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Prévia do material em texto

detectar lesões pré-cancerosas e
câncer inicial do colo uterino;
detectar carcinomas do endométrio;
avaliação da ação de hormônios
ovarianos e de processos inflamatórios
do TGF.
coleta (áreas celulares presentes na
amostra), fixação e coloração do
material para posterior análise.
interpretação da leitura do material,
confecção do relatório (laudo),
controle de qualidade.
Invenção do microscópio – Antonie van
Leeuwenhoek (1632-1723).
Microscópio composto – ocular +objetiva
(início do século XIX).
Publicações – 1ª metade do séc. XIX
Avaliação microscópica de esfregaços
cérvico-vaginais é realizada com o objetivo
de:
-O rastreamento e a interpretação dos
esfregaços cérvico-vaginais são tarefas
das mais difíceis realizadas pela medicina
laboratorial.
-Patologistas e citotécnicos são obrigados a
respeitar os mais altos padrões já impostos
a um grupo profissional.
-Qualquer desrespeito a essas normas pode
ter grandes e infelizes conseqüências
médicas e legais.
PRINCIPIO: comparar células desconhecidas
da preparação citológica com as imagens de
células normais, registradas na memória
visual.
-A citologia cérvico-vaginal exige amplo
conhecimento de morfologia e endocrinologia
do trato genital feminino.
-Correlação com a histologia – dá o
diagnóstico.
Segurança depende de boas técnicas
associadas à:
HISTÓRICO: períodos de descobertas.
• Atlas de Donné – 1845
•Atlas de Pouchet – 1847
Introdução a Citopatologia GinecológicaIntrodução a Citopatologia Ginecológica
Anos seguintes muitos estudos sobre a
citologia e histologia do TGF
-Últimos anos do Séc. XIX – muitos estudos da
morfologia microscópica de alterações
patológicas – câncer.
-Começo do Séc. XX – descrições
morfológicas dos tecidos humanos normais
praticamente completas.
-Schauenstein (1908) e Rubin (1910) foram os
primeiros a descrever as lesões pré-
cancerosas de colo uterino e a demonstrar
que a detecção e a erradicação precoce
das lesões são capazes de prevenir o
carcinoma invasivo.
-Schiller (1928) - utilizou amplamente o termo
“carcinoma in situ” , estudou centenas de
casos colaborando para esclarecer
estágios iniciais do carcinoma da cérvice. 
•Hinselmann (1925) – desenvolvimento do
colposcópio para visualização e identificação
das lesões pré-cancerosas no colo do
útero.
Exame visual especializado do trato genital
inferior (colo uterino, vagina e vulva), em que
se utiliza o colposcópio – aparelho
semelhante a um binóculo que possibilita a
visualização dessas áreas com aumento de 6
a 40 X. 
colposcopia:colposcopia:
-
-
:
:
:
{
mulheres que apresentam alteração no
exame de Papanicolaou (colpocitologia
oncótica),
mulheres com lesões no colo do útero,
vagina ou vulva ou com antecedente de
infecção por HPV. 
O exame é indolor e demora alguns minutos
para ser realizado.
INDICAÇÃO: 
-Para a realização da colposcopia, é
necessária a introdução do espéculo vaginal
(também conhecido por “bico de pato”) para
separar as paredes vaginais. 
-O colo uterino é visualizado através do
colposcópico, que permanece a uma
distância de aproximadamente 30
centímetros (sem encostar na paciente). 
-Após a colocação do espéculo, observam-
se as estruturas e realiza-se a coleta de
Papanicolaou, quando necessário. 
-Em seguida, aplica-se uma pequena
quantidade de ácido acético, o qual evidencia
áreas com alterações celulares deixando-as
esbranquiçadas (as células alteradas são
desidratadas mais rapidamente), ou a solução
de Schiller, em que se aplica uma solução
com iodo (solução de Lugol forte) no colo
uterino.
-Caso os testes realizados evidenciem
alguma alteração, realiza-se a biópsia da área
alterada. A biópsia pode gerar um pouco de
desconforto na paciente, semelhante a uma
cólica menstrual, mas com efeito rápido e
passageiro.
-As amostras obtidas com a biópsia são
então encaminhadas a um laboratório para
serem avaliadas por um patologista.
-É importante ressaltar que a colposcopia é
um exame indolor, de fácil realização e um
importante instrumento na prevenção do
câncer de colo uterino. 
-George N. Papanicolaou e Aurele Babés –
foram os primeiros a reconhecer a
importância do método citológico no
diagnóstico do câncer do colo uterino.
-Associação entre Papanicolaou e Herbert
Traut– publicação de artigo no Am J
ObstetGynecol (1941) e livro em 1943
(possibilidade de se fazer o diagnóstico de
câncer de colo uterino mediante células
atípicas presentes em esfregaço).
-Validade das informações confirmadas por
diversos autores nos anos seguintes.
-Ayres (1947-1948) – amostragem direta de
cérvice com espátula.
COLO UTERINO NORMAL
COLO UTERINO COM ALTERAÇÃO
CAUSADA PELO VÍRUS HPV
Teste de Schiller negativo (lugol
positivo)
Colo uterino com alteração
causada pelo vírus HPV – Teste
de Schiller positivo (lugol
negativo)
ESPÁTULA DE AYRE
←
:
-
:
:
:
:
Técnicas de coloração, rastreamento e
interpretação microscópica não são
adequadas
Os resultados fornecidos pelo
laboratório não são adequadamente
compreendidos e o seguimento clínico é
inadequado
-Células anômalas estão presentes, mas não
podem ser reconhecidas devido à fixação ou
coloração incorreta (falsos-negativos).
-Células anômalas passam despercebidas ou
são vistas, porém não reconhecidas como
tais (falsos-negativos).
-Alterações celulares benignas são
interpretadas como malignas (falsos-
positivos).
-Acontece por falta de comunicação
adequada entre o laboratório e o clínico.
-Um sistema informatizado de relatórios e
prontuários do paciente é útil para se obter
dados de seguimentos e uma correlação
clínico-citológica.
-Década de 60 – esforços em grande escala
dos países industrializados (Europa, EUA e
Canadá) em documentar o valor da técnicas
citológicas no rastreamento em massa das
lesões pré-cancerosas do colo uterino.
-Formação de vários centros importante de
citologia nestes países.
-Década de 70 e 80 – publicações dos
primeiros resultados.
-Anderson etal(1998) – mostra que no Canadá
em 30 anos a prevalência de câncer
cervical invasivo caiu em 78% e a
mortalidade foi reduzida em 72%.
-Gunn & Gould (1973) e diversos autores
entre as décadas de 70 e 80 relataram a
incapacidade dos esfregaços cérvico-
vaginais detectarem em tempo hábil as
lesões pré-cancerosas.
-No início as críticas não alteraram a
prática da citologia.
-1987 – jornais e revistas leigas: Wall Street
Journal e Newsweek – publicaram notícias
de mortes de mulheres jovens por câncer
cervical após um ou mais esfregaços falso-
negativos. Grande repercussão.
-1988 – Congresso nos EUA – Clinical
Laboratory Improvement Act (CLIA):
imposições de regras restritivas e pesadas
sobre a prática da citopatologia ginecológica
(Lei de melhoria dos Laboratórios Clínicos)
** Início do Sistema Bethesda **
Alvos na população rastreada
Técnicas de preparo dos esfregaços
são falhas, levando a uma amostra não
representativa
-Mulheres de alto risco: dificuldade de
acesso ao sistema
-Controvérsia quanto ao prazo ideal entre
os exames.
-Esfregaço inadequado – resultados falsos-
negativos devido à falta de células com valor
diagnóstico.
principais problemas apresentados peloprincipais problemas apresentados pelo
sistema de detecção citológica do câncersistema de detecção citológica do câncer
cervical:cervical:
-
-
-
-
-
- -
-
:
:
-
:
Referências utilizadasReferências utilizadas
KOSS, Leopold G.; GOMPEL, Claude;
BERGERON, Christine.Introdução à
citopatologia ginecológica com correlações
histológicas e clínicas. São Paulo: Roca,
2006.
SOLOMON, Diane; NAYAR, Ritu; KURMAN,
Robert J.; DAVEY, Diane D.; WILBUR, David C.;
PROLLA, João Carlos. Sistema bethesda
para citopatologia cervico vaginal definições,
critérios e notas explicativas. Rio de Janeiro:
Revinter, 2005.
MARIA-ENGLER, Silvya Stuchi; CONSOLARO,
Márcia Edilaine Lopes. Citologia clínica
cérvico-vaginal: texto e atlas. São Paulo:
Rocca, 2014. xviii, 270 p. ISBN 978-8-541-20-
024-0.
ESFOLIATIVA: um exemplo é o
esfregaço vaginal (para bacterioscopia),
no qual são obtidas células que se
descamam espontaneamente das
superfícies do colo ou da vagina e se
acumulam nofundo-de-saco-vaginal
posterior.
ABRASIVA: depende da remoção das
células das superfícies da cérvice, da
endocérvice e da vagina com auxílio de
um instrumento como a espátula de Ayre 
e a escova endocervical.
Coleta em Gestantes: feita com a
espátula de Ayre; não usar escova de
coleta endocervical. 
Coleta em Virgens: realizada
exclusivamente por profissional médico. 
Não deverão ter relações sexuais 24
horas antes do exame.
Não deverão colocar medicamentos
(cremes, óvulos) vaginais 48 horas antes
do exame.
Não deverão realizar lavagens ou duchas
vaginais e pélvicas 24 horas antes da
coleta.
Não realizar o exame em período
menstrual.
Se não forem observados quaisquer destes
itens, poderão ocorrer alterações
qualitativas, quantitativas e morfológicas com
conseqüente dificuldade diagnóstica.
Conforme solicitação clínica, os
procedimentos de coleta podem ser
diferenciados entre citologia cérvico-vaginal,
citologia hormonal isolada ou seriada e
urocitograma.
Técnicas de Processamento eTécnicas de Processamento e
Rastreamento dos Esfregaços CitológicosRastreamento dos Esfregaços Citológicos
Cérvico-VaginaisCérvico-Vaginais
recomendações importantes as pacientesrecomendações importantes as pacientes
antes da coleta.antes da coleta.
Prevenção do câncer ginecológico*
Avaliação da ação dos hormônios
ováricos
Avaliação de processos inflamatórios
objetivo da citologia cérvico-vaginal:objetivo da citologia cérvico-vaginal:
A paciente deverá ficar em posição
ginecológica.
Para realizar a coleta, é imprescindível
visualizar corretamente a vagina e o
colo do útero, mediante o uso de
espéculo bivalvo que deve ser introduzido
sem lubrificante (se houver dificuldades,
pode-se utilizar gotas de solução
fisiológica estéril).
Boa iluminação é essencial.
A obtenção às cegas da amostra deve
ser evitada por ser um dos motivos mais
importantes de erros diagnósticos ou da
falta de precisão dos mesmos.
Coleta em Gestantes: pode ser feita de 
preferencia até o 7º. mês. 
princípios da coleta:princípios da coleta:
técnicas de coleta utilizadas:técnicas de coleta utilizadas:
ESFREGAÇO VAGINAL
-São preparados com material removido do
fundo-de-saco vaginal posterior, com auxílio
de um abaixador de língua, de uma pipeta ou
da extremidade arredondada da espátula de
Ayre.
-Podem ser observadas: células descamadas
do epitélio vaginal e cervical, muco,
leucócitos, macrófagos, detritos celulares,
bactérias, fungos e parasitas.
-Têm sido usadas escovas especiais que
permitem a coleta das células do canal
endocervical.
-A coleta feita com estas escovas aumenta
a eficácia da detecção de lesões situadas
nesta área.
-O uso da escova exige boa prática, é
necessário rodar completamente o
instrumento sem produzir traumas no
epitélio endocervical.
Desvantagem: vnecessário retirar
previamente o tampão mucoso, podem
ocorrer sangramentos e podem formar-se
grumos celulares espessos difíceis de
examinar.
-A coleta com escova deve ser sempre
associada à coleta com espátula, para
sempre incluir no exame material da
ectocérvice.
-Vantagem: boa representatividade das
células originadas de todas as partes do
trato genital.
-Desvantagem: mau estado de conservação
das células, poucas evidências das anomalias
produzidas por lesões pré-cancerosas e
cancerosas do colo uterino.
-Mais eficazes que esfregaços cervicais
para detecção de tumores ocultos do
endométrio, tubas e ovários, bem como
lesões metastáticas.
-Indicado para mulheres com idade a partir
dos 45 anos.
-Esfregaço obtidos por raspagem dos
terços superiores das paredes laterais da
vagina constitui o método ideal para a
avaliação do estado hormonal.
ESFREGAÇO CERVICAL (Ectocérvice e
Endocérvice)
-Raspado de células diretamente da cérvice,
fornece melhores resultados do que o uso
de células descamadas naturalmente, para
detecção das lesões pré-cancerosas ou
cancerosas da cérvice.
-Instrumento mais utilizado para a obtenção
do esfregaço cervical é a espátula descrita
em 1947 por um ginecologista canadense
chamado Ayre.
-O formato da espátula é ideal para a
amostragem da superfície ectocervical e
porção mais inferior do canal endocervical.
-Extremidade mais longa da espátula de Ayre
deve ser introduzida no orifício cervical,
enquanto que sua parte côncava entra em
contato com a ectocérvice.
-Exercendo uma leve pressão, a espátula
deve ser girada de forma a realizar uma
rotação completa (360 °C).
ESCOVA TRADICIONAL
A - lâmina
B - escova endocervical
C – espátula de Ayre
D – recipiente para transporte
E - Fixador
F - Espéculo
material necessário para a coleta cérvico-material necessário para a coleta cérvico-
vaginal:vaginal:
LÂMINA
RECIPIENTE PARA
TRANSPORTE
FIXADOR
ESPATULA DE aIRE
ESCOVA
ENDOCERVICAL
ESPÉCULO
Encaixe a ponta mais longa da espátula de
Ayre no orifício externo do colo,
apoiando-a firmemente, fazendo uma
raspagem na mucosa ectocervical em
movimento rotativo de 360.º, em torno
de todo o orifício, procurando exercer
uma pressão firme, mas delicada, sem
agredir o colo, para não prejudicar a
qualidade da amostra.
Caso considere que a coleta não tenha
sido representativa, faça mais uma vez o
movimento de rotação.
Estenda o material ectocervical na lâmina
dispondo-o no sentido vertical, ocupando
1/3 da parte transparente da lâmina,
esfregando ambas as superfícies da
espátula com suave pressão, garantindo
a distribuição da amostra de maneira
uniforme.
Movimentos circulares podem lesar as
células e não são recomendados.
Usar lâminas limpas, de boa qualidade e de
preferência com uma extremidade
fosca para identificação da paciente.
Dividir hipoteticamente a lâmina em três
partes: vaginal (V); ectocérvice (C) e
endocérvice (E).
identificação da lâmina:identificação da lâmina:
Inicie a primeira fase do exame, expondo
somente a região a ser examinada.
A vulva e vagina também desenvolvem
câncer, e uma forma eficiente de
diagnosticá-lo precocemente é verificar
a existência de lesões suspeitas nestas
localizações durante a coleta do
Papanicolaou.
VULVA: se há lesões esbranquiçadas ou
hipercrômicas, nódulos, verrugas e/ou
feridas.
VAGINA: o aspecto, a existência de lesões,
pólipos, verrugas e corrimentos.
coleta:coleta:
Utilize a extremidade arredondada da
espátula de Ayre.
Recolha material, raspando suavemente o
fundo de saco vaginal ou o terço
superior da parede vaginal.
Estenda o material na primeira porção
da lâmina no sentido vertical .
coleta de fundo de saco vaginal/ terçocoleta de fundo de saco vaginal/ terço
superior da parede da vagina:superior da parede da vagina:
coleta coleta do ectocérvice (C):do ectocérvice (C):
Utilize a escova de coleta endocervical;
Recolha o material introduzindo a escova
delicadamente no canal cervical, girando-
a 360 °C.
Ocupando o 1/3 restante da lâmina,
estenda o material rolando a escova da
esquerda para direita no sentido
horizontal (sentido oposto do esfregaço
ectocervical).
Com o esfregaço tríplice pronto fixá-lo
imediatamente.
Acondicionar a lâmina em recipiente
adequado de transporte e identificado
com o nome completo da paciente e
data da coleta.
coleta coleta do endocérvice (E):do endocérvice (E):
A lâmina deve ser acondicionada
apropriadamente. 
Tipos de células presentes no esfregaço
(separação nítida entre coleta ecto e
endocervical). 
Quantidade de células no esfregaço. 
Espessura e homogeneidade do
esfregaço. 
Preservação das estruturas celulares
(boa fixação).
idade da paciente
data de sua última menstruação ou início
da menopausa
antecedentes pessoais
uso de medicamentos
dados clínicos e outras infos. do paciente:dados clínicos e outras infos. do paciente:
Polietilenoglicol a 2%
Álcool entre 70% a 95%. 
Aerossóis fixadores contendo
Propilenoglicol e Isopropanol. 
-Pingar 3 ou 4 gotas da solução fixadora
sobre o material, que deverá ser
completamente coberto pelo líquido. 
-Deixar secar ao ar livre, em posição
horizontal, até a formação de uma película
leitosa e opaca na sua superfície. 
-A lâmina com material deve ser submersa
no álcool a 70% ou 95%, em vidros de boca
larga (15 minutos).
-Borrifara lâmina com o spray fixador a
uma distância de aproximadamente 30cm. 
formas de fixação:formas de fixação:
O processo de coloração facilita o
reconhecimento dos componentes
celulares.
Como regra, os núcleos captam os
elementos basofílicos dos corantes,
assumindo uma cor azul ou um tom
azulado.
O citoplasma pode adquirir uma cor rosa
(eosinofílico) ou azul (cianofílico).
Os métodos mais empregados na
citologia ginecolócica são : Coloração de
Shorr, Coloração de Papanicolaou (mais
utilizada, sendo referência mundial)
Ambos os métodos utilizam uma
combinação de diversos corantes.
Os dois métodos de coloração respeitam
os mesmos princípios, onde: núcleos são
corados pela hematoxilina de Harris; e a
diferença está nos corantes
citoplasmáticos (verde claro, marrom de
Bismarck, escarlate de Biebrich, orange
G, eosina).
coloração:coloração:
-A fixação do esfregaço deve ser
procedida imediatamente após a coleta, sem
nenhuma espera (10 segundos após a coleta)
-Visa conservar o material colhido, mantendo
as características originais das células,
preservando-as de ressecamento, o que
impossibilitará a leitura do exame. 
-Após a fixação os esfregaços se
conservam por mais de 1 mês.
fixação e fixadores:fixação e fixadores:
Identificação clara das lâminas
(aconselha-se que a lâmina esteja
identificada antes de se iniciar os
procedimentos da coleta) 
O esfregaço não deve ser colocado na
face da lâmina que corresponda a da
extremidade fosca (rugosa) 
O esfregaço deve ocupar toda a
superfície transparente da lâmina, sendo
1/3 da lâmina ocupado com material da
parede da vagina, 1/3 com material do
ectocérvice e 1/3 da lâmina ocupado
com material do canal endocervical. 
indicadores de qualidade da coleta:indicadores de qualidade da coleta:
Uma vez prontas as lâminas, pode ser
iniciado o exame microscópico ou
rastreamento.
1° ETAPA: verificação da identidade da lâmina
e do formulário com os dados clínicos do
paciente que deve acompanhá-la.
2° ETAPA: verifica-se resultados anteriores
da mesma paciente.
princípios de rastreamento:princípios de rastreamento:
Uma amostra convencional adequada tem
um mínimo estimado de aproximadamente
8.000 a 12.000 células epiteliais
escamosas bem preservadas e bem
visualizadas, onde as células metaplásicas
escamosas podem ser consideradas.
Esse limite se aplica somente as células
escamosas; onde células endocervicais e
células completamente encobertas
devem ser excluídas da estimativa.
Para facilitar esta avaliação foram
desenvolvidas “imagens padrão”, por
computação gráfica, para simular a
aparência de campos microscópicos de
4X de preparações convencionais.
Se uma imagem correspondente a 1.000
células foi usada como referência, a
amostra precisa ter no mínimo oito
campos deste para que se possa
considerar sua celularidade adequada.
O rastreamento primário é feito com
uma objetiva de 10X (aumento 100X).
Deve ser feito de forma sistemática e
cada campo do esfregaço deve ser
examinado de forma tal que esteja
sobreposto aos campos vizinhos.
O rastreamento pode ser horizontal (1),
vertical (2) ou em forma de X.
De acordo com vários autores o
rastreamento vertical (2) é melhor, pois
permite um maior controle da
superposição dos campos.
3° ETAPA: as lâminas devem ser colocadas
sobre a platina do microscópio sempre da
mesma maneira, com a identificação a
direita ou a esquerda. Isso facilita a
marcação dos campos que contém células a
serem revistas.
Quaisquer anomalias observadas durante
o rastreamento devem ser reexaminadas
com a objetiva de 40X.
Células anômalas ou não habituais devem
ser marcadas com pontos de tinta,
sempre posicionados da mesma forma
por todos os funcionários do
laboratório.
Essa metodologia de marcação dos
esfregaços facilita a revisão das células
que preocupam o avaliador inicial.
A qualidade do esfregaço, o nível técnico
da lâmina e qualquer achado anômalo
devem ser incluídos no resumo
diagnóstico.
O laudo final deve obedecer ao Sistema
Bethesda.
Um esfregaço adequado deve ser
representativo de todas as superfícies
epiteliais do colo e vagina, bem como
precisa conter um número suficiente de
células que permita o reconhecimento de
qualquer alteração.
esfregaço adequado:esfregaço adequado:
Celularidade Escamosa -
campo de 4X com
aproximadamente 75
células. 
A amostra será
insatisfatória se todos
os campos tiverem
esta celularidade.
Celularidade Escamosa -
campo de 4X de um
esfregaço convencional
com aproximadamente
500 células. São
necessários no mínimo
16 campos com
celularidade similar ou
maior para considerar a
amostra adequada. 
Celularidade Escamosa -
campo de 4X de um
esfregaço convencional
com aproximadamente
1000 células. São
necessários no mínimo 8
campos com celularidade
similar ou maior para
considerar a amostra
adequada.
Os esfregaços de pacientes pré-
puberes ou menopausadas costumam
conter números menores de células.
Um aspecto fundamental da amostragem
cervical é a presença de células
provenientes da Zona de
Transformação (Junção Escamo
Colunar – JEC), as quais representam o
epitélio endocervical passando por uma
metaplasia escamosa.
Desta forma a presença de células
endocervicais e metaplásicas deve ser
considerada uma evidência de um
esfregaço adequado.
Segundo Koss & Gompel, um terceiro
componente a ser valorizado é presença
de muco cervical, que surge na lâmina
como faixas de material amorfo azulado
com células em seu interior, é
importante para o diagnóstico de lesões
do canal endocervical.
São necessárias pelo menos 10 células
endocervicais preservadas, ou células
metaplásicas isoladas ou agrupadas.
Estes critérios são aplicáveis apenas
para mulheres em idade fértil.
A presença ou ausência de componentes
da zona de transformação deve ser
reportado na seção de adequação da
amostra, no laudo final, com exceção
dos casos de histerectomia total.
O conceito de “esfregaço adequado” só
pode ser aplicado aos esfregaços
negativos.
Qualquer esfregaço contendo células
anômalas é, por definição, um esfregaço
adequado.
Celularidade Escamosa -
campo de 4X de um
esfregaço convencional
com aproximadamente
1400 células. São
necessários no mínimo 6
campos com celularidade
similar ou maior para
considerar a amostra
adequada. 
Exigência legal para o arquivamento de
lâminas de citopatologia.
5 anos para exames negativos.
Após 15 anos provavelmente estas
lâminas não estarão em estado de
conservação satisfatório.
arquivamento:arquivamento:
Citologia em Meio LíquidoCitologia em Meio Líquido
Alternativa para o ganho de sensibilidade da
citologia diagnóstica em relação a técnica de
coleta convencional.
VANTAGENS:
-Permite o preparo de lâminas com maior
representatividade celular (20% na citologia
convencional X 100% na citologia em meio
líquido).
-Melhor preservação da morfologia celular,
evitando o acúmulo de restos celulares,
fundo hemorrágico, muco, infiltrado
inflamatório e sobreposição das células na
lâmina.
-Pode ser acondicionada por um período
médio de 15 dias em temperatura ambiente, 6
meses refrigerado a 4 ºC ou até por 2
anos congelado a - 20 ºC.
APARELHO QUE PROCESSA AUTOMATICAMENTE AS AMOSTRAS DA
CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO, SEPARANDO AS CÉLULAS EPITELIAIS
DO COLO UTERINO DE DEBRIS CELULARES, MUCO E SANGUE.
COM ISSO É PREPARADO UMA LÂMINA LIMPA QUE MELHORA
MUITO A QUALIDADE DO DIAG. DE LESÕES PRÉ-CANCEROSAS.
LÂMINA CITOLÓGICA CONVÊNCIONAL
Referências utilizadasReferências utilizadas
KOSS, Leopold G.; GOMPEL, Claude;
BERGERON, Christine.Introdução à
citopatologia ginecológica com correlações
histológicas e clínicas. São Paulo: Roca,
2006.
SOLOMON, Diane; NAYAR, Ritu; KURMAN,
Robert J.; DAVEY, Diane D.; WILBUR, David C.;
PROLLA, João Carlos. Sistema bethesda
para citopatologiacervicovaginal definições,
critérios e notas explicativas. Rio de Janeiro:
Revinter, 2005.
MARIA-ENGLER, Silvya Stuchi; CONSOLARO,
Márcia Edilaine Lopes. Citologia clínica
cérvico-vaginal: texto e atlas. São Paulo:
Rocca, 2014. xviii, 270 p. ISBN 978-8-541-20-
024-0.
-O câncer do colo uterino foi reconhecido
como uma doença específica nos fins do
século XIX.-No início do século XX foi comprovado que
o câncer escamoso invasivo do colo uterino
é precedido por uma transformação maligna
de seu epitélio de origem.
-A partir da década de 50, estudos
epidemiológicos demonstraram que mulheres
que iniciavam a atividade sexual durante a
adolescência, que apresentavam numerosos
parceiros, que desenvolviam DSTs, ou que
engravidavam várias vezes, quando ainda
jovens, apresentavam maior risco para o
aparecimento de câncer cervical.
-Parceiros sexuais promíscuos também
desempenham um papel importante.
-Essas observações apontam para fatores
sexualmente transmissíveis como sendo
importantes no surgimento do câncer de
colo uterino.
-O HPV é considerado o principal agente
etiológico dessa neoplasia e das lesões
precursoras, onde 99% dos cânceres de
colo uterino apresentam seqüências de DNA
viral positivas para o HPV.
Lesões Escamosas Pré Cancerosas doLesões Escamosas Pré Cancerosas do
Colo UterinoColo Uterino
tecido cutâneo queratinizado
mucosa conjuntival e do trato
respiratório
mucosa oral
mucosas da região anogenital
-Para produção dessa vacina são utilizadas
técnicas moleculares avançadas nas quais a
proteína viral L1 de cada tipo de vírus é
produzida em laboratório.
-Essas proteínas se organizam
espontaneamente formando os capsômeros
e, em seguida, uma estrutura semelhante ao
vírus inteiro que é chamada de Partícula
Semelhante a Vírus (VLP – Virus Like
Particules). 
-VLPs são mais imunogênicas que as
proteínas solúveis utilizadas nas vacinas
convencionais e não apresentam potencial
infeccioso nem oncogênico, pois não
possuem material genético viral.
-Para produção das VLPs, foi feito
inicialmente cultivo do HPV de interesse em
laboratório, clonagem do gene L1 de cada
tipo de HPV e, em seguida, foi feita a
expressão de cada uma das proteínas L1
recombinantes, e posterior purificação da
VLP.
-Existem mais de 200 tipos diferentes de
Papilomavírus Humano (HPV) identificadas em
várias regiões do mundo.
-Os HPVs podem infectar vários locais do
corpo produzindo lesões na forma de
verrugas:
Papilomavírus Humano (HPV)Papilomavírus Humano (HPV)
região precoce (genes E1, E2, E4, E5, E6
e E7)
região tardia (genes L1 e L2)
região reguladora LCR (long
controlregion) também conhecida como
URR (upper regulatoryregion).
-HPVs são vírus de DNA, epiteliotrópicos, que
estabelecem infecções produtivas no epitélio
estratificado da pele, trato anogenital e na
cavidade oral.
-DNA está organizado em três regiões: 
vacina tetravalente contra hpv:vacina tetravalente contra hpv:
-Diferentes tipos de HPV, entre os quais
chamados de oncogênicos (16 e 18), podem
ser encontrados em mulheres que não
apresentam qualquer evidência da doença, ou
seja a presença do vírus não indica, de
forma obrigatória, a presença de lesões
morfológicas.
•-Alguns fatores de risco, tais como tabaco,
multiparidade, uso de contraceptivos orais,
deficiência imunológica, numerosos
parceiros sexuais e início precoce da
atividade sexual, podem ser necessário para
o surgimento dessas lesões.
-A transmissão iatrogênica da infecção,
ocasionada por instrumentos cirúrgicos,
luvas, compressas e, até mesmo, pela
fumaça que se forma quando da utilização
do laser, deve ser reconhecida, ainda que o
risco da mesma seja pequeno (importância
da utilização de substâncias viricidas na
limpeza de todos os equipamentos utilizados
em consultas médicas e colposcopias).
-A zona de transformação do colo uterino
(JEC) parece ser o sítio principal de
infecção pelo HPV.
-Acredita-se que a infecção se desenvolva
pela transferência direta do vírus para as
células basais da JEC e as células
metaplásicas.
-Presume-se que a infecção das outras
camadas do epitélio escamoso ocorra a
partir dessas células basais.
Baixo risco oncogênico para o colo
uterino: são comumente encontrados nos
condilomas (condiloma acuminado
verrugas ou “crista de galo”) e nas
lesões intraepiteliais de baixo grau (LIEBG
ou LSIL): tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54,
61, 70, 72 e 81.
Alto risco oncogênico para o colo
uterino: responsáveis pela maior parte
das lesões intraepiteliais de alto grau
(LIEAG ou HSIL ) e dos carcinomas de
colo uterino: tipos 16 e 18, 31, 33, 35, 39,
45, 51, 52, 56, 58, 59 e 66, sendo os
tipos 16 e 18 responsáveis por cerca de
70 % dos carcinomas epidermóides do
colo uterino.
-Os tipos de HPVs são classificados como
não oncogênicos, vírus de baixo risco
oncogênico ou alto risco oncogênico, de
acordo com a propensão do vírus causar
transformação neoplásica na células
infectada.
-Foi demonstrado que as proteínas E6 e E7
dos HPVs 16 e 18, formam complexos com
as proteínas antioncogênicas denominadas
p53 e pRb, interação que pode explicar em
parte o potencial de transformação
neoplásica desses dois vírus.
-A forma mais provável de transmissão é a
sexual.
-Possibilidade da transmissão vertical
(mãe/filho) no momento do parto em
especial quando existem verrugas genitais.
-É possível que o vírus seja transmitido já no
nascimento, permanecendo latente durante
toda a vida da pessoa. 
forma de transmissão pelo HPV:forma de transmissão pelo HPV:
Ciclo de infecção do HPV passa por 5
etapas consecutivas:
1) Infecção inicial: se dá pelo acesso das
partículas virais (através de micro-lesões)
às células da camada proliferativa basal do
epitélio escamoso do colo uterino (JEC).
2) Manutenção do genoma com baixo
número de cópias sob a forma epissomal.
3) Fase proliferativa.
4) Amplificação genômica.
5) Síntese do capsídeo viral e liberação de
novas partículas virais.
mecanismo de infecção pelo HPV:mecanismo de infecção pelo HPV:
Perturbação da arquitetura tecidual;
Perda da capacidade do vírus completar
seu ciclo produtivo.
-A expressão dos genes virais é regulada e
dependente da diferenciação das células
infectadas pelo HPV. 
-A montagem das partículas virais ocorre
nas camadas de células intermediárias e
superficiais do epitélio cervical.
-A formação e liberação de partículas virais
completas ocorre na superfície do epitélio,
sem lisar as células hospedeiras (ciclo
produtivo da infecção pelo HPV); porém
levam a alterações celulares denominadas de
coilócitos.
-A replicação viral, que está estreitamente
vinculada à diferenciação do epitélio
escamoso, produz um efeito patogênico
denominado coilocitose.
-Essa alteração morfológica das células é
comum a todos os tipos de HPV que
acomentem a região anogenital, oncogênicos
ou não.
CICLO DE VIDA VIRAL
O desenvolvimento da neoplasia está
associado à perda da regulação deste
ciclo produtivo do HPV, que ocorre em
infecções persistentes pelos HPVs de
alto risco oncogênico, que tendem a
integrar o seu genoma ao das células
hospedeiras.
Durante o processo de integração do
DNA viral ao DNA da células hospedeira
ocorre perda do gene E2 e E4 (que
fazem a transcrição dos demais genes
virais) levando à um bloqueio do ciclo
celular viral e aumento da expressão dos
genes E6 e E7 que fazem o bloqueio das
proteínas antioncogênicas (p53 e pRb)
da célula hospedeira.
Não ocorre produção de novas
partículas virais como também não
ocorre o amadurecimento das células
hospedeiras (células imaturas).
Alta velocidade de proliferação das
células infectadas
Perda de maturação das células
escamosas
alterações neoplásicas induzidas pelo HPV:alterações neoplásicas induzidas pelo HPV:
Lesões Pré-Cancerosas e sua relação comLesões Pré-Cancerosas e sua relação com
o Papilomavírus Humanoo Papilomavírus Humano
Coilócitos observados em células da cérvice
-Os condilomas podem acometer os genitais
externos, ou as membranas mucosas da
vagina, uretra e cérvice.
-Quando localizados nos genitais externos
(vulva, períneo e pênis), recebem a
denominação de verrugas genitais e são
facilmente observados a olho nu.
-Nas membranas mucosas, como na do colo
uterino, podem assumir forma de lesões
verrucosas ou planas, com coloração
esbranquiçada, e podem passar
despercebidas à inspeção visual.
-Essa lesões podem ser identificadas ao
exame colposcópico.
condiloma acuminado (condilomatose) oucondiloma acuminado (condilomatose) ou
verrugas genitais:verrugasgenitais:
-Condilomas Vaginais e Cervicais podem ser
diagnosticado através de esfregaço e sua
presença confirmada por biópsia.
-Ainda que não sejam consideradas
cancerosas, são consideradas importante
fator de risco.
-De acordo com Sist. Bethesda, condilomas
(verrugas) são classificadas dentro do
grupo das lesões escamosas de baixo grau.
condiloma acuminado (condilomatose)condiloma acuminado (condilomatose)
-Algumas HSIL estão associadas a tipos de
HPVs considerados oncogênicos.
-O tipo 16 do HPV: considerado de alto risco,
é detectado em cerca de 60% das lesões de
alto grau (HSIL)e na maioria dos cânceres
cervicais invasivos, e em apenas 20% das
lesões de baixo grau (LSIL).
-O tipo 18 do HPV: é detectado em apenas
5% das HSIL e em cerca de 20% dos
carcinomas escamosos invasivos.
-A explicação para esta disparidade é a
rápida evolução das lesões neoplásicas intra-
epiteliais associadas ao tipo 18 do HPV, lesões
estas que já são de natureza invasiva, quando
do seu diagnóstico.
-O tipo 18 do HPV possui uma afinidade
especial pelo epitélio endocervical: está
presente em 70% dos casos de
adenocarcinomas da endocérvicee em uma
grande parte dos carcinomas de pequenas
células.
EPIDEMIOLOGIA: presença de HPV é muito
comum na população normal.
-Estima-se que 10 a 20% das mulheres sejam
portadoras de infecção latente.
-Quando se utiliza PCR, a taxa de infecção
latente entre gestantes pode chegar a 50%.
-As mulheres infectadas pelos tipos 16 e 18
do HPV apresentam um risco 50 vezes
maior de desenvolver uma SIL, do que as
não infectadas.
-Mulheres infectadas pelos HPVs 16 e 18 e
cujos esfregaços são normais, apresentam
um risco 30 vezes maior de desenvolver
HSIL no período de 18 meses após o exame.
-Qualquer tipo oncogênico de HPV precisa
de co-fatores para desencadear o
surgimento das lesões.
-Fatores de risco como: perda de controle
celular (mutação de genes intracelulares),
deficiências imunológicas, onde tais fatores
podem agir de forma a modificar o eventual
controle que uma célula normalmente exerce
sobre a infecção pelo HPV.
-Infecções por Herpesvírus humano, Clamídia
trachomastis, tabaco, e hormônios também
podem representar fatores de risco.
Condiloma acuminado (condilomatose)
desorganização da arquitetura do epitélio
escamoso;
atipias nucleares;
mitoses anômalas.
Lesões bem diferenciadas recebem o
nome de lesão intra-epitelial escamosa de
baixo grau (LSIL), segundo o Sistema
Bethesda.
Lesões com menor diferenciação são
conhecidas como lesão intra-epitelial
escamosa de alto grau (HSIL), segundo o
Sistema Bethesda.
O câncer invasivo do colo do útero é, em
termos gerais precedido por lesões intra-
epiteliais que progridem lentamente. 
Histologicamente as lesões da cérvice se
caracterizam por:
A graduação dessas lesões costuma basear-
se no nível de anomalias epiteliais:
-Os coilócitos costumam estar presentes
nas lesões intra-epiteliais de baixo grau
(LSIL), porém são raros nas de alto grau
(HSIL), nesta últimas, a superfície é
composta por células pouco diferenciadas.
-Uma lesão intra-epitelial pode regredir,
persistir ou progredir para se tornar um
câncer invasivo.
-O risco de progressão está relacionado ao
grau histológico da lesão, onde; cerca de 30%
das HSIL de alto grau progridem, 10 a 15%
das lesões de baixo grau (LSIL) progridem.
TRATAMENTO: depende do tamanho e da
localização das lesões. 
-Monitorar as lesões na esperança de
remissão, outros optam pela crioterapia ou
laser.
lesões intra-epiteliais (SIL):lesões intra-epiteliais (SIL):
Captura Híbrida
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)
MÉTODOS DE DETECÇÃO: tanto em
amostras teciduais como celulares, baseia-se
nos princípios da hibridização molecular.
-Entre os métodos mais utilizados atualmente
destacam-se a Captura Híbrida e a Reação
em Cadeia da Polimerase (PCR).
-Limite mínimo de detecção de 1 pg/ml de
DNA-HPV, o que equivale a 0,1 cópia de vírus
por célula.
-Técnica padronizada e sem contaminação
(VANTAGEM)
-Devido a amplificação do DNA viral, requer
quantidades reduzidas de DNA viral (250 ng a
1 μg), o que permite o estudo de pequenas
amostras clínicas.
-É uma metodologia aberta podendo ser
escolhidos os primersque serão incluídos no
exame, permitindo exames em grupos, ou
individualizando o tipo estudado.
-Técnica mais barata (VANTAGEM).
-Possibilidade de contaminação
(DESVANTAGEM).
Melhorar a comunicação entre
citologista, patologista e ginecologista.
Oferecer um sistema unificado de
relatório, para facilitar a análise
estatística das informações biológicas e
epidemiológicas.
-Esse sistema foi atualizado em 1991, 2001 e
2008. 
OBJETIVO DO SISTEMA:
Evolução da Classificação de Lesões Pré-Evolução da Classificação de Lesões Pré-
Cancerosas do Colo UterinoCancerosas do Colo Uterino
-Nos primeiros anos dos programas de
detecção do câncer cervical, praticamente
todas as lesões pré-cancerosas biopsiadas
eram classificadas como carcinomas in situ,
e tratadas através de histerectomia.
-A falha em encontrar evidências de câncer
em algumas peças de útero retiradas de
pacientes levou a conclusão de que nem
todas as lesões pré-cancerosas evoluem
para câncer invasivo.
-Isto levou a necessidade de classificar as
lesões pré-cancerosas e estabelecer novas
opções terapêuticas.
sistema de Bethesdasistema de Bethesda
-Método de classificação citológica dos
esfregaços cervicais, proposto por um
grupo de especialista reunidos em Bethesda
(EUA) em 1988.
Nem sempre é fácil julgar a qualidade da
amostra.
-O Sistema de Bethesda define que o
esfregaço cérvico-vaginal deve ser
examinado e registrado com uma linguagem
clara e sem ambigüidades. 
ETAPAS:
1° - Avaliação geral quanto a qualidade da
amostra
2°- Definição se o esfregaço adequado
encontra-se dentro dos limites da
normalidade.
3 ° - determina como o esfregaço alterado
deve ser classificado.
1° - QUALIDADE DA AMOSTRA:
-Esfregaço deve conter elementos da JEC
ou zona de transformação.
-Esfregaços de mulheres mais jovens
costumam conter mais células metaplásicas
e endocervicais que os das mulheres com
mais de 40 anos.
-Esfregaços atróficos de mulheres na
menopausa, células metaplásicas como as
endocervicais podem estar ausentes .
-Sobre qualidade da amostra deve levar em
consideração a idade da paciente.
Esfregaço Insatisfatório: sugerir nova
coleta.
-Preservação inadequada do material ou
celularidade escassa.
-Exsudato inflamatório intenso que atrapalhe
a visualização celular.
-Presença de material estranho
(lubrificantes).
-Obscurecimento por hemácias.
-Ausências de elementos da JEC e células
endocervicais.
-Dados clínicos insuficientes.
METAPLASIA ESCAMOSA
METAPLÁSICA
As opções a este respeito são claras: o
esfregaço é normal (negativo) ou
demonstram anomalias que precisam ser
melhores classificadas.
2° - DEFINIÇÃO SE O ESFREGAÇO
ADEQUADO SE ENCONTRA DENTRO DOS
LIMITES DA NORMALIDADE:
ENDOCERVICAIS
Esfregaço Satisfatório
MÁ FIXAÇÃO
HEMORRÁGICO
ESFREGAÇO INSATISFATÓRIO
CITÓLISE
PURULENTO
ESFREGAÇO INSATISFATÓRIO
ESFREGAÇO INSATISFATÓRIO CONTAMINANTEESFREGAÇO ESPESSO
DENTRO DOS LIMITES DA
NORMALIDADE
Alterações Celulares Benignas:
Inflamação, Reparação, Metaplasia
Escamosa Imatura, Atrofia com
Inflamação, Radiação
INFLAMATÓRIO
ATRÓFICO
REPARO
ASC-US e ASC-H
Lesões intra-epiteliais escamosas de
baixo grau (LIE-BG) ou LSIL (Low-grade
squamous intraepithelial lesion): inclui NIC 1,
displasia leve e alterações associadas ao
HPV (coilócitos e condilomas).
Lesões intra-epiteliais escamosas de alto
grau (LIE-AG), ou HSIL (High-grade
squamous intraepithelial lesion): inclui as
displasias moderada e grave, o
carcinoma “in situ” e as lesões antes
definidas como NIC 2 e NIC 3.
Carcinoma escamoso (invasor)
ASC-US (atipias de células escamosas de
significado indeterminado) que reflete
dificuldades na distinção entre
alterações reativas (benignas) e LSIL. 
ASC-H (atipia de células escamosas não
podendo excluir lesão de alto grau) que
reflete o diagnóstico diferencial entre
metaplasia imatura e HSIL.
3° - DETERMINADO COMO ESFREGAÇO
ALTERADO, DEVENDO SER CLASSIFICADO:Subdivide as células escamosas anormais em
4 grupos.
-De todas as mudanças introduzidas pelo
Sistema de Bethesda, a mais problemática e
controversa são as “Células Escamosas
Atípicas de Significado Indeterminado”
(ASCUS).
-ASCUS reflete a inabilidade dos
citopatologistas em estabelecer um
diagnóstico definitivo em certos casos e
leva os clínicos á; solicitar exame de
colposcopia, um procedimento caro e
demorado, repetição do exame citológico,
pesquisa do DNA-HPV.
Subcategorias para o termo ASC-US:
Referências utilizadasReferências utilizadas
Citopatologia do colo uterino - atlas digital. 
KOSS, Leopold G.; GOMPEL, Claude;
BERGERON, Christine.Introdução à
citopatologia ginecológica com correlações
histológicas e clínicas. São Paulo: Roca,
2006.
SOLOMON, Diane; NAYAR, Ritu; KURMAN,
Robert J.; DAVEY, Diane D.; WILBUR, David C.;
PROLLA, João Carlos. Sistema bethesda
para citopatologiacervicovaginal definições,
critérios e notas explicativas. Rio de Janeiro:
Revinter, 2005.
MARIA-ENGLER, Silvya Stuchi; CONSOLARO,
Márcia Edilaine Lopes. Citologia clínica
cérvico-vaginal: texto e atlas. São Paulo:
Rocca, 2014. xviii, 270 p. ISBN 978-8-541-20-
024-0.
Materiais Extras !!!Materiais Extras !!!
-Inflamação é a resposta dos tecidos às
lesões ocasionadas por vários agentes
(bactérias, vírus, fungos, parasitas, trauma,
reações químicas, calor, frio, radiação,..)
-Os processos inflamatórios são agudos ou
crônicos e podem ser reconhecidos nos
esfregaços cérvico-vaginais.
INFLAMAÇÃO AGUDA: caracteriza-se pela
formação de novos capilares e migração de
leucócitos polimorfonucleares para dentro
do local lesado, sendo comum o achado de
tecido necrótico.
INFLAMAÇÃO CRÔNICA: caracteriza-se pela
presença de macrófagos, linfócitos e
proliferação de fibroblastos. 
-Os processos inflamatórios crônicos
também ocasionam modificações
importantes nas estruturas epiteliais, tais
como; Hiperplasia, Metaplasia Atípica e
Reparação.
REPARAÇÃO: ocorre em resposta à
destruição focal do epitélio cervical, que
pode ter como causas; biópsias,
cauterização, crio cirurgia, radioterapia,
histerectomia, inflamações agudas e
crônicas ou a pressão exercida por um
pólipo endocervical ou DIU.
-A reparação do epitélio escamoso tem início
com a proliferação das células basais na
periferia da área lesada, processo este que
progride até recobrir toda a superfície
comprometida. Em seguida ocorre um
aumento da espessura do novo epitélio.
-Os núcleos das células epiteliais jovens são
relativamente grandes e hipercromáticos,
com nucléolos grandes e muitas vezes
numerosos, um fato indicativo de síntese
protéica.
Lesões InflamatóriasLesões Inflamatórias
METAPLASIA ESCAMOSA ATÍPICA: forma
habitual de metaplasia do epitélio
endocervical já foi descrita.
-A metaplasia escamosa atípica pode se
intensificada nos processos inflamatórios.
-Histologicamente, é possível observar áreas
contendo células metaplásicas, com
alterações moderadas, tais como aumento
discreto do tamanho nuclear, binucleação,
hipercromasia leve e proeminência de
nucléolos. interpretada erroneamente 
-A metaplasia escamosa atípica pode ser
como lesões pré-cancerosas do colo do
útero.
-Alguns autores (Crum et al (1993), sugeriram
que a metaplasia atípica pode ser a resposta
do epitélio endocervical às infecções por
HPV do tipo 16.
Independente da causa, as reações
inflamatórias estão representadas nos
esfregaços por um exsudato inflamatório
composto por leucócitos, macrófagos e
detritos que constituem uma evidência de
necrose celular (“esfregaços sujos”).
Representação esquemática de uma reação de reparação. 
(A) área a ser reparada. 
(B) A área lesada encontra-se preenchida por células
basais em proliferação, as quais por um certo período de
tempo, conservam suas características imaturas.
:
-
:
i-
-
-Nos esfregaços inflamatórios, as células
escamosas podem apresentar núcleos
discretamente aumentados de tamanho e de
contornos irregulares ou com cromatina
condensada.
-Caso o aumento nuclear seja evidente,
porém permaneça restrito a poucas células
escamosas, esses elementos celulares
poderão ser classificados como “células
escamosas atípicas de significado
indeterminado” ou ASC-US (sigla em Inglês).
Isso exige o seguimento mais cuidadoso
dessas mulheres.
Esfregaço cervical demonstrando atipia inflamatória
das células escamosas. Nota-se discreto aumento do
volume nuclear em uma célula parabasal e outra
intermediária (direita). Vários leucócitos. Esse tipo de
esfregaço pode ocasionalmente ser classificado como
ASC-US
mulher jovem com ampla ulceração de
seu epitélio, pode-se encontrar um amplo
aumento na população de células
parabasais.
mulher na menopausa, a proliferação de
capilares pode estimular o crescimento
do epitélio escamoso e criar a falsa
imagem de efeito estrogênico, sugerido
pela numerosa existência de células
superficiais.
afinidade do citoplasma pelos vários
corantes pode variare produzir uma
falsa eosinofilia nas células parabasais e
intermediárias.
(ALTERAÇÕES INESPECÍFICAS)
-Na presença de um processo inflamatório,
a análise das células epiteliais presentes no
esfregaço pode ser bastante difícil.
-É possível ocorrer uma mudança no tipo
predominante de células escamosas.
citologia das lesões inflamatórias:citologia das lesões inflamatórias:
Esfregaço com inflamação importante: numerosos
polimorfonucleares e histiócitos. (obj. 20x)
Alterações Celulares Reativas produzidas pelo processo
inflamatório: pseudoeosinofilia das células parabasais e
intermediárias, com aumento nuclear em algumas
células e infiltrado de leucócitos.
Célula Escamosa Atípica de Significado Indeterminado (ASC-US)
Infecções BacterianasInfecções Bacterianas
Gardnerella vaginalis
Cocos Gram-positivos
Cocos Gram-negativos
Chlamydia trachomatis
Actinomyces spp.
Leptothrix spp.
Mycobacterium tuberculosis
:
:
São bacilos (bastonetes) Gram-positivos,
em geral retos, de espessura regular, de
comprimento variável.
Na coloração de Papanicolaou ou de
Shorr, como a maioria das bactérias,
coram-se em roxo, azul escuro ou
acinzentado.
-A vagina e o colo do útero estão inseridos
em um ecossistema complexo, contendo
numerosas espécies bacterianas aeróbias e
anaeróbias. 
-Diante de uma série de condições, essas
bactérias podem ocasionar inflamação
cérvico-vaginal, muitas vezes acompanhada
por uma secreção de odor desagradável
(vaginite ou vaginose bacteriana).
flora bacteriana:flora bacteriana:
Constituem a maior parte da flora
vaginal normal, durante a menacma (95%),
porém são raros antes da menacma e
após a menopausa.
Sua presença depende do ambiente
hormonal.
Espécies de Lactobacilos: Lactobacillus
vaginallis, L. gasseri, L. crispatus, L.
jensenii, L. cellobiosus, L. fermentum.
Todos capazes de fermentar o
glicogênio, produzindo ácido lático (pH ̴
4,0), algumas espécies são capazes de
produzir peróxido de hidrogênio.
Ainda não foi possível definir se essas
bactérias são capazes de produzir
quadros de vaginite por si próprias, ainda
que a presença de secreção vaginal
exagerada seja comum quando existe
citólise acentuada (vaginose citolítica)
lactobacilos (Bacilos de Döderlein):lactobacilos (Bacilos de Döderlein):
É uma bactéria em forma de bastão que
pode ser Gram-variável e se cora de
azul na coloração de Papanicolaou.
Faz parte da flora normal de 50% das
mulheres sexualmente ativas. 
A vagina é habitada por diversas
bactérias, algumas “boas”, algumas “ruins”.
Os lactobacilos são as bactérias “boas” e
encontram-se normalmente em maior
quantidade (cerca de 95% da população),
impedindo o crescimento de bactérias
potencialmente causadoras de doenças
através do controle do pH vaginal,
competição por alimentos e produção de
Peróxido de Hidrogênio.
A vaginose bacteriana ocorre quando há
uma ruptura deste equilíbrio,
acarretando em uma diminuição dos
lactobacilos e um crescimento da flora
“ruim” que pode ser composta por
diversas bactérias, entre elas:
Gardnerella vaginalis, Prevotella,
Bacteroides, Mycoplasma hominis,
Ureaplasma urealyticum, Mobiluncus,
Fusobacterium, ... 
De todas essasbactérias, a Gardnerella
vaginalis parece ser o microorganismo
mais característico da vaginose, estando
presente em mais de 96% dos casos.
Vaginose Bacteriana é uma síndrome
caracterizada por pH vaginal aumentado
(>4,5), corrimento cremoso/leitoso de
odor fétido devido a produção de aminas
(putrecina, cadaverina e trimetilamina),
principalmente quando em contato com
líquidos de pH alcalino (KOH ou sêmen e
sangue em relações sexuais).
Gardnerella vaginalisGardnerella vaginalis
Condições clínicas que aumentam o risco de infecções bacterinas
Esfregaço cérvico vaginal: citólise produzida pelos
Bacilos de Döderlein
:
Quando presentes os sintomas
restringem-se a um prurido (coceira) e
um leve ardor (queimação) miccional. 
Raramente causa secreção
(corrimento) uretral. 
No homem contaminado é que podemos
falar efetivamente que se trata de uma
DST.
Esfregaços cérvico-vaginais evidenciam
numerosas bactérias em forma de
bastão, que podem estar parcial ou
totalmente aderidas à superfície das
células escamosas, chegando a recobrir
tais células.
Esses elementos celulares são
denominados de “células guia” ou “clue
cells” e apresentam uma coloração
azulada.
A identificação da “células guia” ou “clue
cells” é de grande importância
diagnóstica, pois em 90% desses casos a
cultura bacteriana é positiva para este
microorganismo.
Nos quadros de infecção por G.vaginalis,
os esfregaços nem sempre apresentam
um exsudato inflamatório (vaginose), já
nas infecções com flora mista, tal
exsudato é sempre visível (vaginite).
Na vaginose, por outro lado, as lesões
dos tecidos não existem ou são muito
discretas, caracterizando-se apenas pelo
rompimento do equilíbrio microbiano
vaginal normal.
A vaginose por Gardnerella vaginalis pode
não apresentar manifestações clínicas
(sinais ou sintomas). 
Quando ocorrem, estas manifestações
caracterizam-se por um corrimento
homogêneo amarelado ou acinzentado ,
com bolhas esparsas em sua superfície
e com um odor desagradável. 
O prurido (coceira) vaginal é citado por
algumas pacientes mas não é comum. 
Foi detectada uma maior incidência da
vaginose bacteriana em mulheres que
tem múltiplos parceiros sexuais. 
No homem pode ser causa de uretrite e
inflamação do prepúcio e glande.
Uretrite é geralmente assintomática e
raramente necessita de tratamento. 
VAGINOSE: termo usado para diferenciar da
vaginite, na qual ocorre uma verdadeira
infecção dos tecidos vaginais. 
-Várias espécies de cocos, arranjados em
cadeias ou grupamentos, podem ser
observados nos esfregaços cérvico-
vaginais.
-As mais comuns são os estafilococos e os
estreptococos, os quais se coram em azul
pelo método de Papanicolaou.
-Staphylococcus aureus já foi
correlacionado ao desenvolvimento de
choque séptico em usuárias de absorventes
intravaginais.
-Geralmente os cocos se acompanham de
um exsudato inflamatório.
-A identificação precisa das espécies de
cocos exige uma cultura bacteriana.
cocos gram positivoscocos gram positivos
GARDNERELLA VAGINALIS
CLUE CELL
Coloração de Papanicolaou: flora cocóide
-
:
:
Coloração de Gram: esfregaço cérvico-vaginal com
presença de cocos gram-positivos que foram
identificados através de cultura como Streptococcus
agalactiae.
-A gonorréia, uma DST comum, é produzida
por um diplococo Gram-negativo (Neisseria
gonorrhoeae).
-Nas mulheres, a fase aguda da infecção
costuma ocasionar uma secreção vaginal
purulenta, ainda que possa ser assintomática.
-Posteriormente pode-se encontrar
cervicite crônica, bartholinite, abcessos
tubovarianos ou, até mesmo peritonite.
-Nos esfregaços, os diplococos Gram-
negativos são de difícil reconhecimento à
microscopia óptica, nos maiores aumentos
eles podem ser identificados no interior ou
na superfície das células escamosas ou
leucócitos.
-Habitualmente os diplococos se acompanham
de um exsudato inflamatório de natureza
inespecífica.
-A identidade dos microorganismos deve ser
estabelecida por meio de culturas
bacterianas, uma vez que outros cocos e,
até mesmo, detritos celulares podem ser
confundidos com esse tipo de agente
infeccioso.
cocos gram negativoscocos gram negativos
Coloração de Gram: Neisseria gonorrhoeae: observe os
diplococos gram-negativos intraleucocitários.
-É um parasita intracelular obrigatório ,
Gram-negativo, que perdeu a capacidade de
gerar energia, dependendo do ATP da célula
hospedeira.
-As infecções urogenitais pela
Chlamydiatrachomatissão incluídas entre as
DSTs mais frequentes no mundo.
-No trato genital feminino, esse agente de
transmissão sexual ocasiona Vaginite,
Cervicite, Uretrite, Salpingite
-A infecção pode ser assintomática ou
produzir sintomas inespecíficos.
-No colo uterino, a junção escamo colunar
(células metaplásicas) e o epitélio
endocervical são os locais mais acometidos,
onde a infecção ocorre mediante minúsculas
escoriações (LINFOGRANULOMA VENÉREO -
linfonodos inchados e dolorosos na virilha e
às vezes infecção do reto.)
-Nos esfregaços , a primeira mudança
observada é no citoplasma, onde ocorre o
aparecimento de numerosos e diminutos
corpos cocóides, circundados por zonas
claras e estreitas.
-Nos estágios finais da infecção, os
corpúsculos cocóides se fundem formando
densas inclusões localizadas no interior de
vacúolos maiores.
-As células infectadas podem apresentar um
maior volume e também um aumento do
tamanho nuclear, bem como multinucleação,
hipercromasia e grandes nucléolos.
-Em tais circunstâncias, torna-se necessário
descartar uma possível lesão neoplásica.
Chlamydia trachomatisChlamydia trachomatis
Ciclo de desenvolvimento da Chlamydia trachomatis: corpo
elementar é a forma infecciosa e corpo reticulado é a
forma intracelular.
ato
-
:
:
A- -
-
-
- -
-
-
Inclusões sugestivas de Chlamydia trachomatis 
-As alterações citológicas atribuídas a
Chlamydia trachomatis não são
patognomônicas (específicas) da infecção.
-Esse agente infeccioso nem sempre produz
anomalias citológicas e os vacúolos
citoplasmáticos podem ser de natureza
inespecífica.
-Um diagnóstico definitivo exige cultura
microbiológica (meios ricos em células vivas
como Mac Conkey ou HeLa), ou imuno
fluorescência direta, ELISA ou PCR.
Flora bacilar sugestiva
de Leptotrix spp.
cervicite produzida por c. trachomatis: caracterizada por
corrimento mucopurulento, eritema e inflamação do colo
uterino.
-Os Actinomyces são bactérias anaeróbias,
Gram-positivas, filamentosas, mais comuns na
boca e sulcos gengivais.
-Tem sido descrito como causador de
doenças inflamatórias pélvicas associadas ao
uso de dispositivos intra-uterinos(DIU).
-Pode ser observada em esfregaços
citológicos na forma de “bolas”, com centro
denso, formando manchas escuras,
circundadas por filamentos que se irradiam
a partir da condensação central da
bactéria.
-As bolas assumem uma coloração cinza-
azulada na coloração de Papanicolaou.
-A bactéria costuma produzir uma reação
inflamatória intensa, composta
fundamentalmente por neutrófilos e
macrófagos.
Actinomyces spp.Actinomyces spp.
-As bactérias do gênero Leptotrichia spp.,
são bacilos Gram-negativos longos, em geral
encurvados, e anaeróbios.
-São encontrados na cavidade bucal, vagina
e trato intestinal.
-Costuma ser considerado um saprófita.
-Não causam alterações citológicas.
-Estão freqüentemente associados a
infestações por Trichomonas vaginalis.
Leptotrix spp.Leptotrix spp.
-Levedura denominada Candida albicans é o
fungo patogênico que mais produz quadros
infecciosos na vulva, na vagina e, mais
raramente, no colo do útero.
-Gravidez, obesidade, diabetes melito, uso de
antibióticos e imunodepressão são fatores
que favorecem a candidíase.
-Presença recorrente de candidíase pode
ser a primeira manifestação da AIDS.
candidíasecandidíase
-
-
-
-
-
F-
-
-
f-
:
-
: -
-
Leveduras
Forma Miceliana (fungo propriamente
dito)
-Na maioria das vezes, a simples presença do
fungo não produz sintomas ou está
associada a uma secreção espessa e de
coloração esbranquiçada (nata de leite), além
de prurido e ardência na região vulvar.
-A candidíase vulvo vaginal apresenta
dependência hormonal (glicogêniocomo
substrato de alimento).
Nos esfregaços cérvico-vaginais, o fungo
pode aparecer sob duas formas: 
-A forma em levedura (conídia) é
representada por uma pequena estrutura
ovalada, de tamanhos variados (3 a 6 μm) e
apresenta uma zona central clara, circulada
por uma cápsula, possui coloração rosada
ao Papanicolaou.
-O fungo (micelio) é composto por
filamentos que por sua vez são constituídos
por longos esporos em forma de bambu, os
quais formam grandes pseudo-hifas não
encapsuladas.
-A identificação precisa dos fungos exige
uma investigação microbiológica
Candida glabrata
Criptococose
Aspergilose
Coccidioidomicose
Blastomicose
-Outras micoses podem estar presentes nos
esfregaços:
Esfregaço vaginal com pseudo-hifas de Candida
albicans . Notar os filamentos finos em forma de
bambu.
Esfregaço vaginal: dois esporos
de Cryptococcus, cada um com
um broto.
Esfregaço cervical: Aspergillus
em processo de esporulação.
Infecções por ProtozoáriosInfecções por Protozoários
-Protozoário exclusivamente humano, sendo
anaeróbio facultativo, flagelado, unicelular e
provido de grande mobilidade.
-É um protozoário flagelado, que pode ser
encontrado no trato genital feminino, bem
como na próstata e uretra masculina.
-Esse parasita é transmitido por contato
sexual (principal via), secreções, roupas
íntimas, toalhas úmidas, além de água de
piscina.
-Cerca de metade das mulheres infectadas
por Trichomonas são assintomáticas e
somente um terço delas torna-se
sintomática em 6 meses.
-Já outras apresentam manifestações
intermitentes da infecção como, secreção
vaginal espumosa amarelo-esverdeada de
odor fétido.
-Lesões traumáticas dos epitélios do TGF e
aumento do pH vaginal são considerados
fatores de risco para infecção, pois o
Trichomonas se desenvolve em pH 5,5 a 6,0.
Trichomonas vaginalisTrichomonas vaginalis
-
:
-
i.
:
:
-A maioria dos homens é assintomático, mas
podem desenvolver uretrite pruriginosa.
-Nas mulheres o parasita pode ser
encontrado na vagina, canal cervical,
cavidade uterina, na uretra e no trato
urinário, levando à disúria (dor ao urinar) e a
dispareunia (dor durante o ato sexual).
ECTOCÉRVICE INFLAMATÓRIA: FUNDO SUJO, PARASITAS
VISIVEIS INDICADPS PELAS SETAS.
Marcação de grande
concentração de
Trichomonas
vaginalis.
-A tricomoníase costuma produzir
alterações nas células escamosas.
-A mais comum delas é a eosinofilia
citoplasmática acentuada em células
intermediárias e parabasais, acompanhada
pela presença de halo perinuclear
(patognomônico desta infecção).
-A patogenicidade do parasita envolve adesão
em células escamosas destruindo-as por
ação direta.
-Em mulheres jovens é possível observar um
aumento do número de células parabasais,
dando a impressão de um esfregaço
atrófico.
-Nas mulheres menopausadas, a falsa
eosinofilia e o aumento de células
superficiais (devido a alta descamação)
podem mimetizar uma estimulação
estrogênica.
Corrimento vaginal espumoso produzido em algumas
pacientes contaminadas com Trichomonas vaginalis.
-O exame clínico dos epitélios vaginal e
cervical revela pequenas hemorragias
puntiformes, que produzem o chamado
aspecto em morango no colo do útero ou
vagina.
-Podem ser identificados facilmente por
exames à fresco de uma gota de secreção
vaginal. 
-Nos esfregaços cérvico-vaginais, a
Trichomonas vaginalis pode ser identificada
como uma estrutura arredondada ou
ovalada, por vezes de formato irregular e
de coloração rosada a cinza-esverdeada,
medindo entre 10 e 20 μm.
-Um pequeno núcleo de localização
excêntrica é visível nos parasitas bem
preservados.
-Flagelos são ocasionalmente observados.
Fundo inflamatório, células
escamosas com halo
perinuclear claro e núcleo
hipercromático de tamanho
aumentado (seta violeta):
infecção por Trichomonas
vaginalis (seta preta:
parasita)
:
-
-
-
-
Infecção herpética: células
mononucleares com
inclusão viral
intranuclear (setas). (obj.
40x)
-As lesões celulares iniciais são causadas
pela proliferação viral no interior do núcleo.
-Dessa forma os núcleos aumentam de
tamanho e assumem um aspecto opaco,
descrito como “ vidro fosco”.
-A membrana nuclear encontra-se
espessada e, em sua face interna, notam-se
fragmentos de cromatima deslocados pelo
vírus.
Herpes tipo 1 (labial): fase de úlcera e crosta.
-Herpes genital é uma doença de
transmissão sexual, na maioria das vezes
ocasionada pelo herpes-vírus do tipo 2,
sendo 15% dos casos produzidos pelo
herpes-vírus do tipo 1, mais associado ao
herpes labial (contato orogenital).
-O quadro infeccioso primário pode ser
assintomático ou então dar origem a febre,
mialgia e cefaléia (viremia: presença de vírus
no sangue circulante ).
-O período agudo limita-se a cerca de 2 a 3
semanas, durante o qual as alterações
citológicas mais importantes podem ser
identificadas (as lesões permanecem
infectantes por 10 a 12 dias)
-Formam-se lesões vesiculares (fase de
maior contaminação), que podem confluir,
formando úlceras dolorosas, e depois,
crostas.
-Estas lesões se localizam principalmente na
vulva, mas podem ocorrer também na
cérvice.
-Essas lesões se resolvem em 2 a 4
semanas, mas podem ser recorrentes na
maioria dos casos (vírus migra e permanece
latente nas terminações nervosas, após
situações como estresse, imunossupressão,
retorna de forma retrógrada via neurônio
para o local inicial da infecção, causando
novamente a infecção).
Herpes genitalisHerpes genitalis
Infecções ViraisInfecções Virais
-Durante a fase aguda (duas a três
semanas), a avaliação citológica dos
esfregaços cervicais, revela alterações
celulares características.
-O vírus infecta as células escamosas, as
células metaplásicas e as células
endocervicais.
Infecção herpética: células
multinucleadas (setas)
com inclusões virais
intranucleares. (obj. 20x)
Infecção herpética: três células
mononucleares (setas pretas) e
uma multinucleada (seta violeta)
com inclusões virais intranucleares.
(obj. 40x)
Infecção herpética: células
mononucleares e multinucleadas
com inclusão intranuclear com
aspecto de vidro fosco e cromatina
marginal. Amoldamento nuclear
(seta). (obj. 20x)
-Alterações celulares e teciduais produzidas
pelo Citomegalovírus são semelhantes as
alterações do Herpes-vírus no trato genital
feminino.
-Diferenciação pode ser difícil quando
utilizados apenas critérios morfológicos.
-Cultura e a uso de imunohistoquímica com
anticorpos específicos são métodos
confiáveis para diferenciação.
citomegaloviruscitomegalovirus
-
÷
-
Emas
-
BEBES
E
-
-
ES
MAOME
ORBE
-
-
.
:
Referências utilizadasReferências utilizadas
Citopatologia do colo uterino - atlas digital. 
KOSS, Leopold G.; GOMPEL, Claude;
BERGERON, Christine. Introdução à
citopatologia ginecológica com correlações
histológicas e clínicas. São
 Paulo: Roca, 2006.
SOLOMON, Diane; NAYAR, Ritu; KURMAN,
Robert J.; DAVEY, Diane D.; WILBUR, David C.;
PROLLA, João Carlos. Sistema bethesda
para citopatologia cervico vaginal definições,
critérios e notas explicativas. Rio de Janeiro:
Revinter, 2005.
MARIA-ENGLER, Silvya Stuchi; CONSOLARO,
Márcia Edilaine Lopes. Citologia clínica
cérvico-vaginal: texto e atlas. São Paulo:
Rocca, 2014. xviii, 270 p. ISBN 978-8-541-20-
024-0.

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