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A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO PREDIAL NA ACESSIBILIDADE DA EDIFICAÇÃO DO JARDIM ESCOLA REINO CA CULTURA ESTUDO DE CASO Willmer de Lima Couto – willmercouto1986@gmail.com.br Universidade Unigranrio – Escola de Ciência e Tecnologia Av. Perimetral Professor José de Souza Herdy, 1160 – Jardim Vinte e Cinco de Agosto 25.071-202 – Duque de Caxias – Rio de Janeiro Azenil de Carvalho Filho (orientador) – azenil.@unigranrio.edu.br Universidade Unigranrio – Escola de Ciência e Tecnologia Av. Perimetral Professor José de Souza Herdy, 1160 – Jardim Vinte e Cinco de Agosto 25.071-202 – Duque de Caxias – Rio de Janeiro Resumo: O estudo visa mostrar a importância da manutenção predial relacionada a segurança e acessibilidade na edificação do Jardim Escola Reino da Cultura. Hoje cada vez mais escolas estão procurando minimizar os custos pós-obras, a irregularidade denominada exógena de imcumbência do constrututor está associado a elaboração de um projeto eficaz ,de prioridade com um plano de manutenção. Visando uma preparação prática, o engenheiro responsável precisa ter o máximo de atenção para a execução de um serviço com exímia qualidade, seguindo as normas e leis que norteiam a acessibilidade de portadores de deficiências físicas, dentre outras normas relacionadas as edificações onde encontram-se uma unidade escolar. É preciso dar prioridade a uma minuciosa manutenção preventiva, além de manter o ambiente escolar sempre adequado para todos. Desta forma, não somente o cliente, como o executor da obra deve ser sinalizado sobre eventuais problemas na edificação, tanto construções novas, quanto antigas, já que o assunto da manutenção é essencial para o engenheiro responsável que, além de fundamentos técnicos sobre as patologias da construção civil e das barreiras arquitetônicas, temos a adicionar esse entendimento em seu desempenho profissional coordenando em conjunto com a escola, que alimentam informações a não danificação prematura dos pontos cruciais da obra e da edificação, minimizando os altos custos, evitando grandes intervanções desnecessárias, priorizando adequações. O engenheiro tem um papel fundamental na aprensentação ao proprietário do custo beneficio com uma manutenção preventiva de qualidade e que vise a garantia de um ambiente adequado para todos. Palavras-chave: Manutenção Predial, Acessibilidade, Edificação, Adequação, Segurança mailto:willmercouto1986@gmail.com.br mailto:azenil.@unigranrio.edu.br 1 . INTRODUÇÃO Este trabalho tem como finalidade exibir ofícios e tarefas, capazes de garantir a segurança, preservação e acessibilidade de edificações de acordo com o estudo de caso realizado no Jardim Escola Reino da Cultura. Sabe-se que os proprietários de cada edificação tem a responsabilidade de fazer a manutenção da sua propriedad e torná-la acessível a todo e qualquer cidadã, de acordo com as normas técnicas do manual de operação de edificações, caso haja, e deve ser orientado por um profissional habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) da sua região, sendo esse um engenheiro ou arquiteto. Veremos no decorrer deste trabalho que a relevância da manutenção predial relacionada a segurança e acessibilidade dos usuários é, sempre, diminuir os gastos com possíveis danos maiores que podem ser causados pela falta da mesma, dando preferência a adequações, reduzindo despesas com reestruturações feitas no improviso. Em cada capítulo deste trabalho, veremos a análise feita na edificação, as melhorias e as mudanças necessárias de acordo com as normas de acessibilidade, visando menor custo-benefício e os principais materiais de cada serviço técnico de manutenção predial, para que o serviço técnico seja realizado com responsabilidade e seriedade. A manutenção predial preventiva e corretiva nada mais é do que não esperar que algo se destrua ou que um acidente aconteça para que medidas sejam tomadas, evitando assim um gasto de dinheiro e tempo maior para solucionar problemas que poderiam ser reduzidos. 2. OBJETIVO GERAL Preparar um plano de manutenção preventiva e corretiva ,para edificios escolares instruindo as práticas para minimizar as ocorrências e evoluções patologicas, modificando as barreiras arquitetônicas da edificação para uma adaptação adequada relacionada a acessibilidade de portadores de deficiências físicas. As intervenções que podem ser destinadas a nível de melhoria da infraestrutura da unidade escolar, tornará um ambiente capaz de receber todos os alunos que ali desejam estar, independente de suas limitações físicas, além de garantir a melhoria contínua e segurança da instituição para com os alunos ,colaboradores e corpo docente. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • É preciso detectar os principais manifestos patologicos nos lugares comuns e fachadas de edificios, em formato vertical. • Desempenhar uma investigação de informações apresentadas em vistoria, identificando as patologias com suporte nas pesquisas bibliograficas relacionadas a acessibilidade e nos tipos de ocorrências patológicas. • Investigar as barreiras arquitetônicas que dificultam o acesso de pessoas com deficiência física e indicar as modificações necessárias para cada ambiente da edificação. 4. JUSTIFICATIVA Hoje em dia existe preocupações por parte dos diretores de escolas em relação a acessibilidade de alunos portadores de deficiciências físicas, pois é uma questão bastante atual, com leis que direcionam o ambiente escolar propício para a convivência com as diversidades e o aprendizado de cidadania das crianças e adolescentes. Além disso, também existe uma grande preocupação com a preservação e manutenção dos edificios, visando assim, minimizar os custos que elevam o orçamento de reparos que poderiam ser evitados, valores que podem ser destinados a melhorias em outros setores da instiuição de ensino, melhorias ao corpo docente e colaboradores. Este trabalho irá enriquecer o conhecimento relacionado a manutenção predial preventiva e corretiva a cerca dos âmbitos de segurança e acessibilidade, trazendo propostas de reparos e adequações do ambiente de acordo com o estudo de caso feito no Jardim Escola Reino da Cultura. Contudo para chegar nos objetivos e nas ações de manutenção, é preciso um gerecnciamento eficaz, a relevancia de um gerenciamento adequado é essencial. 5. METODOLOGIA Este estudo de caso será realizado com autovistoria, identificação de anomalias, elaboração de laudos técnicos e adequação a normas de acessibilidade. Nos itens 10.15.1 e 10.15.2 da NBR 9050/2004, diz A entrada de alunos deve estar, preferencialmente, localizada na via de menor fluxo de tráfego de veículos. (...) Deve existir pelo menos uma rota acessível interligando o acesso de alunos às áreas administrativas, de prática esportiva, de recreação, de alimentação, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, centros de leitura e demais ambientes pedagógicos. Todos estes ambientes devem ser acessíveis. Para adaptação a esta norma, será feito uma averiguação dos espaços para possíveis necessidade de construção de rampas de acesso e/ou corrimão para apoio, além de investigar demais deficiências neste quesito e analisar as correções indispensáveis. Será preciso investigar todas as salas de aulas e ambientes internos onde ocorram atividades com os dicentes, para que todo o mobiliário esteja de fácil acesso para alunos pessoas em cadeiras de rodas e que haja o percentual mínimo de carteiras adaptadas. Como prevê os itens 10.15.5 ao 10.15.10.15.8 da NBR 9050/2004, citado abaixo: (...) Recomenda-se que elementos do mobiliário interno sejam acessíveis, garantindo-se as áreas de aproximação e manobra e as faixas de alcance manual, visual e auditivo, conforme especifcações das Seções 4,5, 8 e 9. Quando forem utilizadas cadeiras do tipo universitário (com prancheta acoplada), devem ser disponibilizadas mesas acessíveis à P.C.R na proporção de pelo menos 1 %, para cada caso, do total de cadeiras, com no mínimo uma para cada duas salas, conforme 9.3.1. As lousas devem ser acessíveis e instaladas a uma altura inferior máxima de 0,90 m do piso. Deve ser garantida a área de aproximação lateral e manobra da cadeira de rodas, conforme Seção 4. Todos os elementos do mobiliário da edifcação, como bebedouros, guichês e balcões de atendimento, bancos de alvenaria, entre outros, devem ser acessíveis e atender ao disposto nas Seções 8 e 9. Sendo assim, esse estudo de caso seguirá as orientações da NBR 16747/2020, que direciona o processo de inspeção precial conforme as adjacentes etapas: a) levantamento de dados e documentação; b) análise dos dados e documentação solicitados e disponibilizados; c) anamnese para a identificação de características construtivas da edificação, como idade, histórico de manutenção, intervenções, reformas e alterações de uso ocorridas; d) vistoria da edificação de forma sistêmica, considerando a complexidade das instalações existentes; e) classificação das irregularidades constatadas; f) recomendação das ações necessárias para restaurar ou preservar o desempenho dos sistemas, subsistemas e elementos construtivos da edificação afetados por falhas de uso operação ou manutenção, anomalias ou manifestações patológicas constatadas e/ou não conformidade com a documentação analisada (considerando, para tanto, o entendimento dos mecanismos de deterioração atuantes e as possíveis causas das falhas, anomalias e manifestações patológicas); g) organização das prioridades, em patamares de urgência, tendo em conta as recomendações apresentadas pelo inspetor predial; h) avaliação da manutenção , conforme a ABNT NBR 5674 i) avaliação do uso; j) redação e emissão do laudo técnico de inspeção. O desenvolvimento das etapas deve ser planejado conforme o tipo da edificação, consideradas suas características construtivas, idade da construção, instalações e equipamentos e qual idade da documentação entregue ao profissional habilitado. Concomitante a estas questões, este trabalho será conduzido para buscar e solucionar melhorias e atendimento as normas de acessibilidade do estabelecimento, para que o mesmo tenha um custo-benefício de reparos futuros com menos gastos, mantendo os ambientes sempre seguros e disponível para todos. Finalmente, será realizada a avaliação de todo o estudo, de acordo com o item 5.3.8.2 da NBR 16747/2020 , “ avaliação do uso de cada sistema construtivo da edificação é parametrizada pela análise em relação ao tipo de uso previsto em projeto.” (...) Após toda a análise realizada, esse trabalho será finalizado apresentando todo o plano de manutenção necessário para o cumprimento às leis de acessibilidade e segurança. 6. ESTRUTURA DO TRABALHO Os processos e metodos inseridos na pesquisa tratam das principais etapas: a) Análise da estrutura do prédio b) Acessibilidade arquitetônica c) Rampas de acesso d) Adequação dos banheiros e) Adequações necessárias nas salas de aula e pátio da escola, incluíndo bebedouros, escovário, cantina e acesso as salas de aula com desníveis. f) Considerações finais. 7 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A manutenção predial não envolve só contratar alguém para consertar problemas grandes, ou fazer pequenas reformas, quando necessário. Ela começa muito antes disso, e envolve todo o cuidado com a infraestrutura do prédio, bem como de seus equipamentos. Mesmo a melhor das obras vai depreciar com o tempo, isso é inevitável. Por isso é importante se preocupar não só com o momento da construção, mas também com a manutenção da edificação ao longo dos anos. (Anversa, 2019). No caso das edificações escolares, existe uma grande preocupação com a acessibilidade, pois é um ambiente que é de direito a todo e qualquer cidadão, conforme determina o Artigo 205, Seção I do Capítulo III da Constituição Federal de 1988, bem como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei No 9.394 de 20 de dezembro de 1996) que prevê a garantia de vagas de dicentes portadores de necessidades especiais na escola regular, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Além da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), existem outras leis que garantem o acesso da pessoa com deficiência no Brasil, portanto, a maioria das instituições de ensino não obedecem à essas leis e acabam sofrendo intervenções dos orgãos públicos competentes da fiscalização desses ambientes. Para fins de reflexão a respeito do tema inclusão, é importante salientar sua extensão em relação à acessibilidade em escolas e edifícios públicos, ressaltando-se a importância de se estabelecer o acesso não somente no interior dessas edificações concretas, mas também a relevância de se adaptar as condições das vias, estacionamentos e passagens e eliminar o máximo de barreiras que impeçam e dificultam a circulação das pessoas. (MORAES, 2007) Este trabalho tem como principal relevância, através da manutenção predial, preconizar a necessidade de pesquisar alguns aspectos relacionados a acessibilidade escolar e elaborar um projeto que adapte o Jardim Escola Reino da Cultura ao ponto de atender às leis que regem a educação no que diz respeito ao acesso de pessoas com necessidades especiais. 7.1 Análise da estrutura do prédio Foi feito uma autovistoria na edificação , onde não foi encontrado nehuma alteração estrutural, descartando qualquer intervenção. Encontra-se com a pintura deteriorada, necessitando de reparo. Notou-se também, algumas fiações expostas, gerando riscos para alunos e funcionários, além de ventilação e iluminação precárias em determinadas salas de aula. A nível de acessibilidade, de acordo com a NBR 9050/2004, foi identificado a indispensabilidade de construção de rampas de acesso na entrada da escola, para as salas do 3º e 4º ano, para a sala de ballet, biblioteca, cozinha e sala dos professores, para acesso ao segundo piso e para a secretaria da escola, além de adequação dos banheiros, salas de aula, bebedouro, cantina. Neste Estudo de caso, será feita uma análise mais aprofundada em relação a manutenção necessária para acessibilidade, respeitando as leis a que se referem esta questão. 7.2 Acessibilidade arquitetônica Trata-se da eliminação de barreiras físicas nos ambientes públicos. Observando a estrutura da edificação em que se trata este estudo, é possível notar uma construção segregada, onde a utilização do ambiente é limitado apenas para parte dos usuários. Desta forma, é preciso arquitetar um espaço lembrando dos portadores de deficiência física, já que não é apenas uma necessidade, mas principalmente, é um dever, é um ato de cidadania. Promover a acessibilidade no ambiente construído é proporcionar condições de mobilidade, com autonomia e segurança, eliminando as barreiras arquitetônicas e urbanísticas nas cidades, nos edifícios, nos meios de transporte e de comunicação. Isto constitui um direito universal resultante de conquistas sociais importantes, que reforçam o conceito de cidadania. (MORAES, 2007) A partir destes questionamentos, todos os obstáculos que impedem ou dificultam o acesso de cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida precisam ser modificados de forma que se adequem para todos os possíveis usuários do espaço, sendo necessário pensar na facilitação da locomoção e na segurança de todos que o frequentam diariamente. Para isso, a NBR 9050/2004 e a NBR 16747/2020 irão norteareste estudo, adaptando toda a unidade escolar em um ambiente apropriado para todos. Para as pessoas sem problemas de locomoção as barreiras passam despercebidas, mas nossa arquitetura é injusta para com aquela parcela da população. Esses obstáculos, quando presentes em empreendimentos de uso público, segregam e discriminam essa considerável parcela da população ao negar-lhe a possibilidade de deles usufruir. (MORAES, 2007) Fiegenbaum (2009) diz que “as principais barreiras relacionadas à escola seriam as concernentes à edificação e a utilização dos equipamentos escolares e aquelas referentes à comunicação e informação.” Desta forma, também não podemos esquecer dos mobiliários encontrados nas salas de aula, já que, para um aluno com cadeira de rodas é necessária carteiras específicas e estas, precisam estar de acordo com o item 10.15 da NBR 9050/2004, ao qual recomenda “que elementos do mobiliário interno sejam acessíveis, garantindo-se as áreas de aproximação e manobra e as faixas de alcance manual, visual e auditivo, (...)” 7.3 Rampas de acesso Na edificação verificada, encontra-se apenas uma rampa que dá acesso a parte superior para a parte inferior do pátio, porém existem outras áreas de acesso que são alcançadas apenas com utilização de escada, o que é uma barreira física arquitetônica, como vimos no item anterior. Observe as imagens na folha a seguir. Como é possível notar, as salas de aula do 3º e 4º ano do Ensino Fundamental, têm uma elevação de nível em relação ao pátio da escola, medindo 19 cm e 27 cm respectivamente, sem uma rampa para possíveis alunos cadeirantes. O acesso ao segundo piso provém apenas de uma escada medindo 3,9 m x 1,00 m, com corrimão de 0,93 m, completo de um lado e do outro lado até metade da escada. Para chegar na sala de ballet e biblioteca, existe apenas uma escada medindo 0,9 m x 1,00 m, com corrimão unilateral medindo 0,93 m. De acordo com a NBR 9050/2004, es escadas devem ter corrimãos em duas alturas e quando forem escadas ou rampas com largura superior a 2,40 m é necessário à instalação de corrimão intermediário. Figura 1: Rampa que liga o 1º e o 2º piso do pátio. Figura 2: Escada de acesso a sala do ballet, sala dos professores, cozinha e biblioteca. Figura 3: Escada de acesso as salas de aula do segundo piso. Fonte: Autor (2020) Fonte: Autor (2020) Fonte: Autor (2020) Fonte: ABNT NBR 9050/2004 Além da adequação dos corrimãos, será necessária a construção de rampas, que devem seguir os parâmetros regulamentados na NBR 9050/2004. “As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na tabela 5. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso.” Fonte: ABNT NBR 9050/2004 As rampas de acesso e escadas também devem ser adaptadas em relação ao piso, que deve ser portado de piso tátil de alerta, sinalizando risco de queda e a necessidade de cuidado ao acessá-las, além de piso antiderrapante em toda sua extensão, conforme determina a ABNT NBR 9050/2004. O deslocamento das pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida nesses espaços deve propiciar a todos o acesso sem barreiras ou obstáculos. 7.4 Adequação dos banheiros De acordo com a norma de acessibilidade (NBR 9050/2004) atualizada para portadores de deficiências físicas nas escolas, no item “8.6.4 “Pelo menos 5% dos sanitários, com no mínimo um sanitário para cada sexo, de uso dos alunos, devem ser acessíveis” No Jardim Escola Reino da Cultura, existem quatro banheiros para cada sexo, onde cada banheiro contêm duas bacias sanitárias com divisórias internas. O ideal será adaptar dois desses quatro banheiros para portadores de deficiências físicas ou mobilidade reduzida. De acordo com a NBR 9050/2004, os banheiros adaptados devem ser sinalizados conforme indica o item 5.4.4.2 desta mesma lei e devem ser afixados em local visível a toda comunidade escolar. Fonte: Autor (2020) Figura 4: Banheiros para adaptação Figura 4: Parte interna dos banheiros. Bacias sanitárias. Fonte: Autor (2020) Fonte: ABNT NBR 9050/2004 No que diz respeito as barras de apoio, a ABNT NBR 9050/2004 diz, no ítem 7.2.4, que todas as barras de apoio utilizadas em sanitários e vestiários devem suportar a resistência a um esforço mínimo de 1,5 KN em qualquer sentido, ter diâmetro entre 3 cm e 4,5 cm, e estar firmemente fixadas em paredes ou divisórias a uma distância mínima destas de 4 cm da face interna da barra. Suas extremidades devem estar fixadas ou justapostas nas paredes ou ter desenvolvimento contínuo até o ponto de fixação com formato recurvado. Quando necessários, os suportes intermediários de fixação devem estar sob a área de empunhadura, garantindo a continuidade de deslocamento das mãos (figura 113). Fonte: ABNT NBR 9050/2004 Neste contexto, torna-se de extrema importância a instalação de barras de apoio de forma adequada em ambos os banheiros adaptados, pois as mesmas garantem a segurança de pessoas com mobilidade reduzida e deficientes físicos nestes ambientes. Em relação ao piso dos sanitários adaptados, eles devem ser antiderrapantes e regulares, não havendo qualquer trepidação ou desnível para cadeiras de rodas. Desta forma, é viável a troca dos pisos, já que os mesmos não atendem ao ítem 6.1.1 da ABNT NBR 9050/2004, oferecendo riscos de queda aos seus usuários. Ainda falando dos banheiros adaptados, será necessária ampliação de cada um, garantindo as dimensões mínimas dos boxes, para atender ao menos uma forma de transferência, considerando uma área de manobra, como indica a figura 126 do ítem 7.3.3.2 da NBR 9050/2004. Fonte: ABNT NBR 9050/2004 7.5 Salas de aula e pátio O pátio do Jardim Escola Reino da Cultura é composto por dois pisos que são interligados por rampa de acesso. No primeiro piso encontra-se a entrada da escola, a secretária e bancos. No segundo piso estão a cantina, bebedouro, escovário, acesso ao segundo andar, a biblioteca, sala dos professores, cozinha e sala de ballet, além das salas de aula do primeiro andar. Apesar de haver a rampa de acesso para o segundo piso do pátio, existem algumas barreiras que precisam ser removidas, começando pela entrada da escola (desnível de 0,22m), da secretaria (desnível de 0,19m), da sala de aula do 3º ano (desnível de 0,27m) e da sala de aula do 4º ano (desnível de 0,27m), necessitando de pequenas rampas de acesso com barras de apoio. Fonte: Autor (2020) Fonte: Autor (2020) Figura 7: Desnível da sala de aula do 3º ano. Figura 8: Desnível da sala de aula do 3º ano. Figura 5: Desnível da secretaria da escola. Figura 6: Desnível no portão de entrada da escola. De acordo com a ABNT NBR 9050/2004, todos os elementos do mobiliário urbano da edificação como bebedouros, guichês e balcões de atendimento, bancos de alvenaria, entre outros, devem ser acessíveis. (ítem 8.6.9, p.88) No ambiente contém apenas um bebedouro com bicas frontais e altura de 1,05m do chão até a bica, permitindo o uso de copos e altura livre acessível de 0,65m, o que o torna inviável para a acessibilidade de cadeirantes, devendo ser trocado por outro modelo que atenda as necessidades especiais dos alunos que o necessitam.O balcão da cantina tem altura de 0,97m, estando um pouco acima do previsto pela NBR 9050/2004, que indica altura máxima de 0,90m. O mesmo acontece com o balcão da secretaria da escola, que mede 1,20m por toda sua extensão, não havendo um guichê adaptado, com, no máximo, 1,05cm de altura, como prevê a mesma Norma. Fonte: Autor Fonte: Autor (2020) Fonte: Autor (2020) Figura 9: Bebedouro Nestes casos, será necessário uma adaptação do balcão da cantina, nivelando sua altura de acordo com a ABNT que rege esta questão, bem como o balcão da secretaria, que pode ser substituído por guichês acessíveis, ou adaptado para o alcance de cadeirantes. Quanto as salas de aula, as lousas encontram-se a 1,08m de altura do chão e as carteiras, de modelo universitário, são todas iguais, não havendo nenhuma carteira adaptada para cadeirantes. Como é previsto na ABNT NBR 9050/2004, as lousas devem estar a, no máximo, 1,00m de altura do chão, desta forma, será indispensável o rebaixamento dessas lousas na altura determinada pela norma em questão, bem como modificar todo o mobiliário utilizado pelos alunos, para que se tornem acessíveis, como prevê o ítem 8.6.6. “Todos os elementos do mobiliário interno devem ser acessíveis, garantindo-se as áreas de aproximação e manobra e as faixas de alcance manual, visual e auditivo.” Fonte: Autor (2020) Fonte: Autor (2020) Fonte: Autor Fonte: Autor (2020) Figura 10: Cantina Figura 11: Balcão da secretaria Figura 12: Lousa Figura 13: Sala de aula 7.6 MANUTENÇÃO PREDIAL PREVENTIVA DE SEGURANÇA Durante esse estudo de caso, foram identificadas diversas fiações expostas, pinturas com desfalque, grade de escoamento enferrujadas e quebradas, ventiladores sem tela de proteção e ausência de grade de proteção no segundo piso da unidade escolar, além de algumas salas estarem com lâmpadas queimadas, o que dificulta a visão de todos, principalmente daqueles que tenham alguma enfermidade oftalmológica. Ao analisar essas patologias, torna-se viável o reparo imediato para manter o bem-estar e segurança dos discentes, docentes e toda a comunidade escolar. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao finalizar este estudo que objetivou fazer uma análise apurada do prédio onde se localiza o Jardim Escola Reino da Cultura, foi identificado todos os manifestos patologicos do ambiente, com foco nas barreiras arquitetônicas, que dificultam o acesso de portadores de deficiências nas instalações da edificação. Com uma averiguação semi-apurada e análise do local foi possível constatar que o prédio não oferece acessibilidade para os estudantes com deficiência física na maioria dos ambientes utilizados pelos alunos. De acordo com os argumentos apresentados, este estudo buscou detectar as falhas no que diz respeito as normas e leis de acessbilidade, para definir um plano de adequação da unidade escolar e romper as barreiras que bloqueiam a utilização de todos, independente de suas limitações. É notória as objeções direcionadas ao investimento, a curto prazo, para reformas e adequações, desta forma, a manutenção predial e o planejamento a um prazo mais longo, tornam as mudanças mais cabíveis ao orçamento da unidade escolar. Construir ou reformar exige compromisso e responsabilidade, além de profissionais capacitados para realizá-las, pois as adequações devem ser feitas conforme as normas estipuladas por lei, já que com base na legislação vigente do país, uma vez sendo seguidas, podem propiciar melhorias na qualidade de vida das pessoas que utilizam o espaço, tornando o ambiente escolar, um local capaz de oferecer acessibilidade adequada aos deficientes físicos ou com mobilidade reduzida. Sendo assim, as medidas de prevenção e adequação sugeridas tem como base os padrões técnicos de acordo com a ABNT 9050/2004. Finalizando este trabalho, é necessário destacar que o estudo realizado na edificação em questão não pretendeu esgotar os problemas a cerca da acessibilidade, mas sim para apresentar uma proposta de base que possa auxiliar os donos de escolas, e principalmente, aos proprietários do Jardim Escola Reino da Cultura a cerca de tornar o ambiente escolar acessível a todos, além de destacar a importância de uma manutenção predial rotineira, já que a mesma diminui os gastos com reparos que poderiam ser evitados, garantir a segurança de todos os usuários da unidade e torná-la um ambiente de inclusão e de respeito as diferenças. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – NORMA BRASILEIRA Segunda edição 31.05.2004. ABNT NBR 16747/2020. INSPEÇÃO PREDIAL: Diretrizes, Conceitos, Terminologias e Procedimentos – NORMA BRASILEIRA Primeira edição 21.05.2020. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Ratificado em 05.10.1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm . BRASIL. Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm FIEGENBAUM, Joseane. Acessibilidade no contexto escolar: tornando a inclusão possível. Porto Alegre, 2009. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/33297. Acesso em: 02/10/2020 MORAES, Marina Grava de. Acessibilidade e inclusão social em escolas. Bauru, 2007. Disponível em: http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/1417 . Acesso em: 08.10.2020 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm https://lume.ufrgs.br/handle/10183/33297 http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/1417 2. OBJETIVO GERAL 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS É preciso detectar os principais manifestos patologicos nos lugares comuns e fachadas de edificios, em formato vertical. Desempenhar uma investigação de informações apresentadas em vistoria, identificando as patologias com suporte nas pesquisas bibliograficas relacionadas a acessibilidade e nos tipos de ocorrências patológicas. Investigar as barreiras arquitetônicas que dificultam o acesso de pessoas com deficiência física e indicar as modificações necessárias para cada ambiente da edificação. 4. JUSTIFICATIVA Hoje em dia existe preocupações por parte dos diretores de escolas em relação a acessibilidade de alunos portadores de deficiciências físicas, pois é uma questão bastante atual, com leis que direcionam o ambiente escolar propício para a convivência c... Este trabalho irá enriquecer o conhecimento relacionado a manutenção predial preventiva e corretiva a cerca dos âmbitos de segurança e acessibilidade, trazendo propostas de reparos e adequações do ambiente de acordo com o estudo de caso feito no Jard... 5. METODOLOGIA ABNT NBR 16747/2020. INSPEÇÃO PREDIAL: Diretrizes, Conceitos, Terminologias e Procedimentos – NORMA BRASILEIRA Primeira edição 21.05.2020. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Ratificado em 05.10.1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm . BRASIL. Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm FIEGENBAUM, Joseane. Acessibilidade no contexto escolar: tornando a inclusão possível. Porto Alegre, 2009. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/33297. Acesso em: 02/10/2020 MORAES, Marina Grava de. Acessibilidade e inclusão social em escolas. Bauru, 2007. Disponível em: http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/1417 . Acesso em: 08.10.2020
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