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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TRAUMA CRÂNIOENCEFÁLICO E TRAUMA RAQUIMEDULAR Prof. Dr. Jailson Castro Freitas TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Qualquer agressão de ordem traumática ocasionando uma lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou seus vasos. Outra definição, temos insulto para o cérebro, gerado por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, a qual pode resultar em deficiência da capacidade cognitiva, do funcionamento físico, distúrbios comportamentais e emocionais. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS ✓ Principal causa de morte de pessoas entre 5 a 44 anos; ✓ Correspondente a 10% das mortes; ✓ 1,7 milhão de casos de TCE anualmente nos EUA; ✓ Predomínio no sexo masculino (4:1); ✓ Alta taxa de mortalidade (5-50%); ✓ Brasil: 500 mil novos casos anualmente; ✓ Altos custos em saúde. ETIOLOGIA Adolescente e adultos jovens 50% Crianças e Idosos (lesão de fossa posterior) 20% TCE (FAF/ FAB) Menos comum ESTÁGIOS DA LESÃO LESÃO PRIMÁRIA: Resultante da ação mecânica agindo diretamente nos neurônios, vasos sanguíneos e nas células da glia. ✓ Fraturas, contusões, lacerações de pele. LESÃO SECUNDÁRIAS: Inicia no momento da lesão, mas a clínica visível dentro de horas a semanas e são resultados de processos inflamatórios, neuroquímicos e metabólicos. ✓ HIC, Isquemia, Edema, infeção. MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 MECANISMO DE LESÃO ESTÁTICO: Depende da circunstância - Fratura. MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 MECANISMO DE LESÃO DINÂMICO DE IMPACTO: Ocorre pela ação de uma força de contato, levando à deformação da calota craniana, resultando em fraturas ou ondas de choque, que acarretam a deformação do encéfalo. (Golpe e contragolpe). MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 MECANISMO DE LESÃO DINÂMICO IMPULSIVA: Aceleração e desaceleração; Rotação – gera uma aceleração centrada na região cervical baixa, com deformação encefálica. (Forças inerciais). MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 FISIOLOGIA TCE 9 FISIOLOGIA TCE 10 ✓ PIC FSC ✓Manter volume intravascular normal e PAM normal. FRATURA DE CRÂNIO 11 Sinais clínicos de fratura de base de crânio: ✓ Equimose periorbital (olhos de guaxinim); ✓ Equimose retroauricular/mastóide (sinal de Battle), ✓ Fístula liquórica através do nariz (rinorreia) ou do ouvido (otorreia) e disfunção do 7º (facial) e 8º (auditivo/ vestíbulo coclear) nervo craniano (paralisia facial e perda da audição) imediatamento ou em poucos dias após a lesão. TCE 12 FISIOPATOLOGIA MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 COURO CABELUDO MENÍNGEAS AXIONAL DIFUSA PARES CRANIANOS FRATURA CONTUSÕESL E S Õ E S P R IM Á R IA S ESPAÇOS MENIÍNGEOS MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 Hematoma EPIDURAL OU EXTRADURAL acontece entre à calota craniana e dura-máter FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA EPIDURAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ Ocorrem mais comumente por fratura da porção escamosa do osso temporal, em cuja face interna corre (em um sulco) a artéria meníngea média; ✓ O hematoma ocorre rapidamente porque a pressão do vaso é arterial; ✓ Os hematoma epidurais são circunscritos e arredondados pelo fato da dura-máter ser aderida ao osso; ✓ Com isso, forçam o lobo temporal em direção medial provocando hérnia de uncus uma lesão de tronco cerebral secundária. LESÕES DE TRONCO CEREBRAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 ✓ Lesões primárias do tronco são raras. A ruptura ponte-bulbar pode ocorrer em hiperextensão do pescoço e está associada a fratura da base do crânio ou do atlas ou axis. É sempre fatal; ✓ Lesões do tronco secundárias a hérnia de uncus são comuns em TCEs; L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA EPIDURAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ Ele tem forma biconvexa ou de lente, homogênea, hiperdensa, edema e acompanhado de efeito de massa (pode levar a herniação da tonsila do cerebelo podendo comprimir o bulbo e levar a morte); ✓ Corresponde os 10% dos TCEs; Mortalidade de 0-5%; ✓ Prognóstico depende do diagnóstico e tratamento precoce, nível de consciência na admissão, idade e presença de lesões associadas; ✓ Poderá também ser observada uma área menos densa (hemorragia em atividade); Não deixar o paciente dormir porque ele pode evoluir para COMA e óbito. LESÕES DE GRANDES VASOS MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 O U T R A S L E S Õ E S ✓ As artérias Carótidas podem sofrer oclusões horas ou dias após o trauma, por trombose ou aneurisma dissecante. Decorrentes de hiperextensão do pescoço ou fratura em base de crânio; ✓ A. carótida pode romper-se no seio cavernoso, se uma espícula óssea perfurar a artéria; ✓ Fístula carótida cavernosa: sopro orbitário; intensa exoftalmia (pulsátil), edema e cianose nas pálpebras e déficit visual devido a redução do fluxo de sangue e aumento da pressão intraocular. LESÕES DE NERVOS CRANIANOS MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 O U T R A S L E S Õ E S ✓ Os nervos olfatórios podem ser lesados em contusões, resultando em anosmia; ✓ O III par (oculomotor) é lesado por hérnia de uncus; ✓ Os nervos facial e auditivo são lesados em fraturas do rochedo temporal; ✓ Lesões do trigêmeo e dos nervos bulbares são raras. ✓ Lesões da hipófise e talo hipofisário estão associadas a fraturas do esfenóide e podem causar diabetes insipidus. FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA EPIDURAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ Intervalo lúcido – Melhora da morte “Talk End Die” (tem o TCE com lesão de artéria meníngea média, dai a lesão começa a se formar e se não tratar adequadamente o individuo poderá morrer devido a evolução do hematoma ❖ Evolução aguda em 50% dos casos – coma ou deterioração neurológica; ❖ 10-30% subagudos – 24-48h; ❖ 20% evolução crônica – comprometimento venoso. ESPAÇOS MENÍNGEOS MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 Hematoma Subdural acontece entre à dura-máter e aracnóidea FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA SUBDURAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ A origem mais comum se através da ruptura de veias tributárias do seio sagital superior (bridging veins); ✓ Estas correm no espaço subaracnóideo, mas atravessam o espaço subdural rumo ao seio; ✓ São calibrosas, de paredes delgadas e podem romper-se por acelerações ou decelerações bruscas no plano sagital, em que sofrem estiramentos; ✓ A velocidade de formação do hematoma é variável de horas a dias; ✓ Os hematomas subdurais agudos podem causar hipertensão intracraniana elevada e hérnias. FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA SUBDURAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ Efeito de decantação (acumulo de sangue nos espaços e giros); ✓ Os HSD na TC podemos dividir e AGUDO (observando imagem côncava; convexa hiperdensa tipo C, porque a hemácias são radiopacas aparecendo branca na TC. FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA SUBDURAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ Na fase SUBAGUDO (as hemácia vão perdendo a coloração porque vão sendo absorvidas e vai formar uma imagem isodensa) FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA SUBDURAL MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ Depois vai assumir uma característica hipodensa, com aspecto mais preto porque já ocorreu absorção completa das hemácias (CRÔNICO) ✓ Em idosos é muito comum os sintomas aparecerem apenas na fase CRÔNICA porque os vasos são criados para drenar o hematoma, mas esses vasos podem deixar extravasar sangue, então aumenta o volume e a pressão. Por isso os sintomas só na fase crônica; FISIOPATOLOGIA – HEMATOMA SUBDURAL MAGALHÕES,2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S ✓ Outra característica importante é que é muito comum encontrar esse tipo de imagem aqui (HSD – CRÔNICO em que houve um novo sangramento – HSD AGUDIZADO ou resangramento) FISIOPATOLOGIA MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 HSA - MENÍNGEA Edema Cerebral Higroma Swelling L E S Õ E S S E C U N D Á R IA S Hematoma Intraparenquimatoso Fístula LCR QUADRO CLÍNICO MAS EM GERAL APRESENTA: ✓Alteração do nível de consciência; ✓Hipertensão intracraniana; ✓Déficit motor (imediato ou tardio): QUADRIPLEGIA-HEMIPLEGIA- MONOPARESIA, dependendo da gravidade da lesão; ✓Alteração da sensibilidade; ✓Alterações do tipo frontal (pós TCE - muito agitado); ✓Alterações de reflexos (profundos-hipereflexia-arreflexia- reflexo foto motor); ✓Disfunções autonômicas (circulatória, sudorese entre outros); ✓Alteração do ritmo e padrão respiratório. D E P E N D E D A R E G IÃ O E N C E F Á L IC A C O M P R O M E T ID A E AS SEQUELAS IDADE, ASSISTÊNCIA PRESTADA CLASSIFICAÇÃO MAGALHÕES, 2017; PHTLS, 2018; BRUNNER, 2018 • 13-15 TCE LEVE • 9-12 TCE MODERADO • 3-8 TCE GRAVE TRATAMENTO TCE 30 O objetivo principal do tratamento dos doentes com suspeita de TCE grave é prevenir a lesão cerebral secundária: ✓ Fornecer oxigenação adequada e manutenção de pressão arterial suficiente para garantir a perfusão cerebral. ✓ Tratamento Cirúrgico: drenagem de hematomas, correção de fraturas. ✓Tratamento Clínico. MONITORIZAÇÃO DA PIC 31 ; TRATAMENTO CLÍNICO TCE GRAVE 32 ❖ IOT (manutenção de VA artificial); ❖ Sedação (coma induzido; drogas sedativas); ❖ Reposição volêmica (administração de fluídos intravenosos, sangue e derivados; manter a volemia): ✓ Recomenda-se solução salina isotônica - Ringer lactato; ✓ Uso de soluções com glicose (hiperglicemia) é prejudicial ao cérebro lesado; ✓ Hipotermia - (manter hipotermia moderada de 33º C) TRATAMENTO CLÍNICO TCE GRAVE 33 ❖ Hiperventilação temporária: ✓ A PCO2 deve ser mantida menor ou igual a 35 mmHg; ✓ Redução PaCO2 → alcalose → vasoconstrição cerebral → PIC; ✓ Hipercapnia (PaCO2 > 45 mm Hg) promove vasodilatação e da PIC; ✓ A hiperventilação deve ser usada somente com moderação e, tanto quanto possível, por período de tempo limitado. TRATAMENTO CLÍNICO TCE GRAVE 34 • Oxigenação (Manter ventilação mecânica; SPO2 > ou igual a 95%; A avaliação gasométrica é essencial para a manutenção da eficiência da ventilação mecânica); • Drogas anticonvulsivantes (convulsão pós- traumática; Diazepam, Fenitoína); • Diuréticos osmóticos (Manitol); Reduz PIC; ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM TRAUMA RAQUIMEDULAR 36 Definição 37 • Toda e qualquer lesão que envolve a coluna vertebral com ou sem lesão medular. Epidemiologia 38 • O TRM se associa a outras lesões em 80% dos pacientes e com TCE entre 1,7 a 4,8%; • Nos casos de TCE com escala de coma de Glasgow < 10 esta associação é de aproximadamente 7,5 a 9%; • Todos os níveis medulares podem ser acometidos, mas em geral 55% dos casos acometem a região cervical, 15% a região torácica e 15% na torocolombar e 15% na lombossacra Epidemiologia 39 Incidência: Sexo: Preferencialmente masculino; Faixa etária: 15 e 40 anos; Elevados custos aos serviços de saúde. Causas principais Acidentes automobilísticos (45%); Queda de altura/mergulho (20%); Acidentes esportivos (15%); Atos de violência (15%); Outros (5%). Nível da Lesão 40 • As lesões medulares podem ser completas ou incompletas (déficit neurológico): • Completas: Ausência de função motora ou sensorial abaixo de um determinado nível; • Incompleta: Presença de certo grau de função sensorial ou motora; o prognóstico, quanto à recuperação, é significativamente melhor do que aquele com lesão medular completa. A lesão medular sempre tem um grande potencial de ser incapacitante Nível 41 - As manifestações dependem do nível da lesão Nível 42 • Lesão cervical alta – tetraplegia (C1- T1), paralisia dos músculos acessórios da respiração e perda do controle diafragmático; • Lesão toracolombar (T2-L1): paraplegia. Gravidade 43 • Lesões medulares podem ser categorizadas quanto a gravidade do déficit neurológico: • Paraplegia incompleta (lesão torácica incompleta); • Paraplegia completa (lesão torácica completa); • Tetraplegia incompleta (lesão cervical incompleta); • Tetraplegia completa (lesão cervical completa). Síndrome Medular Central 44 • É causada pela lesão ou edema da porção central da medula espinhal, comumente na região cervical; • Lesão mais comum • Quadriparesia • Disfunção vesical/intestinal variável ou inexistente; • O prognóstico bom em 50-60% dos casos Síndrome Medular Anterior 45 • Pode ser causada por lesões por hiperflexão associadas à fratura-luxação de vértebras; • As principais características são perda da sensibilidade à dor e temperatura e da função motora abaixo do nível da lesão (paraplegia); • A função da coluna posterior (sensações de posição, pressão profunda e vibração) permanece intacta; De todas as lesões incompletas, é aquela que tem o pior prognóstico. Síndrome Lateral 46 • É causada por uma hemisecção transversal da medula, comumente relacionada com lesões/traumatismos penetrantes, fratura-luxação de um disco vertebral agudamente rompido; • Comprometimento motor ipsilateral (Paralisia ou paresia ipsilateral); • Perda da sensibilidade postural ipsilateral (perda do tato, vibração e pressão); • Perda contralateral da sensibilidade térmica e à dor começando um ou dois níveis abaixo do nível da lesão. Escala de FRANKEL 47 • Avaliar função motora e sensitiva no paciente com traumatismo raquimedular. Esta escala pode ser aplicada em pacientes com tumores Manifestações Clínicas Cardiovasculares e Respiratórias 48 • Lesões Cervicais e Torácicas de C1 a T6 : ▪ Diminuição do débito cardíaco; ▪ Diminuição da resistência vascular sistêmica; ▪ Hipotensão arterial e bradicardia; ▪ Diminuição da PVC. Taquipnéia; Cianose; Uso de musculatura acessória; Respiração abdominal Manifestações Clínicas 49 • Paresia do peristaltismo visceral; Estase gástrica; Broncoaspiração; Atonia intestinal; Constipação; Distensão abdominal. Gastrintestinais • Atonia vesical; Dilatação vesical; Aumento da incidência de infecções; Perda aguda das funções de ereção e ejaculação. Geniturinárias Diagnóstico TRM 50 • Raios X de coluna cervical; • Raios X coluna torácica e lombar; • Raios X de tórax; • Raios X de bacia; • Tomografia computadorizada • Ressonância Magnética MULTIDISCIPLINAR • Intercorrências Clínicas • Tratamento Cirúrgico • Fisioterapia • Cuidados de Enfermagem • Apoio Psicológico Tratamento TRM Medidas de Suporte TRM 51 • Ventilação mecânica; • Reposição volêmica; • Drogas vasoativas; • SVD/intermitente; • Sonda nasogástrica; • Dieta laxativa; • Protetor gástrico. Complicações TRM • Insuficiência respiratória; • Pneumonia; • Trombose venosa profunda; • Lesões por pressão; • Disreflexia autonômica; • Choque neurogênico. Choque Neurogênico 52 • TRM na altura de T6 ou acima; • Interrupção do sistema nervoso simpático e perda da resposta vasoconstritora abaixo do nível da lesão; Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Retorno venoso diminuído FC lenta (Bradicardia) Redução da RVP e hipotensão Disreflexia Autonômica 53 • É uma emergência aguda que acontece em consequência das resposta simpática exacerbadas/exageradas aos estímulos que são inócuas nas pessoas normais; • Estímulo nociceptivo - DOR • Ocorre em pacientes com lesões acima de T6; Disreflexia Autonômica 54 • Manifestações Clínicas: ▪ Hipertensão; ▪ Rubor facial; ▪ Cefaleia pulsátil; ▪ Sudorese profunda; ▪ Piloereção; ▪ Congestão nasal. Intervenção imediata para prevenir hemorragia cerebral, convulsão e EAP. Tratamento (reduzir estímulos nociceptivos)Disreflexia Autonômica - Tratamento 55 ❑ Monitoramento dos SSVV (5 min); ❑ Pesquise causas (sistema urinário/intestinal); ❑ Sem sonda vesical, realize cateterismo vesical; ❑ Se SVD, verifique torções e obstruções, ou realize novo CVD; ❑ Se PAS > 150 mmHg (administração de anti-hipertensivos); ❑ Se os sintomas persistirem→ impactação fecal; ❑ Realize toque retal para checar a presença de fezes (remoção); na ausência de fezes, laxantes. Atendimento Inicial TRM 56 • O atendimento de emergência é essencial para redução de complicações; • O cuidado inicial inclui exame rápido, imobilização adequada, estabilização das lesões que causam risco de vida e transporte para instituição preparada para atender; • O paciente deve ser imobilizado com prancha longa, colar cervical e protetores de cabeça; Movimentação segura em bloco com participação de 4 ou mais indivíduos. Atendimento Inicial TRM 57 • Avaliar sinais de obstrução de VAS (VA permeável; oxigenação e ventilação adequada), e realizar aspiração VA S/N; • Avaliar função respiratória (comprometimento respiratório: paralisia diafragmática → IOT com pescoço em posição neutra e VM); • Monitorização hemodinâmica invasiva: estabilizar funções vitais comprometidas; • Pesquisar sinais de choque hipovolêmico (taquicardia) e/ou neurogênico (bradicardia); • Expansão volêmica ou uso de droga vasoativa (Hipotensão); • A administração excessiva de líquidos em pacientes com choque neurogênico→ EAP; • Uso de agentes sedativos ou bloqueadores neuromusculares; • CVD (monitorar o débito urinário e evitar a distensão da bexiga); • Avaliar traumas associados. Transferência para tratamento definitivo ATIVIDADE 58 1. Descrever o processo fisiopatológico das lesões primárias no TCE. 2. Descrever o processo fisiopatológico das lesões secundárias no TCE do tipo hematomas: Subaracnóidea ou meníngea, Higroma, Intraparenquimatoso, Edema cerebral, Swelling e Fístula liquórica. 3. Identifique Três diagnósticos de enfermagem para TCE com foco no problema e risco.
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