ele deve ser endereçado. 
 
Opinião do auditor 
23. A primeira seção do relatório do auditor deve incluir a opinião do auditor independente e deve ter 
“Opinião” como título. 
 
24. A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve: 
(a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas; 
(b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; 
(c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; 
(d) fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; e 
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(e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. 
25. Ao expressar uma opinião não modificada sobre demonstrações contábeis elaboradas de acordo 
com a estrutura de apresentação adequada, a opinião do auditor deve utilizar uma das seguintes 
frases, que são consideradas equivalentes: 
(a) “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos 
relevantes,… de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”; ou 
(b)“Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam uma visão verdadeira e justa… de 
acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”. 
[...] 
Observação: antes da atualização da NBC TA 700 (ocorrida em 2016), utilizava-se para essa primeira 
parte do relatório a denominação “parágrafo introdutório”. Como vimos acima, hoje dá-se o nome de 
seção “Opinião”. 
 
Base para opinião 
 
28. O relatório do auditor deve incluir uma seção, logo após a seção “Opinião”, com o título “Base para 
opinião”, que: 
(a) declare que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas de auditoria; 
(b) referencie a seção que descreve as responsabilidades do auditor, segundo as normas de auditoria; 
(c) inclua a declaração de que o auditor é independente da entidade de acordo com as exigências éticas 
relevantes relacionadas com a auditoria e que ele atendeu às outras responsabilidades éticas do auditor 
de acordo com essas exigências. A declaração deve identificar a jurisdição de origem das exigências 
éticas relevantes ou referir-se ao Código de Ética do International Ethics Standards Board for 
Accountants (Iesba) da Federação Internacional de Contadores (Ifac); e 
(d) declare se o auditor acredita que a evidência de auditoria obtida por ele é suficiente e apropriada 
para fundamentar sua opinião. 
Observação: antes da atualização da NBC TA 700 (ocorrida em 2016), a declaração de que a auditora 
é conduzida de acordo com as normas (alínea “a” acima) fazia parte da seção “Responsabilidade do 
Auditor”. Outro ponto de destaque é que a seção Base para opinião deve vir logo após a seção Opinião. 
[...] 
 
Responsabilidades pelas demonstrações contábeis 
33. O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades da administração 
pelas demonstrações contábeis”. O relatório do auditor não precisa referir-se especificamente à 
“administração”, mas deve usar o termo que é apropriado no contexto da estrutura legal. Em algumas 
jurisdições, a referência apropriada pode ser os responsáveis pela governança. 
34. Essa seção do relatório do auditor deve explicar a responsabilidade da administração pela: 
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 12 
 
(a) elaboração das demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura de relatório financeiro 
aplicável e pelos controles internos que a administração determinar que sejam necessários para 
permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente 
se causada por fraude ou erro; e 
(b) avaliação da capacidade da entidade de manter a continuidade operacional (...), e se o uso da 
base contábil de continuidade operacional é apropriado, assim como divulgar, se aplicável, questões 
relacionadas com a continuidade operacional (...). 
[...] 
 
Responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis 
37. O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades do auditor pela 
auditoria das demonstrações contábeis”. 
 
38. Essa seção do relatório do auditor deve declarar que: 
(a) os objetivos do auditor são: 
 (i) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres 
de distorção relevante, independentemente de se causada por fraude ou erro; e 
 (ii) emitir um relatório que inclua a opinião do auditor; 
(b) segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não é uma garantia de que uma auditoria 
conduzida, de acordo com as normas de auditoria sempre detectará uma distorção relevante, quando 
ela existir; e 
(c) as distorções podem decorrer de fraude ou erro, e: 
 (i) descrever que elas são consideradas relevantes se, individualmente ou em conjunto, pudesse ser 
razoavelmente esperado que elas influenciassem as decisões econômicas de usuários tomadas com 
base nas demonstraçõescontábeis; ou 
 (ii) fornecer uma definição ou descrição da materialidade de acordo com a estrutura de relatório 
financeiro aplicável. 
Esclarecendo: várias declarações que devem estar presentes nesta seção se relacionam com os 
objetivos gerais da auditoria e do auditor, ou mesmo com o conceito de materialidade/relevância – 
tópicos estudados em outras aulas de nossos cursos. 
 
39. A seção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis” do relatório 
do auditor deve também: 
(a) declarar que, como parte da auditoria de acordo com as normas de auditoria, o auditor exerce o 
julgamento profissional e mantém o ceticismo profissional durante toda a auditoria; e 
(b) descrever a auditoria especificando que as responsabilidades do auditor são: 
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 (i) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, 
independentemente se causada por fraude ou erro, planejar e executar procedimentos de auditoria 
que respondam a esses riscos e obter evidência de auditoria que seja suficiente e apropriada para 
fornecer uma base para a opinião do auditor. O risco de não se detectar uma distorção relevante 
resultante de fraude é maior que aquele de se detectar uma distorção relevante resultante de erro, 
uma vez que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissões intencionais, falsas declarações 
ou transgressão dos controles internos; 
 (ii) obter entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejar 
procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar 
uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da entidade. [...] 
 (iii) avaliar a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas 
contábeis e das respectivas divulgações feitas pela administração; 
 (iv) concluir quanto à adequação do uso, pela entidade, da base contábil de continuidade 
operacional e, com base na evidência de auditoria obtida, se existe incerteza relevante relacionada 
com eventos ou condições que podem levantar dúvida significativa quanto à capacidade de 
continuidade da entidade. Se o auditor concluir que existe incerteza relevante, ele deve chamar 
atenção no seu relatório para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou, se 
essas divulgações forem inadequadas, modificar a opinião. As conclusões do auditor se baseiam 
na evidência de auditoria obtida até a data do seu relatório. Contudo, eventos ou condições futuras 
podem fazer com que a entidade interrompa a sua continuidade operacional; 
 (v) quando as demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com uma estrutura de 
apresentação adequada, avaliar a apresentação geral, estrutura e conteúdo das demonstrações 
contábeis, incluindo as divulgações, e se elas representam as transações e eventos subjacentes de 
forma a alcançar a apresentação adequada; 
(c) quando a NBC TA 600 – Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis de 
Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes se aplicar, explicar ainda a 
responsabilidade do auditor em trabalhos de auditoria de grupo, especificando que: 
 (i) as responsabilidades do auditor são as de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente 
com relação às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do grupo para 
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis do grupo; 
 (ii) o auditor é responsável pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo; e 
 (iii) o auditor continua sendo o único responsável pela sua opinião. 
40. A seção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis” do relatório 
do auditor deve também: 
(a) declarar que o auditor se comunica com os responsáveis pela governança com relação, entre outras 
questões, ao alcance e à época planejados da auditoria e às descobertas significativas de auditoria, 
incluindo quaisquer deficiências significativas nos controles internos que ele venha a identificar durante 
a auditoria; 
(b) declarar, para a auditoria das demonstrações contábeis de entidades listadas, que o auditor 
independente fornece para os responsáveis pela governança uma declaração de que ele cumpriu com 
as exigências éticas relevantes relacionadas à independência e que comunicou a eles todos os 
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relacionamentos e outras questões que podem, de forma razoável, gerar ameaça à independência do 
auditor e, quando aplicável, as respectivas salvaguardas; e 
(c) para a auditoria das demonstrações contábeis das entidades listadas e quaisquer outras entidades 
para as quais os principais assuntos de auditoria são comunicados, de acordo com a NBC TA 701, 
especificar que, com base nesses assuntos comunicados para os responsáveis pela governança, o 
auditor determina aqueles que são mais relevantes na auditoria das demonstrações contábeis do 
período atual e que são, portanto, os principais assuntos de auditoria. O auditor deve explicar esses 
assuntos no seu relatório, salvo se alguma lei ou regulamento impedir divulgações públicas sobre o 
assunto ou quando, em circunstâncias extremamente raras, o auditor determinar que o assunto não 
deve ser comunicado no seu relatório porque as consequências adversas de tal ato podem, de forma 
razoável, ser mais importantes que os benefícios de interesse público de tal comunicação. 
[...] 
Data do relatório do auditor 
 
49. O relatório do auditor não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria 
apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis, incluindo 
evidência de que: 
(a) todas as demonstrações e divulgações que compõem as demonstrações contábeis foram elaboradas 
e divulgadas; e 
(b) as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade sobre essas 
demonstrações contábeis. 
Esclarecendo: pelo item acima, a data do relatório deve ser posterior à data em que o auditor obteve 
evidência apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião. 
 
Fique atento, mais uma vez, à definição de opinião não modificada, limpa ou sem ressalvas: 
 
Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as 
demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável. 
Se o auditor, por exigência de lei ou regulamento, for requerido a utilizar uma forma ou um texto 
específico para elaborar o seu relatório, ele só pode se referir às normas de auditoria brasileiras ou 
internacionais se incluir, no mínimo, cada um dos seguintes elementos: 
 
 
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Elementos mínimos que devem estar contidos no 
Relatório de Auditoria: 
(a) título; 
(b) destinatário, conforme exigido pelas circunstâncias da contratação; 
(c) parágrafo da opinião contendo a opinião expressa sobre as demonstrações contábeis 
e referência à estrutura de relatório financeiro aplicável utilizada para elaborar as 
demonstrações contábeis. 
d) identificação de que as demonstrações contábeis da entidade foram auditadas; 
(e) declaração de que o auditor é independente da entidade, de acordo com as exigências 
éticas relevantes relacionadas com a auditoria,e que ele atendeu às outras 
responsabilidades éticas do auditor, de acordo com essas exigências. 
[...] 
(j) descrição das responsabilidades da administração pela elaboração das demonstrações 
contábeis e identificação dos responsáveis pela supervisão do processo de apresentação 
de relatórios financeiros; 
(k) referência às normas brasileiras e internacionais de auditoria e à lei ou regulamento 
e descrição da responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis; 
(l) nome do sócio ou técnico responsável e seu número de registro no CRC; 
(m) assinatura do auditor; 
(n) localidade em que o relatório foi emitido; 
(o) data do relatório do auditor. 
 
 
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(CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) Considerando que, no relatório de auditoria, o auditor 
independente deve emitir opinião acerca da análise realizada das demonstrações contábeis, 
assinale a opção que apresenta situação que, encontrada durante auditoria independente em 
sociedade anônima, permita ao auditor manter o relatório de auditoria sem mudança de opinião. 
a) existência de nota explicativa às demonstrações financeiras que descreva incerteza relacionada 
ao resultado de ação judicial trabalhista movida contra a empresa auditada 
b) avaliação de investimento relevante em sociedade controlada pelo custo histórico de aquisição 
c) adoção do método de avaliação de estoques último que entra primeiro que sai (UEPS) 
d) impossibilidade de obtenção de evidência de auditoria acerca das contas a pagar e a receber da 
entidade examinada, com efeitos generalizados nas demonstrações financeiras 
e) existência de registro de item de despesa como ativo, cujo impacto tenha sido considerado em 
parcela substancial das demonstrações financeiras 
Comentários 
Para emitir uma opinião não modificada (relatório “sem mudança de opinião”), o auditor deve 
obter evidência suficiente para concluir que as demonstrações são elaboradas de acordo com 
estrutura aplicável. 
Analisando as assertivas, percebemos que apenas no caso da letra A temos situação que foi 
refletida normalmente nas demonstrações (inclusão de nota explicativa relacionada ao resultado 
de demanda judicial). Nas demais, temos algumas inconsistências relevantes nas demonstrações 
(avaliação de investimento pelo custo histórico, quando deveria ser utilizado o método da 
equivalência patrimonial; adoção de método UEPS para avaliação dos estoques – proibido por lei; 
registro de item de despesa como ativo) ou impossibilidade de obtenção de evidência (letra D). 
De acordo com a NBC TA 700: 
Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as 
demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável. 
Gabarito: “A”. 
 
(CESPE- Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018) À luz das Normas 
Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do auditor 
independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item 
subsequente. 
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O relatório do auditor deve conter seção em que fiquem registradas as suas responsabilidades, 
indicando, entre outros, que o termo segurança razoável não significa que auditoria executada 
segundo as normas irá sempre detectar distorção relevante. 
Comentários 
Questão versa sobre uma das seções (ou parágrafos) que devem compor o relatório de auditoria 
– “responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis”. 
Após atualização da NBC TA 700, ocorrida em 2016, há necessidade de que esta seção contenha, 
além das declarações já previstas no modelo anterior, afirmação dos auditores de que “segurança 
razoável é um alto nível de segurança”. Essa expressão, que pode até parecer pouco importante, 
dá uma ênfase maior ao termo “razoável”. Veja: 
Responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis 
38. Essa seção do relatório do auditor deve declarar que: 
(a) os objetivos do auditor são: 
(i) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres 
de distorção relevante, independentemente de se causada por fraude ou erro; e 
(ii) emitir um relatório que inclua a opinião do auditor; 
(b) segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não é uma garantia de que uma 
auditoria conduzida, de acordo com as normas de auditoria sempre detectará uma distorção 
relevante, quando ela existir; e 
(c) as distorções podem decorrer de fraude e erro, e: 
[...] [Grifo nosso] 
Gabarito: “CERTO”. 
 
(NUCEPE (UESPI) - Perito (PC PI)/Contabilidade/Criminal - 2018) Considerando as normas de 
auditoria vigentes, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Asseguração razoável é um nível elevado de segurança, porém não é um nível absoluto porque 
há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das 
evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião é conclusiva. 
b) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada, quando as 
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. 
c) O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades da administração 
pelas demonstrações contábeis”. O relatório do auditor não precisa referir-se especificamente à 
“administração”, mas deve usar o termo que é apropriado no contexto da estrutura legal. 
d) O relatório do auditor não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de 
auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações 
contábeis. 
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e) O relatório do auditor deve afirmar que o auditor examinou as demonstrações contábeis da 
entidade, especificando o título de cada demonstração contábil que compõe o conjunto completo 
das demonstrações contábeis requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável, 
especificando a data ou período coberto por cada demonstração contábil e as notas explicativas 
às demonstrações contábeis, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. 
Comentários: 
Questão aborda aspectos gerais de auditoria independente, segundo as NBC TAs. 
Analisando cada alternativa: 
Letra A) INCORRETA. Segundo a NBC TA 200(R1), “asseguração razoável não é um nível absoluto 
de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que 
a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é 
persuasiva e não conclusiva”. 
Letra B) CORRETA. Essa é a definição de risco de auditoria disposta na NBC TA 200(R1). 
Letra C) CORRETA. Ela está aninhada à NBC TA 700(R1): 
Responsabilidades pelas demonstrações contábeis 
33. O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades da administração 
pelas demonstrações contábeis”.O relatório do auditor não precisa referir-se especificamente à 
“administração”, mas deve usar o termo que é apropriado no contexto da estrutura legal. Em 
algumas jurisdições, a referência apropriada pode ser os responsáveis pela governança. 
Letra D) CORRETA. A data do relatório deve ser, no mínimo, concomitantemente à data de 
obtenção da evidência de auditoria, mas nunca antes. 
Letra E) CORRETA. Ela está aninhada à NBC TA 700(R1): 
24. A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve: 
(a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas; 
(b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; 
(c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; 
(d) fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; 
e 
(e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações 
contábeis. 
Portanto, gabarito é a letra “A”. 
 
 
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3. OPINIÃO MODIFICADA 
A NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente trata da responsabilidade do 
auditor de emitir um relatório apropriado nas circunstâncias em que, ao formar uma opinião sobre 
as demonstrações contábeis, conclui que é necessária uma modificação em sua opinião. 
Nesse contexto, o objetivo do auditor é expressar claramente uma “Opinião modificada” de forma 
apropriada sobre as demonstrações contábeis, que é necessária quando ele: 
(a) conclui, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis como um 
todo apresentam distorções relevantes; ou 
(b) não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as 
demonstrações contábeis como um todo não apresentam distorções relevantes. 
Como visto na seção Contextualização, são 3 (três) os tipos de opinião modificada: 
 
A decisão sobre qual tipo de opinião modificada é apropriada em cada caso depende de 02 (dois) 
fatores. O primeiro se relaciona à obtenção ou não de evidência de auditoria apropriada e 
suficiente de que as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante. O segundo se 
relaciona aos efeitos (no caso de se obter evidência) ou possíveis efeitos (quando há impossibilidade 
de se obter evidência) da disseminação da distorção, ou seja, se tal efeito é relevante e generalizado 
ou relevante e não generalizado. 
A quase totalidade das questões desse tópico é resolvida com a correta interpretação e aplicação da 
tabela a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de opinião modificada:
Com ressalva
Opinião Adversa
Abstenção de opinião
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Natureza do assunto que gerou a 
modificação 
Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma 
generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as 
demonstrações contábeis 
Relevante, mas não 
generalizado 
Relevante e generalizado 
Demonstrações contábeis 
apresentam distorções relevantes 
Opinião com ressalva 
 
Opinião adversa 
 
Impossibilidade de se obter 
evidência de auditoria apropriada e 
suficiente 
Opinião com ressalva 
 
Abstenção de opinião 
 
 
No sentido das linhas (horizontal), encontram-se as variáveis referentes à obtenção ou não de 
evidência de que as demonstrações apresentam distorções. Na primeira linha do quadrante, o 
auditor consegue obter evidências, e na segunda linha há impossibilidade de se obter evidência 
apropriada e suficiente. 
No sentido das colunas (vertical), estão presentes as variáveis quanto à disseminação dos efeitos 
ou possíveis efeitos das distorções sobre as demonstrações contábeis. Na primeira coluna do 
quadrante, os efeitos são relevantes e não generalizados, enquanto que na segunda coluna os 
efeitos são relevantes e generalizados. 
Vejamos alguns exemplos: 
1) Auditor consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e não 
generalizadas -> estamos então na primeira linha (foi obtida evidência) e na primeira coluna (não 
generalizadas) da nossa tabelinha. Logo, deve ser emitida opinião COM RESSALVA. 
Com ressalva 
 
2) Auditor consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e 
generalizadas -> estamos na primeira linha (foi obtida evidência) e na segunda coluna 
(generalizadas) de nossa tabelinha. Logo, deve ser emitida opinião ADVERSA. 
 Adversa 
 
3) Auditor não consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e 
os possíveis efeitos desses distorções são relevantes e não generalizados -> estamos na segunda 
linha (impossibilidade de se obter evidência) e na primeira coluna (não generalizados) de nossa 
tabelinha. Logo, deve ser emitida opinião COM RESSALVA. 
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Com ressalva 
4) Auditor não consegue obter evidência de que as demonstrações contêm distorções relevantes e 
os possíveis efeitos desses distorções são relevantes e generalizados -> estamos então na segunda 
linha (impossibilidade de se obter evidência) e na segunda coluna (generalizados) da nossa 
tabelinha. Logo, o auditor deve ABSTER-SE DE EXPRESSAR OPINIÃO. 
 
 Abstenção de opinião 
Dica: sempre que for mencionado efeito relevante e NÃO GENERALIZADO, estamos diante da 
opinião COM RESSALVA, independentemente de se conseguir ou não evidência apropriada e 
suficiente. 
Apresentaremos a seguir – “na veia” – um extrato dos principais tópicos da NBC TA 705. Saibam, 
porém, que os itens referentes às definições de cada tipo de opinião modificada podem ser lidos a 
título ilustrativo. Como dissemos, com a adequada interpretação e aplicação da tabela acima 
apresentada, é possível resolver praticamente todas as questões deste tema. 
 
Tipos de opinião modificada 
2. Esta norma estabelece três tipos de opiniões modificadas, a saber: “Opinião com ressalva”, “Opinião 
adversa” e “Abstenção de opinião”. A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriada 
depende: 
(a) da natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se as demonstrações contábeis 
apresentam distorção relevante ou, no caso de impossibilidade de se obter evidência de auditoria 
apropriada e suficiente, podem apresentar distorção relevante; e 
(b) do julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis 
efeitos do assunto nas demonstrações contábeis. 
 
5. Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo: 
Generalizado é o termo usado, no contexto de distorções, para descrever os efeitos disseminados de 
distorções sobre as demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre as 
demonstrações contábeis que não são detectados, se houver, devido à impossibilidade de obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente. Efeitos generalizados sobre as demonstrações 
contábeis são aqueles que, no julgamento do auditor: 
 
(i) não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis; 
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(ii) se estiverem restritos, representam ou poderiam representar umaparcela substancial das 
demonstrações contábeis; ou 
(iii) em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento das demonstrações contábeis 
pelos usuários. 
 
Opinião com ressalva 
7. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando: 
(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, 
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; 
ou 
(b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, 
mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as 
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados. 
 
Opinião adversa 
8. O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria 
apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e 
generalizadas para as demonstrações contábeis. 
 
Abstenção de opinião 
9. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de 
distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e 
generalizadas. 
 
10. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente 
raras envolvendo diversas incertezas, o auditor conclui que, independentemente de ter obtido 
evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível 
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas 
e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. 
Observação: chamamos atenção do item 10 acima, por nos apresentar o caso especial da abstenção 
de opinião. Trata-se de cenário pouco usual, que ocorre em raras circunstâncias, quando o auditor – 
independente de conseguir ou não evidência – julga não ser possível expressar uma opinião em virtude 
da possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo. O item 9 traz o caso geral 
(impossibilidade de se obter evidência + possíveis efeitos relevantes e generalizados). 
 
Consequência da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente devido a 
uma limitação imposta pela administração depois da aceitação do trabalho pelo auditor 
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11. Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs uma 
limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na necessidade de 
expressar uma opinião com ressalva ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações 
contábeis, o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. 
12. No caso de a administração se recusar a retirar a limitação mencionada no item 11, o auditor deve 
comunicar o assunto aos responsáveis pela governança, a menos que todos aqueles responsáveis pela 
governança estejam envolvidos na administração da entidade, assim como determinar se é possível 
executar procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. 
13. Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria, o auditor deve 
determinar as implicações como segue: 
(a) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as 
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados, o auditor deve emitir uma 
opinião com ressalva; ou 
(b) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as 
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados de modo que uma ressalva na 
opinião seria não adequada para comunicar a gravidade da situação, o auditor deve: 
(i) renunciar ao trabalho de auditoria, quando praticável e possível de acordo com as leis ou 
regulamentos aplicáveis; ou 
(ii) se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório de auditoria independente 
não for viável ou possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. 
Observação: chamamos atenção para os 03 (três itens acima), pois eles costumam aparecer em provas 
(especialmente o item 11). Reparem que há uma sequência de ações a serem tomadas no caso da 
administração impor uma limitação ao alcance da auditoria após a aceitação dos trabalhos. Primeiro, 
o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. Em seguida – caso haja recusa em retirar 
a limitação – o auditor comunica o assunto à governança da entidade e busca executar procedimentos 
alternativos para obtenção de evidência apropriada e suficiente. Finalmente, caso não seja possível 
obter evidência, o auditor deve, conforme o caso, emitir uma opinião com ressalva, abster-se de emitir 
uma opinião ou até renunciar ao trabalho. 
 
Opinião com ressalva 
17. Quando o auditor expressa uma “Opinião com ressalva” devido à distorção relevante nas 
demonstrações contábeis, ele deve especificar que, em sua opinião, exceto pelos efeitos dos assuntos 
descritos na seção “Opinião com ressalva”: 
(a) as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos 
relevantes (ou apresentam uma visão verdadeira e justa) [...], de acordo com [a estrutura de relatório 
financeiro aplicável], quando o relatório é emitido de acordo com uma estrutura de apresentação 
adequada; ou 
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(b) as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com 
[a estrutura de relatório financeiro aplicável], quando o relatório é emitido de acordo com uma 
estrutura de conformidade. 
Quando a modificação é decorrente da impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada 
e suficiente, o auditor deve usar a correspondente frase “exceto pelos possíveis efeitos dos assuntos...” 
para a opinião modificada. 
 
Opinião adversa 
18. Quando o auditor expressa uma “Opinião adversa”, ele deve especificar que, em sua opinião, 
devido à relevância dos assuntos descritos na seção “Base para opinião adversa”: 
(a) as demonstrações contábeis não estão apresentadas adequadamente (ou não apresentam uma 
visão verdadeira e justa) [...], de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável], quando o 
relatório é emitido de acordo com uma estrutura de apresentação adequada; ou 
(b) as demonstrações contábeis não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo 
com [a estrutura de relatório financeiro aplicável], quando o relatório é emitido de acordo com uma 
estrutura de conformidade. 
 
Abstenção de opinião 
19. Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de se obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele deve: 
(a) especificar que ele não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis; 
(b) especificar que, devido à relevância dos assuntos descritos na seção “Base para abstenção de 
opinião”, o auditor não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para 
fundamentar sua opinião de auditoria sobre as demonstrações contábeis; e 
[...] 
 
Base para opinião 
20. Quando o auditor modifica a opinião sobre as demonstrações contábeis, ele deve, além dos 
elementos específicos requeridos pela NBC TA 700: 
(a) alterar o título “Base para opinião” requerido pelo item 28 da NBC TA 700 para “Base para opinião 
com ressalva”, “Basepara opinião adversa” ou “Base para abstenção de opinião”, conforme 
apropriado; e 
(b) nessa seção, incluir a descrição do assunto que deu origem à modificação. 
[...] 
Descrição da responsabilidade pela auditoria das demonstrações contábeis quando o auditor se 
abstém de expressar uma opinião 
28. Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à 
impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele deve alterar a descrição 
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das responsabilidades do auditor requerida pelos itens 39 a 41 da NBC TA 700 para incluir apenas 
declaração: 
(a) de que a sua responsabilidade é a de conduzir uma auditoria das demonstrações contábeis da 
entidade de acordo com as normas de auditoria e a de emitir um relatório de auditoria; 
(b) de que, em decorrência dos assuntos descritos na seção “Base para a abstenção de opinião”, não 
foi possível obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar uma opinião de 
auditoria sobre as demonstrações contábeis; e 
[...] 
 
Comunicação com os responsáveis pela governança 
30. Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório, ele deve comunicar aos responsáveis 
pela governança as circunstâncias que levaram à modificação prevista e o texto proposto da 
modificação. 
 
Natureza da impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente 
A8. A impossibilidade do auditor de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (também 
denominada limitação no alcance da auditoria) pode ser decorrente de: 
(a) circunstâncias que estão fora do controle da entidade; 
(b) circunstâncias relacionadas com a natureza ou a época do trabalho do auditor; ou 
(c) limitações impostas pela administração. 
[...] 
A10. Exemplos de circunstâncias que estão fora do controle da entidade incluem: 
• registros contábeis da entidade que tenham sido destruídos; 
•registros contábeis de componente significativo que tenham sido apreendidos indefinidamente por 
autoridades governamentais. 
 
 
A Tabela a seguir mostra como o julgamento do auditor sobre a natureza do assunto que dá 
origem à modificação e à disseminação de forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis 
efeitos sobre as demonstrações contábeis afeta o tipo de opinião a ser expressa. 
 
 
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Natureza do assunto que gerou a 
modificação 
Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma 
generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as 
demonstrações contábeis 
Relevante, mas não 
generalizado 
Relevante e generalizado 
Demonstrações contábeis 
apresentam distorções relevantes 
Opinião com ressalva 
 
Opinião adversa 
 
Impossibilidade de se obter 
evidência de auditoria apropriada e 
suficiente 
Opinião com ressalva 
 
Abstenção de opinião 
 
 
 
(CESPE – CAGE RS – Auditor do Estado – 2018) Denominam-se efeitos generalizados de distorções 
nas demonstrações financeiras os efeitos que 
a) são secundários para o entendimento dos usuários quanto às divulgações. 
b) apresentam divergência em um grupo específico de contas do ativo. 
c) decorrem de ausência de evidências apropriadas para transações específicas da receita. 
d) são restritos a uma parte das demonstrações e as afetam de maneira superficial. 
e) se encontram disseminados em vários elementos, contas ou itens da demonstração financeira. 
Comentários 
Segundo a NBC TA 705(R1): 
5. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os seguintes significados a eles 
atribuídos: 
(a) Generalizado é o termo usado, no contexto de distorções, para descrever os efeitos de 
distorções sobre as demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre as 
demonstrações contábeis, se houver, que não são detectados devido à impossibilidade de se obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente. Efeitos generalizados sobre as demonstrações 
contábeis são aqueles que, no julgamento do auditor: 
(i) não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis; 
(ii) se estiverem restritos, representam ou poderiam representar parcela substancial das 
demonstrações contábeis; ou 
(iii) em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento das demonstrações 
contábeis pelos usuários; [grifo nosso] 
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Assim, efeitos generalizados de distorções nas demonstrações financeiras são diferenças de 
valores ou informações, encontrados de forma “espalhada” (não pontual ou não restrito e 
elementos e contas específicas) nas demonstrações contábeis. 
Gabarito: “E”. 
 
(VUNESP – Contador (Pref. N. Odessa) – 2018) De acordo com a NBC TA 705, quando o auditor 
independente tiver obtido uma evidência apropriada e suficiente e concluir que as distorções, 
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações 
contábeis, ele deve emitir um relatório (atual denominação do parecer de auditoria) 
a) com abstenção de opinião. 
b) sem ressalvas. 
c) com ressalvas. 
d) adverso. 
e) renunciando ao trabalho de auditoria. 
Comentários: 
Você deve ficar atento às palavras-chaves: “auditor tiver obtido uma evidência apropriada e 
suficiente” e “distorções são relevantes, mas não generalizadas”. Bastava essa identificação para 
chegarmos à conclusão de que estamos na primeira linha e na primeira coluna de nossa tabelinha 
(abaixo apresentada), ou seja, temos uma opinião com ressalva. Podemos ser mais enfáticos 
ainda, no sentido de que se o enunciado traz a expressão “não generalizadas”, isso é suficiente 
para “cravarmos” o gabarito – opinião com ressalva. 
 
Portanto, alternativa correta é C. 
 
(CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA) / Controle Externo – 2018) Se, depois de aceitar o trabalho, 
o auditor tomar conhecimento de que a administração impôs uma limitação ao alcance da 
auditoria, o auditor, imediatamente, deve 
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a) emitir relatório com opinião adversa. 
b) solicitar que a administração retire a limitação. 
c) emitir relatório com ressalva. 
d) comunicar o assunto aos responsáveis pela governança. 
e) renunciar ao trabalho de auditoria. 
Comentários 
Segundo a NBC TA 705: 
11. Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs 
uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na 
necessidade de expressar uma opinião com ressalva ou abster-se de expressar uma opinião sobre 
as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. 
[Grifo nosso] 
Posteriormente, caso a administração se recuse a retirar essa limitação, então o auditor deve 
comunicar o assunto aos responsáveis pela governança, a menos que todos os responsáveis pela 
governança estejam envolvidos na administração da entidade. Adicionalmente, deve o auditor 
determinar se é possível executar procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria 
apropriada e suficiente. Se, ainda assim, o auditornão conseguir obter evidência apropriada e 
suficiente, deve emitir opinião com ressalva (se os possíveis efeitos de distorções não detectadas 
forem relevantes e não generalizados), ou abster-se de emitir uma opinião (se os possíveis efeitos 
das distorções forem relevantes e generalizados e a renúncia ao trabalho não for praticável ou 
possível), ou ainda renunciar ao trabalho (quando praticável e permitido por lei ou regulamento) 
Vejam que o enunciado pede a ação imediata, ou a primeira providência que se deve tomar. Pelo 
exposto, primeiramente o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação (gabarito 
B). Após isso, há diversos cenários possíveis, como emitir opinião com ressalva, renunciar aos 
trabalhos ou mesmo abster-se de expressar uma opinião. 
Gabarito: B. 
 
 
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4. PARÁGRAFOS DE ÊNFASE E DE OUTROS ASSUNTOS 
A NBC TA 706 trata das comunicações adicionais incluídas no relatório do auditor, quando este as 
considerar necessário para: 
(a) chamar a atenção dos usuários para assuntos apresentados ou divulgados nas demonstrações 
contábeis, de tal importância que sejam fundamentais para seu entendimento; ou 
(b) chamar a atenção dos usuários para quaisquer assuntos que não os apresentados ou divulgados 
nas demonstrações contábeis e que sejam relevantes para os usuários entenderem a auditoria, a 
responsabilidade do auditor ou o seu relatório. 
Os parágrafos de ênfase e de outros assuntos são os meios pelos quais o auditor efetua essas 
comunicações adicionais. A diferença entre ambos é bem clara. 
No parágrafo de ênfase, é comunicado assunto que já foi apresentado ou divulgado nas 
demonstrações, mas que é de tal importância que se justifica um destaque com intuito de chamar 
a atenção dos usuários das demonstrações contábeis. 
Importante ressaltar, de pronto, que a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor não 
afeta a sua opinião, ou seja, um parágrafo de ênfase não substitui uma opinião modificada. A 
natureza circunstâncias que podem levar a inclusão do parágrafo de ênfase não se relacionam 
àqueles que poderiam levar o auditor a modificar sua opinião. 
Já o parágrafo de outros assuntos é utilizado para destacar assunto não originalmente apresentado 
ou divulgado nas demonstrações, mas que é relevante para que os usuários compreendam a 
auditoria, as responsabilidades do auditor ou o próprio relatório. 
 
 
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Se o auditor espera incluir um parágrafo de ênfase ou parágrafo de outros assuntos no seu relatório, 
ele deve comunicar-se com os responsáveis pela governança no que se refere a essa expectativa e 
à redação proposta desse parágrafo. Essa comunicação possibilita aos responsáveis pela governança 
tomarem ciência da natureza de quaisquer assuntos específicos que o auditor pretenda destacar no 
seu relatório e fornecer-lhes a oportunidade de obter esclarecimento adicional do auditor, quando 
necessário. 
4.1 – PARÁGRAFO DE ÊNFASE 
Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou 
divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, é de tal importância que é 
fundamental para o entendimento desses usuários, ele deve incluir parágrafo de ênfase no seu 
relatório, desde que: 
(a) como resultado desse assunto, não fosse exigido que o auditor modificasse a opinião; e 
(b) o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser 
comunicado no relatório do auditor. 
Como dissemos anteriormente, o assunto destacado por meio do parágrafo de ênfase não poderia 
ter como resultado uma modificação na opinião do auditor. 
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, no julgamento profissional do auditor, foram os 
mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do período corrente. Não podemos 
confundir, portanto, um “principal assunto de auditoria” com um assunto incluído em parágrafo de 
ênfase. 
Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no seu relatório, ele deve: 
(a) incluir o parágrafo em seção separada do relatório do auditor, com título apropriado que inclua 
o termo “Ênfase” (antes da atualização da NBC TA 706, ocorrida em 2016, dizia-se que o parágrafo 
de ênfase deveria ser incluído imediatamente após o parágrafo de opinião); 
(b) incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que 
descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis. Tal parágrafo deve referir-se 
apenas a informações apresentadas ou divulgadas nas demonstrações contábeis; e 
(c) indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado. 
A NBC TA 706 descreve alguns exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar 
necessário incluir parágrafo de ênfase. São elas: 
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O Apêndice 1 do normativo supramencionado apresenta ainda uma lista de outras normas de 
auditoria que contêm exigências para inclusão de parágrafo de ênfase. São elas: 
1) NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, item 19(b) 
*o item 19 (b) exige que seja incluído parágrafo de ênfase quando, no contexto de aceitação do trabalho 
de auditoria, o auditor determina que a estrutura de relatório financeiro prevista em lei ou regulamento 
não seria aceitável, exceto pelo fato de ser prevista em lei ou regulamento. 
2) NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, itens 12(b) e 16 
*o item 16 da NBC TA 560 exige que seja incluído parágrafo de ênfase quando há alteração das 
demonstrações contábeis devido a fato que chega ao conhecimento do auditor após a divulgação das 
demonstrações contábeis. 
3) NBC TA 800 – Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis Elaboradas de 
Acordo com Estruturas Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais, item 14 
*o item 14 da NBC TA 800 exige que seja incluído parágrafo de ênfase para alertar os usuários que 
demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com a estrutura de relatório financeiro para 
propósitos especiais e que, consequentemente, as demonstrações contábeis podem não ser adequadas 
para outro fim. 
Podemos resumir as informações apresentas acima, referentes a circunstâncias previstas em outras 
normas e que demandam a inclusão de parágrafo de ênfase, na lista a seguir: 
 Quando a estrutura de relatório financeiro aplicável prevista por lei ou regulamento seria 
inaceitável exceto (justamente) pelo fato de ser prevista por lei ou regulamento; 
Exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário incluir um
parágrafo de ênfase são:
Existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou
ação regulatória.
Evento subsequente significativo ocorrido entre a data das demonstrações
contábeis e a data do relatório do auditor .
Aplicação antecipada (quando permitida) de nova norma contábil com efeito
relevante sobre as demonstrações contábeis.
Grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a
posição patrimonial e financeira da entidade.
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 Alertar os usuários de que as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com 
estrutura de relatório financeiro para propósitos especiais; 
 Quando fatos chegam ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório e o auditor 
fornece um relatório novo ou modificado (ou seja, eventos subsequentes) 
Com relação aos exemplos e circunstâncias apresentados acima, as normas nos alertam que o uso 
generalizado de parágrafos de ênfase diminui a eficácia da comunicação de tais assuntos. Reparem 
que não se impede a utilização da ênfase, no entanto é feita ressalva quanto a seu uso de forma 
disseminada. 
Finalmente, frisamos que a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor não afeta a sua 
opinião. Nesse sentido, um parágrafo de ênfase não substitui: 
(a) uma opinião modificada, quando exigido pelas circunstâncias de trabalho de auditoria específico; 
(b) as divulgações nas demonstrações contábeis exigidas da administração de acordo com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável ou que são, de outra forma, necessárias para alcançar uma 
apresentação adequada; ou 
(c) a apresentação de relatório quando existe incerteza relevante em relação a eventos ou 
condições que podem levantar dúvida significativa quanto à capacidade da entidade de manter 
sua continuidade operacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.1 – PARÁGRAFO DE OUTROS ASSUNTOS 
Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto, não apresentado nem divulgado nas 
demonstrações contábeis, e que de acordo com seu julgamento é relevante para o entendimento, 
pelos usuários, da auditoria, das responsabilidades do auditor ou do seu relatório, o auditor deve 
incluir um parágrafo de outros assuntos no seu relatório, desde que: 
(a) não seja proibido por lei ou regulamento; e 
(b) o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser 
comunicado no relatório do auditor. 
Assim como no parágrafo de ênfase, o assunto destacado no parágrafo de outros assuntos não 
podem fazer parte dos “principais assuntos de auditoria”. 
O parágrafo de outros assuntos, quando incluído pelo auditor, deve ficar em seção separada do 
relatório com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. A localização do parágrafo de 
ênfase ou do parágrafo de outros assuntos no relatório do auditor depende da natureza das 
informações a serem comunicadas e do julgamento do auditor sobre a relevância dessas 
informações para os usuários previstos em comparação com outros elementos que devam ser 
incluídos no relatório 
A NBC TA 706 apresenta uma série de circunstâncias em que o parágrafo de outros assuntos pode 
ser necessário. São elas, de forma resumida: 
 Quando relevante para o entendimento da auditoria pelos usuários; 
o Nas raras circunstâncias em que não é possível ao auditor renunciar ao trabalho, embora 
o possível efeito da incapacidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente 
esteja disseminado de forma generalizada, devido à limitação ao alcance da auditoria 
imposta pela administração, o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de 
outros assuntos no seu relatório para explicar por que não é possível renunciar ao trabalho. 
 Assuntos relevantes para o entendimento pelos usuários das responsabilidades do auditor ou 
do seu relatório. 
o Quando a seção “Outros assuntos” inclui mais de um assunto que, de acordo com o 
julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as 
responsabilidades do auditor ou o seu relatório, pode ser útil usar subtítulos diferentes 
para cada assunto. 
 Emissão de relatório sobre mais de um conjunto de demonstrações contábeis 
o Se o auditor determinou que as estruturas de relatório financeiro são aceitáveis nas 
respectivas circunstâncias, ele pode incluir um parágrafo de outros assuntos no relatório, 
referindo-se ao fato de que outro conjunto de demonstrações contábeis foi elaborado pela 
mesma entidade de acordo com outra estrutura de relatório e que emitiu um relatório de 
auditoria sobre essas demonstrações contábeis. 
 Restrição à distribuição ou ao uso do relatório do auditor. 
o No caso de demonstrações contábeis elaboradas para uma finalidade específica, como o 
relatório do auditor destina-se a usuários específicos, o auditor pode considerar 
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necessário, nas circunstâncias, incluir um parágrafo de outros assuntos, declarando que o 
relatório do auditor destina-se unicamente aos usuários previstos e não deve ser 
distribuído ou utilizado por outras partes. 
O Apêndice 2 da NBC TA 706 apresenta ainda uma lista de outras normas de auditoria que contêm 
exigências para inclusão de parágrafo de outros assuntos. São elas: 
1) NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, itens 12(b) e 16 
*o item 16 da NBC TA 560 exige que seja incluído parágrafo de ênfase quando há alteração das 
demonstrações contábeis devido a fato que chega ao conhecimento do auditor após a divulgação das 
demonstrações contábeis. 
2) NBC TA 710 – Informações Comparativas, itens 13, 14, 16, 17 e 19 
3) NBC TA 720 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações, item 10(a). 
 
 
(CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) Assinale a opção que apresenta circunstância que 
justifique a inclusão de um parágrafo de ênfase no relatório de determinado auditor. 
A) sinistro em uma das unidades de armazenamento da empresa auditada que já tenha sido 
relatado em notas explicativas e que tenha ocasionado perda de estoques 
B) apreensão, por autoridade governamental, de todos os registros contábeis objeto dos exames 
da auditoria, por tempo indeterminado. 
C) negativa, pela administração, de acesso aos relatórios de auditoria referentes a investimentos 
realizados em controlada e não consolidados nas demonstrações contábeis 
D) ausência de registro a valor presente de parcela relevante da conta fornecedores, com 
consequente efeito generalizado nas demonstrações contábeis 
E) aplicação antecipada e sem autorização legal — já relatada em notas explicativas — de nova 
norma contábil, com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis. 
Comentários: 
Segundo a NBC TA 706, “Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório do auditor 
referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações 
contábeis que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância que é fundamental 
para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis”. Além disso, a utilização de 
parágrafo de ênfase não implica modificação de opinião em relação ao assunto tratado. 
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Devemos, portanto, selecionar a assertiva que apresenta situação que não implica modificação de 
opinião e que esteja apropriadamente divulgada nas demonstrações. 
Analisando cada alternativa: 
Letra A) CORRETA. Percebam que o fato – sinistro com perda estoques –

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