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1 OMF 2 | Fisiologia | Lucas Silva Paratireoide e Regulação do Cálcio Hipocalcemia ▪ Hipocalcemia → Diminuição da concentração sanguínea de cálcio → Provoca maior excitação do sistema nervoso. ▪ O aumento da concentração plasmática de cálcio aumenta a permeabilidade da membrana neural ao sódio → Potenciais de ação. ▪ Esses impulsos podem ser transmitidos aos músculos causando contrações tetânicas. Hipercalcemia ▪ Hipercalcemia → Aumento da concentração sanguínea de cálcio → Provoca depressão progressiva do sistema nervoso. ▪ O aumento da concentração plasmática de cálcio diminui o intervalo QT, diminui o apetite e provoca constipação → Contratilidade deprimida. Absorção e excreção de cálcio e fosfato ▪ A vitamina D auxilia na absorção de cálcio no intestino. ▪ 90% da ingestão diária de cálcio é excretada nas fezes e o restante é absorvido. ▪ Quase todo o fosfato ingerido é absorvido pelo intestino e depois excretados na urina. ▪ Apenas 10% de todo o cálcio ingerido é excretado pelos rins ▪ O cálcio é reabsorvido do filtrado glomerular nos túbulos proximais, alças de henle e túbulos distais iniciais. ▪ Concentração de fosfato abaixo do valor crítico → Reabsorção total nos rins. ▪ Concentração de fosfato acima do valor crítico → Excreção proporcional a ingestão. Relação entre os ossos, cálcio e fosfato ▪ Os ossos apresentam quantidades de cálcio intercambiável → Estão sempre em equilíbrio com os íons cálcio do liquido extracelular. ▪ Esse cálcio em equilíbrio ajuda no rápido tamponamento para manter as concentrações adequadas de cálcio no liquido extracelular ▪ A vitamina D é essencial na absorção de cálcio intestinal ▪ A vitamina D precisa passar por uma série de reações até atingir a sua forma ativa: o O colecalciferol (Vitamina D3) é formado na pele pela irradiação de raios UV o Após isso o colecalciferol é levado até o fígado para ser convertido em um composto intermediário da vitamina D ativa → Essa conversão é regulada por feedback da própria substancia intermediaria → Conserva vitamina D3 armazenada no fígado para uso futuro. o Após essa conversão o produto do fígado é enviado para os rins e são convertidos nos túbulos próximas para a forma ativa da vitamina D → Essa ativação requer a presença do hormônio PTH. o O cálcio iônico apresenta efeito inibitório na conversão de vitamina D ativa. Ações da vitamina D ▪ A forma ativa da vitamina D apresenta diversos efeitos sobre os intestinos, rins e ossos → Aumento da absorção de cálcio e fosfato. ▪ O receptor da vitamina D forma um complexo que se liga ao DNA ativando a transcrição de genes ▪ A vitamina D aumenta a produção de proteínas ligante do cálcio nas células intestinas → Essas proteínas atuam na borda em escova transportando cálcio para o citoplasma celular. ▪ A vitamina D ativa também aumenta o fluxo de fosfato no trato gastrointestinal. ▪ A vitamina D aumenta a absorção de cálcio nos túbulos renais → Pouco efetivo. ▪ A vitamina D também apresenta papel relevante na absorção e na deposição óssea → Em grandes quantidades promove absorção do osso e em quantidades menores promove calcificação → Relação com o PTH. 2 OMF 2 | Fisiologia | Lucas Silva Anatomia fisiológica ▪ Formada por glândulas paratireoides, situadas no parênquima da tireoide. ▪ Coloração marrom ▪ Difícil distinção ▪ Podem ser retiradas cirurgicamente até 3 glândulas sem prejuízo ▪ Possuem dois tipos de células o Principais: Secretam a maior parte do PTH o Oxifílicas: Constituição química do paratormônio ▪ Hormônio proteico sintetizado por ribossomos na forma de pré-pró-hormônio → Sofre uma série de clivagens no reticulo endoplasmático e complexo de golgi → Armazenados em grânulos secretores. ▪ Seus receptores estão presentes na membrana → Hormônio proteico hidrossolúvel ▪ O acoplamento do PTH no receptor inicia uma série de reações em casta no meio intracelular, através de segundos mensageiros que desencadeiam os efeitos desejados pelo PTH. Efeito do PTH sobre o cálcio e fosfato ▪ O PTH é hipercalcemiante → Aumenta a concentração de cálcio no sangue, porém diminui a concentração de íon fosfato ▪ O PTH apresenta dois efeitos principais para o aumento da concentração de cálcio: 1. Aumenta a absorção de cálcio e de fosfato dos ossos 2. Diminui a excreção de cálcio nos rins ▪ O PTH também aumenta a excreção de fosfato pelos rins Fase rápida (min): Ocorre pela absorção de fosfato de cálcio de osteócitos já existentes. o O PTH aumenta a atividade da bomba de cálcio, induzindo remoção rápida dos sais de cálcio próximos às células. Fase lenta (semanas): Provem da proliferação dos osteoclastos, seguida pela reabsorção osteoclástica do próprio osso. o O PTH ativa os osteoblastos e os osteócitos que enviam sinais químicos para os osteoclastos, ativando-os e aumentando a proliferação de novos osteoclastos. ▪ O PTH reduz a reabsorção tubular proximal de íons fosfato → Aumenta sua excreção. ▪ O PTH também aumenta a reabsorção tubular renal do cálcio ▪ O PTH aumenta a reabsorção de cálcio nos rins, porém aumenta a excreção de fosfato na urina → Antiporte entre o cálcio e fosfato nos rins. ▪ O PTH induz a ativação da vitamina D que irá atuar no intestino aumentando a reabsorção de cálcio. Regulação do paratormônio ▪ O aumento da concentração de cálcio iônico acima do normal provoca diminuição da atividade e do volume das glândulas paratireoides ▪ As alterações na concentração de cálcio extracelular são detectadas pelo receptor sensível ao cálcio (CaSR). ▪ A ativação desses receptores CaSR iniciam uma cascata enzimática intracelular que diminui a secreção de PTH. ▪ Hormônio peptídico secretado pelas células parafoliculares (células C) da glândula tireoide ▪ A calcitonina tem efeito hipocalcemiante → Diminui a concentração plasmática do cálcio ▪ O principal estimulo para a liberação de calcitonina é o aumento da concentração de cálcio no liquido extracelular ▪ A calcitonina diminui a concentração sanguínea de cálcio de dois modos: 1. Efeito imediato → Redução da atividade absortiva dos osteoclastos e do efeito osteolítico em todo o osso 2. Diminui a formação de novos osteoclastos estimulados pelo PTH
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