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Toxoplasmose e Giardíase

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--- 
 
Rebeca Woset 
TOXOPLASMOSE E GIARDÍASE 
TOXOPLASMOSE 
Uma doença parasitária de mamíferos, aves e 
répteis que afeta principalmente o SNC e 
ocasionalmente o sistema reprodutivo, 
músculos e órgãos viscerais. Causada pelo 
protozoário Toxoplasma gondii, sendo esta a 
única espécie capaz de produzir a doença em 
todos os hospedeiros. 
Felídeos h. definitivo e animais 
Homeotérmicos H. Intermediário (parasito 
realiza apenas o ciclo tecidual extra-intestinal) 
INTRODUÇÃO 
 A maioria das infecções é inaparente 
ou latente. 
 Causa importantes alterações 
neonatais, lesões oculares, 
microcefalia, hidrocefalia, calcificações 
cerebrais, alterações psicomotoras e 
retardo mental, tornando a infecção 
primária na gestante e a infecção do 
feto por via transplacentária. 
 Animal quando infectado serve de 
fonte direta ou indireta de infecção ao 
homem. 
 O parasito se deposita na musculatura 
e pode infectar o homem pela 
ingestão de carne crua ou mal cozida. 
 Felinos estão envolvidos com a 
produção de oocistos. 
 Cão é hospedeiro intermediário então 
não passa pro humano. 
Etio-Etimologia 
 T. gondii é um protozoário de ciclo de 
vida facultativamente heteroxeno e 
infecta todas as espécies de animais 
homeotérmicos. 
 Parasito intracelular obrigatório, 
pertencente à família 
Toxoplasmatinae, ordem Coccidia. 
 Forma taquizoíta tem forma de meia 
lua ou arredendada. Núcleo 
semicentral localizado na metade 
posterior. 
 Bradizoítas formam cistos de 
tamanhos variados. 
 Após a ingestão dos bradizoítos 
encistados do T. gondii, os oocistos 
aparecem nas fezes após 4 a 5 dias e 
continuam a ser excretados, 
frequentemente, em grandes 
quantidades, por 3 a 20 dias. Esses 
oocistos esporulam em 2 a 4 dias, em 
condições favoráveis, e tornam-se 
infectivos para todos os vertebrados. 
 Tem importância veterinária e médica 
por ser causa de abortamentos e 
doença congênita nos H intermediário. 
 Gatos transmitem de forma sexuada. 
 Por eliminarem oocistos dos parasitos 
pelas fezes, são a única fonte de 
infecção dos animais herbívoros. 
 Os oocistos são resistentes às 
condições ambientais e resultam da 
fase sexuada do ciclo, que é limitada 
ao epitélio intestinal desses animais 
 Em suínos, caprinos, ovinos e 
roedores, ocorre apenas o ciclo 
extraintestinal, com proliferação de 
taquizoítas nos órgãos e com a 
resposta imune desenvolvem-se os 
cistos teciduais. Estes permanecem 
viáveis e são infectantes para os gatos 
e para outros hospedeiros, como o 
homem e os cães. Nestes últimos, a 
infecção geralmente pode ocorrer pela 
ingestão de oocistos, presentes no 
solo, alimentos de origem vegetal, ou 
através de carnes com cistos 
tissulares. 
 A transmissão ao homem também 
pode ser congênita, quando a infecção 
aguda coincide com a gestação. T. 
gondii multiplica-se na placenta, 
difundindo-se para os tecidos fetais, 
com consequências graves para os 
fetos no primeiro terço ou metade da 
gestação. Quanto mais adiantada a 
 
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Rebeca Woset 
TOXOPLASMOSE E GIARDÍASE 
gestação, maior a probabilidade da 
infecção fetal. 
 A infecção congênita varia de 
alterações aparentes ao nascimento 
com morbimortalidade perinatal 
elevada (microcefalia, crescimento 
intra-uterino retardado, hidrocefalia), 
a uma infecção subclínica com 
possibilidade de risco para o 
desenvolvimento de coriorretinite 
e/ou complicações tardias. 
 Os parasitos disseminam-se pelos 
vasos linfáticos e pelo sistema porta, 
com subsequente invasão de vários 
órgãos e tecidos. Em infestações 
maciças, os taquizoítos em 
multiplicação podem produzir áreas 
de necrose em órgãos vitais, como 
miocárdio, pulmões, fígado e cérebro 
e, durante esta fase o hospedeiro 
pode tornar-se febril e manifestar 
linfadenopatia. Conforme evolução da 
doença, formam-se bradizoítos, sendo 
esta fase usualmente assintomática. 
 Naturalmente, o gato elimina oocistos 
somente quando sofre a primo-
infeccção geralmente nos primeiro 
meses de vida. Esses oocisto 
contaminam o meio. 
 O ciclo vital inteiro se completa no 
epitélio do intestino delgado dos 
felídeos. 
 Os estágios assexuais e sexuais se 
desenvolvem endogenamente e os 
oocistos são eliminados nas fezes. 
 3 fases infectantes a animais 
vertebrados: 
 Trofozoíto ou taquizoíta é a 
forma proliferativa observada 
nas infecções disseminadas 
agudas, e pode estar presente 
nos fluídos corporais. 
 O cistozoíto ou bradizoíta é a 
forma latente do parasito e 
está presente nas infecções 
congênitas e adquiridas, 
crônicas ou assintomáticas. É 
encontrado em cistos, 
principalmente no cérebro, 
olho, fígado, musculatura 
cardíaca e esquelética 
DIAGNÓSTICO 
 Diagnóstico antes da morte é difícil. 
 Teste sorológico tem 2: Teste do 
corante Sabin-Feldman e o teste de 
imunofluorescência indireta (IFI). Tem 
que ser feito com 2 semanas de 
intervalo. 
 Na ELISA permite a detecção de 
resposta de IgM (uma infecção ativa 
recente). Resposta de IgG é indica uma 
exposição anterior, indicativo de casos 
crônicos. Nos casos fatais, a 
histopatologia revela os taquizoítos e 
os cistos teciduais nos órgãos 
afetados. 
 Exames de sangue poderão mostrar 
T.gondii sob forma taquizóita em 
macrófagos. 
 Na necropsia, os focos necróticos 
puntiformes, no SNC, nos pulmões, 
fígado e linfonodos infartados são 
indicativos de toxoplasmose. 
TRATAMENTO 
 Diagnóstico precoce. 
 Tratamento antiparasitário na mãe 
pode diminuir a taxa de transmissão 
para o feto e por consequência o 
número de sequelas nos casos de 
infecção intra-uterina. 
 Drogas: pirimetamina, sulfadiazina e 
ácido fólico. 50mg/ kg, a cada 24 horas 
durante 2 semanas para humanos. 
 A combinação da pirimetamina com 
sulfadiazina foi descrita como eficaz 
contra taquizoítos, mas não 
bradizoítos, no homem, porém é 
bastante tóxica em gatos. 
 A clindamicina (3 a 13 mg/kg, a cada 
24 horas, 2 semanas) constitui 
 
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Rebeca Woset 
TOXOPLASMOSE E GIARDÍASE 
provavelmente a droga de escolha 
para cães, administrada 
intramuscularmente, pois as doses 
orais altas podem causar transtornos 
gastrintestinais. 
PROGNÓSTICO 
 Humano: Desfavorável em casos de 
rápida progressão da doença, na 
presença de lesões multifocais do SNC, 
com hiperextensão dos membros ou 
quando o início do tratamento é 
demorado. 
 Animais: Tirando no caso de aborto, é 
de reservado para bom pois a reposta 
terapêutica é boa. 
PREVENÇÃO 
 Doméstica: Limpeza diária dos locais 
usados por esses animais e remoção 
de fezes. 
 Gato não deve ser alimentado com 
carne crua. 
GIARDIA EM CÃES 
A giardíase é uma doença causada pelo 
protozoário Giardia lamblia, é uma doença 
entérica que acomete animais domésticos, 
silvestres e humanos. 
Animais se infectam pela ingestão dos cistos 
eliminados nas fezes de animais infectados. 
Resistente a ambiente e desinfetantes. 
Sinal clínico: 
 Moderado a severo em animais 
imunossuprimidos, jovens e 
desnutridos. Assintomática em 
animais adultos imunocompetentes. 
CICLO BIOLÓGICO 
 Direto. 
 Não ocorrem estágios intracelulares o 
trato digestivo ou em outros tecidos. 
 Período de incubação de 7 a 14 dias, 
após ingestão dos cistos que em 
contato com ácido clorídrico e 
enzimas pancreáticas se rompem 
liberando dois trofozoítos. 
 2 estágios: 
 Trofozoíto: o estágio ativo e 
móvel, sendo encontrado no 
intestino delgado do 
hospedeiro fixando-se ao 
epitélio intestinal e iniciando a 
reprodução assexuada por 
fissão binária. 
 Cisto: é o estágio infectante 
latente e resistente da doença 
encontrado nas fezes. 
PATOGENIA 
A giardíase promove atrofia das vilosidades e 
das microvilosidades intestinais resultando 
em má digestão e absorção de alimentos. O 
parasitismo é maior na porção anterior do 
intestino delgado (duodeno e jejuno) devido 
ao fato da tripsina ser ativada nesta região. 
SINAIS CLÍNICOS 
Vai de casos assintomáticos e sintomáticos 
que podem ser persistente,intermitente ou 
autolimitante. 
Fezes pastosas e aquosas com odor fético em 
grandes volumes com esteatorreia (gordura 
nas fezes) e flutulência. Geralmente sem 
muco ou sangue. Dor abdominal. 
Desidratação. Perda de peso. 
DIAGNÓSTICO 
 Não apresenta sinais patognomônicos. 
 Diagnóstico é pela observação de 
trofozoítos moveis nas fezes frescas 
ou em lavados duodenais, pela 
observação de cistos por meio de 
técnicas de flotação fecal. 
 Importante a realização de pelo 
menos 3 exames fecais num período 
de 7 a 10 dias para descartar a doença.

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