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http://historiaonline.com.br TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO (AULA 16 – PARTE 2) Rodolfo Neves Teóricos do Absolutismo: Nicolau Maquiavel (1469-1527): Itália (Florença). • Obra: O Príncipe. - Política: pragmatismo (resultados) / religião (ética / moral). - Príncipe: pode romper com a moral quando necessário. • Fundamentos: - Virtú (saber fazer/preparação) e Fortuna (ocasião / sorte). - Bom príncipe: ao se preparar (Virtú), é agraciado pela Fortuna. - Analogia: leão (força) e raposa (astúcia). “Para cada fim, há um meio adequado.” Senso comum: “os fins justificam os meios.” Thomas Hobbes (1588-1679): Inglaterra. • Obra: O Leviatã. • Conceitos: - Contratualismo: sociedade = contrato entre os seres humanos. - Estado de natureza: seres humanos antes da sociedade. • Ausência de um Estado e de leis. • Não há limites para as paixões individuais. • Humanos: egoístas por natureza. • Resultado: guerra de todos contra todos. “O homem é o lobo do homem.” • Solução proposta por Hobbes: Contrato Social. - Cidadãos: perdem sua liberdade absoluta. - Estado: passa a ter o monopólio do uso da força. - Rei: representa o estado (poder absoluto). - Função do Rei: preservar e proteger a sociedade. Jean Bodin (1530-1596): França. • Obra: Da República. - Princípio: soberania não partilhada. Jacques Bossuet (1627-1704): França. • Obras: A Política Segundo as Sagradas Escrituras / O Rei é Rei Porque Deus Quer. - Princípio: origem divina do poder real. - Consequência: governo de Luís XIV (“Um Rei, uma Lei, uma Fé”). Hugo Grotius (1583-1645): Holanda. • Obras: Do Direito da Guerra e da Paz. - Princípio: soberania absoluta do estado nas relações com outros estados. - Contexto: Guerra dos 30 anos (1615-1645). http://historiaonline.com.br ABSOLUTISMO – CARACTERÍSTICAS GERAIS (AULA 16) Rodolfo Neves Contexto histórico: séculos XV-XVIII Idade Moderna (séc. XV-XVIII): • Crise do feudalismo + Guerra dos Cem Anos + Renascimento + Reformas. • Enfraquecimento da nobreza e do clero. • Crise do poder universal da ICAR (ascensão de poderes nacionais). • Formação do capitalismo. Definição: Processo de centralização do poder político na figura do Rei e de expansão do capitalismo comercial. Características: Política: - Centralização: Rei = poder hegemônico. - Limite: legitimidade (religião + costumes). Economia: capitalismo comercial (primitivo). - Política econômica: mercantilismo. • Balança comercial favorável + protecionismo + metalismo. • Intervenção estatal: Estado = agente regulador do mercado. Sociedade: - 1º Estado: clero / função: legitima o poder real. - 2º Estado: nobreza / função: administra a política. - 3º Estado: burguesia / artesãos / camponeses: tributados. O mercantilismo em cada país: Portugal: • Exploração: complemento da economia metropolitana. • Plantation: monocultura + latifúndio + escravidão. • Protecionismo: monopólio (exclusivo metropolitano). Espanha: • Exploração: complemento da economia metropolitana. • Bulionismo: metalismo (exploração mineradora na américa). • Monopólio: sistema de porto único. França: • Frota marítima reduzida = comércio continental. • Colbertismo: industrialismo = reduzir importações. - Artigos de luxo / companhias comerciais (Cia. Do Mississipi). Holanda: • Conflitos com a Espanha (religiosos e econômicos). • Investimentos particulares: W.I.C. (Ocidente) e V.O.C. (Oriente). • No ocidente: financiamento e refino do açúcar. Inglaterra: • Rainha Elizabeth I: investimento na marinha. • Atos de pirataria: Carta de Corso. • Vitória sobre a marinha espanhola e holandesa. • 1584: começa a exploração da América do Norte (Virgínia). CONDIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO ABSOLUTISMO: Desmilitarização da nobreza: Monopólio do uso da força nas mãos do rei. Centralização militar: fim da suserania e vassalagem. - Causas: revoltas camponesas + Guerra dos Cem Anos. Controle sobre o clero: Religião submetida à razão de estado. - Instrumentalização da fé. Desenvolvimento do capitalismo comercial: Comércio = recursos para financiar o estado. Mercantilismo: intervencionismo estatal. - Regulações favoráveis à burguesia. - Controle do rei sobre as ações da burguesia. http://historiaonline.com.br ABSOLUTISMO – CARACTERÍSTICAS GERAIS (AULA 16) Rodolfo Neves Absolutismo: esquema de funcionamento http://historiaonline.com.br ABSOLUTISMO INGLÊS E REVOLUÇÕES INGLESAS – AULAS 19 E 20 Rodolfo Neves DAS CRUZADAS À MAGNA CARTA Os passos para o absolutismo 1. Guilherme I, o conquistador (1028-1087): - Divisão do reino em condados (shires). - Nomeação dos sheriffs: fiscais reais. 2. Henrique II (1133-1189): - Criação da common law: lei comum para todo o reino. 3. Ricardo I, coração de leão (1157-1199): - Batalhas com a França na Normandia + 3ª Cruzada. - Guerras prolongadas: altos custos = aumento de impostos. - Ausência prolongada do rei no trono = fortalecimento da nobreza. João sem terra (1166-1216) e a Magna Carta Oposição da aristocracia devido às seguintes causas: - Aumento de impostos + tentativa de confisco de terras da igreja. - Resultado: revolta feudal. - Consequência: Magna Carta (1215) = início do parlamento. - Grande conselho (pré-parlamento): - Clero + barões (nobres) = limite ao poder real. - Estatutos de Oxford: consolidação do parlamento. - Estrutura bicameral: câmara dos lordes e câmara dos comuns. A expansão do comércio - Crescimento das cidades. - Enriquecimento da burguesia. - Aburguesamento de parte da nobreza: • Produção rural passa a abastecer as cidades e as manufaturas (alimentos e lã). - Consequência: cercamentos. - Cercamentos (enclosures) - Lei aprovada pelo parlamento. - Mansos comunais = passaram a ser pastos privados. - Objetivos: fornecer lã (matéria prima) e mão de obra para as cidades (êxodo rural). - Séc. XVI: ampliação dos cercamentos (rainha Elizabeth I). A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) - Enfraquecimento da nobreza = revoltas camponesas. • Consequência: apoio da nobreza ao poder real por proteção. - Derrota na Guerra dos Cem Anos: • Perda de Flandres = declínio do comércio. • Enfraquecimento da nobreza aburguesada e da burguesia. • Enfraquecimento do parlamento. Guerra das Duas Rosas (1455-1485) Disputa pelo trono inglês entre duas famílias: - Lancasters: nobreza tradicional (rosa vermelha). - Yorks: nobreza aburguesada (rosa branca). Resultado: início da dinastia Tudor (Yorks + Lancasters). Dinastia tudor (1485-1603) - Henrique VII (1457-1509): pacificação interna da Inglaterra. - Henrique VIII (1491-1547): controle sobre o clero (anglicanismo). - Elizabeth I (1533-1603): 39 artigos + pirataria = consolidação do absolutismo. Jaime I (1603-1625) - Adota o princípio do direito divino dos reis. - Apoio da nobreza feudal = reforço dos privilégios feudais. - Oposição da burguesia e nobreza aburguesada (parlamento). - Perseguição aos puritanos. - Fuga de puritanos para a américa: fundação da colônia de Plymouth. Carlos I (1625-1648) - Absolutismo nos moldes franceses (influência de Luís XIII). - Criação de impostos sem aprovação do parlamento. • Exemplo: ship money. - 1628: Petição dos Direitos: “2ª Magna Carta” = exigia a submissão do rei ao parlamento Carlos I: usa o exército para fechar o parlamento. 1628-1640 = “Longo Recesso”. A revolta da Escócia (1640) - Carlos I: reabre o parlamento para obter fundos para a guerra contra a Escócia. - Parlamento: recusa-se a apoiar o rei. - O rei ordena o fechamento do parlamento. - Resultado: Guerra Civil (Revolução Puritana / 1642-1648). A Guerra Civil (1640-1648) Cavaleiros (nobreza feudal/apoio ao rei) X CabeçasRedondas (burguesia puritana + gentry) Cabeças redondas: Oliver Cromwell + New Model Army + Diggers e Levellers. Vitória dos Cabeças Redondas. - Fim da monarquia = execução de Carlos I. - Início da República Puritana. O governo de Cromwell 1651: Ato de Navegação. • Fortalecimento da marinha britânica. 1652-1654: guerra contra a Holanda = vitória inglesa. • 1653: durante a guerra, Cromwell dissolve o parlamento. • 1653-1658: Cromwell = lorde protetor da república. 1658: morte de Cromwell: disputa interna pelo poder. • Retorno dos Stuarts (Restauração). Carlos II (1660-1685) - Filho de Carlos I. - Retomada do absolutismo católico. - Divisão do parlamento em dois grupos políticos: • Whigs: liberais, puritanos (John Locke). • Tories: conservadores/nobreza feudal anglicana. Jaime II (1685-1689) Tentativa de restauração do catolicismo na Inglaterra. Oposição dos whigs e tories ao rei. Resultado: Revolução Gloriosa (1688-1689). - Rei x whigs + tories. - Vitória do parlamento (whigs+tories) sobre o rei. Novo monarca: Guilherme de Orange. - Criação da Bill of Rights. Bill of Rights - Submissão do rei ao parlamento. - Criação de um exército parlamentar permanente. - Liberdade de imprensa. - Preservação da propriedade privada. - Autonomia do poder judiciário. - Manutenção do voto censitário. - Rei = poder de veto sobre a câmara dos comuns. - Poder: concentrado nas mãos da aristocracia. A REPÚBLICA PURITANA (1649-1658) A RESTAURAÇÃO E A REVOLUÇÃO GLORIOSA OS SÉCULOS XIV E XV A DINASTIA STUART (1603-1689)
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