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Período sintomático: HIV agudo → febre, hash cutâneo, cefaleia, adenomegalia, diarreia e hepatoesplenomegalia. A maioria permanece assintomático por anos, e eventualmente evoluem com AIDS, associado a infecções oportunistas. Imunodeficiência causada por depleção acentuada de linfócitos T CD4+ (helper). Também há manifestações clínicas devidas diretamente à infecção de determinados órgãos/sistemas. Três Fases: 1. Infecção primária ou aguda 2. Infecção crônica (assintomática) – “latência clínica” 3. AIDS (doença avançada) Não tem associação com malformações fetais, porém apresenta maior morbidade. Fatores de risco: diabetes gestacional, pre-eclampsia, prematuridade, restrição de crescimento fetal. Transmissão vertical: varia de 25-30% quando a paciente não está tratando e 1-2% quando tratada. A transmissão ocorre durante o trabalho de parto e no parto, além da amamentação. Fatores de risco para transmissão vertical: carga viral elevada, ausência do uso de TARV, vaginose, sífilis, uso de drogas ilícitas, procedimentos obstétricos invasivos, bolsa rota mais de 4 horas, trabalho de parto prolongado, parto vaginal operatório (fórceps. Episiotomia). Rastreamento pre-natal: sorologia pra todas as gestantes na primeira consulta e início do terceiro trimestre. Diagnóstico: 1. Teste de rastreamento: ELISA 2. Teste confirmatório: Western-blot ou imunon-blot. Identificam antígenos virais e carga viral. Assistência pré-natal • Gestantes devem ser acompanhadas por equipe multidisciplinar e em centros de referência. • Notificação compulsória. • Orientações com relação a transmissão vertical. • Status sorológico do parceiro. • Anamnese e exame físico completo. • Avaliar ; comorbidades, tempo de diagnostico, infecções oportunistas, uso prévio de TARV, antecedentes obstétricos, e imunizações. • Devem ser orientadas a usar preservativo em todas as relações. Exames laboratorias: rotina pre natal do primeiro trimestre, avaliação CD4, carga viral. Pacientes em uso de TARV → solicitar função renal e hepática. US: precoce pra determinar idade gestacional, morfológico do primeiro e segundo trimestre. US mensal após 30 semanas. Ecocardiografia fetal entre 24-28 semanas para os pacientes que usaram TARV no primeiro trimestre. Avaliação da vitalidade fetal com cardiotocografia e perfil biofísico fetal, entre 34 e 36 semanas, e repetida semanalmente após 37 semanas. Tratamento: introduzir TARV precocemente a fim de reduzir transmissão vertical. • Gestantes assintomáticas e com CD4 ≥ 350 cel/mm; iniciar com 14 sem • Gestantes com CD4 < 350 cel/mm; inicio imediato TARV Primeira escolha: inibidores da transcriptase reversa (Zidovudina, Lamivudina, Tenofovir) e inibidores da protease (lopinavir, ritonavir, saquinavir). Efeitos colaterais: alterações do trato gastrointestinal, anemias e alterações do metabolismo de lipídeos e carboidratos. Pacientes com vírus resistentes as demais classes: inibidores de fusão, inibidores de CCR5, inibidores de integrasse. Efavirenz contraindicado pelo risco de mal formação do SNC. Esquemas: ❖ 3 drogas ativas de classes diferentes ❖ Em gestantes não tratadas anteriormente: associar 2 inibidores de transcriptase reversa com um inibidor de protease. Via de parto: ❖ CV > 1000 copias/ml ou não TARV: cesárea eletiva com 38 sem. ❖ Carga < 1000 ou com TARV com 3 drogas: Via de parto de indicação obstétrica. ❖ Obs.; Pacientes em uso de ENFURVITINA não devem realizar parto vaginal, pois a droga não atinge concentração adequada na secreção vaginal Profilaxia da transmissão vertical: Iniciar zidovudina parenteral em todas as gestantes HIV com ou sem tratamento prévio. Parto após 3 hrs do início da medicação. Manter medicação em fusão continua até o clampeamento do cordão. Esquema: • - Fase de ataque; 2mg/kg durante 1 hr • - Fase de manutenção; 1mg/kg ate o clampeamento do cordão, com duração mínima de 2 hrs. Retirar feto empelicado. Situações especiais: 1. Gestantes com diagnostico tardio durante pre natal: iniciar imediatamente TARV combinada e programar cesariana com 38 sem. 2. Gestantes com diagnostico no momento da admissão: introduzir AZT intravenoso. Se trabalho de parto avançado, deve-se conduzi-lo. Se dilatação 4 cm com bolsa integra ou rota inferior a 2 horas → realizar cesárea após profilaxia com AZT. 3. Trabalho de parto prematuro: manter infusão com AZT enquanto paciente apresentar dinâmica. Não existe contraindicação de tocolise ou corticoterapia para maturação pulmonar. 4. Rupreme: conduta baseada no protocolo do serviço. Cuidados obrigatórios: • Uso de equipamentos individuais em procedimentos cirúrgicos. • Cautela em manusear objetos perfurocortantes. • Menor número possível de toques vaginais • Na cesárea extração fetal com membranas integras (empelicado). • Não realizar aminiotomia, episiotomia, amminioscopia. • Evitar fórceps, salvo em clara indicação obstétrica • Evitar tempo de bolsa rota maior que 4 hrs • Clampeamento imediato do cordão, sem ordenha. • Em casos de atonia uterina, não usar ergot, em pacientes que fizeram uso de inibidores da protease, pelo risco de crise hipertensiva.
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