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Prática de ensino em Língua Inglesa COMPLETO

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Prática de ensino em Língua Inglesa 
Aula 1: Conceitos de língua, ensino e 
aprendizagem 
Apresentação 
Esta aula tratará, inicialmente, dos conceitos-chave de língua materna, língua 
estrangeira e segunda língua. 
Em seguida, iniciaremos o estudo do binômio aquisição/aprendizagem e sua relação 
com o ensino de línguas. 
Finalmente, discutiremos os desafios envolvidos no ensino e aprendizagem de língua 
inglesa no cenário brasileiro. 
Objetivos 
• Classificar os conceitos de língua materna, língua estrangeira e segunda língua; 
• Distinguir aquisição de aprendizagem; 
• Discutir sobre os desafios inerentes ao ensino de língua inglesa no Brasil. 
Muito além de simples estruturas e 
regras gramaticais 
O ensino e o aprendizado de uma língua incorporam: 
Elementos de ordem estrutural 
Fonética, fonologia, morfologia, sintaxe etc. 
Termos gramaticais 
Sujeito, predicado, objeto, aposto, vocativo, radical, fonemas, morfemas, voz, aspecto, 
modo etc. 
Mas também incorporam instrumentos de cunho 
semântico, cultural e situacional-interacional. 
Portanto, tenha em mente esses fatores em todo o momento de sua prática docente, pois, 
certamente, lhe serão de grande auxílio e facilitadores em todo o processo de ensino-
aprendizagem, ou seja, desde a elaboração de uma aula até a sua execução em sala. 
Na área de ensino e aprendizagem de línguas, essa percepção quanto aos fenômenos da 
linguagem verbal humana é conhecida pela expressão language awareness. 
Além de todos esses detalhes, devemos também levar em consideração a maneira 
como uma língua será ensinada e adquirida/aprendida. 
Comentário 
Até o momento, temos utilizado os termos aquisição e aprendizagem quase que 
indiferentemente. Contudo, mais adiante, reservaremos um espaço para tratar das 
características inerentes a cada um desses termos. 
 
(Fonte: Undrey / Shutterstock). 
 
Há uma reflexão proposta pelo linguista suíço Ferdinand de Saussure que muito nos 
interessa nesse momento: 
ondemand_videoVídeo 
"Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é 
o ponto de vista que cria o objeto." 
- Saussure, 2013, p. 15. 
Conforme Saussure nos sugere, o nosso ponto de vista em relação à língua é crucial na 
determinação de um conjunto de princípios e crenças que serão norteadores a fim de que 
seja possível descrever, caracterizar, sistematizar e teorizar sobre um objeto de 
estudo. Em nosso caso específico, compreender os diferentes pontos de vista quanto ao 
ensino e aquisição/aprendizagem da língua inglesa representa um conhecimento 
valoroso para a formação docente. 
Os três olhares possíveis – língua materna, língua estrangeira e segunda língua – 
constituem os conceitos primordiais que detalharemos a seguir. 
Conceitos de língua materna, língua 
estrangeira e segunda língua 
Um ponto de partida para circunscrevermos cada um dos termos que intitulam esta 
seção diz respeito ao período de vida em que uma língua é adquirida/aprendida. Por 
conseguinte, comumente chamamos de: 
Língua materna (LM) 
O idioma que é adquirido no período da mais tenra infância. 
Língua não-materna (LNM) 
O idioma aprendido em um período subsequente. 
Obviamente, há mais informações que precisam ser acrescentadas a esses dois 
conceitos, uma vez que há uma miríade de conhecimentos a que temos acesso em 
nossas vidas desde a infância, conhecimentos estes que não excluem a possibilidade de 
outras línguas entrarem em cena justamente nesse mesmo período de nossas vidas. É 
por esse motivo que outras variáveis devem ser acrescentadas a fim de que tenhamos 
uma visão mais holística. 
ondemand_videoVídeo 
Um outro critério tipicamente utilizado é de ordem quantitativa, ou seja, o número de 
línguas que um falante é capaz de manipular. É por esse motivo que o termo primeira 
língua (L1) costuma ser diretamente associado ao de língua materna, especialmente nos 
casos de monolinguismo. Por conseguinte, nos casos em que já se tem o domínio de 
determinada língua, é utilizado o termo língua adicional (LA) para caracterizar 
qualquer idioma (ou quaisquer idiomas) que o falante é capaz de articular além de sua 
própria língua materna. 
A utilização de todos os conceitos vistos até o momento também exige que tenhamos 
uma compreensão de suas funções nos âmbitos nacional e internacional. 
Consequentemente, será justamente através do critério de funcionalidade que um termo 
genérico e amplo como língua adicional será bipartido em segunda língua e língua 
estrangeira. 
 
(Fonte: pathdoc / Shutterstock) 
Vejamos algumas situações a fim de termos uma melhor compreensão. 
 
Primeira língua × Língua adicional × Língua estrangeira 
 
Clique no botão acima. 
Saiba mais 
O Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (Common European 
Framework of Reference for Languages – CEFR) consiste em um padrão 
internacionalmente reconhecido para a descrição da proficiência em um idioma, ou seja, 
é uma forma padronizada e extremamente útil para classificar o quão bem um indivíduo 
é capaz de falar e entender determinada língua estrangeira. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon366/aula1.html#complementar1
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon366/aula1.html#complementar1
É através da sistematização proposta por esse quadro que as universidades e instituições 
de ensino de línguas do mundo inteiro se baseiam para organizar seus programas de 
ensino. Ficou curioso quanto a essa sistematização internacional? 
Para saber mais sobre o assunto, sugerimos a leitura dos seguintes materiais: 
• Entenda o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas – CEFR. 
• Quadro europeu comum de referência para as línguas – aprendizagem, ensino, 
avaliação. 
ondemand_videoVídeo 
Atividade 
1. Explique a diferença entre língua materna, língua estrangeira e segunda língua. 
 
2. Considere o seguinte contexto: 
Cansado de não conseguir aprender francês aqui no Brasil, João decidiu investir o 
dinheiro das mensalidades em uma poupança durante dois anos a fim de que possa fazer 
um curso intensivo de francês em Paris posteriormente. 
Podemos dizer que a situação acima exposta diz respeito ao aprendizado de francês 
como língua: 
a) Materna (Brasil). 
b) Estrangeira (França). 
c) Estrangeira (Brasil). 
d) Segunda língua (Brasil). 
e) Língua materna (Brasil). 
 
Binômio aquisição/aprendizagem: breves 
considerações 
Embora pareçam significar a mesma coisa, os vocábulos aquisição e aprendizagem, no 
cenário de ensino de línguas, possuem significados distintos. Encontramos na literatura 
várias interpretações quanto aos termos. Muitos teóricos ainda apresentam certas 
objeções em relação às definições propostas ao longo das décadas. Contudo, existe certo 
consenso no que tange o tipo e a modalidade da experiência em que se dá o contato com 
a língua. É a partir desse ponto de vista que iremos apresentar algumas considerações. 
 (Fonte: Oksana Kuzmina / Shutterstock). 
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javascript:void(0);
javascript:void(0);
 
Aquisição 
Em termos gerais, o processo tipicamente chamado de aquisição de uma língua 
encontra-se ligado ao modo como as crianças desenvolvem suas habilidades linguísticas 
em relação à língua materna. 
Nesse sentido, o termo aquisição deve ser entendido como um processo subconsciente, 
o que nos leva a entender que aqueles que estão passando por essa experiência na mais 
tenra infância não estão conscientes de que estão adquirindo a língua materna, mas estão 
atentos ao fato de que estão usando a língua para se comunicarem com o mundo 
exterior. 
Isso significa que os infantes lançam mão de todos os recursos possíveis à sua 
disposição para que possam interagir: 
Combinação de sons 
Gestos 
Informações visuais 
Linguagem corporal 
Nesse meio tempo, o sistema linguístico está sendo sedimentado em seus cérebros e, à 
medida que a criança se desenvolve e as experiências interpessoais são ampliadas, as 
habilidadescom a língua materna são ampliadas. 
Observe que não há, nesse período, nenhuma instrução formal quanto ao uso da língua 
materna. A criança não é ensinada sobre o uso da conjugação verbal, o posicionamento 
do sujeito na oração, as marcações de gênero e número, nem mesmo a diferenciação dos 
tempos verbais dos modos indicativo, subjuntivo e imperativo. Toda essa gama de 
recursos linguísticos simplesmente é absorvida naturalmente ao longo do tempo, ao 
ponto de uma criança de 3-5 anos ser capaz de se comunicar exponencialmente bem na 
língua materna. 
Aprendizagem 
As informações anteriores nos dão uma pista quanto ao significado do termo 
aprendizagem. 
Entende-se que esse termo engloba uma perspectiva consciente do conhecimento 
linguístico em jogo, ou seja, a presença de instrução formal é parte integrante da questão 
da aprendizagem. Nesse caso, almeja-se não apenas a ciência dos elementos 
linguísticos, mas também a capacidade de podê-los explicar, descrevê-los e caracterizá-
los. É por esse motivo que o termo aprendizagem incorpora uma perspectiva mais 
reflexiva em relação à língua-alvo. 
 (Fonte: Elnur / Shutterstock). 
 
Consequentemente, a aprendizagem resulta, muitas vezes, do fato de o aluno se ver 
confrontado com o desconhecido, mas também aí o professor ou o educador têm um 
papel a desempenhar, já que a ele lhe cabe criar as condições propícias para que o aluno 
apreenda/aprenda a nova matéria. 
Além disso, o processo geral de qualquer aprendizagem se desenvolve em quatro 
momentos, os quais correspondem a quatro etapas metodológicas distintas: 
Percepção 
Compreensão 
Assimilação 
Aplicação 
Por fim, a complexidade da aprendizagem resulta não só dos mecanismos cognitivos 
que lhe são inerentes, mas de diversos fatores, (LAMAS, 2000, p. 33-34), 
aparentemente a ela exteriores: 
• Diversidade de conteúdos e objetivos propostos ao longo da estrutura curricular 
do aprendiz; 
• Recontextualizações diversas a que os conteúdos programáticos estão sujeitos na 
prática pedagógica; 
• Estratégias diversas implementadas pelos professores, dentre outros. 
Entendemos, assim, que a perspectiva relacionada ao ensino da língua inglesa no Brasil 
deverá englobar um ponto de vista ligado à sua aprendizagem como língua estrangeira, 
cujos desafios e questões primordiais serão apresentados a seguir. 
 
Ensino e aprendizagem da língua inglesa no Brasil: questões primordiais 
 
Clique no botão acima. 
Saiba mais 
Pesquise maiores detalhes sobre o assunto na seguinte obra clássica: 
WIDDOWSON, H. G. O ensino de línguas para a comunicação. São Paulo: Pontes, 
2005. 
Desafios do ensino e aprendizagem da 
língua inglesa no Brasil 
Dentre os inúmeros elementos desafiadores para um ensino eficiente e eficaz da língua 
inglesa no Brasil, podemos considerar os seguintes: 
Clique nos botões para ver as informações. 
A implementação adequada de aulas de língua inglesa no ensino fundamental e no 
ensino médio 
Infelizmente, nem todas as regiões do país contam com o ensino de língua inglesa em 
todas as camadas do ensino fundamental e médio. Em muitos casos, o futuro professor 
terá de realizar um trabalho partindo do zero, tentando demonstrar a importância e valor 
de um idioma que não faz parte da realidade de seus aprendizes. Portanto, cabe aqui um 
primeiro questionamento. 
De que forma o ensino de língua inglesa pode ser implementado em turmas do ensino 
fundamental e médio com o objetivo de fomentar o interesse dos alunos pela língua-
alvo, além de promover o desenvolvimento de suas habilidades linguísticas e 
interculturais para com este idioma? 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon366/aula1.html#complementar2
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A maximização do uso da língua inglesa no ambiente de sala de aula (e fora dele) 
 
O futuro professor de língua inglesa terá de lidar com turmas cujo número de alunos 
pode variar entre trinta e sessenta alunos. Normalmente, a média de alunos no ensino 
fundamental alcança a marca de 35 alunos por turma. No ensino médio, a média é de 55 
alunos por turma. Imagine-se, por um momento, entrando nesse ambiente e tendo de 
convencer a todos esses alunos de que a sua proposta irá funcionar e de que eles serão 
capazes de praticar a língua inglesa em cada uma de suas aulas. Cabe aqui mais um 
questionamento. 
Quais atividades devem ser implementadas em sala de aula com a finalidade de 
minimizar o uso da língua materna dos alunos, ou seja, utilizá-la como recurso apenas 
em casos pontuais, e maximizar o uso da língua inglesa durante todo o tempo de aula? 
 
A priorização das habilidades linguísticas 
 
Fatores como idade, ano escolar, recursos e número de alunos são determinantes para a 
escolha sobre qual habilidade deverá receber maior enfoque durante cada bimestre. Por 
exemplo, se você for atuar com as turmas do primeiro segmento do ensino fundamental 
(1° ao 5° ano), certamente terá de lançar mão de técnicas que priorizem a comunicação 
oral, especialmente nas turmas de 1° e 2° anos, uma vez que a maioria ainda não foi 
alfabetizada. 
Nesse sentido, o uso de canções, gestos, atividades manuais e o estabelecimento de uma 
rotina de comandos em língua inglesa são essenciais para que o seu trabalho possa se 
desenvolver semana após semana. Em contrapartida, os alunos do 3° ao 5° ano contam 
com a vantagem de já terem sido alfabetizados, o que lhe dará maiores possibilidades 
em suas aulas. 
À medida que avançamos em cada segmento, novos desafios surgem em relação à 
pratica docente em língua inglesa, o que nos leva a mais alguns questionamentos. 
Quais habilidades linguísticas (compreensão oral, fala, leitura e escrita) devem ser 
priorizadas em cada segmento do ensino fundamental e médio? Como elas devem ser 
trabalhadas? 
 
O desenvolvimento da competência comunicativa 
Se considerarmos o fator tempo, os alunos têm a oportunidade de acesso à língua 
inglesa durante os nove anos do ensino fundamental, além dos três anos do ensino 
médio, totalizando doze anos de possibilidades. Assim sendo, um ponto para reflexão 
diz respeito ao seguinte questionamento: 
Quais conteúdos devem ser alocados em cada segmento do ensino fundamental e do 
ensino médio de modo que o aluno possa desenvolver suas habilidades linguístico-
comunicativas e culturais na língua-algo de forma eficiente e eficaz? 
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O desenvolvimento da competência comunicativa 
 
O uso inteligente da língua materna como recurso linguístico 
Aprender uma língua estrangeira nos oferece a oportunidade de refletirmos sobre nós 
mesmos, sobre nossa cultura, nosso modo de ser, de agir e de pensar. Portanto, a língua 
materna dos alunos corresponde a um tesouro cultural e linguístico que o professor 
poderá lançar mão durante o processo de ensino de inglês como língua estrangeira. 
Pense, por exemplo, na gama de palavras cognatas existentes em língua inglesa: 
telephone, supermarket, intelligent, student, doctor, dentist, football player etc. Leve em 
consideração o repertório cultural de nossas práticas cotidianas. Como podemos adaptá-
las ao contexto de uso da língua inglesa? Assim, surgem mais alguns questionamentos 
importantes: 
De que modo podemos nos valer da língua materna dos alunos como recurso facilitador 
para o aprendizado da língua inglesa? Quais elementos linguísticos e culturais da língua 
materna dos alunos podem e devem ser explorados? 
 
Atividade 
3. Explique a diferença basilar entre os termos aquisição e aprendizagem. 
Aula 2: Tripé método-abordagem-técnica 
Apresentação 
Nesta aula, daremoscontinuidade à linha de raciocínio estabelecida na aula anterior, 
destacando a importância dos conceitos de método, abordagem e técnica dentro do 
universo do ensino de inglês como língua estrangeira. 
Outro ponto importante a ser investigado nessa aula corresponde a algumas teorias de 
línguas – as visões estruturalista e interacionista, o que oferecerá insumos essenciais 
para a compreensão dos conteúdos de nossas próximas aulas. 
Objetivos 
• Diferenciar os conceitos de abordagem, método e técnica; 
• Explicar a inter-relação entre os elementos integrantes do tripé abordagem-
método-técnica; 
• Discutir sobre as principais características das teorias estruturalista e 
interacionista. 
 
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http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon366/aula1.html#collapse1-06
Reflexão sobre o fazer pedagógico 
Antes de iniciarmos nossos estudos, faremos uma breve reflexão sobre o fazer 
pedagógico: 
"A prática pedagógica envolve alguns elementos fundamentais: o livro 
didático adotado pela escola; a metodologia que o professor acredita ser a 
melhor para os alunos aprenderem no contexto em que se encontram; as 
atividades que ele leva para a sala de aula; a relação do professor com os 
alunos e dos alunos entre si; a relação entre o professor e a instituição em 
que trabalha. No que diz respeito à metodologia, muitas vezes, o 
professor de inglês dá aulas de uma mesma maneira durante anos, 
usando os mesmos tipos de atividades, simplesmente por não ter tido a 
oportunidade de conhecer outras maneiras de ensinar a língua." 
- Oliveira, 2010, p. 11. 
A seguir, você encontrará muitas das ideias e reflexões propostas por Jack C. Richards1 
embutidas nos conceitos e tópicos teóricos de nossa aula! 
Vamos começar? 
ondemand_videoVídeo 
Fatores envolvidos no ensino de línguas 
Há uma frase do ex-presidente americano Benjamin Franklin que é de uma importância 
vital no universo do ensino. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon366/aula2.html
 
"Tell me and I forget, teach me and I remember, involve me and I learn." 
Analisando-a atentamente, percebemos a importância de tornarmos o momento da sala 
de aula como algo envolvente, cativante e que desperte o interesse dos alunos em 
relação ao que estiver sendo trabalhado. Entendemos, portanto, que o processo de 
ensino está muito além da mera exposição de conteúdos ou de uma fala ditatorial2 entre 
as quatro paredes de uma sala de aula. 
Antes mesmo de entrarmos em sala, precisamos ter em mente que sempre estaremos em 
desvantagem numérica, pois somos apenas um profissional a tentar convencer um 
conjunto de trinta a sessenta alunos de que o que temos a dizer vai valer muito a pena e 
que, de forma indubitável, irá trazer a cada um deles benefícios imensuráveis. 
 (Fonte: YanLev / Shutterstock). 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon366/aula2.html
 
Larsen-Freeman e Anderson (2016), logo nas primeiras páginas de uma obra magistral 
que serviu de base para a formação de inúmeros professores ao redor do mundo, lista o 
conjunto de variáveis envolvidas no magistério: “o ensino é uma tarefa simultaneamente 
mental e social”. 
Além disso, é um trabalho físico, emocional, prático, comportamental, político, 
experimental, histórico, cultural, espiritual e pessoal. Ou seja: 
Ensinar, além de ser uma tarefa de 
natureza complexa, é, ao mesmo tempo, 
influenciada por todas essas doze 
dimensões apresentadas, pois a prática 
docente eficiente e eficaz exige do docente 
certa habilidade para orquestrar todos 
esses componentes em favor do 
aprendizado dos alunos. 
Obviamente, a lista de elementos a serem manipulados será aumentada quando tivermos 
como objeto de ensino uma língua estrangeira, pois outros fatores entram em cena, tais 
como: 
ondemand_videoVídeo 
O grau de proficiência que o docente possui em relação à língua a ser ensinada 
O docente é capaz de manipular seu objeto de trabalho fluentemente em cada uma das 
quatro habilidades linguísticas (compreensão oral, fala, leitura e escrita)? 
O conjunto de crenças que o docente leva consigo no que tange à natureza de uma 
língua 
A língua deve ser encarada como um conjunto de regras gramaticais ou como uma 
ferramenta poderosa para interação social? 
O ponto de vista que o professor apresenta em relação aos termos ensinar e 
aprender 
Ensinar dever ser visto como transmissão de conhecimentos ou uma atitude facilitadora 
que leva os alunos a se tornarem autodidatas ao longo do tempo? Aprender significa a 
obtenção de notas elevadas para passar em todas as avaliações ou esse termo deve ser 
visto como uma experiência cognitiva que pode ser recuperada em qualquer momento 
da vida (aprender é aprender para sempre)? 
A presença ou ausência de material didático para as aulas 
Até que ponto o uso do material didático é realmente necessário? 
O número de tempos de aula alocados para a disciplina de língua inglesa na grade 
curricular dos alunos 
Qual é o número ideal de horas semanais para criar uma rotina de aprendizado 
progressivo em língua inglesa? 
Claro que seria impossível dar conta de todos os fatores listados (e de outros que não 
inserimos) se não houvesse uma organização criteriosa quanto ao conjunto de práticas 
docentes a serem implementadas no universo da sala de aula. 
Esse conjunto de conhecimentos teóricos e de procedimentos sistematizados encontra-se 
embutido sob o rótulo de abordagens, métodos e técnicas, o tripé basilar que iremos 
investigar a seguir. 
ondemand_videoVídeo 
Características do tripé método-
abordagem-técnica 
Etimologicamente, a palavra método corresponde ao caminho que conduz a um 
determinado alvo. Contudo, conforme o termo é articulado em cada área, ele ganha 
valores distintos. 
Educação 
O método corresponde à forma como a situação de ensino-aprendizagem é conduzida de 
modo a que o aluno possa, efetivamente, apreender a matéria que se constitui como 
objeto dessa situação. 
Didática 
Os métodos são utilizados para confrontar o aluno (sujeito da aprendizagem) com o 
saber (objeto a ser aprendido). Nessa situação, estão envolvidos três intervenientes: 
professor, saber e aluno. 
Lamas et al. (2000, p. 310) dividem os métodos em: 
Passivos 
Os métodos são considerados passivos quando a ação desenvolvida sobre o saber é 
exclusivamente de responsabilidade do professor. 
close 
Ativos 
Os métodos são indicados como ativos se couber ao aluno a atuação, isto é, a 
construção do saber. 
Entretanto, no ramo de ensino de línguas estrangeiras, a palavra método ganha uma 
acepção mais robusta, pois, para esse universo específico da atividade humana, uma 
perspectiva multidisciplinar (SANCHEZ, 2010, p. 16-22) se faz necessária, já que busca 
soluções para os seguintes questionamentos: 
• Quando se ensina ou se aprende uma língua estrangeira? 
• Onde se aprende ou se ensina uma língua estrangeira? 
• Como se aprende ou se ensina uma língua estrangeira? 
• O que se deseja aprender ou ensinar sobre determinada língua estrangeira? 
• Para que se aprende ou se ensina uma língua estrangeira? 
• Por que se deseja aprender ou ensinar uma língua estrangeira? 
 
Na busca singela por respostas a cada uma das perguntas acima, acabamos nos dando 
conta da robustez que o termo método apresenta em ensino de línguas estrangeiras, uma 
vez que sua manipulação exigirá a combinação de uma variada gama de disciplinas e 
subdisciplinas, tais como: 
Linguística e todos os seus componentes 
Gramática, léxico, contexto, pronúncia etc. 
Pedagogia 
Planejamento curricular, estratégias metodológicas, elaboração de atividades etc. 
Psicologia 
Características do aprendiz, motivação, recursos que favorecem a aprendizagem. 
Sociologia e sociolinguística 
Contexto social em que se desenvolve o ensino, características da interação 
comunicativa etc. 
Organização e gestão 
Do tempo, das intervenções daqueles que participamde todo o processo, dos materiais, 
das atividades, dos elementos auxiliares etc. 
Observe que tal complexidade de elementos exige uma boa estruturação, levando 
sempre em consideração que a sala de aula constitui um todo que deve usufruir de dois 
elementos vitais: unidade e coerência. Portanto, não seria aconselhável, nem eficaz, 
que aspectos tão diferentes como os pedagógicos, psicológicos ou linguísticos não se 
integrassem adequadamente em uma aula. Em outras palavras: seria totalmente 
inaceitável que a combinação de todos esses elementos resultasse em um conjunto 
meramente teórico de informações sem qualquer aplicabilidade no universo da sala de 
aula. 
Em uma reflexão inteligente sobre os processos envolvidos no ensino de língua inglesa, 
Oliveira (2010, p. 66) afirma que toda e qualquer aula corresponde, idealmente, à 
concretização de um planejamento que pressupõe alguns princípios teóricos que 
estabelecem o que será ensinado, como e por que um determinado conteúdo deverá ser 
ensinado. E é justamente em torno desses três eixos questionativos que devem girar 
todas as ações metodológicas. Portanto, podemos estruturar uma definição de método 
partindo desses três elementos, organizando-os conforme a seguir. 
Eixo 1 
Por quê? 
Conjunto de princípios e crenças subjacentes. 
Plano teórico: 
• Teoria linguística (natureza da língua). 
• Teoria psicológica (princípios da aprendizagem). 
• Teoria pedagógica (princípios do ensino). 
• Teoria sociológica (restrições contextuais, educativas, geográficas). 
• Princípios de organização aplicados à gestão e ao planejamento do ensino, assim 
como ao desenvolvimento dos alunos. 
Eixo 2 
O quê? 
Conteúdos ou objetivos que fluem e se baseiam no conjunto de princípios e crenças pré-
estabelecidos. 
Elementos que constituem o objeto do ensino e da aprendizagem (= objetivos e 
questões organizacionais): 
• Seleção e estruturação de elementos linguísticos (morfologia, sintaxe, 
vocabulário, ortografia, fonética/fonologia). 
• Seleção e estruturação de elementos pragmáticos (contextuais, culturais 
sociolinguísticos, psicolinguísticos). 
Eixo 3 
Como? 
Conjunto de atividades mediantes as quais o conteúdo selecionado é posto em prática. 
Procedimentos (= como agir, as técnicas): 
• Relativos à pedagogia: tipologias, projeto e sequenciamento das atividades; 
papel do professor e dos alunos. 
• Relativos à psicologia: adaptação à faixa etária, desafios, interação, elementos 
motivadores gerais e específicos. 
• Relativos ao contexto pragmático e sociológico. 
• Relativos ao planejamento e à gestão das atividades em sala de aula 
(distribuição, quantidade etc.). 
A partir das informações organizadas que acabamos de ver, temos uma definição para 
aquilo que o termo método representa no ambiente de ensino de línguas estrangeiras. 
"Um conjunto de princípios teóricos, princípios organizacionais e ações 
práticas que norteiam a estruturação de um curso, o planejamento das 
aulas, a avaliação da aprendizagem e a escolha de materiais didáticos. 
Dito de outra forma, o método é composto de três partes: a abordagem, o 
design e o procedimento." 
- Richards; Rodgers, 1995 apud Oliveira, 2010, p. 66-67. 
Podemos equacionar os elementos dessa definição, organizando-os na seguinte fórmula. 
Método = Abordagem + Design + Procedimento 
A congruência dos componentes da fórmula pode ser entendida ao detalharmos cada um 
dos eixos presentes na estruturação de um método (OLIVEIRA, 2010, p. 67-68). 
Clique nos botões para ver as informações. 
Eixo 1 
O Eixo 1 compreende a noção de abordagem, o sustentáculo teórico do método. Ela é 
formada por uma teoria de língua, que aponta a forma de se conceber a língua, e por 
uma teoria de aprendizagem, que aponta para uma forma de se conceber a 
aprendizagem. 
Desse modo, as teorias de língua e as teorias de aprendizagem têm uma importância 
fundamental para a prática docente, pois é com base nelas que o professor: 
• Toma decisões pedagógicas; 
• Seleciona materiais didáticos; 
• Avalia políticas educacionais. 
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Eixo 2 
Eixo 3 
A Tabela a seguir propõe um resumo visual-esquemático da inter-relação entre os três 
eixos descritos anteriormente e seus principais componentes. 
Método 
Abordagem Design Procedimento 
Teoria da língua Objetivos Técnicas 
Teoria da aprendizagem Conteúdo programático Comportamentos 
 Tipos de atividades 
 Papéis do aluno 
 Papéis do professor 
 Papéis dos materiais didáticos 
Note que o tripé proposto no título de nossa aula (método-abordagem-técnica) traz 
implícita a noção organizacional do design, especialmente porque essa questão abrange 
não apenas um conjunto de ações do docente, mas principalmente políticas educacionais 
e de questões teóricas delineadas pela abordagem. 
Veja como um pouco de teoria nos mostra que o universo da sala de aula é 
exponencialmente rico, variado e como ele demanda vasta gama de conhecimentos de 
variados ramos do saber humano. 
Você já tinha se dado conta dessa complexidade? 
Com isso em mente, vamos focar nas concepções de língua mais recorrentes no cenário 
de ensino e que serviram de base para a criação ou aperfeiçoamento de vários dos 
métodos de ensino manipulados atualmente: os modelos estrutural e interacional. 
 
Teorias estruturalista e interacionista: princípios e crenças 
 
Clique no botão acima. 
Atividade 
1. Read the text below: 
A set of theoretical issues involved in the teaching/learning of a foreign/second 
language, which entails both a theory of language and a theory of learning. 
The previous information can be applied as to define: 
a) An approach. 
b) A design. 
c) A method. 
d) A procedure. 
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e) A technique. 
 
2. Read the text below: 
A systematic plan based on the perfect combination of a theoretical backbone on what a 
language is, how learning is believed to take place, as well as a series of procedural 
actions intertwined with such theoretical issues. 
We can surely state that the previous information provides the definition for a(n): 
a) Technique. 
b) Design. 
c) Method. 
d) Approach. 
e) Objective. 
 
3. Read the text below: 
A set of actions executed in class, which are guided according to the conception of what 
a language is and how learning takes place. 
The previous texts defines one of the following items. Which one? 
a) A method. 
b) A procedure. 
c) An approach. 
d) An objetive. 
e) A course syllabus. 
 
4. Complete the table below. Use the items from the box. 
CLASSROOM TECHNIQUES – A SYLLABUS MODEL – A THEORY OF 
LEARNING – GENERAL & SPECIFIC OBJECTIVES – CLASSROOM PRACTICES 
– A THEORY OF LANGUAGE – THE ROLE OF INSTRUCTIONAL MATERIALS - 
DESIGN OF LEARNING & TEACHING ACTIVITIES – TEACHER/LEARNER 
ROLES – CLASSROOM BEHAVIORS 
Method 
Approach Design Procedure 
1. 1. 1. 
2. 2. 2. 
 
3. 3. 
 
4. 
 
 
5. 
 
 
6. 
 
 
 
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Referências 
 
 
Próxima aula 
 
 
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Prática de ensino em Língua Inglesa 
Aula 3: Aquisição e aprendizagem de 
línguas I 
Apresentação 
Nesta aula, focaremos nas questões referentes à aprendizagem de línguas. Mais 
especificamente, teremos como ponto de partida uma das primeiras tentativas teóricas 
de explicação do fenômeno de aprendizagem: a perspectiva behaviorista. 
Esteja preparado para navegar pelos conceitos elementares de estímulo, resposta, 
reforço, comportamento, condicionamento e hábito. Além disso, iremos também 
perpassar pelas reflexões ligadas aos termosconhecimento e aprendizagem, elementos 
primordiais para avançarmos para as próximas aulas do nosso curso. 
Objetivos 
• Identificar os princípios e crenças que fundamentam a proposta behaviorista de 
aprendizagem; 
• Distinguir os conceitos de conhecimento e aprendizagem sob a ótica 
comportamentalista; 
• Discutir os conceitos-chave da teoria behaviorista: estímulo, resposta, reforço, 
comportamento, condicionamento e hábito. 
Questionamentos iniciais 
A busca por respostas sobre como acontece o aprendizado tem sido o foco de pesquisa 
de filósofos, psicólogos, fisiologistas, linguistas e educadores ao longo da história 
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(OLIVEIRA, 2010). Ou seja, todos eles se ocuparam da construção de teorias que 
pudessem explicar o processo de aprendizagem. 
De maneira genérica, essas teorias podem ser organizadas em duas vertentes. 
 
1 
Teoria behaviorista 
Compreende as teorias que tentam explicar a aprendizagem a partir de 
comportamentos diretamente observáveis. 
 
2 
Teorias de base cognitivista 
Abrange aquelas que buscam explicar a aprendizagem levando em consideração os 
processos mentais superiores. 
Comentário 
Como são muitos os detalhes envolvendo a teoria behaviorista, deixaremos as questões 
sobre a proposta construtivista para nossa próxima aula. 
Na corrente behaviorista, costumamos ter as seguintes premissas: 
Os conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas. 
A aprendizagem ocorre através de respostas bem-sucedidas a determinados estímulos do 
meio. 
A repetição das respostas associadas aos estímulos é fundamental para essa 
aprendizagem. 
Em termos de aprendizagem de línguas (maternas ou estrangeiras), o processo seria 
também feito através de respostas e estímulos. No entanto, nesse processo, a resposta 
física é substituída por uma resposta linguística, e o estímulo pode ser linguístico ou 
não. 
Saiba mais 
Você sabia que um dos segredos para uma compreensão mais aprofundada de cada uma 
das colunas teóricas do Behaviorismo está justamente em entrarmos no campo de 
estudos da Psicologia? Será nesse campo do conhecimento humano que encontraremos 
a linha histórico-investigativa que trouxe à luz a teoria behaviorista de aprendizagem. 
Conhecimento e aprendizagem 
O fenômeno da linguagem constitui uma manifestação que envolve inúmeros fatores, 
desde elementos de cunho sociocultural e físicos até questões de ordem fisiológica e 
psíquica. Em sua obra mundialmente famosa sobre as teorias de aprendizagem, Guy R. 
Lefrançois define o campo de estudos da Psicologia. 
"A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e o pensamento 
humanos. Busca saber como a experiência afeta o pensamento e a ação; 
explora os papéis da biologia e da hereditariedade; examina a consciência 
e os sonhos; acompanha como se dá a transformação de crianças em 
adultos; investiga as influências sociais. Basicamente, tenta explicar como 
as pessoas pensam, agem e sentem." 
- Lefrançois, 2017. 
A partir da definição dada por Lefrançois, podemos esquematizá-la através das 
seguintes reflexões dispostas a seguir, de acordo com as premissas da corrente 
behaviorista. 
 
Premissa 
 
Trechos da Definição 
 
Reflexão 
 
Premissas da corrente behaviorista. 
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e o pensamento humanos. 
Observe que o termo tem origem na língua inglesa: behaviorismo, de behavior, ou seja, 
comportamento. 
 
Os conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas. 
Busca saber como a experiência afeta o pensamento e a ação. 
Note que a aquisição de conhecimentos é um fator determinado pela experiência 
vivida. 
 
A aprendizagem ocorre através de respostas bem-sucedidas a determinados estímulos do 
meio. 
Investiga as influências sociais. 
Veja que o meio ou as influências sociais trazem informações importantes para análise. 
 
A repetição das respostas associadas aos estímulos é fundamental para essa 
aprendizagem. 
Investiga as influências sociais. 
Veja que o meio ou as influências sociais trazem informações importantes para análise. 
 
Em termos de aprendizagem de línguas, o processo seria também feito através de 
respostas e estímulos. 
Investiga as influências sociais. 
Veja que o meio ou as influências sociais trazem informações importantes para análise. 
 
Na visão teórica do Behaviorismo, a criança herdaria a capacidade de pronunciar e de 
repetir sons vocais sob diferentes estímulos. 
Explora os papéis da biologia e da hereditariedade. 
A capacidade de adquirir uma língua é vista como uma característica que foi herdada 
biologicamente. 
 
A articulação dos fonemas acaba se tornando um hábito, e a criança, numa etapa 
seguinte, passa a imitar os sons que ouve. Ela faz associações entre sons e coisas 
inicialmente e, em seguida, aprende a associar uma palavra a uma coisa que está 
ausente. 
Acompanha como se dá a transformação de crianças em adultos. 
Não apenas o desenvolvimento linguístico, mas também do ser humano como um 
todo encontram-se presentes nesse ramo do conhecimento. 
 
Lefrançois enfatiza que três questionamentos importantes sempre serviram de 
motivação às investigações por respostas sobre a natureza da linguagem humana 
(LEFRANÇOIS, 2017): 
contact_support 
O que aprendemos? 
contact_support 
O que sabemos? 
contact_support 
O que é o conhecimento? 
ondemand_videoVídeo 
Essas questões são o ponto central de um grande tema em Psicologia: o problema 
mente-corpo. Dito de forma simples, tal problema orbita em torno da relação entre 
mente e corpo e é dessa problematização que vêm os seguintes questionamentos: 
Como alguma coisa puramente física, como um gato, produz algo puramente mental, 
qual seja: a ideia de um gato? 
E como a ideia de um gato pode se traduzir num ato, como aquele de procurar por um 
gato? Em outras palavras: de que modo esse conhecimento de mundo referente ao 
animal felino se tornou parte de nossas vidas, isto é, como foi aprendido? 
 (Fonte: gillmar / Shutterstock). 
 
Vemos, assim, que definir o que seja a aprendizagem é uma tarefa muito mais complexa 
do que se imagina. É por esse motivo que os psicólogos normalmente buscam 
evidências de aprendizado nas mudanças que ocorrem no comportamento dos seres 
humanos como um resultado de uma experiência, conforme podemos verificar na tabela 
a seguir. 
Experiência Aprendizagem 
Mudança de 
comportamento 
Contato com algo, 
participação em algo, 
exposição a eventos 
internos ou externos aos 
quais o organismo é 
sensível. Estes eventos 
são denominados 
estímulos. 
Todas as mudanças 
relativamente permanentes no 
potencial de comportamento, 
que resultam da experiência, 
mas não são devidas ao 
envelhecimento, cansaço, 
maturação, drogas, lesões ou 
doenças. 
Mudanças observáveis ou 
potencialmente 
observáveis após a 
experiência, que oferecem 
evidências de que a 
aprendizagem ocorreu. 
Entendido o motivo pelo qual a psicologia da aprendizagem toma como ponto de 
partida as observações de comportamento e eventuais mudanças, estamos em 
condições de explorar os princípios e crenças da proposta behaviorista, juntamente com 
as contribuições de seus principais teóricos. 
Atividade 
1. Leia a seguinte afirmação: 
Em termos de aprendizagem de línguas (maternas ou estrangeiras), o processo seria 
também feito atravésde respostas e estímulos dentro da proposta Behaviorista. No 
entanto, nesse processo, a resposta física é substituída por uma resposta linguística, e o 
estímulo deve ser sempre também de natureza linguística. 
A afirmação acima está correta? Justifique. 
 
2. Leia o texto a seguir: 
Consiste na ciência que estuda o comportamento e o pensamento humanos. Busca saber 
como a experiência afeta o pensamento e a ação; explora os papéis da biologia e da 
hereditariedade; examina a consciência e os sonhos; acompanha como se dá a 
transformação de crianças em adultos; investiga as influências sociais. 
O texto acima traz a perspectiva investigativa de qual campo do saber humano? 
a) Macrolinguística. 
b) Microlinguística. 
c) Linguística. 
d) Métodos e abordagens de ensino. 
e) Psicologia. 
 
Behaviorismo: princípios, crenças e 
contribuições teóricas 
Como bem nos orienta Lefrançois (2017, p.23), já no final do século XIX e início do 
século XX, os psicólogos começaram a rejeitar temas difíceis e subjetivos, tais como 
mente e pensamento. Em vez disso, se concentraram nos aspectos mais objetivos do 
comportamento. 
Essa orientação, que ficou conhecida como behaviorismo, deu origem a teorias de 
aprendizagem envolvidas principalmente com eventos objetivos, tais como estímulos, 
respostas e recompensas. Na perspectiva behaviorista, os estímulos (condições que 
levam ao comportamento) e as respostas (comportamento corrente) são os únicos 
aspectos do comportamento que podem ser realisticamente observados. 
Consequentemente, esses elementos – estímulos e respostas – são as variáveis objetivas 
que podem ser usadas para desenvolver a ciência do comportamento. 
Destacam-se na proposta behaviorista as seguintes vertentes: 
 
Behaviorismo clássico 
Com base nas contribuições iniciais de Ivan Petrovich Pavlov, posteriormente 
ampliadas por John Broadus Watson. 
 
Behaviorismo radical 
A partir das observações de Burrhus Frederic Skinner. 
Contribuição de Ivan Petrovich Pavlov 
Segundo Lefrançois (2017, p.34-36), o experimento pelo qual Pavlov ficou famoso 
resultou de uma observação acidental. Na tentativa de encontrar uma explicação 
científica para a salivação de seus cães antes de serem alimentados, Pavlov desenvolveu 
uma série de experimentos em condicionamentos clássicos. 
O cientista demonstrou que não apenas a visão do alimento provocava a salivação nos 
cães, mas que quaisquer outros estímulos distintos poderiam ter o mesmo efeito se 
emparelhados com o alimento um número suficiente de vezes. Será que você consegue 
visualizar a origem remota dos termos estímulo e resposta nos experimentos de 
Pavlov? 
Releia o trecho anterior e busque por associações a esses dois termos. 
 Ivan Petrovich Pavlov (Fonte: Wikimedia Commons). 
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Vamos checar sua análise? 
 
Análise de Pavlov 
 
Clique no botão acima. 
Profundamente influenciado pelo modelo do condicionamento clássico sistematizado 
por Pavlov, John Broadus Watson, um jovem obstinado que revolucionou a Psicologia 
norte-americana, dando-lhe status de ciência, será o próximo assunto dessa aula. 
Contribuição de John Broadus Watson 
Watson afirmava que a maioria dos seguidores da Psicologia acreditava que esse ramo 
do conhecimento era um estudo da ciência dos fenômenos da consciência, o que, para 
ele, significava um grande equívoco e causa de descobertas significativas não terem 
acontecido em Psicologia. 
É por esse motivo que ele propôs que a matéria-prima da Psicologia humana deveria ser 
o comportamento humano e, afim de que ela se tornasse uma ciência, era imperioso 
que ela fosse objetiva e que se preocupasse apenas com o comportamento concreto, e 
não com aspectos mentais, tais como pensamentos e emoções. Uma vez que o termo 
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comportamento constituía o elemento-chave de sua proposta, ele cunhou o termo 
behaviorismo (LEFRANÇOIS, 2017). 
 John Broadus Watson (Fonte: Wikimedia Commons). 
 
Mas, afinal, qual é o objetivo do behaviorismo? Vamos 
descobrir. 
 
Objetivo do behaviorismo 
 
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A contribuição de Burrhus Frederic 
Skinner 
De acordo com Lefrançois (2017, p.96-109), a teoria de Skinner baseia-se em dois 
pressupostos fundamentais. Primeiro, ele acreditava que o comportamento humano 
segue certas leis. Segundo, ele começou seus estudos e os finalizou com a convicção de 
que as causas do comportamento estão fora da pessoa e podem ser observadas e 
estudadas. 
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Portanto, a teoria de Skinner é o resultado da busca pelas leis que governam o 
comportamento, feita de forma objetiva, descritiva, e jamais de modo especulativo ou 
inferencial. 
 Burrhus Frederic Skinner (Fonte: icollector.com). 
 
Vamos conhecer a proposta de Skinner. 
 
Proposta de Skinner 
 
Clique no botão acima. 
Proposta de Skinner 
A fim de sistematizar sua proposta, Skinner especificou três aspectos: 
1. A ocasião na qual a resposta ocorre. 
2. A resposta em si. 
3. As consequências do reforçamento. 
Desse modo, o psicólogo descreve seu sistema como algo que envolve a análise 
experimental do comportamento. Sendo, portanto, um analista experimental, ele lida 
com dois tipos de variável: 
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• Independentes: fatores que podem ser manipulados direta e experimentalmente, 
como o reforçamento. 
• Dependentes: características do comportamento concreto, como o padrão de 
respostas. 
As variáveis dependentes não são manipuladas pelo pesquisador, mas são afetadas pelas 
variáveis independentes. Desse modo, o objeto é descrever as leis que governam as 
relações entre variáveis dependentes e independentes. Feito isso, é possível ampliar e 
refinar o controle sobre as variáveis dependentes, ou seja, torna-se possível controlar o 
comportamento. 
Na tentativa de explicar o comportamento, Skinner dispunha da ideia de 
condicionamento clássico, proposta por Ivan Pavlov e adequada cientificamente por 
John B. Watson. Embora Skinner expressasse sua admiração por Pavlov, discordava da 
ideia pavloniana básica de que o estudo dos reflexos condicionados conseguiria explicar 
muitos dos mais importantes comportamentos humanos. 
Skinner acreditava que o condicionamento clássico poderia ser aplicado a uma 
variedade limitada de comportamentos de seres humanos e de animais, mais 
especificamente, que o condicionamento clássico explicaria somente a aquisição 
daqueles comportamentos cuja resposta inicial pode ser eliciada por um estímulo 
conhecido. A aprendizagem que ocorre resulta da associação desse estímulo a outro, em 
várias tentativas. 
Assim sendo, embora Skinner aceitasse que esse modelo clássico fosse correto para 
explicar alguns comportamentos, ele insistia que muitas respostas humanas não 
resultam de estímulos óbvios. Além disso, segundo ele, os estímulos, observáveis ou 
não, nem sempre são importantes para uma explicação precisa e útil da 
aprendizagem. É nesse ponto que Skinner encontra a brecha para fundamentar sua 
metodologia e proposta behaviorista. 
Skinner afirmava que os reflexos, condicionados ou não, estão relacionados 
principalmente com a fisiologia interna do organismo. No entanto, mais 
frequentemente, estamos interessados no comportamento que tem algum efeito sobre o 
mundo ao redor. Portanto, Skinner definiu que as respostas eliciadas por um estímulo 
são classificadas como respondentes. Além disso, as respostas simplesmente emitidas 
por um organismo são chamadas de operantes. No caso do comportamento 
respondente, o organismo reage aoambiente, ao passo que no comportamento 
operante, age no ambiente. 
Apresentada de forma simples, a explicação sobre o condicionamento operante diz que, 
quando um reforçador ocorre depois de uma resposta – independentemente das 
condições que possam ter levado à resposta – o resultado será um aumento na 
probabilidade de que essa resposta ocorra de novo sob circunstâncias similares. Além 
disso, a explicação afirma que as circunstâncias que cercam o reforçamento podem 
servir como um estímulo discriminativo-caracterizador, que pode vir a ter controle sobre 
a resposta. 
Skinner define os seguintes elementos para o seu sistema da seguinte forma: 
1. Reforçamento positivo: ocorre quando as consequências do comportamento, ao 
serem adicionadas a uma situação, após uma resposta, aumentam a 
probabilidade da ocorrência de essa resposta acontecer de novo em 
circunstâncias similares. Ou seja, esse tipo de reforçamento traduz a ideia de 
uma recompensa, fator que acaba favorecendo mais ocorrências de uma 
resposta. 
2. Reforçamento negativo: envolve uma resposta que resulta na eliminação ou 
prevenção de um resultado desagradável. Ocorre quando a probabilidade de uma 
resposta ocorrer aumenta como função de algo que foi retirado de uma situação, 
ou seja, o reforçamento negativo é parecido com o alívio. 
3. Punição: elemento que tem como finalidade atuar como um supressor ou 
enfraquecedor de um comportamento. Há dois tipos de punição, cada qual 
funcionando como o contrário de um tipo reforçador. Um deles é o tipo de 
punição que acontece quando uma recompensa é removida, o que chamamos de 
punição positiva ou penalidade. A outra, representa o tipo de punição que 
evita o alívio, também chamada de punição negativa ou castigo. 
Atividade 
3. Considere a seguinte lista de contribuições dos principais teóricos da proposta 
behaviorista de aprendizagem e relacione cada uma delas aos seguintes teóricos: Pavlov 
– Watson – Skinner. 
1. Skinner 
2. Watson 
3. Pavlov 
 
a) Quando um reforçador ocorre depois de uma resposta – independentemente das 
condições que possam ter levado à resposta – o resultado será um aumento na 
probabilidade de que essa resposta ocorra de novo sob circunstâncias similares. Além 
disso, a explicação afirma que as circunstâncias que cercam o reforçamento podem 
servir como um estímulo discriminativo-caracterizador, que pode vir a ter controle sobre 
a resposta. 
 
b) Aplicação do modelo de condicionamento clássico para questões não apenas de 
ordem física, mas também de natureza emocional. 
 
c) Criação dos termos reforçamento positivo, reforçamento negativo e punição. 
 
d) Criação do termo para o estudo científico do comportamento humano: behaviorismo. 
 
e) Teoria clássica do condicionamento: se um estímulo (ou situação) que leva 
prontamente a uma resposta estiver associado a um estímulo neutro suficientemente 
frequente, o estímulo anteriormente neutro se tornará um estímulo condicionado, que 
poderá finalmente ser substituído pelo estímulo original. 
 
f) Definição do termo hábito para o tipo de aprendizagem de ordem superior, uma 
aprendizagem mais complexa. 
 
4. Relacione o termo à explicação. 
Reforçamento positivo 1 
Reforçamento negativo 2 
Punição 3 
a) A probabilidade de uma resposta ocorrer aumenta como função de algo que foi 
retirado de uma situação, ou seja, é parecido com o alívio. 
b) Elemento que tem como finalidade atuar como um supressor ou enfraquecedor de um 
comportamento. 
c) Esse tipo de reforçamento traduz a ideia de uma recompensa, fator que acaba 
favorecendo mais ocorrências de uma resposta. 
 
5. Leia o conjunto de premissas a seguir: 
I. Os conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas. 
II. A aprendizagem ocorre através de respostas bem-sucedidas a determinados 
estímulos do meio. 
III. A repetição das respostas associadas aos estímulos é fundamental para essa 
aprendizagem. 
Podemos afirmar que tais premissas dizem respeito à (ao): 
a) Linguística. 
b) Psicologia. 
c) Behaviorismo. 
d) Conceito de abordagem. 
e) Definição de método. 
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Prática de ensino em Língua Inglesa 
Aula 4: Aquisição e aprendizagem de 
línguas II 
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Apresentação 
Nesta aula, faremos um estudo mais introspectivo, com uma investigação sobre os 
fatores inerentemente relacionados a elementos de ordem biológico-genética e mental 
em parceria com variáveis de cunho social e interacional. 
Portanto, prepare-se para conhecer as contribuições das teorias inatista, gerativista, 
desenvolvimento-cognitiva e cognitivo-interacionista de aprendizagem. Estudiosos 
como Noam Chomsky, Jean Piaget e Vygotsky estarão presentes em nossa aula. 
Você terá a oportunidade de navegar pelos conceitos de gramática universal, 
competência, performance, assimilação, adaptação, equilibração, acomodação, 
esquemas (schemata) e zona de desenvolvimento proximal. 
Objetivos 
• Definir os princípios e crenças que fundamentam as propostas inatista, 
gerativista e cognitivas (desenvolvimentalista e interacionista) de aprendizagem; 
• Relacionar a tese inatista com o conceito de gramática universal e com o 
processo de aquisição de linguagem; 
• Discutir os pontos de vista propostos pelas teorias cognitivas supracitadas a 
partir da análise conceitual de termos como assimilação, acomodação, 
equilibração, esquemas e zona de desenvolvimento proximal. 
Teorias cognitivas 
Como é de conhecimento geral, a psicologia cognitiva está interessada principalmente 
nos processos mentais superiores, com destaque para percepção, formação de conceitos, 
memória, linguagem, pensamento, solução de problemas e tomada de decisão. 
Neste sentido, a metáfora que serve de ponto de apoio para a fundamentação dessa 
perspectiva é a do processamento de informação, ou seja, o modo como a informação 
é modificada ou alterada. A ênfase recai sobre processos perceptuais e conceituais que 
permitem a identificação de como o agente atua, que fundamentam pensamento, 
memorização, resolução de problemas etc. 
 (Fonte: Elena Medvedeva / Shutterstock) 
 
A característica mais importante dos tópicos da psicologia cognitiva é que eles 
pressupõem representação mental e processamento de informação. 
Consequentemente, a construção das teorias no desenvolvimento da psicologia 
cognitiva tomou a forma de metáforas relacionadas à natureza da representação mental e 
aos processos envolvidos na construção e no uso dessas representações. Uma das 
metáforas mais conhecidas diz respeito à associação da mente humana com um 
computador. 
As principais crenças das teorias cognitivistas são: 
A aprendizagem atual se baseia na aprendizagem anterior. 
A aprendizagem envolve processamento de informações 
O significado depende de relações entre conceitos. 
Vejamos como essas questões se articulam nas propostas a seguir. 
ondemand_videoVídeo 
Atividade 
1. It is the product of formal instruction and it comprises a conscious process which 
results in conscious knowledge about' the language, for example knowledge of grammar 
rules. 
The previous information can be applied as to define: 
a) Universal grammar. 
b) Stimulus-response perspective. 
c) Acquisition. 
d) Learning. 
e) Zone of Proximal Development. 
 
2. It is understood as a subconscious process, which means that language subjects are 
not usually aware of the fact that they are absorbing a language, but are only aware of 
the fact that they are using the language for communication. 
The previous information can be applied as to define: 
a) Language Acquisition Device. 
b) Zone of Proximal Development. 
c) Learning. 
d) OperantConditioning. 
e) Acquisition. 
 
Tese inatista e a proposta gerativista 
Sabemos que a tese inatista postula que a estrutura da linguagem estaria inscrita no 
patrimônio cromossomático da natureza humana e seria ativada pelo meio, depois do 
nascimento. Por conseguinte, esse processo de ativação constitui a aquisição da 
linguagem. 
Nessa perspectiva, a linguagem aparece como uma aptidão característica da espécie 
humana, inscrita em sua estrutura biológico-genética. Assim, no ponto de vista do 
ensino de línguas, postular o inatismo da estrutura da língua tem uma importância de 
primeira ordem, pois a aquisição de uma língua não é mais encarada como a montagem 
artificial de um comportamento estranho ao homem (teoria behaviorista), mas como o 
desenvolvimento de uma aptidão inscrita em sua natureza. 
 Noam Chomsky. (Fonte: Wikimedia Commons) 
javascript:void(0);
 
Noam Chomsky, linguista norte-americano, fez uso dessa tese para desenvolver sua 
proposta teórica no campo da linguagem, conhecida como paradigma gerativista, 
gramática gerativa ou simplesmente gerativismo. 
Historicamente, a proposta gerativista foi inicialmente formulada como uma espécie de 
reação e rejeição ao modelo behaviorista de descrição dos fatos da linguagem, modelo 
dominante durante toda a primeira metade do século XX. 
É de suma importância frisarmos o fato que cada indivíduo humano sempre age 
criativamente no uso da linguagem, isto é, a todo momento, os seres humanos 
constroem frases novas e inéditas, jamais ditas anteriormente pelo próprio falante que as 
produziu ou por qualquer outro indivíduo. Assim, entendemos que todos os falantes são 
criativos, desde os analfabetos até os autores dos clássicos da literatura, uma vez que 
todos criam infinitamente novas frases, das mais simples às mais elaboradas e eruditas. 
Do ponto de vista inatista, a aquisição da língua pode ser vista como a transição de um 
estado da mente para outro: 
Estado cognitivo inicial 
Estado da mente no nascimento 
arrow_right_alt 
Estado estável 
Conhecimento nativo de uma língua natural 
Por conseguinte, o estado cognitivo inicial, longe de ser a tabula rasa dos modelos 
empíricos (behavioristas), já é um sistema magnificamente estruturado. 
A teoria do estado cognitivo inicial é chamada de gramática universal. A teoria de um 
estado estável particular é uma gramática particular (gramática da língua adquirida). 
Assim, a aquisição do conhecimento tácito de francês, italiano ou chinês, por exemplo, 
torna-se possível por meio do componente mente-cérebro que é explicitamente 
modelado pela gramática universal, em interação com uma trajetória específica de 
experiência linguística. 
A gramática universal expressa os universais biologicamente necessários, as 
propriedades que são universais porque são determinadas por nossa faculdade inata de 
linguagem, um componente do patrimônio biológico único da espécie humana. 
 
Embora a teoria inatista tenha causado uma revolução nos estudos da linguagem, há um 
fator essencial em que ela se apoia: a interação com uma trajetória específica de 
experiência linguística. 
Isso implica duas questões fundamentais: 
Processo de desenvolvimento cognitivo 
Questão descrita na visão conhecida como posição desenvolvimento-cognitiva, cujo 
principal representante é Jean Piaget. 
Necessidade de interação social 
Questão que pode ser investigada a partir da teoria sociocognitiva, embasada nas 
contribuições de Lev Vygotsky. 
Veremos as principais premissas dessas contribuições a seguir. Preparado para ampliar 
seus conhecimentos? 
Teoria desenvolvimento-cognitiva de 
Jean Piaget 
 Jean Piaget. (Fonte: nova escola) 
 
O sistema cognitivista proposto por Piaget, além de apresentar uma preocupação 
recorrente com a representação mental, também é visto como uma teoria 
desenvolvimentalista, pois volta-se aos processos pelos quais as crianças alcançam 
compreensão progressivamente mais avançada do seu ambiente e de si próprias. 
Nesse sentido, a linha de pensamento proposta pelo psicólogo suíço toma como 
premissas duas questões: 
javascript:void(0);
1. O desenvolvimento humano é um processo de adaptação; 
2. A mais elevada forma de adaptação humana é a cognição (ou conhecimento). 
Inevitavelmente, duas grandes questões carecem de investigação: 
 
Quais são as propriedades dos organismos que lhes permitem sobreviver? 
 
Como as espécies podem ser classificadas? 
A partir desses questionamentos, somos levados às seguintes reflexões: 
 
Quais características das crianças permitem-lhes que se adaptem ao seu ambiente? 
 
Qual é a maneira mais simples, precisa e útil de classificar o desenvolvimento infantil? 
Com base nessas questões, vemos que a orientação teórica de Piaget é claramente 
biológica e evolucionária, bem como cognitivista, pois ele estuda o desenvolvimento da 
mente (busca cognitiva) no contexto de adaptação biológica. 
Portanto, o recém-nascido é, de muitas maneiras, um organismo enormemente indefeso, 
que não sabe que o mundo é real, ignora causas e efeitos, não possui nenhuma ideia 
armazenada com a qual raciocinar e não tem capacidade de apresentar comportamentos 
intencionais. Tudo de que dispõe são uns poucos reflexos simples, além de uma incrível 
capacidade de se adaptar. 
 (Fonte: fizkes / Shutterstock) 
 
Em termos metafóricos, os recém-
nascidos são como pequenas máquinas 
sensoriais, que parecem naturalmente 
predispostas a adquirir e processar uma 
grande quantidade de informação. 
Eles buscam a estimulação exterior e respondem a ela de forma contínua. Como 
resultado, os reflexos simples dos bebês, tais como segurar, alcançar e agarrar, tornam-
se mais complexos, mais coordenados e mais propositais. O processo pelo qual isso 
ocorre foi definido por Piaget como adaptação. 
Além disso, para responder à primeira das questões propostas (i.e., quais são as 
propriedades dos organismos que lhes permitem sobreviver?), Piaget propõe os termos 
assimilação e acomodação como os processos que tornam possível a adaptação. 
Clique nos botões para ver as informações. 
Assimilação 
A assimilação envolve responder a situações usando atividades ou conhecimentos já 
aprendidos, ou que estão presentes no nascimento. Por exemplo, um bebê nasce com a 
capacidade de sugar, o que na perspectiva piagetiana corresponde a um esquema de 
sucção. Por definição, um esquema é um comportamento que tem estruturas 
neurológicas relacionadas a ele. 
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Assim, na teoria de Piaget, qualquer atividade distinta pode ser chamada de esquema. 
Por conseguinte, há esquemas de olhar, esquemas de falar, esquemas evidentes na 
capacidade da criança de somar e assim por diante. Objetos ou situações são assimilados 
a um esquema quando se pode responder a eles usando o conhecimento prévio. 
Portanto, o esquema de sugar permite ao bebê assimilar o mamilo ao comportamento de 
sugar. De forma análoga, uma criança que aprendeu as regras de adição, pode assimilar 
um problema como 1 + 1. 
Acomodação 
De forma resumida, podemos dizer que a 
assimilação implica reagir com base em 
aprendizagem e compreensão prévias. Já 
a acomodação implica mudança na 
compreensão. E é exatamente essa 
interação entre assimilação e 
acomodação que leva à adaptação. 
Por fim, é fundamental que se tenha um balanço entre a assimilação e a acomodação, 
isto é, um equilíbrio: se há muita assimilação, não há nova aprendizagem e, se há muita 
acomodação (ou seja, mudança), o comportamento torna-se caótico. É por esse motivo 
que esse balanço adequado é chamado de equilibração dentro do sistema de Piaget. 
A teoria desenvolvimento-cognitiva de Piaget entende que o desenvolvimento infantil 
progride ao longo de uma série de estágios, caracterizados pelo desenvolvimento de 
novas capacidades. Cada estágio consiste em um nível mais avançado de adaptação. 
Ele descrevequatro estágios principais e alguns subestágios ao longo dos quais as 
crianças progridem no seu desenvolvimento, conforme a tabela a seguir nos orienta. 
Estágio Período 
1) Sensório-motor Do nascimento aos 2 anos 
2) Pré-operacional 
. Preconceitual 
. Intuitivo 
Dos 2 aos 7 anos 
Dos 2 aos 4 anos 
Dos 4 aos 7 anos 
3) Operações concretas Dos 7 aos 11 ou 12 anos 
4) Operações formais Dos 11 aos 12 anos ou dos 14 aos 15 anos 
A seguir, conheceremos as características do 
comportamento infantil em cada estágio de 
desenvolvimento. Vamos lá! 
 
Características comportamentais dos estágios de desenvolvimento infantil 
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Clique no botão acima. 
Características comportamentais dos estágios de 
desenvolvimento infantil 
As características mais marcantes do comportamento infantil nos dois primeiros anos de 
vida são aquelas relacionadas à ausência da linguagem e da representação interna. É por 
esse motivo que o mundo da criança nesse período costuma ser definido como o mundo 
do aqui e agora, ou seja, os objetos apenas existem quando a criança os sente 
concretamente e faz coisas com eles, o que explica a classificação rotular de 
inteligência sensório-motora. 
Portanto, nesse estágio, quando os objetos não são sentidos, eles deixam de existir, uma 
vez que os bebês ainda não adquiriram o conceito de objeto, ou seja, a capacidade de se 
dar conta da permanência dos objetos. 
O estágio de pensamento pré-operacional marca uma acentuada melhora no sempre 
crescente entendimento da criança sobre o mundo. Entretanto, em comparação à 
compreensão do adulto, o pensamento pré-operacional exibe sérias insuficiências. 
Costuma-se dividir esse estágio em duas subcategorias: o preconceitual e o intuitivo. 
O estágio do pensamento preconceitual é caracterizado pela incapacidade de a criança 
compreender muitas das propriedades das classes, isto é, a criança apresenta 
dificuldades em diferenciar objetos. 
Dito de outra maneira: a criança preconceitual adquiriu a capacidade de representar 
objetos internamente (ou seja, no âmbito mental) e de identificá-los com base na sua 
inclusão em classes, mas agora reage a todos os objetos semelhantes como se eles 
fossem idênticos. Outra característica comum dessa etapa diz respeito a um tipo de 
raciocínio conhecido como transdutivo. Trata-se de um tipo falso de lógica que 
envolve fazer inferências de um objeto específico para outro. A criança que raciocina 
“meu cachorro tem pelo e aquela coisa tem pelo; portanto, aquela coisa é um cachorro” 
está desenvolvendo o raciocínio transdutivo. 
Entretanto, quando as crianças chegam aos quatro anos de idade, já atingiram uma 
compreensão mais completa dos conceitos e não raciocinam mais de modo transdutivo, 
uma vez que seu pensamento se tornou mais lógico, embora ainda seja governado mais 
pela percepção do que pela lógica. 
Na verdade, o papel desempenhado pela percepção no estágio do pensamento intuitivo 
é, provavelmente, a característica mais notável desse período: as crianças são facilmente 
enganadas pela aparência (percepção), bem como pela falta de capacidades lógicas 
específicas. 
Considere que dois recipientes cilíndricos de vidro com água no mesmo nível foram 
apresentados a um grupo de crianças. Ao pegarmos o conteúdo de um recipiente e o 
colocarmos no tubo de vidro mais alto, as crianças certamente irão achar que o vidro de 
mais alto possui mais água, embora o volume seja o mesmo. 
Os estágios preconceitual e intuitivo são preparatórios para um nível mais avançado, o 
de operações. É por esse motivo que eles também são conhecidos como pré-
operacionais. 
Por volta dos sete anos de idade, as crianças fazem uma transição importante: saem de 
um estágio dominado pela percepção para um tipo de pensamento mais regulado por 
regras, classificado como operações concretas. É exatamente nessa etapa que se dá a 
assimilação das propriedades de conservação dos objetos. 
Por conservação, entende-se a compreensão de que certos atributos quantitativos dos 
objetos não se alteram, a menos que se adicione ou que se tire algo deles. Portanto, é 
nessa etapa que as crianças conseguem responder adequadamente ao problema do 
volume de água proposto anteriormente. Agora, elas são capazes de entender que a 
mudança de recipiente não interferiu no volume total de água. 
Por fim, as operações formais representam alguns avanços significativos em relação às 
operações concretas. Esse último estágio na evolução do pensamento é marcado pelo 
aparecimento, no comportamento, do que é conhecido como pensamento 
proposicional, o pensamento que não fica restrito à consideração do concreto ou do 
potencialmente real. Ao contrário, lida com o domínio do hipotético. Assim, as crianças 
podem raciocinar do real para o meramente possível, ou do possível para o real nesse 
estágio. Elas são capazes de comparar estados de coisas hipotéticos com estados reais 
ou vice-versa. 
A fim de concluirmos essa seção, podemos resumir a essência da proposta piagetiana no 
seguinte conjunto de afirmações: 
 
1 
A aquisição do conhecimento é um processo de desenvolvimento gradual, que se torna 
possível pela interação da criança com o ambiente. 
 
2 
A sofisticação da representação do mundo pelas crianças é uma função do seu estágio 
de desenvolvimento, que é definido pelas estruturas de pensamento que elas possuem na 
ocasião. 
 
3 
Desenvolvimento gradual, experiência ativa, equilibração e interação social são as 
forças que moldam a aprendizagem. 
Uma proposta teórica que dá maior ênfase à interação social foi desenvolvida pelo 
psicólogo russo Lev Vygotsky, assunto de nossas próximas telas. 
ondemand_videoVídeo 
Proposta sociocognitiva de Vygotsky 
Vimos que o elemento de cunho social desempenha uma função de extrema importância 
nos processos de desenvolvimento humano, especialmente no que tange a aquisição da 
linguagem. Um dos principais valores imanentes em toda interação social corresponde 
ao elemento cultural e é a partir desse ponto de vista que Lev Vygotsky desenvolve sua 
proposta de uma teoria social-cognitiva. 
De acordo com a teoria social-cognitiva, a interação social está fundamentalmente 
envolvida no desenvolvimento da cognição. Uma vez que os seres humanos se valem de 
ferramentas e símbolos, tais recursos são inerentemente de ordem cultural, 
característicos de cada sociedade, cujos valores e usos encontram-se sistematizados 
sócio-historicamente. 
 Lev Vygotsky. (Fonte: nova escola) 
 
A importância da cultura na teoria de Vygotsky é realçada pela distinção proposta pelo 
teórico entre as funções elementares e as funções mentais superiores: 
Funções elementares 
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Tendências e comportamentos naturais, não aprendidos, evidentes na capacidade do 
recém-nascido de sugar, balbuciar e chorar. 
close 
Funções elementares 
Funções como pensamento, linguagem, resolução de problemas e imaginação, 
adquiridas através das interações sociais que as culturas possibilitam, uma vez que a 
cultura torna a linguagem possível e a interação social possibilita a aprendizagem da 
linguagem. 
Como vimos, durante o desenvolvimento, as funções elementares são transformadas em 
superiores. 
Muito da popularidade da estrutura teórica de Vygotsky diz respeito à sua descrição da 
relação entre aprendiz e professor (ou entre pais e criança). A seguir, veremos mais 
detalhes sobre essa relação. 
 
Relação entre aprendiz e professor 
 
Clique no botão acima. 
Relação entre aprendiz e professor 
Na estrutura teórica de Vygotsky, essa relação envolve ensinar e aprender para ambas as 
partes, ou seja, o professor aprende com a criança e sobre ela da mesma forma que a 
criança aprende por causa das ações do professor.Esse tipo de relação é comumente 
chamada de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). 
Dentro da perspectiva social-cognitiva, a fim de que possamos compreender 
adequadamente o desenvolvimento humano, devemos considerar não apenas o nível de 
desenvolvimento real da criança (aquilo que ela já consegue realizar de forma 
independente), mas também seu nível de desenvolvimento potencial, isto é, sua 
capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais 
capazes. 
A zona de desenvolvimento proximal refere-se, assim, ao caminho que o indivíduo vai 
percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que se 
tornarão funções consolidadas, estabelecidas em seu nível de desenvolvimento real 
futuro. Assim, a ZDP é um domínio psicológico em constante transformação: aquilo 
que uma criança é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer 
sozinha amanhã. 
É como se o processo de desenvolvimento progredisse mais lentamente que o 
processo de aprendizado, isto é, o aprendizado desperta processos de 
desenvolvimento que, aos poucos, vão se tornar parte das funções psicológicas 
consolidadas do indivíduo. Consequentemente, ao interferir constantemente na 
ZDP das crianças, os adultos e as crianças mais experientes contribuem para 
movimentar os processos de desenvolvimento dos membros imaturos da cultura. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon366/aula4.html#complementar2
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Finalmente, a tarefa do professor e dos pais é cuidar para que as crianças participem de 
atividades dentro de sua zona de desenvolvimento proximal, que, por definição, não se 
apresentem tão fáceis a ponto de as crianças conseguirem realizá-las corretamente sem 
esforço, nem tão difíceis que, mesmo com suporte, não consigam realizá-las. 
ondemand_videoVídeo 
Atividade 
3. A set of learning theories concerned mainly with objective events such as stimuli, 
responses, and rewards. Stimuli (conditions that lead to behavior) and responses (actual 
behavior) are the only direct observable aspects of human actions”. 
The previous information can be applied as to define a view on human learning. 
Which one? 
a) Cognitivism 
b) Interactionism 
c) Behaviorism 
d) Innatism 
e) Gerativism 
 
4. The most striking aspect of linguistic competence is what we may call the creativity 
of language, that is, the speaker's ability to produce new sentences, sentences that are 
immediately understood by other speakers although they bear no physical resemblance 
to sentences which are familiar. 
The previous information can be applied as to define a view on human learning. 
Which one? 
a) Innatism 
b) Constructivism 
c) Gerativism 
d) Behaviorism 
e) Sociocultural 
 
5. With regard to language acquisition, it suggests that children who are not given 
access to language in infancy and early childhood (because of deafness or extreme 
isolation) will never have their biologically-inherited device activated if these 
deprivations go on for too long. 
The previous information explains: 
a) The stimulus-response perspective. 
b) Competence and performance. 
c) Vygotsky’s Zone of Proximal Devlopment. 
d) Piaget’s Schematas. 
e) The Universal Grammar. 
Acessibilidade A+ A- 
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Prática de ensino em Língua Inglesa 
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Aula 5: Métodos tradicionais de ensino 
de língua inglesa I 
Apresentação 
Conforme os tópicos já estudados, um método corresponde a um conjunto de princípios 
e crenças, que é embasado por um cabedal teórico, uma sequência de planejamento 
didático-pedagógico e um conjunto de técnicas de ensino aplicadas diretamente em sala 
de aula. Assim, dependendo das prerrogativas teóricas e dos objetivos de aprendizagem 
da língua estrangeira em jogo, certas habilidades linguísticas poderão receber maior 
foco em detrimento de outras. 
O método de gramática e tradução corresponde a uma das primeiras tentativas de ensino 
sistematizada de línguas estrangeiras, especialmente utilizado durante a expansão dos 
impérios grego e romano. Uma vez que a principal questão cultural englobava o 
domínio das técnicas de leitura e escrita embasada nos moldes pré-estabelecidos pelos 
mestres das escolas greco-romanas, um dos principais objetivos desse método era 
garantir o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita nos idiomas grego e 
latino. 
Posteriormente, as técnicas que fundamentavam a prática dessa perspectiva 
metodológica foram adaptadas para o ensino de Língua Inglesa (e para outras línguas 
estrangeiras), conforme o ambiente cultural da época. 
Nesta aula, exploraremos justamente os detalhes teóricos desse método de ensino e suas 
principais contribuições para o ensino e aprendizagem de inglês como língua 
estrangeira. 
Objetivos 
• Descrever os princípios e crenças que fundamentam o método de gramática e 
tradução; 
• Relacionar a perspectiva cultural da época com a aplicabilidade e funcionalidade 
do método de gramática e tradução; 
• Discutir as vantagens e desvantagens de aplicação desse método no ensino de 
inglês como língua estrangeira no cenário contemporâneo. 
Método de gramática e tradução: 
princípios e crenças 
O ponto de partida para a aplicação de um método que tomou como base a leitura das 
obras clássicas publicadas em grego e latim seguia uma linha de raciocínio cultural da 
época: 
O desenvolvimento da inteligência pode 
ser aperfeiçoado a partir do estudo de 
idiomas, especialmente as línguas da 
antiguidade clássica, uma vez que é 
exigida a memorização de paradigmas de 
conjugação, estudo de casos e declinações 
e, especialmente, pela contribuição 
cultural e filosófica que oferecem ao 
aprendiz. Esses eram os pilares que 
reforçavam os estudos das produções 
literárias. 
Outro fundamento importante diz respeito à reflexão de cunho comparativo: ao realizar 
a investigação de natureza complexa desses idiomas, o aprendiz teria uma compreensão 
mais profunda de seu próprio idioma materno, fator este que lhe proporcionaria maior 
desenvoltura comunicativa. Consequentemente, estudar os idiomas grego e latino 
tornou-se sinônimo de crescimento e status intelectual. 
Em termos teóricos, o método de gramática e tradução pode ser sistematizado de acordo 
com os seguintes critérios: 
ondemand_videoVídeo 
Linguísticos 
Psicolinguísticos 
Pedagógicos 
Sociolinguísticos 
Gestão de ensino 
Objetivos de ensino e aprendizagem 
Oferecemos algumas considerações sobre cada um desses itens a seguir. 
Termos linguísticos 
O método de gramática e tradução vê a língua-alvo como sujeita a um determinado 
número de regras. São essas regras que, de fato, sustentam a existência de um código 
linguístico como suporte para a comunicação entre os seus falantes. Assim, o método 
parte dessa realidade estrutural, tendo-a como elemento-chave e ao qual todas as línguas 
encontram-se sujeitas. 
Se nós mantivermos essa linha de raciocínio, entendemos que, se existe um conjunto de 
regras que governam cada língua, certamente há um determinado número de exceções, 
que também podem ser formuladas como regras. Portanto, esse conjunto sistematizado 
de regras e exceções pode ser observado em frases e em textos, permitindo que haja 
uma aplicabilidade na construção textual. 
Fonte: Por favorita1987 / Shutterstock. 
 
Por fim, como as regras de gramática constituem um sistema formal presidido pela 
lógica, elas são observáveis de maneira especialmente perfeita nos textos literários ou 
em escritos de pessoas cultas. Essa tipologia textual que deve, justamente, servir de 
referência durante o aprendizado

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