Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA ESTÁGIO III EM FISIOTERAPIA CONDROMALÁCIA PATELAR RAFAEL DA SILVA CAMPOS CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 2020. UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA ESTÁGIO III EM FISIOTERAPIA CONDROMALÁCIA PATELAR RAFAEL DA SILVA CAMPOS Trabalho acadêmico apresentado a Universidade Estácio de Sá, como parte das exigências para a obtenção da aprovação na disciplina de Estágio III em Fisioterapia, do curso de Fisioterapia. Orientador: Diogo Areas Souza Vale. CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 2020 SUMÁRIO 1) INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 1 2) DESENVOLVIMENTO ---------------------------------------------------------------------- 2 2.1) CONDROMALÁCIA PATELAR ---------------------------------------------------------- 2 2.2) ANATOMIA DO JOELHO ----------------------------------------------------------------- 2 2.3) MÚSCULOS DO JOELHO ---------------------------------------------------------------- 3 2.4) PATELA --------------------------------------------------------------------------------------- 4 2.5) CLASSIFICAÇÃO --------------------------------------------------------------------------- 5 2.6) BIOMECÂNICA FEMOROPATELAR -------------------------------------------------- 5 2.7) FISIOPATOLOGIA -------------------------------------------------------------------------- 6 2.8) TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ------------------------------------------------ 7 3) CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------------- 11 4) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---------------------------------------------------- 12 5) ANEXOS DO RELATÓRIO ---------------------------------------------------------------- 15 ANEXO 1 – TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO ------------------------------- 15 ANEXO 2 – DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO PARA ESTÁGIO ----------------------- 18 ANEXO 3 – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO ---- 19 ANEXO 4 – DECLARAÇÃO DE CARGA HORÁRIA -------------------------------------- 20 ANEXO 5 – PARECER DO ESTÁGIO -------------------------------------------------------- 21 1 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho refere-se ao Relatório de Estágio III, de baixa e média complexidade, a nível de promoção, prevenção e tratamento de saúde na Clínica escola da Saúde da Universidade Estácio de Sá, localizado na AV. 28 de Março, Centro, Campos dos Goytacazes, todas as terças-feiras, de 14h às 18h, e as quintas- feiras, de 14h às 18h, com início no dia 17 de fevereiro de 2020 e término no dia 3 de julho de 2020. No início do estágio, as atividades foram desenvolvidas presencialmente na Clínica Escola, acompanhadas e supervisionadas pelo Fisioterapeuta/Professor Diogo Areas de Souza Vale, sendo realizadas avaliações e reavaliações dos pacientes da Clínica Escola, montagem e execução de planos de tratamento, descrição da evolução do paciente, orientações dos pacientes, entre outras atividades. Porém, devido a nova pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), declarada em 30 de janeiro de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e às orientações governamentais e do Ministério da Saúde (MS) sobre o distanciamento social, e outras medidas preventivas, a Universidade Estácio de Sá, suspendeu suas atividades presenciais em março (OLIVEIRA et al., 2020). Dessarte, as atividades passaram a ser realizadas à distância e online, pela plataforma do Microsoft Teams®, com a discussão de casos clínicos relacionados a prática fisioterapêutica. As aulas continuaram sendo realizadas às terças-feiras e quintas-feiras, das 14h às 18h. 2 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. CONDROMALÁCIA PATELAR Condromalácia de patela é um termo aplicado à perda de cartilagem envolvendo uma ou mais porções da patela; sua incidência na população é muito alta, aumentando conforme a faixa etária, sendo mais comum em pacientes do sexo feminino e com excesso de peso. A prática de exercício aumenta os níveis de produção deste liquido lubrificante, diminuindo e amenizando os principais sintomas de dor e de crepitação. As causas de condromalácia incluem instabilidade, trauma direto, fratura, subluxação patelar, aumento do ângulo do quadríceps, músculo vasto medial ineficiente, mau alinhamento pós-traumático, síndrome da pressão lateral excessiva lesão do ligamento cruzado posterior (FREIRE et al, 2006; AZEVEDO, 2008; BORGES, 2013). 2.2. ANATOMIA DO JOELHO A articulação do joelho é a maior e uma das mais complexas articulações do corpo. Ela é uma articulação em dobradiça sinovial, que satisfaz os requisitos de uma articulação de sustentação de peso, permitindo livre movimento em um plano somente combinado com considerável estabilidade, particularmente em extensão (MULLER, 2006; CIRIMBELLI, 2005). 3 Geralmente estabilidade e mobilidade são funções incompatíveis na maioria das articulações sacrificando uma pela outra. Entretanto, no joelho ambas as funções são executadas pela interação de ligamentos, músculos e movimentos complexos de deslizamento e rolamento nas superfícies articulares (GARRIDO et al, 2009; NUNO et al, 2012). O joelho consiste em três articulações inter-relacionadas: femorotibial, femoropatelar e tibiofibular proximal. Há quatro ossos sesamóides: a patela, a fabela medial e lateral e o sesamóide poplíteo. O suporte ligamentoso primário para o joelho é proporcionado pelos ligamentos colaterais, medial e lateral, e os ligamentos cruzados, cranial e caudal, intra-articulares. Interpostos entre os côndilos femorais e o platô tibial estão os meniscos medial e lateral (PAVAN, 2009; SILVA e SILVA, 2012) 2.3. MÚSCULOS DO JOELHO De acordo com Guaitanele (2005); Lima (2007), os quatro extensores do joelho consistem em reto da coxa, vasto intermédio, vasto lateral e vasto medial são coletivamente conhecidos como quadríceps femoral. O ligamento da patela é a extensão do complexo muscular do quadríceps desde o polo inferior da patela até a tuberosidade da tíbia, na parte anteroposterior [...] O tendão de inserção destas porções do músculo quadríceps da coxa é o mesmo que serve à inserção do músculo reto da coxa. O ligamento patelar, que se estende do ápice da patela à tuberosidade da tíbia, é, na verdade, a extremidade distal do tendão do quadríceps. Este tendão emite fortes expansões fasciais, os retináculos medial e lateral da patela, que unem seus lados e o ligamento patelar aos côndilos femorais e tibiais e ajudam a formar a cápsula da articulação do joelho. Os principais flexores do joelho consistem em três grandes músculos femorais, coletivamente conhecidos como músculos isquiotibiais da coxa: bíceps femoral, semitendíneo e semimenbranáceo. Os músculos isquiotibiais atravessam tanto a articulação do joelho como a do quadril e, portanto, têm função não apenas como flexores do joelho, mas também extensoras do quadril. Na flexão da perna ela pode tocar a face posterior da coxa, sendo a extensão o retorno do segmento de qualquer grau de flexão. A extensão é, obviamente, menos ampla. Outros músculos que compõem a flexão do joelho são: gastrocnêmio, poplíteo e o trato iliotibial. 4 2.4. PATELA A patela é um osso sesamóide incluído no tendão do músculo quadríceps. A superfície articular interna é lisa e curva, para a completa articulação com a tróclea. A articulação deslizante normal da patela e tróclea é necessária para a manutenção das exigências nutricionais das superfícies articulares troclear e patelar. A ausência de articulação normal resulta na degeneração da cartilagem articular troclear. A patela é também componente essencial no mecanismo funcional do aparelho extensor mantendo uma tensão regularquando o joelho é estendido, e também atua como um braço de alavanca, aumentando as vantagens mecânicas do grupo do músculo quadríceps. Juntamente com todo o aparelho extensor, fornece estabilidade à articulação do joelho (PONTEL, 2005; SILVA, 2005; PALMER, 2009). 5 O papel da patela consiste em aumentar a distância em relação ao eixo da articulação, proporcionar uma superfície articular lisa e proteger a face anterior do joelho. Sua fixação está a cargo de mecanismos estáticos e dinâmicos. A patela funciona como um fulcro que aumenta a vantagem mecânica do músculo quadríceps femoral. A estabilidade ativa da patela resulta da tração exercida pelo músculo vasto medial, que confere certo grau de estabilidade estática, juntamente com outros tecidos moles. O sulco troclear também contribui para a estabilidade, auxiliando pelo tamanho da patela e pela orientação vertical da mesma. (THOMPSON, 2005; TONTINI, AROCA, 2008). 2.5. CLASSIFICAÇÃO Existem 4 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem: I - amolecimento da cartilagem e edemas II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral. 2.6. BIOMECÂNICA FEMOROPATELAR A Biomecânica é uma área de conhecimento multidisciplinar que tem como foco de estudo o movimento do corpo humano e sua interação com o meio ambiente. Essa interação é compreendida pelos princípios da Física, particularmente da Mecânica, haja vista que, constantemente, o corpo aplica e recebe forças do meio ambiente (AMADIO; SERRÃO, 2011; AMADIO; SERRÃO, 2004). Os fundamentos básicos de biomecânica são de suma importância, norteando todo o estudo do movimento juntamente com a cinesiologia, permitindo assim a análise biomecânica do movimento humano para guiar o diagnóstico e a terapêutica da Fisioterapia. A articulação femoropatelar é constituída pela face patelar (fêmur) e a face posterior da patela, esses dois ossos precisam funcionar em perfeita harmonia para 6 que haja não só um bom deslizamento da patela sobre o fêmur, mais também para que os côndilos femorais possam rolar, deslizar e rodar sobre o platô tibial . A patela é um osso tipo sesamóide (que fica no meio de um conjunto tendinoso), com formato triangular, e localizado na frente do joelho. É o maior osso sesamóide do nosso corpo, encontrando-se dentro do tendão do músculo quadríceps e se articulando com a face patelar do fêmur para formar a APF. Possui no polo superior a inserção da musculatura anterior da coxa (Quadríceps) e no polo distal a origem do Ligamento Patelar. Tem como funções a melhora do movimento de flexo-extensão (polia) e proteção às estruturas internas. É um componente fundamental do chamado aparelho extensor do joelho (OLIVEIRA, MEIJA, 2014). O perfeito funcionamento femoropatelar será influenciado vigorosamente pelos estabilizadores estáticos (estruturas não contráteis) e dinâmicos (estruturas contráteis) da articulação. A patela se desloca constantemente nos movimentos ativos do joelho, movimentando-se, em um padrão com um formato de “C”. No plano frontal em extensão do joelho a 0 graus começa supero – lateral, a partir dos primeiros 40 graus de flexão a patela tornar-se mais inferiorizada e medianizada. No plano sagital a patela sofre uma flexão de 65 a 75 graus, que ocorre depois da flexão da tíbia (SILVA, MEIJA, 2015). 2.7. FISIOPATOLOGIA A dor anterior do joelho é uma condição muito comum que pode ter uma grande variedade de causas potenciais. A condromalácia, dentre outras patologias, é uma das causas da dor patelofemoral (TÁRSILA, SOUZA, 2015). Depois que o processo é iniciado, a síndrome da dor patelofemoral, frequentemente, se torna um problema crônico, levando o praticante a interromper a prática de esporte e de outras atividades. As alterações da cartilagem hialina tendem a evoluir rapidamente e podem levar a inaptidão funcional articular, estando entre as causas mais frequentes de inaptidão crônica. (MACARINI, 2004). A reclamação mais importante de pacientes com a SDPF é a dor retropatelar durante atividades como correr, agachar, subir e descer degraus, andar de bicicleta e ao saltar. Uma vez iniciado esse processo patológico, que frequentemente se torna 7 um problema crônico, o indivíduo é forçado a parar com a prática de esportes e outras atividades (MACHADO, AMORIN, 2005). Alguns autores atribuem esta dor a fatores de risco intrínsecos e extrínsecos. Fatores de risco extrínsecos são relacionados a aspectos não ligados ao corpo, como o tipo de atividade esportiva, a maneira com que o esporte é praticado, as condições ambientais e o equipamento utilizado, enquanto os fatores intrínsecos relacionam-se mais com as características físicas individuais e com as características psicológicas (ALMERON et al., 2009). É caracterizada por dor, edema e crepitação retropatelar, descrita como uma desconfortável sensação rangedora, assim como por um aumento da sensibilidade local que está associada ao desequilíbrio funcional do músculo quadríceps femoral, especialmente com a atrofia do músculo vasto medial, e com o encurtamento do trato iliotibial (MACHADO, AMORIN, 2005). Entretanto, os traumas esportivos, em geral, e o excesso de atividade física, como a sobrecarga de peso ou corridas excessivas, são frequentes agentes etiológicos da condromalácia patelar em praticantes das mais variadas modalidades esportivas, acometendo principalmente as mulheres e jovens (CEPPO, 2018). 2.8. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO A reabilitação do paciente com condromalácia patelar objetiva a diminuição da dor e melhora do quadro sintomatológico, fortalecimento e estabilização da musculatura do membro inferior, melhoria da flexibilidade e da biomecânica do joelho, redução da sobrecarga femoro-patelar, melhoria da funcionalidade global do joelho e do padrão de marcha (TÁRSILA, SOUZA, 2015). No tratamento conservador da condropatia patelar, devem estar inclusos exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, a mobilização articular, bandagens e propriocepção. Recursos eletrotermofototerapêuticos também podem ser explorados, para obtenção de efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, assim como a crioterapia (CARVALHO, JUNIOR, 2017). A condromalácia patelar pode ter sua sintomatologia controlada nos quadros álgicos, através da crioterapia, ou recursos eletroterapêuticos analgésicos, como 8 TENS. Na fase subaguda ou crônicas podemos utilizar o calor, como o ultrassom, por exemplo (TÁRSILA, SOUZA, 2015). O fisioterapeuta deve orientar ao paciente que faça repouso e modifique as suas atividades para a redução dos sintomas agudos, possibilitando a prescrição de um programa de reabilitação estruturado, privilegiando o alongamento do mecanismo extensor, do trato iliotibial, do retináculo e dos músculos isquiotibiais, além do fortalecimento do quadríceps, especialmente dirigido para o músculo vasto medial oblíquo (VMO), como principal estabilizador patelar medial dinâmico (SILVA, MEIJA, 2015). A mobilização e os estiramentos passivos e ativos dos tecidos, para ganho de flexibilidade, através da mobilização da rótula, banda íleo-tibial e isquiotibiais, devem compor o programa de reabilitação. O fortalecimento do quadríceps (reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermediário) é a base do tratamento conservador (principalmente o músculo vasto medial oblíquo), com perspectivas no alinhamento da patela mediante a otimização o desempenho muscular, com consequente redução da sintomatologia e melhora da funcionalidade (ATAÍDE, MEIJA, 2014). Os exercícios em cadeia cinética fechada têm sido mais indicados por serem mais semelhantes com as atividades de vida diária realizadas pelo paciente,ou seja, são funcionais e apresentam baixo estresse imposto na articulação femoropatelar, quando comparados com os exercícios em cadeia cinética aberta. No planejamento do programa de reabilitação devem, portanto, ser incluídos exercícios em cadeia cinética fechada, entre os 0-30º de flexão, além disso, os exercícios de flexo-extensão com peso na perna sobrecarregam a articulação, portanto, para diminuir o braço de alavanca e a dor o peso é colocado na coxa, outros exercícios que também pode-se utilizar: o agachamento, legg-press e exercícios de subir e descer escada conhecido como step (CARVALHO, JUNIOR, 2017). Quando utilizar exercícios em cadeia cinética aberta, são indicadas angulações entre os 40-90º, de forma a maximizar o trabalho muscular, acima disso o contato femoro-patelar é maior (TÁRSILA, SOUZA, 2015). 9 Inicialmente, nos casos de dor acentuada e fraqueza muscular significativa do quadríceps, o fortalecimento muscular pode ser iniciado com um conjunto de exercícios isométricos que devem, o mais rapidamente possível progredir para isotônicos em cadeia cinética aberta e fechada, uma vez que os exercícios isométricos não reproduzem o movimento funcional do joelho (ATAÍDE, MEIJA, 2014). Exercícios de fortalecimento muscular dos abdutores e rotadores externos da patela também devem estar inclusos no programa de reabilitação, e estão associados a melhora do alinhamento dinâmico do membro inferior, contribuindo para a diminuição da sintomatologia dolorosa (SILVA, MEIJA, 2014). A correção do posicionamento patelar através da utilização das técnicas de taping de Grelsamer e McConnell é uma forma de otimizar a trajetória de movimento da rótula na tróclea femoral e o seu alinhamento (GARCIA, MEIJA, 2016). O uso da Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM) aumenta a intensidade de ativação da musculatura, e nessa modalidade, são indicadas correntes pulsadas bidirecionais, para evitar os efeitos iônicos desencadeados pelas correntes polarizadas (TÁRSILA, SOUZA, 2015). O treino de marcha também é essencial nesses pacientes, para recuperação da marcha fisiológica e funcional. O uso do feedback visual é um grande recurso para corrigir padrões anormais. Os exercícios aquáticos (hidroterapia) através da flutuabilidade ajudam no aumento da amplitude de movimento e no fortalecimento muscular. O calor da água ajuda no relaxamento da musculatura envolta da articulação e a flutuação diminui a tensão sobre a mesma promovendo alívio de dor (SILVA, MEIJA, 2014). Durante as caminhadas na água há a produção de menor pressão articular e uma diminuição da força de impacto. Diferentes marchas podem ser utilizadas, por não sobrecarregarem a articulação afetada, sendo possível perceber que a marcha fora da piscina torna-se menos dolorosa (TÁRSILA, SOUZA, 2015). Se torna importante um programa de exercícios aquáticos porque estes são considerados mais confortáveis de executar do que exercícios de fortalecimento em 10 terra, especialmente para articulações que suportam o peso corporal. A capacidade funcional melhora quando os exercícios aquáticos ajudam a aperfeiçoar a função muscular, dando confiança ao paciente para realizar os mesmos exercícios em solo. De acordo com a avaliação fisioterapêutica, o uso de órteses dinâmicas estabilizadoras rotulianas podem ser indicadas para melhoria da dor uma vez que estas limitam a báscula e a translação lateral da patela, contribuindo para a melhoria da cinemática do joelho. A sua utilização durante os programas de reabilitação pode aumentar a eficácia destes ao aumentar o conforto do paciente durante a execução dos exercícios propostos (MENDES et al., 2019). 11 3. CONCLUSÃO Os acometimentos resultantes da condromalácia patelar requerem terapêuticas eficientes para redução da dor. Sendo assim, está presente como uma disfunção ortopédica muito incidente, que deve ser conhecida pelo profissional, para que a partir de uma avaliação minuciosa e precisa, considerando os aspectos biomecânicos, cinesiológicos e anatômicos do paciente, possa estabelecer um protocolo de tratamento conservador resolutivo, que traga alívio da dor e melhora funcional ao paciente, como ganho de força, resistência e flexibilidade muscular, além de melhoria da biomecânica e diminuição da sobrecarga femoropatelar. A abordagem fisioterapêutica pode incluir o fortalecimento dos músculos do quadríceps, os exercícios em cadeia cinética aberta e fechada, o alongamento, e recursos eletrotermofototerapêuticos. As atividades fisioterapêuticas proporcionam melhora significativa na condição patelar, redução ou eliminação da dor, aquisição de flexibilidade e fortalecimento muscular. As aulas de Estágio III, então, trataram de diversos casos clínicos, sobre diferentes temáticas dentro da fisioterapia. A experiência com a nova e temporária plataforma de acesso às aulas tem sido muito interessante e vem nos acrescentando muitos conhecimentos, possibilidades e interação em tempos de pandemia e isolamento social. A oportunidade de debate pela plataforma nos prepara para o mercado de trabalho, promovendo informação e prática de uma boa oralidade, além de influenciar a busca por científicos atuais, estimulando o conhecimento científico e uma prática fundamentada em evidências científicas. 12 4. REFERÊNCIAS ALMERON, M.M.; PACHECO, A.M.; PACHECO, I. Relação entre fatores de risco intrínsecos e extrínsecos e a prevalência de lesões em membros inferiores em atletas de basquetebol e voleibol. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 58-65, jul./dez. 2009. AMADIO, C, A; SERRÂO, S, J; A Biomecânica em Educação Física e Esporte. Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, p.15-24, dez. 2011. AMADIO, A.C.; SERRÃO, J.C. Biomecânica: trajetória e consolidação de uma disciplina acadêmica. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.18, p.45- 54, 2004. N. esp. ATAÍDE, D.S.; MEJIA, D. Atuação do Fisioterapeuta na reabilitação de pacientes com condromalácia patelar: fase crônica. Portal BioCursos, 2014. Disponível em <https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/37/18_- AtuaYYo_do_Fisioterapeuta_na_reabilitaYYo_de_pacientes_com_condromalYcia_p atelar_Fase_CrYnica.pdf>. Acesso em: 20/06/2020. BORGES, Alex Rodrigo. Joelho. Fisioterapia desportiva, 2013 CARVALHO, M.F.; JUNIOR, G.F. A condropatia patelar e a abordagem fisioterapêutica: uma revisão. Repositório de Artigos do Curso de Fisioterapia, FADEP, 2017. CEPPO, C. Utilização de Acupuntura e Vitamina D no tratamento da condromalácia patelar - Estudo de Caso. Centro de Estudos de Terapias Naturais, 2018. Disponível em <https://www.cetn.com.br/imprensa/utilizacao-de-acupuntura-e- vitamina-d-no-tratamento-da-condromalacea-patelar/20180313-141020-c737>. Acesso em: 21/06/2020. CIRIMBELLI, Luigi Olivo. Tratamento hidroterapêutico na artrose de joelho: estudo de caso. 85p.Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia como requisito parcial para a obtenção de título de bacharel em Fisioterapia. Tubarão, 2005. FREIRE, Maxime Figueiredo de Oliveira. et al. Condromalácia de patela: comparação entre os achados em aparelhos de ressonância magnética de alto e baixo campo magnético. Radiol Bras, 39(3):167–174, 2006. GARCIA, R.C.A.; MEIJA, D.P.M. Utilização do Kinesio Taping na Condromalácia Patelar. Portal BioCrusos, 2016. Disponível em <https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/97/310- UtilizaYYo_do_Kinesio_Taping_na_CondromalYcia_Patelar.pdf>. Acesso em: 18/06/2020. GARRIDO, Carlos Antônio. et al. Estudo comparativo entre a classificação radiológica e análise macro e microscópica das lesões na osteoartrose do joelho. Rev Bras Ortop. 2011;46(2):155-9. 13 GUAITANELE, Tais Giseli. A eficácia da aplicação de laser asalga 830nm em pacientes portadores de osteoartritede joelho. 132 P. Monografia apresentada ao corpo docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de fisioterapeuta, Cascavel, 2005. LIMA, Adriana Farah. Fisioterapia em lesão do ligamento cruzado anterior com ênfase no tratamento pós-operatório. 57 p. Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Fisioterapia da Universidade. MACHADO, F.A.; AMORIN, A.A. Condromalácia Patelar: aspectos estruturais, moleculares, morfológicos e biomecânicos. Revista De Educação Física - nº 130 - abril de 2005 - pág. 29-37. MACARINI, L.; PERRONE, A.; MURRONE, M. MARINI, S.; STEFANELLI, M. Valutazione della condropatia rotulea con RM: confronto tra sequenze FSE SPIR T2 e GE MTC. Radiol Med 2004; 108: 159-71. MENDES, P.G.; SANTOS, J.M.; CARVALHO, C.A.M.; FELÍCIO, L.R. Efetividade do tratamento fisioterapêutico na Disfunção Femoropatelar: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 2019;27(2):225-237. MULLER, Talita Mara. Estudo da eficácia da hidrocinesioterapia no tratamento da artrose de joelho. 100 p. Trabalho apresentado como requisito para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel 2006. NUNO, Sérgio Miguel Loureiro. et al. Análise da influência da aplicação de Kinesio Tape na ativação muscular durante um passe de futsal. Mestrado em Fisioterapia, 2012. OLIVEIRA, A.P.; MEIJA, D.P.M. O benefício da fisioterapia na disfunção patelo- femoral. Portal BioCursos, 2014. Disponível em <https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/34/269_- _O_benefYcio_da_fisioterapia_na_disfunYYo_patelo-femoral.pdf>. Acesso em: 25/06/2020. OLIVEIRA, W.K.; DUARTE, E.; FRANÇA. G.V.A.; GARCIA, L.P. Como o Brasil pode deter a COVID-19? Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 29(2):e2020044, 2020. PALMER, R. H. NAVC Conference Veterinary Proceedings. Orlando – FL, p. 1067–1068, 2009. PAVAN, Luana Regina Borges. Luxação patelar e tratamento fisioterapêutico. Trabalho apresentado para conclusão do curso de Medicina Veterinária/ FMU. São Paulo, 2009. PONTEL, Alexandre. Exercícios aquáticos indicados no tratamento da condromalácia patelar. Monografia apresentada a Universidade FMU. 2005. SILVA, Carlos Roberto. et al. Dicionário Ilustrado de Saúde. Edit. Tendes, 2a Edição, 2005. SILVA, Jacqueline Mota. SILVA, Uilson Geslen Sena. Benefícios de um programa de fortalecimento de quadríceps em pacientes acometidos por osteoartrite: 14 uma revisão de literatura. 50 p. Monografia apresentada à Faculdade Nobre de Feira de Santana – BA, como requisito parcial obrigatório da Disciplina de TCC II, para obtenção de título de Bacharel em Fisioterapia. Bahia, 2012. SILVA, M.R.P.; MEIJA, D.M. Fortalecimento muscular em pacientes com condromalácia patelar. Portal BioCursos, 2015. Disponível em <https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/97/342- Fortalecimento_muscular_em_pacientes_com_condromalYcia_patelar.pdf>. Acesso em: 19/06/2020. TÁRSILA, D. SOUZA, C.E.A. Intervenção Fisioterapêutica na Condromalácia Patelar: uma revisão bibliográfica. InterFISIO, 2015. Disponível em <https://interfisio.com.br/intervencao-fisioterapeutica-na-condromalacia-patelar-uma- revisao-bibliografica/>. Acesso em: 19/06/2020. THOMPSON, D. Bandagem funcional: aspectos teóricos. Terapia Manual, 2005. TONTINI, Jaqueline. AROCA, Janaina Paula. Tratamento fisioterapêutico após procedimento cirúrgico de redução de fratura de patela – estudo de caso. II Seminário de Fisioterapia da UNIAMERICA: Iniciação Científica, 5 e 6 de maio 2008, Foz do Iguaçu, PR ISBN: 978-85-99691-10-6. 15 5. ANEXOS DO RELATÓRIO ANEXO 1 – TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO 16 17 18 ANEXO 2 – DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO PARA ESTÁGIO COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO PARA ESTÁGIO ANEXO 2 Declaro, para comprovação junto à Coordenação de Estágio de Fisioterapia da Universidade Estácio de Sá, que o aluno Rafael da Silva Campos, matrícula 201607178613, foi aceito para realizar estágio supervisionado na unidade, Clínica de Saúde da Universidade Estácio de Sá no período de 17/02/2020 à 03/07/2020. O aluno deverá cumprir nesta instituição o seguinte Plano de Estágio estando ciente dos objetivos deste estágio, bem como, dos documentos necessários a seu acompanhamento e avaliação. ATIVIDADE PREVISTA PARTICIPAÇÃO DA SEMANA DE TREINAMENTO REALIZAÇÃO DE AVALIAÇÃO/REAVALIAÇÃO PLANEJAMENTO DE OBJETIVOS FUNCIONAIS E PLANO DE TRATAMENTO REALIZAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO DESCRIÇÃO DA EVOLUÇÃO DO PACIENTE PARTICIPAÇÃO DO CENTRO DE ESTUDOS ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES/CUIDADORES CARGA HORÁRIA PREVISTA 132 HORAS ___________________, ___/___/___ ______________________________________ Assinatura do Supervisor de Estágio __________________________________________ Assinatura do Professor da Disciplina Estágio 19 ANEXO 3 – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO ANEXO 3 Aluno: Rafael da Silva Campos Matrícula: 201607178613 Área: Fisioterapia Carga horária: 132 horas Estágio: III Período: 17/02/2020 À 03/07/2020 Carga Horária Total: 132 horas Avaliação e parecer da parte PRÁTICA do Estágio Supervisionado Curricular ÁREA GRAU MÁXIMO GRAU ATRIBUIDO Assiduidade e Pontualidade 1,5 Comunicação Liderança 1 Responsabilidade (Atitude profissional) 1,5 Conduta Fisiofuncional e Intervenção 1 TOTAL 5 ____________________________________ Assinatura e carimbo do Professor / Preceptor do Estágio Prático 20 ANEXO 4 – DECLARAÇÃO DE CARGA HORÁRIA ANEXO 4 DECLARAÇÃO DE CARGA HORÁRIA Declaro, para fins de comprovação de Estágio Supervisionado de Fisioterapia que o aluno Rafael da Silva Campos, regularmente matriculado no Curso de Fisioterapia da Universidade Estácio de Sá, estagiou nesta Instituição na(s) área(s) de: Fisioterapia cumprindo 132 (centro e trinta e duas) horas no período de 17/02/2020 à 03/07/2020, cumprindo um total de 132 (centro e trinta e duas) horas de estágio. Campos dos Goytacazes, ___ de ________________ de ____ . ___________________________________________ Assinatura do Representante Legal da Instituição e Carimbo Institucional ____________________________________________ Assinatura Carimbo do Supervisor de Estágio da Instituição 21 ANEXO 5 – PARECER DO ESTÁGIO PARECER DO ESTÁGIO ANEXO 5 1- Carga horária da disciplina Estágio Supervisionado 132 horas. 1. O (a) aluno (a) obteve frequência mínima nos encontros em sala de aula? SIM NÃO 2. O (a) aluno (a) obteve conhecimento teórico mínimo exigido para aprovação? SIM NÃO Considerando que TODAS as exigências foram cumpridas, o(a) aluno(a) está __________________ na Disciplina Estágio ______. ______________ de __________________ de _______. __________________________________________________ Assinatura e carimbo do Professor da Disciplina Estágio Aluno: Rafael da Silva Campos Matrícula: 201607178613 Campus: Campos dos Goytacazes Estágio: Prática Supervisionada de Estágio III em Fisioterapia
Compartilhar