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PAPER EDUCAÇÃO FISICA

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CULTURA CORPORAL
 OS JOGOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
 Anne
  Juliana Twardowski
 Matheus
 Maria Eduarda Dreveck
 Professor: Jonathan Alexandre Steindl
 Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
 Educação Fisica BEF009 /3
                                                                            	
RESUMO
 
Palavras-chave: 
 
1. INTRODUÇÃO
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO.
 A proposta da Cultura corporal surgiu a partir de uma preocupação de como se deve ensinar em Educação Física.
 Os autores Betti (2001, p. 156) e Bracht (1996) adotam a terminologia “cultura corporal de movimento”, sendo que o primeiro entende que ela representa uma vertente da cultura geral que engloba as formas culturais que têm sido construídas historicamente, no plano material e simbólico, através da prática da motricidade humana. Para o autor da abordagem sistêmica, que tem na Sociologia a sua fonte de inspiração, a cultura corporal de movimento objetiva a “melhoria qualitativa das práticas constitutivas daquela cultura, mediante referenciais científicos, filosóficos, pedagógicos e estéticos.” (BETTI, 2003, p. 151). Para Bracht:
 [...] o movimentar-se é entendido como uma forma de comunicação com o mundo que é constituinte e construtora de cultura, mas também, possibilitada por ela. É uma linguagem, com especificidade, é claro, mas que enquanto cultura habita o mundo do simbólico. A naturalização do objeto da EF por outro lado, seja alocando-o no plano do biológico ou do psicológico, retira dele o caráter histórico e com isso sua marca social. Ora, o que qualifica o movimento enquanto humano é o sentido/significado do mover-se. Sentido/significado mediado simbolicamente e que o colocam no plano da cultura. (BRACHT, 1996, p. 24)
 Apesar de todas as defesas entre um termo ou outro, infere-se que, mais importante do que o uso de um ou outro, é a prática consciente, comprometida, construída dentro da organização escolar, com a participação de todos os envolvidos no processo educativo. Por isso, nesta pesquisa, adotasse o conceito “cultura corporal de movimento”, por entender que a Educação Física é tratada como uma área que lida com as expressões corporais que o homem produziu socialmente e foi historicamente acumulado pela humanidade.
 O que se estuda nessa área são os conteúdos propostos historicamente para a Educação Física Escolar no Brasil, valorizando as diferenças regionais: os jogos, os esportes, as ginásticas, as danças, as lutas e a capoeira por ser uma expressão tipicamente brasileira.
2.2 O QUE É JOGO?
 	
 Para Huizinga,( 1999, p.33 ), “Jogo é uma atividade ou ocupação voluntaria, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundos regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias”. Sendo assim, os jogos têm suas regras flexíveis, sendo muitas vezes adaptados de acordo com o espaço existente, com os materiais disponíveis, número de alunos, e além de apresentar um caráter competitivo como o esporte, dispõe também de caráter cooperativo, recreativo, lúdico em situações de confraternização ou simplesmente como diversão e passatempo. Segundo Gadamer (2002, p. 175), “aquele que joga sabe, ele mesmo, que o jogo é apenas jogo, e que se encontra num mundo que é determinado pela seriedade dos fins. Mas isso não sabe na forma pela qual ele, como jogador imaginava essa relação com a seriedade”. Portanto o jogo deve ser ao mesmo tempo, lúdico, dinâmico e serio. Porque o ser do jogo se envolve completamente ao ambiente de alegria em que estar lhe proporcionando prazer em esta obedecendo determinadas regras que compõe o jogo. 
 O jogo ajuda-o a construir novas descobertas, desenvolve e enriquece a personalidade dos alunos e simboliza um instrumento pedagógico que leva o professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem. Os jogos podem ser motivadores e por isto é um instrumento muito poderoso na estimulação da construção do raciocínio, o desafio proporciona o aluno a busca de soluções ou de formas de adaptação a situações de problema.
2.2 ESPORTE 
	
 Vivenciar na teoria e na prática as modalidades esportivas do interesse da turma, de forma lúdica e inclusiva, colocando em pauta temas inerentes e/ou paralelos, como a relação dos gêneros com determinadas modalidades, colocar em discussão crítica os possíveis benefícios sociais do esporte, além da possibilidade de proporcionar aos alunos o contato com modalidades menos conhecidas, ampliando seu horizonte cultural, e desconstruindo a visão culturalmente construída, a respeito de alguns aspectos referentes ao esporte moderno, como a falsa divisão entre os esportes praticados pela elite e pelas classes populares.
2.3 DANÇA
 Apresentar aos alunos os tipos de dança existentes, as danças Folclóricas, Clássica, Religiosa, de Salão, incentivando a vivência corporal dos diversos estilos, dentro das possibilidades de movimento de cada um. Abordar também os preconceitos presentes na sociedade, como a relação do sexo masculino com certos tipos de dança, a marginalização de algumas modalidades, dentre outros aspectos que considerarmos relevantes no diálogo com a turma. Pensamos que assim o aluno terá um contato abrangente com a dança, levando essa nova cultura para além da escola.
2.4 LUTAS 
Expor as modalidades de luta existentes, suas origens e seus históricos socioculturais, propondo vivencias lúdicas dos movimentos característicos de cada modalidade selecionada, preferencialmente, sem a necessidade do contato físico. Consideramos importante abordar aspectos polêmicos que estão presentes no âmbito da luta, a partir do interesse e dos questionamentos que surgirem durante o contato com a turma. A partir de então esperamos criar uma postura crítica e autônoma nos alunos, seja como espectadores ou praticantes, a respeito do universo das artes marciais.
2.5 GINÁSTICA
 Caracterizar a ginástica, com seu histórico e as modalidades existentes. Durante a prática, vivenciaremos as modalidades a partir do interesse dos alunos, dando ênfase aos temas atuais, como as ginásticas de academia, laboral, natural, artística, rítmica, dentre outras. Paralelamente, evidenciar temas comuns na sociedade, como o culto exagerado ao corpo, o risco dos anabolizantes, a relação entre atividade física e saúde, dentre outros definidos no contato com os alunos. Sendo dessa forma, podemos criar uma nova cultura de movimento nos alunos, que pode tirá-los do sedentarismo, como também tirar suas dúvidas e alertá-los sobre os perigos da atividade física mal orientada.
2.6 A EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA ORIGEM NO BRASIL
 No passado, a Educação Física teve seus paradigmas estritamente ligados às instituições militares e à classe médica (higienista). Com a visão de melhorar a qualidade de vida, muitos médicos adotaram a forma higienista e buscaram modificar os hábitos de saúde e higiene da população (BRASIL, 2001). Seguindo a mesma menção acima, a Educação Física favorecia a educação do corpo, tendo como meta a constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, ou seja, menos suscetível às doenças. Além disso, havia o pensamento político e intelectual da época, uma preocupação com o melhoramento genético da raça humana. Com a miscigenação entre escravos, havia o temor de uma “mistura” que “desqualificasse” a raça branca. Dessa forma, a educação sexual associada à Educação Física deveria prevenir homens e mulheres da responsabilidade de manter a “soberania racial branca”. Ainda Brasil (2001), destaca que, embora a elite imperial estivesse de acordo com os pressupostos higiênicos, eugênicos e físicos, havia ainda uma forte oposição às atividades físicas por conta do trabalho físico e do trabalhoescravo. Tudo o que prescindia esforço físico era visto com maus olhos e isso dificultava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas. O mesmo autor, dentro de tudo isso, as instituições militares sofreram influência da filosofia positivista, favorecendo o desenvolvimento da educação do físico. Era de fundamental importância formar indivíduos fortes e saudáveis que defendessem a pátria e seus ideais, pois só assim alcançariam à ordem e o progresso.
 Em 1851, teve a Reforma Couto Ferraz, que tornou obrigatória a Educação Física nas escolas dos municípios da Corte. Os pais não viram com bons olhos essa nova realidade, pois não aceitavam o fato de seus filhos estarem ligados às atividades que não fossem intelectuais. Mas houve uma maior tolerância à idéia de ginástica pelos meninos, uma vez que se associavam às instituições militares, mas, em relação às meninas, os pais proibiram a participação de suas filhas (BRASIL, 2001). Ainda tirado da mesma fonte bibliográfica, no ano de 1882, Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224, no qual defendeu a inclusão da ginástica nas escolas, equiparou os professores dessa modalidade a outras disciplinas e ainda destacou a importância de se ter um corpo saudável para sustentar a atividade intelectual. O mesmo autor continua, no início deste século, a Educação Física ainda recebia o nome de ginástica e foi incluída no currículo do Estado da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo. Nessa mesma época, a Educação Física sofria uma forte influência do movimento escola-novista, que evidenciou a importância da atividade física no desenvolvimento integral do ser humano. A Educação Física que se aplicava tinha seus pilares nos métodos europeus, os quais se firmavam em princípios biológicos. 
 A base do movimento era de natureza cultural, política e científica conhecidas como: Movimento Ginástico Europeu, e foi à primeira sistematização da Educação Física no Ocidente, citação de BRASIL, (2001). Mesmo autor, destaca na década de 30, no Brasil, dentro de um contexto histórico e político mundial, com vista às idéias nazistas e fascistas que associavam a eugenização da raça à Educação Física, ganhou forças. O exército passou a comandar um movimento em prol à Educação Física que se mesclava aos objetivos patrióticos e uma preparação pré-militar. O discurso passou de eugênico para dar lugar às idéias higienistas e de prevenções às doenças. O período higiênico foi duradouro apesar de algumas mudanças começarem a acontecer, como a inclusão da Educação Física nos currículos na tentativa de valorizar e mostrar os benefícios para o ser humano, isso não poderia ser considerado garantia melhora para o componente curricular, uma vez que faltavam profissionais capacitados principalmente nas escolas primárias, destaca BRASIL (2001). Apenas em 1937 é que se fez a primeira referência à Educação Física em textos constitucionais federais, incluindo-a como prática obrigatória e não mais apenas como disciplina curricular. E ainda destacava-se o adestramento físico como maneira de preparar a juventude para defender a nação e para o cumprimento dos deveres com a economia (BRASIL, 2001). Segundo o BRASIL (2001) os anos 30, que era a época da industrialização e urbanização, fez com que a Educação Física ganhasse novas atribuições: fortalecer o trabalhador para melhorar sua capacidade produtiva e desenvolver o espírito de cooperação em benefício da coletividade. Até a promulgação das leis e diretrizes de base de 1961, houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro. Nessa lei, ficou determinada a obrigatoriedade da Educação Física para as escolas primárias e de ensino médio. Sendo assim, o esporte passou a ocupar um lugar cada vez maior durante as aulas. O processo de esportivização da Educação Física Escolar iniciou com a introdução do Método Desportivo Generalizado, que significou uma contraposição aos antigos métodos de ginástica tradicional e uma tentativa de incorporar o esporte, já que era uma instituição bastante independente, adequando-o ao objetivo e práticas pedagógicas, BRASIL (2001).
 Após 1964, a educação no geral adotou uma visão tecnicista, onde o ensino tinha que formar mão-de-obra qualificada, os cursos técnicos profissionalizantes se difundiram e a Educação Física tinha um caráter instrumental, que era o de desenvolver atividades práticas voltadas para o desempenho técnico e físico do aluno, mesmo autor acima. Na década de 70, ainda havia a função para a manutenção da ordem e do progresso. O governo investiu na Educação Física em função de diretrizes pautadas no nacionalismo, na integração social e na segurança nacional, pois visavam um exército forte saudável e a desmobilização das forças políticas oposicionistas. As atividades esportivas também eram importantes para a melhoria da força de trabalho com vista no “milagre econômico brasileiro”, nesse período os laços se firmavam com destaque no futebol, na Copa do Mundo de 1970, o mesmo autor. Em 1971, a Educação Física Escolar, a partir de um decreto, considerou: “a atividade que por meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando” (BRASIL, p.22, 2001). A falta de especificidade do decreto manteve a ênfase na aptidão física. A partir da 5ª série, a iniciação esportiva tornou-se um dos eixos fundamentais de ensino na busca de novos talentos para representarem à pátria em competições internacionais. Essa época chamada de “modelo piramidal” norteou as diretrizes políticas da Educação Física. Na década de 80, menciona BRASIL (2001) afirma que esse modelo começou a ser sentido e contestado: o Brasil não passou a ser um competidor de elite internacional e nem tão pouco aumentou o número de adeptos a atividades físicas. Iniciou-se uma crise de identidade no discurso da Educação Física, que originou uma mudança nas políticas educacionais: a Educação Física Escolar que priorizava o esporte nas 5ª e 8ª séries do 6 primeiro grau, passou a dar origem de 1ª a 4ª séries e também à pré-escola. O enfoque passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, tirando da escola à função de promover os esportes de alto rendimento. BRASIL (2001) destaca que os debates, as publicações, os cursos de pós graduação, o aumento de livros e revistas entre outros, difundiram e argumentaram as novas tendências da Educação Física. As relações entre Educação Física e sociedade passaram a ser discutidas sob teorias críticas da educação: “questionou-se seu papel e sua dimensão política”. Ocorreu uma mudança no enfoque, tanto aos objetivos e conteúdos, quanto aos pressupostos pedagógicos de ensino e aprendizagem. Ampliaram a visão para uma área biológica, enfatizaram e reavaliaram as dimensões psicológicas, sociais, cognitivas e afetivas, concebendo o aluno como ser humano integral. Abarcaram-se em objetivos educacionais mais amplos, sob a perspectiva de conteúdos diversificados e não mais apenas em esportes, em pressupostos pedagógicos mais humanos e ao não adestramento de seres humanos. A Educação Física atual, mesmo com tantas divergências, busca o desenvolvimento integral do ser humano, sob dimensões pedagógicas, sociológicas e filosóficas. Mas segundo o Coletivo de Autores, (p.36,1992), nossa Educação Física Escolar, tem como objeto de estudo o desenvolvimento da aptidão física, o que tem contribuído historicamente para a defesa dos interesses da classe no poder, mantendo a estrutura da sociedade capitalista.
 3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BETTI, M. Educação física e sociologia: novas e velhas questões no contexto brasileiro. In: CARVALHO, Y.M. de; RUBIO, K. (Org.). Educação física e ciências humanas. São Paulo: Hucitec, 2001. p. 155-169.
BETTI, M. Educação física escolar: do idealismo à pesquisa-ação. 2002. 336 f. Tese (Livre-Docência em Métodos e Técnicas de Pesquisa em Educação Física e Motricidade Humana) - Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista,Bauru, 2003, p 151.
BRACHT,V. Educação Física no 1º Grau: Conhecimento e especificidade. In. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, supl.2, p. 23 – 28. 1996.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.
GARDAMER, H.G..Verdade e método: traços fundamentais de uma bermeneutica filosófica. Petrópolis, Vozes. 2002. 
HUIZINGA, J. O jogo como elemento da cultura. São Paulo, perspectiva. 1999.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. - 3. ed. – Brasília: A Secretaria, 2001. 96p: il; 16x23cm.

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