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Professora autora/conteudista:
ANA PAULA DA ROCHA TAKUSHI
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
 
SUMÁRIO
Citologia oncótica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Anatomia e histologia do aparelho reprodutor feminino inferior . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Exame de colpocitologia oncótica ou Papanicolau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
Coloração de Papanicolau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
Classificações citológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
Alterações inflamatórias do trato genital feminino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Microbiota vaginal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Processos inflamatórios do colo uterino e da vagina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Mecanismo histológico de defesa do colo uterino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Alterações citológicas reativas inespecíficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Infecção bacteriana mista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Infecção por fungos, protozoários e vírus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Papilomavírus humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Atipias escamosas de significado indeterminado (ASC-US – ASC/H) . . . . . . . . . . . . 40
Lesão escamosa intraepitelial de baixo grau (LSIL) e alto grau (HSIL) . . . . . . . . . . . 42
Carcinoma de células escamosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Atipias glandulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Atipia de células glandulares (AGC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Adenocarcinoma in situ e adenocarcinoma invasor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Glossário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
 
Pág. 4 de 58
CITOLOGIA ONCÓTICA
Introdução
A citologia oncótica ou citopatologia é a área de atuação da patologia clínica que estuda 
microscopicamente as características celulares e suas patogenias, com o objetivo de detecção 
presuntiva de lesões tumorais. Este estudo pode ser realizado em qualquer tecido a partir de coleta 
de esfregaços celulares, líquidos corpóreos ou de amostras colhidas por escovados, raspados, 
imprints ou punções aspirativas.É um método rápido, de baixo custo operacional e, se realizado 
com técnicas adequadas e por profissionais qualificados, é de grande confiabilidade.
O emprego mais difundido desta metodologia na área laboratorial é o exame preventivo de colo 
uterino, também conhecido como Papanicolau. Por ser realizado em uma localização específica e 
em escala tão abrangente, recebeu nomenclatura própria de colpocitologia oncótica (em que colpos 
vem do grego e significa colo uterino).Este exame é a principal estratégia escolhida pelo Brasil para 
o rastreamento precoce do câncer de colo de útero e detecção doenças sexualmente transmissíveis.
Nosso estudo estará direcionado na compreensão do exame de colpocitologia, assim como, a 
anatomia e histologia do trato genital e suas patologias.
Figura 1 – Coleta de material para análise
Fonte: .shutterstock.com / Por Pakpoom Nunjui
 
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ANATOMIA E HISTOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO 
INFERIOR
O aparelho genital feminino está situado na cavidade pélvica e é composto, internamente, por 
dois ovários, duas tubas uterinas, um útero, dividido em corpo uterino e uma vagina.
Os órgãos externos agregam o aparelho urogenital e estão situados abaixo do arco púbico. 
Esse sistema é composto por monte pubiano, lábios maiores e menores situados na vulva, clitóris, 
vestíbulo e glândulas vestibulares maiores. As glândulas mamárias também são consideradas parte 
do sistema genital feminino. (KOSS; GOMPEL, 1999).
A região de interesse para colheita de material para análise citológica é a cérvice, ou colo 
uterino, especialmente das porções endocérvice, internamente instalada no interior do colo uterino, 
ectocérvice, região que reveste o colo uterino externamente, e junção escamo-celular, situada entre 
essas duas áreas. 
Figura 2 - Anatomia e histologia do trato genital feminino inferior.
Fonte: McKee, 1997.
Histologicamente, o epitélio escamoso estratificado não queratinizado reveste a mucosa vaginal e 
a região da ectocérvice, porção externa do colo uterino. Esse epitélio está dividido em três camadas: 
 
Pág. 6 de 58
profunda, intermediária e superficial. A profunda é composta por células basais, dispostas sobre 
uma lâmina basal,que separa o epitélio do tecido conjuntivo, e por células parabasais, sobrepostas 
a basais. Essa região é responsável pela grande atividade mitótica do epitélio, renovando-o a cada 
quatro dias.
Figura 3 – Células
Fonte: http://www.monografias.com/trabajos88/fisiologia-bacteriana-y-citologia/image005.png
As células basais dificilmente são observadas em esfregaços normais. Ocupam uma ou duas 
camadas mais profundas do epitélio e ficam presas à membrana basal. Apresentam em torno 
de 15 μm de diâmetro e têm a forma arredondada. O núcleo é grande, redondo e central e mede 
aproximadamente de 8 μma 10 μm de diâmetro. O citoplasma é escasso e cianofílico. As células 
parabasais medem por volta de 15 μma 30 μm de diâmetro, são esféricas e apresentam um núcleo 
grande, de forma esférica ou oval, que ocupa a maior parte do citoplasma, o qual mede de 8 μma 
12 μm de diâmetro e apresenta uma cromatina fina e bem distribuída. O citoplasma das células 
parabasais normalmente se apresenta bem delimitado e cianofílico. Essas células, comumente 
 
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observadas na fase pós-menopausa, são normalmente vistas isoladas ou em pequenos grupos 
quando retiradas de forma abrasiva do epitélio.
A camada intermediária é composta por células intermediárias. É a região de maior espessura 
do epitélio, contendo o maior número de células, que aumentam progressivamente em tamanho no 
sentido da superfície. Morfologicamente, elas apresentam formato poligonal, com diâmetro entre 30 
μme 40 μm, e tendem a descamar isoladamente, em placas ou em grupos. O núcleo é vesicular ou 
oval, com diâmetro de 9 μma 11 μm, e apresenta uma cromatina finamente granular. Os nucléolos 
não são visualizados, mas pode ser observada a cromatina sexual.O citoplasma é fino, transparente 
e, normalmente, cianofílico; podem aparecer alguns vacúolos amarelados ricos em glicogênio. Sua 
periferia apresenta-se mais escura do que a parte central. Essas células também podem adquirir 
uma formação em pérola córnea, que consiste em um aglomerado circular.
As células intermediárias podem sofrer citólise causada pelos lactobacilos que normalmente 
habitam a mucosa vaginal e vão à busca do glicogênio intracelular. Nesse caso, os núcleos celulares 
aparecem desnudos e isolados no esfregaço e observam-se restos citoplasmáticos. A presença 
dessa célula indica a fase secretora ou progestacional do ciclo menstrual feminino. (GRAY;McKEE, 
2003; KOSS; MALAMED, 2003; KOSS; GOMPEL, 1999).
A camada superficial é composta por células superficiais. Representa o último estágio da 
maturação celular. Essas células raramente descamam em grupos e aparecem normalmente 
isoladas. Apresentam uma forma poliédrica e medem aproximadamente 40 μma 60μm de diâmetro. 
O núcleo é denso e picnótico, medindo de 5 μma 7 μm de diâmetro, normalmente circundado por 
um halo claro,indicando sua zona de retração. O citoplasma é plano, transparente, com bordas 
irregulares. Apresenta reação tintorial acidofílica, orangeofílica ou eosinofílica. É rico em pequenos 
grânulos negros formados por lipídeos localizados na região perinuclear. Filamentos de queratina 
também estão presentes.As células superficiais podem ser anucleadas, devido à grande presença 
de queratina no citoplasma, o que lhes confere uma característica de escama. (GRAY; McKEE, 2003; 
KOSS; MALAMED, 2003; KOSS; GOMPEL, 1999).
O epitélio cilíndrico simples é responsável pelo revestimento do canal interno do colo uterino, 
ligando a cúpula vaginal com o endométrio. Ele apresenta invaginações no interior do canal e do 
endométrio, formando as glândulas endocervicais e endometriais, respectivamente. Histologicamente, 
é composto por uma única camada de células cilíndricas, que sofrem alteração de tamanho e forma 
durante o ciclo menstrual.
 
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As células cilíndricasapresentam formas arredondadas ou alongadas contendo cílios e medem 
cerca de 20 μma 30μm de diâmetro. O núcleo, sempre presente, é esférico ou oval, deslocado para 
a periferia do citoplasma. Apresenta cromatina fina e bem distribuída; ocasionalmente, pode-se 
observar um nucléolo pequeno. O citoplasma distribui-se em padrão oval, normalmente cianofílico, 
podendo ou não ser vacuolizado. Normalmente descamam agrupadas na forma de “favo de mel”, 
em que o núcleo arredondado aparece circundado por um citoplasma cianofílico e transparente, 
ou em fileira na forma de “paliçada”. Essas células apresentam um citoplasma colunar e contêm 
cílios no seu ápice. (GRAY;McKEE, 2003; KOSS; MALAMED, 2003; KOSS; GOMPEL, 1999).
Figura 4 – Introdução à anatomia do colo uterino
Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABAeMAA-21.jpg /
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABAeMAA/1
O encontro do epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado com o epitélio cilíndrico 
simples é denominado de junção escamo-colunar (JEC)ouzona de transformação, região na qual 
ocorre a maior incidência de neoplasias de colo uterino.
 
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Figura 5 – Junção Escamo-Colunar (JEC)
Fonte:http://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/colo-uterino.jpg
Essa região normalmente está localizada na parte externa do colo uterino nas mulheres em 
idade reprodutiva, porém pode sofrer alterações nessa localização com a idade. Nas mulheres 
jovens, ela aparece exteriorizada; nas que estão na menopausa, no interior do canal endocervical.
Nessa região,surge a metaplasia escamosa, que se manifesta de duas maneiras: pela presença 
de alterações reversíveis decorrentes da substituição de um tipo celular adulto por outro ou pela 
substituição adaptativa das células sensíveis à agressão por tipos celulares mais bem preparados 
para suportar o ambiente adverso (GRAY;McKEE, 2003; KOSS; MALAMED, 2003; KOSS; GOMPEL, 
1999).
 
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Figura 6 – Fases da Junção Escamo-Colunar (JEC)
Fonte: https://image.slidesharecdn.com/2citologianormal-170216020045/95/
aula-sobre-citologia-normal-49-638.jpg?cb=1487210625
As células metaplásicas são semelhantes em tamanho às parabasais, porém mais largas. Podem 
aparecer isoladas, em placas ou grupos. Estas células distinguem-se das parabasais na forma, pois 
são poligonais, e parte do seu citoplasma é alongado, formando pontes intracelulares.O citoplasma 
apresenta uma ou mais espículas, é cianofílico e pode apresentar vacúolos ricos em muco. O núcleo 
é oval ou esférico, mede de 8 μma 10 μm de diâmetro e normalmente está posicionado no centro 
da célula. A cromatina é fina e bem distribuída. Os centrômeros e a cromatina sexual podem ser 
observados em preparações coradas (GRAY;McKEE, 2003; KOSS; MALAMED, 2003; KOSS; GOMPEL, 
1999).
 
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EXAME DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA OU PAPANICOLAU
O exame de colpocitologia oncótica ou Papanicolau é um exame que analisa a morfologia das 
células da mucosa do colo do útero, as alterações nas células cervicais e a microbiota genital, com 
objetivo de prevenção ao câncer uterino e detecção de doenças sexualmente transmissíveis.
O nome Papanicolau, tem origem do pesquisador o médico grego George Papanicolaou (1883-
1962), considerado o pai da citopatologia, que descreveu esta metodologia pela primeira vez.
Este exame merece uma atenção especial, pois apesar do câncer de colo do útero levar até 10 
anos para se desenvolver, é a segunda neoplasia maligna mais frequente entre mulheres no mundo. O 
tumor em fase inicial é assintomático, por isso é fundamental que a mulher tenha acompanhamento 
ginecológico periódico.
Conforme preconização do ministério da saúde (BRASIL, 2011) as recomendações para a 
realização do exame são:
- O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras 
é o exame citopatológico. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após 
dois exames negativos, com intervalo anual.
- O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram 
atividade sexual.
- Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa 
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos 
últimos cinco anos.
- Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame citopatológico, 
deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos forem 
negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais
 
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Curiosidade
Mulheres brasileiras costumam entrar na menopausa por volta dos 50 anos e, nesse período, devem 
não só estar atentas aos sintomas dos diferentes tipos de câncer, mas também realizar os exames 
preventivos anualmente, buscando detectar em fases iniciais principalmente tumores de mama, 
endométrio, ovário, colo do útero e também de intestino, aumentando as chances de sucesso no 
tratamento.
O câncer de colo de útero, apesar de menos frequente, também pode ocorrer na menopausa. Apesar 
de não apresentar sintomas específicos, é o tumor mais fácil de diagnosticar precocemente pelo 
exame anual do papanicolau. Veja matéria completa clicando nesse link: http://www.accamargo.org.
br/saude-prevencao/artigos/a-importancia-do-diagnostico-precoce-para-tumores-femininos/57/
Coleta
A coleta de amostras citológicas é indicada após o preparo prévio das mulheres, as quais deverão 
observar algumas orientações: abstinência sexual de 72 horas, não estar menstruada, não estar 
em uso de medicamento tópico (creme, pomada e óvulos vaginais) e não realizar banho de ducha 
íntima antes da realização do exame.As mulheres normalmente são submetidas a um questionário 
prévio, que serve para fornecer informações básicas necessárias para análise da amostra. Dados 
comonome completo, número de registro citológico, data de nascimento, idade, raça, data da 
realização da colheita, data do início da atividadesexual, data da última menstruação (DUM), uso 
de anticoncepcionais ou hormônios, número de partos, cirurgias realizadas nos últimos cinco anos, 
local da colheita de material, suspeita clínica, sinais e sintomas são fundamentais para análise das 
amostras e emissão do laudo.
As mulheres são colocadas em posição ginecológica em maca específica sob foco luminoso, de 
forma que, após a introdução do espéculo, possa-se observar as paredes vaginais, o colo uterino e 
o orifício vaginal.As lâminas de vidro, com uma extremidade fosca,são identificadas com as iniciais 
do paciente e o número da amostra.
Para a colheita de material celular, utiliza-se uma espátula de madeira (espátula de Ayres) e 
uma escova com cerdas plásticas. Após a introdução do espéculo vaginal, deve-se identificar o 
orifício externo do colo uterino. Com a parte curvada da espátula de madeira posicionada sobre o 
colo, realiza-se um movimento de rotação de 360°, raspando-se totalmente a superfície dele, e em 
seguida espalha-se o material colhido no centro da lâmina de vidro. Depois, com a parte redonda da 
espátula, realiza-se a raspagem da região de fundo de saco vaginal e da parede vaginal e espalha-
se o material na parte oposta da identificação da lâmina de vidro.
 
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Figura 7 – Material utilizado para o exame de colpocitologia (Papanicolaou)
Fonte: .shutterstock.com / Por Komsan Loonprom
Usando a escova de cerdas plásticas, realiza-se a colheita de material do canal endocervical, 
introduzindo-a no canal e realizando um movimento de rotação em 360°. O material é disposto na 
lâmina de vidro próximo à identificação da paciente.
Figura 8 – Exame de Papanicolau
Fonte: http://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/Papanicolau.jpg
 
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Essa disposição do material na lâmina de vidro, denominada coleta tríplice, foi proposta por 
Wied e Bahr em 1959 e foi adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Após a retirada do espéculo da paciente, o material é fixado utilizando-se um spray (Citofix) com 
base de álcool-éter e é submetido à coloração de Papanicolaou (KOSS; MALAMED, 2003).
Figura 9 – Colheita do Papanicolaou
Fonte: .shutterstock.com / Por Medical Art Inc
 
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Coloração de Papanicolau
A coloração de Papanicolau está descrita desde 1954 e apresenta basicamente três etapas, 
onde é submetido a uma série de diluições de etanol, a ação do corante nuclear hematoxilina de 
Harris e corantes citolplasmático (Orange G e EA36) e finalmente desidratado com álcool e xilol.
Figura10 – Técnica de Coloração
Fonte: http://docplayer.com.br/12860849-O-perfil-do-citotecnologista-em-angola.html 
Coloração de Papanicolau – é uma técnica multicromatica de coloração, elaborada por George Papanikolau, pai de 
citopatologia. (Fonte: http://docplayer.com.br/12860849-O-perfil-do-citotecnologista-em-angola.html)
A primeira está baseada na fa)se de hidratação, na qual as lâminas previamente fixadas em 
álcool 95% são mergulhadas em cubas contendo álcool em concentração regressiva (absoluto, 95% 
e 70%). Em seguida, as amostras são mergulhadas em uma cuba contendo o corante hematoxilina 
de Harris, responsável pela coloração do núcleo. Então essas amostras passam por um processo 
de desclarificação citológica, no qual são mergulhadas em uma cuba contendo HCl a 0,2% e, em 
seguida, colocadas em um fluxo leve de água corrente.
A segunda fase do processo é chamada de desidratação, na qual as amostras são submetidas 
a concentrações de álcool progressivas (70%, 95% e absoluto) para permitir a coloração definitiva 
do núcleo e proporcionar a absorção de dois corantes pelo citoplasma e demais estruturas do 
esfregaço (Orange G, responsável pela coloração das estruturas básicas do citoplasma, corando-os 
acidofilicamente ou de coloração eosinofílica, e eosina alcóolica – EA36, responsável pela coloração 
das estruturas ácidas do citoplasma, corando-as basofilicamente ou de coloração cianofílica).
A terceira fase do processo é denominada de diafanização, responsável pela desidratação 
total das células, utilizando álcool absoluto. As células são fixadas no esfregaço, e os espaços 
anteriormente com água são preenchidos por uma substância oleosa, xilol, responsável pela 
manutenção da morfologia celular e preservação do citoesqueleto.
 
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Figura 11 – Solução de hematoxilina de Harris
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-GTTKImF1IOo/UBbekGqqtCI/AAAAAAAABss/PLN_oQ_jzeY/s1600/bateria-
colora%C3%A7%C3%A3o.JPG 
Solução de Hematoxilina de Harris: hematoxilina de Harris (0,5%), alúmen potássico (10%) e óxido de mercúrio (0,25%); 
Solução EA36: Verde Luz (0,2%), eosina amarela (0,2%) e marrom Bismark (0,05%); Solução de Orange G a 0,5%. 
O Papanicolau convencional, apesar de ser uma técnica amplamente difundida não é uma 
metodologia muito sensível, onde podemos obter de 2% a 50% de falso-negativos, dependendo da 
qualidade da amostra e presença de interferentes celulares (muco, sangue, secreções purulentas, 
descamações), medicamentosos ou falha do situda coleta.
Hoje, temos disponível no mercado, a colpocitologia em meio líquido, também conhecida como 
Papanicolau moderno ou ainda Thin Prep.
Consiste no depósito de células coletado do colo uterino em um frasco contendo um líquido 
conservante, este é encaminhado ao laboratório, onde um processador separa as células realmente 
 
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valiosas daquelas que não tem valor ou sequer são células (tais como: muco, células inflamatórias, 
hemácias etc.), colocando-as em uma lâmina de maneira clara e não amontoada.
Como não há a realização do esfregaço no momento da coleta, as células não se amontoam 
umas sobre as outras, tendo maior ganho da qualidade no diagnóstico.
Figura 12– Teste
Fonte: http://www.setia-medika.co.id/images/product/women1thinprep.jpg
 
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Atividade Reflexiva
O exame de Papanicolau é um eficiente método de prevenção de câncer de colo uterino. Foi 
observado por uma equipe de enfermagem no Ceará que, durante a vivência de atendimento 
ambulatorial, muitas mulheres comparecem à fila do posto de saúde durante a madrugada para 
conseguir a ficha para o exame de Papanicolau, aguardam um longo período de espera para o 
profissional realizar o exame. Porém, muitas mulheres não voltam ao serviço de saúde para buscar 
o resultado, gerando com isso desperdício de tempo e recursos, por parte dos serviços e da mulher, 
não alcançando com isso o objetivo do exame de Papanicolau que é a prevenção do câncer do colo 
uterino.
No ano de 2006 foi realizada uma pesquisa com 21 mulheres que coletaram seus exames de 
Papanicolau e não retornaram para buscar o resultado. Veja o estudo clicando nesse link, conheça 
as respostas que foram dadas pelas pacientes e reflita, qual ação o Sistema de Saúde poderia tomar 
para evitar que as mulheres continuem não voltando a buscar o exame e que dê prosseguimento ao 
processo, alcançando o objetivo final do exame ali proposto.
Classificações citológicas
As classificações foram criadas como o objetivo de poder indicar o grau de alteração celular 
presente nas células cervicais.
A primeira classificação a ser padronizada foi a proposta por George Nicholas Papanicolaou, o 
criador da metodologia de coloração. Ela tinha o objetivo de categorizar as lesões em estágios de 
desenvolvimento, promovendo melhor interpretação pelo clínico e melhor conduta sobre o caso 
analisado.
Quadro 1 – Classificação de Papanicolaou (1943)
CL I – Citologia normal
CL II – Citologia inflamatória
CL III – Sugestiva, porém não conclusiva
CL IV – Fortemente sugestiva
CL V – Citologia maligna
Com a necessidade de confirmação dos graus de diferenciação de lesão e principalmente de 
verificação do desenvolvimento de hiperplasia atípica, Reagan et al (1953) verificaram a necessidade 
de um melhor detalhamento para o diagnóstico de citologias sugestivas e não conclusivas para 
 
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neoplasia (CL III). Assim, melhoraram o conceito dessaevolução pré-maligna quando analisada no 
exame citopatológico.
Quadro 2 - Classificação de Reagan et al (1953)
Displasia leve
Displasia moderada
Displasia severa
Carcinoma in situ
Richart et al (1967) criaram uma melhor classificação para as amostras consideradas como 
suspeitas para neoplasia, focando a necessidade de acompanhamento das pacientes, visto que 
cerca de 40% dessas lesões evoluíam para o carcinoma invasor.
Quadro 3 - Classificação de Richart et al (1967)
Neoplasia intraepitelial cervical – Grau I – NIC I
Neoplasia intraepitelial cervical – Grau II – NIC II
Neoplasia intraepitelial cervical – Grau III – NIC III/Carcinoma in situ
Em 1988, uma nova classificação foi criada para padronizar a interpretação e a conduta clínica a 
partir de exames citológicos. O sistema Bethesda permite a classificação da amostra citológica desde 
o momento da colheita de material até o diagnóstico citológico final da lesão. Essa classificação 
promoveu um grande avanço nessa área, visto que foram propostos critérios de rejeição para 
amostras citológicas que não apresentavam condições ideais para avaliação e, principalmente, 
foram oferecidas informações descritivas que permitiam uma melhor interação entre o laboratório 
e o clínico.
Essa classificação foi aprimorada em 1991 e revisada em 2001.
 
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Quadro 4 - Sistema Bethesda (2001)
Tipo de amostra
Convencional/meio líquido
Avaliação da amostra
Satisfatória/insatisfatória
Categorização da amostra
Negativo para lesões intraepiteliais e malignidade
Reativo: inflamação/atrofia/radioterapia/uso de DIU
Quando presentes, sugestivo de presença de agentes:
Sugestivo de Trichomonasvaginalis
Sugestivo de infecção por fungos compatível com Candida sp.
Sugestivo de vaginose bacteriana
Sugestivo de Actinomyces sp.
 
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Alterações celulares sugestivas de infecção por herpesvírus.
Atipias escamosas
Atipia escamosa de significado indeterminado (ASC-US)
Atipia escamosa de significado indeterminado, não descartar lesão de alto grau (ASC/H)
Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau – LSIL
Compreende displasia leve/NIC I – Efeito citopático do papilomavírus humano.
Lesão intraepitelial escamosa de alto grau – HSIL
Compreende displasia leve e moderada/NIC II e III – Carcinoma in situ
Carcinoma escamoso
Positivo para carcinoma de células escamosas.
Células glandulares
Atípicas
Células endocervicais (sem outras especificações (SOE) ou (especificar nos comentários
Células endometriais (SOE ou especificar nos comentários).
Células glandulares (SOE ou especificar nos comentários).
Células glandulares, possivelmente neoplásicas
Adenocarcinomaendocervicalin situ
Adenocarcinomaendocervical/endometrial/extrauterino
Todas as metodologias de classificações acima visam a identificação de possíveis células 
tumorais e possuem um grau de relação entre elas, segue abaixo um quadro explicativo de como 
estas classificações de complementam.
 
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Quadro 5 – Possíveis resultados do exame de Papanicolau
Sistemas
Clássico OMS NIC Bethesda
I Normal Normal Dentro dos limites 
normais
II Inflamação Inflamação Alterações celulares 
benignas
III Displasia Leve 
Displasia Moderada 
Displasia Severa
NIC 1 
NIC 2 
NIC 3
SIL baixo grau (LSIL) 
SIL alto grau (HSIL) 
SIL alto grau (HSIL)
IV Carcinoma in situ NIC 3 SIL alto grau (HSIL)
V Carcinoma invasor Carcinoma invasor Carcinoma invasor
Legenda: OMS: Organização Mundial da Saúde NIC: neoplasia intraepitelial celular SIL: lesões 
escamosas intraepiteliais
Fonte: https://www.orientacoesmedicas.com.br/exames-preventivos/o-que-e-papanicolau/
Importante ressaltarmos, que a interpretação dos exames deve ser feito pelo corpo clínico, e 
sempre buscando correlacionar os resultados obtidos com o estado geral do paciente e período 
hormonal, para somente desta forma, obter um diagnósticoseguro.
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS DO TRATO GENITAL FEMININO
Os processos que acometem o trato genital inferior estão em evidência e constituem um grande 
problema de saúde pública. Estudos têm valorizado os epitélios de transformação que acompanham 
os processos inflamatórios da cérvice. Nessa região, também ocorre a maior incidência das 
neoplasias de colo uterino. Os agentes infecciosos envolvidos são considerados como fatores de 
risco no desenvolvimento desses processos, bem como na evolução para o câncer de colo uterino.
É muito importante identificarmos as diferenças celulares envolvidas em cada processo 
inflamatório para desta forma identificarmos os riscos envolvidos.
 
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Figura 13 – Célula Cervical Tecido Escamoso
Fonte: https://www.netterimages.com/images/vpv/000/000/060/60684-0550x0475.jpg
Microbiota vaginal
A cavidade vaginal é estéril durante a vida fetal. Após essa fase, tornando-se uma estrutura de 
revestimento, é colonizada por microorganismos e permanece exposta à muitas possibilidades de 
invasão.
 
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O conteúdo vaginal é composto por 90% a 95% de água, sais, uréia, carboidratos, ácidos graxos, 
albumina, que é oriunda do canal cervical e das glândulas de Bartholin, células de defesa do sangue 
e restos celulares relacionados às alterações hormonais.
O muco cervical é um importante componente da secreção vaginal. É composto, na sua base, 
por mucina, oriunda das células cilíndricas do canal endocervical. A presença desse componente 
confere uma característica particular, permitindo uma fácil aderência para as estruturas microbianas. 
Esse muco vaginal é constituído por imunoglobulinas (IgG e IgA) produzidas pelo tecido linfático 
das submucosa.
A microbiota normal é composta por lactobacilos, diretamente relacionados com o depósito de 
glicogênio no epitélio estratificado, chamados de bacilos de Döderlein. Eles mantêm o pH em torno 
de 5,0. Esse pH aumenta até próximo a 7,0 quando chega o período ovulatório.
Figura 14 – Microbiografia mostrando células com vacúolos proeminentes intracitoplasmáticas contendo 
mucina.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Adenocarcinoma_on_pap_test_1.jpg
 
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Na pós-menopausa, o epitélio torna-se hipotrófico, e a quantidade de glicogênio diminui dentro 
das células, promovendo uma diminuição dos lactobacilos e permitindo a colonização de bactérias 
como cocos gram-positivos, difteroides e enterobactérias.
Fatores que modificam a microbiota
Vários fatores determinam as modificações da microbiota vaginal, como os anticoncepcionais orais, 
que promovem alterações no ciclo hormonal, promovendo a colonização por agentes patogênicos. 
São as chamadas vaginoses, muito comuns também nos anticoncepcionais de barreira (diafragma) 
e nos de uso contínuo como o DIU, promovendo uma infecção ascendente.
O uso de absorventes internos no período da menstruação também promove a alteração da 
microbiota. Tratamento prolongado com antibióticos também é outra causa. (DE PALO, 1996).
Processos inflamatórios do colo uterino e da vagina
Os processos inflamatórios podem ser agudos ou crônicos e estão frequentemente associados 
às infecções. Esses processos são classificados quanto à sua localização.
- Endocervicite/ Cervicite: quando ocorrem no tecido glandular;
- Colpites: quando localizados exclusivamente na mucosa vaginal;
- Cervicocolpites: Quando estão instalados no epitélio estratificado e são acompanhados de 
corrimento vaginal.
Com a evolução do processo inflamatório, pode ocorrer perda do epitélio e mesmo erosão do 
córion subjacente, caracterizando uma ulceração.
As secreções brancas, amareladas, viscosas, sanguinolentas podem recobrir o colo. A resposta à 
agressão é conjutivo-vascular, com comprometimento dos epitélios. Esse mecanismo é representado 
por eversão, expondo o epitélio endocervical ao pH ácido da vagina, com alteração de microbiota 
e desenvolvimento de resposta inflamatória.
 
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MECANISMO HISTOLÓGICO DE DEFESA DO COLO UTERINO
As alterações degenerativas relacionadas com processos inflamatóriose agressões físicas/
químicas sobre o colo uterino, provocadas por agentes, produzem alterações morfológicas nas 
células. Surgem sinais de destruição celular e alterações nucleares no tamanho e na cromatina 
nuclear, denominadas de reparação.
O processo de reparo ocorre tanto no epitélio cilíndrico como no estratificado da cérvice. 
Essas alterações morfológicas causam dificuldades diagnósticas, principalmente nos casos de 
adenocarcinoma e carcinoma epidermoide.
O processo de reparo exibe células dispostas em agrupamentos; observam-se fibroblastos de 
origem estromal. Pode aparecer anisocitose. O citoplasma é cianofílico, às vezes eosinofílico. A 
cromatina nuclear é granulosa, uniforme, com nucléolos simples ou duplos, regulares e pequenos. 
O fundo do esfregaço é preenchido por células polimorfonucleares (PMN) e hemácias.
Outro processo adaptativo do epitélio submetido à agressão é ametaplasia escamosa. Essa é a 
forma pela qual o epitélio cilíndrico das glândulas converte-se em epitélio estratificado pavimentoso, 
a partir da diferenciação das células de reserva estimuladas a realizar hiperplasias mediantea 
exposição do epitélio cilíndrico ao pH ácido da vagina.Esse tipo celular pode sofre hiperplasia, que 
ocorre tanto no epitélio estratificado da ectocérvice como no epitélio colunar do canal endocervical. 
A diferenciação dessas células é gradual. No início da fase de metaplasia escamosa, elas apresentam 
um aspecto vesiculoso e núcleo oval e formam de seisa oito fileiras de células. As bordas do 
citoplasma aumentam em espessura.
ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS REATIVAS INESPECÍFICAS
As alterações citológicas inespecíficas estão presentes em certas infecções, e na maioria dos 
casos o próprio agente não pode ser identificado. O fundo do esfregaço pode apresentar reação 
linfo-histiocitária expressiva, levando ao diagnóstico de cervicite folicular, enquanto a reação 
granulomatosa fala a favor de corpos estranhos, como DIU, suturas ou infecções tuberculosas.
A colpite senil e as cervicocolpites infecciosas podem promover sangramento, obscurecendo 
as alterações celulares. As células da camada profunda são normalmente visualizadas nas fases 
pré-pubere e pós-menopausa. Quando aparecem na fase de menacme, normalmente indicam 
processos inflamatórios com erosão.
 
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A coloração de Papanicolaou permite a identificação de alguns agentes infecciosos. O fundo do 
esfregaço por reação leucocitária representa inflamação aguda ou crônica. Ela pode ser composta 
por polimorfonucleares, mononucleares e células histiocitárias.
Nos processos inflamatórios, a célula apresenta uma série de alterações reativas inespecíficas 
que ocorrem no núcleo e no citoplasma. Alguns agentes mostram alterações específicas sugestivas 
de viroses, infecção bacteriana e por protozoários. Geralmente, as mais comuns são formação de 
corpúsculo de inclusão, degeneração hidrópica, necrose, presença de células gigantes, proliferação 
celular, alterações da coesividade e do citoesqueleto célular.
Figura 15 - Sequência de células com núcleo pálido aumentado e nucléolos evidentes
Fonte: http://cienciasdasaude.med.br/blog/wp-content/gallery/citologia/dynamic/122_JPG.jpg-nggid03122-
ngg0dyn-320x240x100-00f0w010c010r110f110r010t010.jpg 
Alterações do herpesvírus. Em um estágio mais avançado aparece a multinucleação, com núcleos moldados em grupos compactos. 
Os núcleos são pálidos com uma aparência de vidro esmerilhado. (Fonte: http://cienciasdasaude.med.br/blog/?p=1428)
Alterações reativas associadas à atrofia, comuns na fase pós-menopausa, promovem nas células 
parabasais um aumento nuclear, porém sem hipercromasia evidente. Processo de autólise pode 
ser observado. Observa-se células parabasais degeneradas eosinofílicas, com picnose evidente, 
semelhante as células paraqueratóticas. O fundo apresenta material amorfo, basofílico, resultante 
da degeneração celular.
As alterações associadas ao uso de dispositivo intrauterino (DIU) e àexposição à radiação 
evidenciam alterações nas células colunares, que descamam em pequenos grupos, geralmente 
de 5 a 15 células. Estão presentes células epiteliais isoladas, com aumento da relação núcleo/
 
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citoplasma(N/C). A quantidade de citoplasma é variável, e grandes vacúolos são observados, 
deslocando o núcleo para a periferia.
Nos quadros de radiação, a célula aumenta em tamanho, sem aumento substancial do núcleo. 
Frequentemente adquire forma incomum. O núcleo pode mostrar alterações degenerativas como 
palidez, enrugamento, borramento da cromatina e vacuolização nuclear. Nos quadros associados a 
reparo, observam-se nucléolos proeminentes únicos ou múltiplos. O citoplasma pode ser vacuolizado 
e/ou policromático.
A paraqueratose, mecanismo ligado à defesa da mucosa,está associada a processos proliferativos 
benignos, de proteção (acantose, queratose e paraqueratose). Esses fatores podem ser perturbados 
por fatores endógenosou exógenos na fase proliferativa e na diferenciação.
A intensa atividade proliferativa, com aumento de mitoses, predispõe a célula a mutações, 
multiplicando o risco de transformação e de aparecimento de lesões intraepiteliais.
Quadro 6 : Alterações reativas celulares inespecíficas
Núcleo Citoplasma
Hiper ou hipocromia Vacuolização
Aumento da relação N/C (até 2x) Metacromasia
Anisonucleose Pseudoeosinofilia
Bi e multinucleação Granulações
Espessamento da membrana Halo perinuclear
Picnose, cariorrexe, cariólise Apagamento de bordas
Cromatina fina e granular Irregularidade celular
Numerosos cromocentros Autólise
Contorno regular e liso
Fonte: Silva;Longatto, 2000.
 
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Saiba mais
Agentes Infecciosos
É essencial a identificação do papilomavírus e do herpesvírus como carcinogênicos ou co-
carcinogênicos no desenvolvimento do carcinoma de células escamosas do trato genital feminino 
inferior tornou-se importante no reconhecimento da presença dessas infecções, pelas alterações 
celulares vistas, quando estes vírus estão presentes. Nessas situações as partículas virais invadem 
o núcleo da célula e ocasionam alterações degenerativas características como a história natural 
do processo viral. Quando a degeneração nuclear e celular está completa, as partículas virais são 
liberadas para penetrar em outras células e repetir o ciclo. A imunidade natural pode fazer a fase 
aguda autolimitante, mas o DNA viral pode ter entrado no genoma do núcleo replicador, dando uma 
linha celular neoplásica. Conheça todos os estágios clicando nesse link: http://cienciasdasaude.med.
br/blog/?p=1428.
O trato genital feminino inferior pode sofre agressões endógenas, como alteração do pH vaginal 
em virtude da mudança do ciclo hormonal, e exógenas, decorrentes das infecções por agentes 
biológicos sexualmente transmissíveis.
As infecções bacterianas normalmente são causadas por via sexual. Muitas delas são impossíveis 
de identificar pelo exame citológico. Mas algumas são sugeridas pela visualização de seus agentes 
e pelas características citomorfológicas decorrentes da agressão ao hospedeiro.
Infecção bacteriana mista
É causada normalmente por agentes bacterianos que habitam o trato geniturinário. Essa microbiota 
oportunista é composta por cocos, cocobacilos e anaeróbios. Essas infecções normalmente vêm 
acompanhadas das alterações inflamatórias inespecíficas acima descritas.
A vaginose bacteriana é uma infecção causada por agentes anaeróbios, geralmente caracterizada 
pela presença de uma sobreposição de cocobacilos (Gardnerellavaginalis, Mobilluncusssp.) na 
periferia das células intermediárias, levando a uma retração do núcleo, achado esse denominado 
de cluecell.
 
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Figura 16 - Garnerella vaginallis clue cells
Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAgYU4AL-24.jpg
Outras infecções bacterianas podem acometer a região genital levando a alterações reativas 
importantes nas células escamosas e na região de JEC e canal endocervical.
A Chlamydias sp.promove infecções reativas importantes nas células metaplásicas e endocervicais, 
formando um corpúsculo de inclusão acidofílico no interior de um vacúolo no citoplasma, vacúolo este 
representado por uma área de necrose calcificada, isolando a infecção e promovendo modificações 
reativas importantes no núcleo celular.
 
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Figura 17 –Chlamydiassp.
Fonte: http://www.telmeds.org/wp-content/uploads/2009/08/chlamydia-trachomatis-2_telmedsorg.jpg
A infecção por Actinomyces spp., uma bactéria filamentosa anaeróbia gram-positiva, pode ser 
observada em mulheres que fazem o uso de DIU (dispositivo intrauterino), decorrente da presença de 
uma haste metálica à base de cobre nesse dispositivo. Essas bactérias formam um conglomerado 
simulando um chumaço de algodão (cotton ball).
 
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Figura 18 - Presença de um grupamento celular basofílico
Fonte: Acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Presença de um grupamento celular basofílico configurando a formação em cottonball (Papanicolaou – 400X). Fonte:
Figura 19 - Papanicolau
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-tpJvJC3mMhI/U4IDQBPbJdI/AAAAAAAAAzA/ZW9eQVydtJ4/s1600/HPV.png
 
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Infecção por fungos, protozoários e vírus
Outras infecções comumente observadas no trato geniturinário são as causadas por fungos, 
comumente por Candidassp., e protozoários, como oTrichomonasvaginalis.
As infecções fúngicas, muitas vezes consideradas oportunistas, normalmente são caracterizadas 
pela observação de psedo-hifas acidofílicas,septadas e blatoconídeos (esporos), ora acidofílicos, 
ora amarelados, promovendo uma resposta inflamatória nas células escamosas caracterizada pelo 
apagamento das bordas citoplasmáticas.
Figura 20 – Infecções por fungos, protozoários e vírus
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica 
Exibe a presença de pseudo-hifasacidofílicas e esporos em meio a células escamosas inflamatórias e polimorfonucleares
A tricomoníase, também considerada uma DST, caracteriza-se pela presença de um protozoário 
de forma piriforme (em forma de pera), basofílico, em meio a uma resposta inflamatória aguda. 
Esta desenvolve uma resposta das células escamosas, que aumentam a produção de queratina, 
promovendo uma pseudoeosinofilia no citoplasma celular.
 
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Figura 21 – Infecção por Trichomonas Vaginalis
Fonte: http://eknygos.lsmuni.lt/akuserijaen/Images/29%20skyrelis%20pav.3.jpg
As infecções virais também são comuns no colo uterino. Aquelas causadas pelo herpesvírus, até 
algum tempo atrás, estavam associadas ao desenvolvimento do carcinoma cervical. Hoje se sabe 
que essas modificações são temporárias, desaparecendo assim que o grau de infecção diminui. 
Modificação nucleares são visualizadas com frequência, ocorrendo multinucleação e deposição de 
cromatina na periferia dos núcleos, caracterizando a formação de núcleos “em vidro fosco”. Essas 
células alongam-se, levando à formação de um sincício celular
 
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Figura 22 – Célula multinucleada
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Presença de célula multinucleada promovendo amoldamento nuclear e formação em sincício.
O papilomavírus humano (HPV) é hoje a principal DST e está diretamente envolvido no processo 
de carcinogênese cervical. O HPV está envolvido em torno de 95% das lesões cervicais e neoplasias 
do colo uterino. A coilocitose é a alteração celular característica (halo) observada no epitélio infectado 
pelo papilomavírus humano. O coilócito apresenta 100% de especificidade no diagnóstico da infecção 
pelo HPV. Essa alteração caracteriza-se pela presença de células superficiais e intermediárias 
apresentando núcleo aumentado em tamanho, com contorno irregular e hipercromasia. A cromatina 
é levemente granular e bem distribuída, e a membrana nuclear aparece moderadamente irregular. 
Essa célula não apresenta nucléolo ou inclusões, e o núcleo não é moldado. Este é carregado de 
partículas virais que não são digeridas pelas desoxirribonucleases. Mitoses típicas e atípicas podem 
estar presentes.
 
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Figura 23 - Coilócitos
Fonte: http://scontent.cdninstagram.com/t51.2885-15/s480x480/e15/10401723_1384604028528958_956704206_n.
jpg?ig_cache_key=OTQ5ODgyMTYxMzc5OTI2NDUy.2 
Ao centro, dois coilócitos. Coilócitos são achados patognomônicos do HPV e se enquadra na lesão de baixo grau 
(LSIL/HPV). Lesão intra-epitelial de baixo grau (compreendendo efeito citopático pelo HPV e neoplasia intra-epitelial 
cervical grau I) (Fonte: http://www.pictaram.com/media/949882161379926452_1650895503).
A disqueratose é uma alteração celular originária do epitélio escamoso, caracterizada pela 
presença de uma célula pequena com núcleo hipercromático e citoplasma queratinizado, indicado 
por uma coloração eosinofílica ou orangeofílica intensa. O disqueratócito pode estar presente 
em diversos níveis do epitélio. Na camada superficial, sua presença é mais comum, e aparece 
frequentemente na forma achatada e anucleada.
 
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Figura 24 - Disceratose
Fonte: http://anatpat.unicamp.br/DSCN1357++.jpg
PAPILOMAVÍRUS HUMANO
Os HPVs estão divididos em dois grandes grupos. Os tipos mais comuns, classificados como 
vírus de baixo risco para o desenvolvimento de neoplasias e verrugas, são os tipos 6 e 11, mais 
comumente encontrados na genitália externa e ocasionalmente no colo uterino. Tipos como 34, 40, 
43, 44, 53, 54, 57 e 66 são normalmente identificados em casos de condiloma acuminado, verrugas 
em mucosas e lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LSIL). O segundo grupo são os HPVs 
de alto risco oncogênico, representados pelos tipos 16, 18, 31 e 45. Normalmente, são detectados 
nas lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL) e nos carcinomas invasivos de colo uterino.
O ciclo viral inicia-se com a infecção das células da camada basal do epitélio em decorrência 
da abrasão ou de microlesões da pele e da mucosa. Após a maturação nas células parabasais, a 
replicação viral efetiva inicia-se quando a célula-filha que contém o vírus sofre maturação. O DNA-
HPV é replicado num grande número de cópias, e posteriormente ocorre sua inserção no DNA 
celular. Após a transcrição e a tradução do DNA-HPV inserido no DNA celular, ocorre a formação 
de partículas virais maduras. A região tardia (L1/L2) sintetiza as proteínas do capsídeo viral, que 
são direcionadas aos núcleos das células hospedeiras, onde ocorre a formação da partícula viral 
completa.
O genoma viral pode ser encontrado sob a forma epissomal no núcleo das células infectadas 
ou, nos subtipos causadores de lesões malignas, pode estar integrado aos cromossomos das 
células do hospedeiro. Nas lesões benignas, o DNA viral aparece em padrão epissomal, ou seja, sob 
a forma circular, não integrado ao genoma celular. Nessas lesões, o vírus fica retido nos tecidos 
cervicais sob a forma latente. Nas neoplasias malignas, as células sofrem transformações, nas 
quais o DNA viral aparece integrado ao genoma celular, ligado a sítios cromossômicos específicos 
de integração (SOARES, 1999).
 
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Nas lesões malignas, a interação gênica induz ruptura dos genes reguladores da replicação viral 
(E1/E2), deficiência na transcrição dos genes tardios e transcrição incontrolável dos genes E6/E7. 
Nesse momento, o ciclo celular é abortado, partículas virais completas não são produzidas, e as 
células infectadas desencadeiam transformações malignas, sofrendo alteração de crescimento e 
diferenciação. Há modificação do padrão de estratificação do epitélio cérvico-vaginal nas camadas 
de células mais diferenciadas, e as células superficiais passam a expressar citoqueratinas em 
quantidade abundante.
O aparecimento de lesões malignas é resultado da perda do controle do ciclo celular. Normalmente, 
oncogenes na célula hospedeira estão em constante inspeção do processo de reprodução irregular 
ou mutação. Essas alterações no ciclo celular são verificadase reparadas, ou a célula é destruída por 
apoptose. Como dito, o processo é regulado por dois oncogenes na célula hospedeira, denominados 
de p53 e pRb, gene do retinoblastoma. A função deles é bloquear o ciclo celular em caso de dano 
no genoma, reparando o dano ou conduzindo a célula a apoptose. Se p53 e pRb são inativados 
pelas proteínas virais E6/E7, as células não entram em apoptose ou não há reparo do dano no DNA. 
Dessa forma, há acumulo de lesões gênicas no núcleo das células hospedeiras, determinando, 
assim, a carcinogênese.
 
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Figura 25 – Papiloma vírus humano
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-W8cwHizvWAM/Ubzsa0c7uII/AAAAAAAAFX0/YSee8RTCZSE/s1600/
Papiloma+V%25C3%25ADrus+Humano+-+HPV+%257E+A+sArte+do+Cuidar+-+Windows+Internet+Explorer.jpg
Saiba mais
O vídeo explica sobre a forma que ocorre a transmissão do vírus HPV. Clique e assista a explicação. 
Link:https://www.youtube.com/watch?v=8J8ohREO34o
 
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ATIPIAS ESCAMOSAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO (ASC-US – 
ASC/H)
Outras alterações com características indefinidas podem ser visualizadas no esfregaço. Esse 
tipo de ocorrência dá-se no epitélio escamoso e é interpretado como sendo alterações de significado 
indeterminado para a ocorrência de lesões escamosas, ASC-US, segundo o Sistema Bethesda.
Os ASC-US estão no limiar de diferenciação entre o processo inflamatório e a neoplasia intraepitelial 
cervical (NIC). Esse tipo de alteração celular não oferece critério suficiente para um diagnóstico 
seguro da lesão, porém possibilita a exclusão de alterações celulares benignas.
Os parâmetros celulares adotados para se caracterizar um esfregaço como ASC-US são aumento 
da relação núcleo/citoplasma em duas a três vezes o tamanho da célula intermediária normal, leve 
variação da forma nuclear, hipercromia discreta, cromatina regularmente distribuída e membrana 
nuclear bem delimitada. Podem ocorrer alterações celulares compatíveis com a infecção pelo HPV. 
A presença de metaplasia escamosa reativa também foi relatada em esfregaços dessa natureza.
Figura 26 - Atipiasescamosas de significado indeterminado
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda.
Exibe células escamosas eosinofílicas apresentando aumento da relação núcleo-citoplasma e 
hipercromia leve, não caracterizando um grau intenso de atipia (ASC-US).
Figura 27 – Células escamosas com significado indeterminado
 
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Fonte: https://image.slidesharecdn.com/atlasdecitologia-140907144203-phpapp02/95/atlasdecitologia-45-638.jpg
As atipias classificadas como de significado indeterminado não descartam lesão de alto grau 
(ASC/H). São caracterizadas pela presença de alteração importante nas células, porém não se pode 
definir o quadro de displasia moderada/NIC II ou severa/NIC III/carcinoma in situ. Uma das condições 
mais comuns de emprego do uso dessa classificação é em mulheres que apresentam atipia em 
esfregaços atróficos pela dificuldade de identificação do grau da lesão em células imaturas.
 
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Figura 28 – Núcleos celulares apresentam atipia moderada
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Exibe células profundas, agrupadas e sobrepostas. Os núcleos celulares apresentam atipia moderada (Papanicolaou – 400X).
LESÃO ESCAMOSA INTRAEPITELIAL DE BAIXO GRAU (LSIL) E ALTO GRAU 
(HSIL)
A história natural das lesões escamosas de baixo grau (LSIL) e de alto grau (HSIL) está diretamente 
ligada à ação do HPV no trato genital feminino, associada principalmente ao vírus de alto risco. Este é 
responsável pelo aumento da vulnerabilidade da junção escamo-colunar, promovendo diferenciação 
irregular. Essas alterações foram relatadas em 1988 na cidade americana de Bethesda, onde foi 
criada a nova nomenclatura denominada de Sistema Bethesda.
As LSIL, anteriormente classificadas como displasia leve/NIC I, são lesões pré-neoplásicas do 
epitélio escamoso, também chamadas de precursoras, e podem permanecer em latência por um 
período de 20 anos, com eliminação de células anormais. As lesões pré-malignas representam 
uma continuidade de alterações morfológicas, com limites relativamente indistintos e não irão, 
obrigatoriamente, evoluir para lesões malignas, podendo sofrer regressões espontâneas.
Em 95% dos casos, as lesões de alto grau e malignas estão associadas à infecção pelo 
papilomavírus (HPV) de alto risco. A persistência delas é diretamente proporcional ao grande 
número de cópias virais.
As lesões pré-neoplásicas são consideradas como precursoras do câncer cervical e são referidas 
como lesões escamosas intraepiteliais de baixo grau (LSIL). Elas estão diretamente associadas à 
infecção pelo HPV. Essas lesões podem ser causadas por qualquer tipo de HPV, ser transitórias ou 
 
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autolimitadas e regredir espontaneamente, em especial em mulheres com menos de 30 anos. Na 
maioria dos casos, estão associadas à infecção pelo HPV 6 e 11.
As alterações celulares associadas ao HPV, descritas como coilocitose e disqueratose, 
acompanhadas de atipias nucleares em células maduras, discariose(núcleo disforme, dividido em 
duas ou mais parte), quase sempre começam na junção escamo-colunar, na zona de transformação. 
Histologicamente, mostram desorganização da arquitetura do epitélio escamoso, atipia nuclear e 
algumas mitoses anormais.
Figura 29 - Presença de coilocitose e disqueratose em células maduras
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda.
 
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Figura 30 - Presença de célula intermediária apresentando discariose leve e binucleação (Papanicolaou – 
400X).
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda.
As lesões escamosas intraepiteliaisde alto grau (HSIL), anteriormente classificadas como 
displasia moderada/severa e/ou NIC II/III-Carcinoma in situ,e as neoplasias de colo uterino estão 
relacionadas com os tipos 16 e 18 do HPV. Essas lesões caracterizam-se pela presença de células 
imaturas com discariose severa e carioteca irregular, pleomorfismo nuclear, depósito de cromatina 
na membrana nuclear. O citoplasma é escasso e basofílico, caracterizando a imaturidade celular.
 
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Figura 31 – Discariose severa
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Exibe células imaturas evidenciando discariose severa, grumos de cromatina, hipercromia severa e pleomorfismo nuclear (HSIL).
Os quadros de carcinoma in situ, enquadrados no sistema Bethesda, como lesão de alto grau, 
são caracterizados pela presença de esfregaços contendo células com características de HSIL e 
mais três critérios importantes que mostram a evolução da doença para malignidade: núcleos em 
tinta da China, agrupamento de cromatina em “sal e pimenta”e grupamento de células atípicas em 
fila indiana.
Figura 32 – Células profundas
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Exibe células profundas dispostas em fila indiana, algumas exibindo cromatina em “sal e pimenta”, 
e células escamosas apresentando núcleos em tinta da China (Papanicolaou – 400X).
 
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CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
O câncer do colo uterino é uma doença que acomete 69 milhões de mulheres acima dos 15 
anos em todo o mundo. No Brasil, em 2010, 18.430 novos casos foram estimados, sendo 18 casos 
por 100 mil mulheres.
Essa doença é a segunda maior causa de morte por neoplasia em mulheres, principalmente 
nas regiões de baixo poder socioeconômico. Pesquisas mostram que, por ano, cerca de 50 mil 
mulheres desenvolverão neoplasia de colo uterino, sendo o papilomavírus humano (HPV) o seu 
principal cofator.
Nos Estados Unidos, aproximadamente 6.200 novos casos de infecção pelo HPV ocorrem 
anualmente, e cerca de 20 milhões de mulheres apresentam infecção ativa pelo vírus, com grande 
potencial de progressão da doença. O Center of Disease Control (CDC) estima que metade das 
mulheres sexualmente ativas vá adquirir a infecção pelo HPV em algum momentode sua vida, 
cerca de 80% antes dos 50 anos. Relatos da International Agency for Research on Cancer (IARC) 
demonstraram que em 2008 que o câncer cervical foi o mais câncer mais comum entre as mulheres 
em todo omundo, estimando a sua ocorrência em cerca de 530 mil novos casos. Mais de 85%deles 
ocorrem em países em desenvolvimento, em regiões como África, Ásia, Central, América Central e 
América do Sul estão entre as mais prevalentes naocorrência da doença.
Saiba mais
Estudo realizado com a equipe de enfermagem no ano de 2003 e divulgada na Revista Brasileira de 
Cardiologia relata a assistência à mulher com câncer de colo uterino
O artigo tem como objetivo relatar a assistência prestada a estas mulheres e respectivos familiares, 
com ênfase no papel desempenhado pela equipe de enfermagem. São descritas as orientações 
relativas às reações adversas em pele e mucosas do trato gastrointestinal e urinário, os cuidados 
locais adequados e esclarecimento de dúvidas. Além de informar e tranquilizar o paciente e seus 
familiares, a enfermagem pode minimizar, através de triagem prévia, a necessidade de maior 
frequência da avaliação médica.
No estudo disponível nesse link, foi acompanhado e descrito o papel da assistência que a mulher com 
câncer de colo uterino deve receber, em especial da área de enfermagem.
Citologicamente, o carcinoma de células escamosas caracteriza-se pelas seguintes modificações 
celulares:
 
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Alterações nucleares como cariomegalia (aumento do volume nuclear mais que seis vezes o 
volume da célula normal), hipercromia nuclear severa, cromatina grosseira e mal distribuída, com 
acúmulo na periferia da membrana nuclear, membrana nuclear irregular, pleomorfismo nuclear e 
celular, presença de macronucléolos, núcleo hipercorado, marcado em forma de tinta da China, 
células de reserva e basais pequenas, células parabasais e metaplásicas grandes. Comumente 
observa-se a presença de formas incomuns. Raramente observa-se coilocitose.
Alterações citoplasmáticas incluindo células com citoplasma escasso, cianofílico ou eosinofílico, 
vacúolos citoplasmáticos, formação em fila indiana, disqueratose com picnose (degeneração do 
núcleo da célula, caracterizada por condensação da cromatina seguida de desaparecimento da 
carioteca) ou anucleadas, células pequenas que podem ser confundidas com leucócitos, macrófagos 
e células metaplásicas e de reserva e presença de diátese tumoral e hemorrágica.
Figura 33 - Células neoplásicas de origem escamosa
Fonte: Acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Exibe a presença de células neoplásicas de origem escamosa. Observa-se pleomorfismo nuclear com cromatina 
grosseira e depósito na perifiria do citoplasma. Pode-se observer a presence de macronucléolo
 
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Figura 34 – Células na forma de girino
Fonte: Acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Exibe a presença de células bizarras na forma de girino, com núcleo apresentando cariomegalia, hipercromia 
severa, depósito de cromatina na membrana e nuclear emacronucléolos(Papanicolaou – 400X).
Figura 35 – Evolução câncer colo uterino
Fonte: http://patoneoplasia.blogspot.com.br/2013/06/cancer-de-colo-de-utero.html
 
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ATIPIAS GLANDULARES
As atipias glandulares são classificadas em benignas e malignas, decorrentes normalmente 
de processos como hiperplasia microglandular, pólipo endocervical, uso de anticoncepcionais 
orais e de DIU. Observa-se que muitas das alterações no canal endocervical estão associadas aos 
processos de metaplasia escamosa ou reação de reparo.
As alterações reativas dessas células caracterizam-se por modificações citomorfológicas 
semelhantes às que ocorrem no epitélio escamoso, adequando-se às características do tipo de 
células glandulares. Podem-se observar conjuntos de células que descamam em grupos pequenos 
e sobrepostos, normalmente com mais de 20 delas. Em alguns casos, esse conjunto mantém o 
padrão em favo de mel. Observa-se o aumento da relação núcleo/citoplasma (N/C) de duas a três 
vezes e leve hipercromia nuclear. Os nucléolos são, frequentemente, visíveis, o que pode dificultar 
a caracterização de reatividade das células. O citoplasma pode estar bem conservado.
Aconteceu
Pesquisa realizada por alunas do curso de enfermagem da Universidade de São Paulo para 
identificar adesão na realização de teste de Papanicolau por acadêmicas de graduação do curso 
de enfermagem de uma faculdade do interior Paulista. Conheça a forma que foi feito o exame e o 
resultado da pesquisa clicando nesse link: http://www.publicacoes.fatea.br/index.php/reenvap/article/
viewArticle/1495
Atipia de células glandulares (AGC)
São alterações das células glandulares que excedem os critérios de benignidade, porém ainda 
não exibem um padrão de malignidade definido.Podem ser de origem endocervical e endometrial. 
Essas modificações podem ter influência de infecção pelo HPV, hormonioterapia, radiação e 
medicamentos.Normalmente, as células apresentam atipia nuclear com abundante citoplasma, 
o que garante a não evolução maligna ainda. Citomorfologicamente, pode-se observar discariose 
leve, com aumento da relação núcleo/citoplasma (N/C) de duas a cinco vezes, hipercromia nuclear, 
nucléolo aumentado em tamanho, porém único, e membrana nuclear quecomeça a mostrar graus 
de irregularidade. O citoplasma aparece pouco preservado, e os grupamentos celulares são mais 
frequentes.
 
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Figura 36 - Células endocervicais
FONTE: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Presençade células endocervicais apresentando reatividade, dispostas em grupos com mais de 
20 células, sem sobreposição. O grupamento apresenta o padrão em favo de mel
Figura 37 – Células glandulares atípicas
Fonte: acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. 
Presença de células glandulares atípicas, com núcleos hipercorados e sobrepostos. 
O grupo perdeu o padrão de favo de mel(Papanicolaou – 400X).
Adenocarcinoma in situ e adenocarcinoma invasor
Esse tipo representa cerca de 10% das neoplasias malignas do colo uterino, muitas vezes 
apresentando-se como extensões das lesões escamosas que adentram o canal endocervical. 
Cerca de 50% dos esfregaços neoplásicos são classificados erroneamente como negativos, pois 
 
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mimetizam alterações reativas de difícil interpretação. Os adenocarcinomas podem ser confundidos 
com carcinomas de células pequenas, macrófagos, metaplasia reativa.
O adenocracinoma in situ caracteriza-se por grupamentos celulares com núcleos enegrecidos, 
compostos por mais de 20 células, exibindo nucléolos proeminentes. Observa-se sobreposição de 
núcleos malignos aglomerados. Pode-se observar uma estratificação do epitélio, simulando um 
corte de tecido.
Os núcleos são de tamanho variado, com membrana nuclear irregular, cromatina pontilhada e 
grosseira, e hipercromia nuclear. Observa-se a presença de mais de um macronucléolo e de células 
malignas isoladas dispostas em formação de fila ou rosetas e mitoses atípicas.
O AdenoCa invasor caracteriza-se por alterações celulares semelhantes às do adenocarcinomain 
situ, porém podemos evidenciar formação acinar, papilar ou em roseta. Os núcleos desenvolvem 
um processo de amoldamento, e numerosos macronucléolos são observados.
Uma característica dessa neoplasia é a presença de numerosas células tumorais isoladas, 
caracterizando a dissociação delas da massa tumoral. Essa característica recebe o nome de 
plumagem. São observadas células com formas incomuns eem anel de sinete, caracterizando a 
origem glandular do tumor. Essa neoplasia vem acompanhada de diátese tumoral e hemorrágica 
e exsudato inflamatório.
Figura 38 – Células endocervicais
Fonte:acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. Exibe células endocervicais apresentando 
critérios de malignidade e pseudoestratificação, caracterizando o quadro de AdenoCain situ
 
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Figura 39– Células com alterações malignas
Fonte:acervo pessoal Lab. IN CITO – Citologia Diagnóstica Ltda. Exibe células de origem glandular 
com alterações malignas. Núcleos dicarióticos e presença de macronucléolos. O gurpo exibe células 
dispersando-se do grupo, caracterizando a figura de plumagem (Papanicolaou – 400X).
CONCLUSÃO
Como podemos observar no texto, há diversas atipias celulares que podem ou não desencadear/
iniciar uma neoplasia de caráter maligno. Portanto o cuidado e a qualificação do profissional são 
imprescindíveis para um resultado confiável.
Lembrando que o diagnóstico só é possível com exames complementares, como colposcopia, 
PCR HPV, biópsia entre outros. Sempre correlacionado com sintomas, aspecto de lesão e histórico 
clínico familiar.
Segue um esquema de protocolo para rastear o câncer cervical.
 
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Figura 40 – Esquema de protocolo para rastrear o câncer cervical
Fonte: http://www.virtualmedstudent.com/images/pap_smear_diagnostic_algorithm.jpg
GLOSSÁRIO:
Carcinoma:é um tumor maligno desenvolvido a partir de células epiteliais, glandulares 
(adenocarcinoma) ou do trofoblasto (coriocarcinoma) que tende a invadir tecidos circulares originando 
metástases. (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carcinoma)
Endógeno:é aquele que parte do interior para o exterior. (fonte: http://www.dicionarioinformal.
com.br/end%C3%B3geno/)
Epitélio: ou tecido epitelial é um dos principais grupos de tecidos celulares, sendo sua principal 
função a de revestimento da superfície externa e de diversas cavidades internas do organismo. As 
células epiteliais estão intimamente ligadas entre si (justapostas) e formam algumas glândulas. 
(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Epit%C3%A9lio)
 
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Exógeno: Aquilo que é de origem externa. Produzido por fatores externos a um objeto, processo 
ou fenômeno. (fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/ex%C3%B3geno/)
Metaplasia:é uma alteração reversível quando uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, 
é substituída por outra de outro tipo celular. (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Metaplasia)
Mucina: A mucina é uma família de elevada massa molecular composta por proteínas fortemente 
glicosiladas (glicoconjugados) produzidas por tecidos epiteliais na maioria dos metazoários. (fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucina)
Presuntivo: Presumível; que se consegue presumir, pressupor, supor antecipadamente. / [Jurídico] 
Diz-se de quem é herdeiro natural por parentesco. / Provável; que está próximo de acontecer; que 
tem grandes possibilidades de se realizar. (fonte: https://www.dicio.com.br/presuntivo/)
Sincício: é a designação dada em biologia e biomedicina a uma célula multinucleada, ou seja, 
em que a membrana celular engloba vários núcleos. Este tipo de estrutura é típica dos fungos, mas 
é também normal no músculo esquelético e no músculo cardíaco dos vertebrados. (fonte: https://
pt.wikipedia.org/wiki/Sinc%C3%ADcio)
 
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