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bursite do ombro

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UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
ESTÁGIO III EM FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONDROMALÁCIA PATELAR 
 
 
 
 
 
 
 
RAFAEL DA SILVA CAMPOS 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 
2020. 
UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
ESTÁGIO III EM FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
CONDROMALÁCIA PATELAR 
 
 
 
 
RAFAEL DA SILVA CAMPOS 
 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado a 
Universidade Estácio de Sá, como parte das 
exigências para a obtenção da aprovação na 
disciplina de Estágio III em Fisioterapia, do 
curso de Fisioterapia. 
Orientador: Diogo Areas Souza Vale. 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 
2020 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 1 
2) DESENVOLVIMENTO ---------------------------------------------------------------------- 2 
2.1) CONDROMALÁCIA PATELAR ---------------------------------------------------------- 2 
2.2) ANATOMIA DO JOELHO ----------------------------------------------------------------- 2 
2.3) MÚSCULOS DO JOELHO ---------------------------------------------------------------- 3 
2.4) PATELA --------------------------------------------------------------------------------------- 4 
2.5) CLASSIFICAÇÃO --------------------------------------------------------------------------- 5 
2.6) BIOMECÂNICA FEMOROPATELAR -------------------------------------------------- 5 
2.7) FISIOPATOLOGIA -------------------------------------------------------------------------- 6 
2.8) TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ------------------------------------------------ 7 
3) CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------------- 11 
4) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---------------------------------------------------- 12 
5) ANEXOS DO RELATÓRIO ---------------------------------------------------------------- 15 
ANEXO 1 – TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO ------------------------------- 15 
ANEXO 2 – DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO PARA ESTÁGIO ----------------------- 18 
ANEXO 3 – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO ---- 19 
ANEXO 4 – DECLARAÇÃO DE CARGA HORÁRIA -------------------------------------- 20 
ANEXO 5 – PARECER DO ESTÁGIO -------------------------------------------------------- 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho refere-se ao Relatório de Estágio III, de baixa e média 
complexidade, a nível de promoção, prevenção e tratamento de saúde na Clínica 
escola da Saúde da Universidade Estácio de Sá, localizado na AV. 28 de Março, 
Centro, Campos dos Goytacazes, todas as terças-feiras, de 14h às 18h, e as quintas-
feiras, de 14h às 18h, com início no dia 17 de fevereiro de 2020 e término no dia 3 de 
julho de 2020. 
No início do estágio, as atividades foram desenvolvidas presencialmente na 
Clínica Escola, acompanhadas e supervisionadas pelo Fisioterapeuta/Professor 
Diogo Areas de Souza Vale, sendo realizadas avaliações e reavaliações dos 
pacientes da Clínica Escola, montagem e execução de planos de tratamento, 
descrição da evolução do paciente, orientações dos pacientes, entre outras 
atividades. 
Porém, devido a nova pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), 
declarada em 30 de janeiro de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e às 
orientações governamentais e do Ministério da Saúde (MS) sobre o distanciamento 
social, e outras medidas preventivas, a Universidade Estácio de Sá, suspendeu suas 
atividades presenciais em março (OLIVEIRA et al., 2020). 
Dessarte, as atividades passaram a ser realizadas à distância e online, pela 
plataforma do Microsoft Teams®, com a discussão de casos clínicos relacionados a 
prática fisioterapêutica. 
As aulas continuaram sendo realizadas às terças-feiras e quintas-feiras, das 
14h às 18h. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. CONDROMALÁCIA PATELAR 
Condromalácia de patela é um termo aplicado à perda de cartilagem 
envolvendo uma ou mais porções da patela; sua incidência na população é muito alta, 
aumentando conforme a faixa etária, sendo mais comum em pacientes do sexo 
feminino e com excesso de peso. A prática de exercício aumenta os níveis de 
produção deste liquido lubrificante, diminuindo e amenizando os principais sintomas 
de dor e de crepitação. As causas de condromalácia incluem instabilidade, trauma 
direto, fratura, subluxação patelar, aumento do ângulo do quadríceps, músculo vasto 
medial ineficiente, mau alinhamento pós-traumático, síndrome da pressão lateral 
excessiva lesão do ligamento cruzado posterior (FREIRE et al, 2006; AZEVEDO, 
2008; BORGES, 2013). 
 
2.2. ANATOMIA DO JOELHO 
 
A articulação do joelho é a maior e uma das mais complexas articulações do 
corpo. Ela é uma articulação em dobradiça sinovial, que satisfaz os requisitos de uma 
articulação de sustentação de peso, permitindo livre movimento em um plano somente 
combinado com considerável estabilidade, particularmente em extensão (MULLER, 
2006; CIRIMBELLI, 2005). 
 
3 
 
Geralmente estabilidade e mobilidade são funções incompatíveis na maioria 
das articulações sacrificando uma pela outra. Entretanto, no joelho ambas as funções 
são executadas pela interação de ligamentos, músculos e movimentos complexos de 
deslizamento e rolamento nas superfícies articulares (GARRIDO et al, 2009; NUNO et 
al, 2012). 
O joelho consiste em três articulações inter-relacionadas: femorotibial, 
femoropatelar e tibiofibular proximal. Há quatro ossos sesamóides: a patela, a fabela 
medial e lateral e o sesamóide poplíteo. O suporte ligamentoso primário para o joelho 
é proporcionado pelos ligamentos colaterais, medial e lateral, e os ligamentos 
cruzados, cranial e caudal, intra-articulares. Interpostos entre os côndilos femorais e 
o platô tibial estão os meniscos medial e lateral (PAVAN, 2009; SILVA e SILVA, 2012) 
2.3. MÚSCULOS DO JOELHO 
De acordo com Guaitanele (2005); Lima (2007), os quatro extensores do joelho 
consistem em reto da coxa, vasto intermédio, vasto lateral e vasto medial são 
coletivamente conhecidos como quadríceps femoral. O ligamento da patela é a 
extensão do complexo muscular do quadríceps desde o polo inferior da patela até a 
tuberosidade da tíbia, na parte anteroposterior [...] O tendão de inserção destas 
porções do músculo quadríceps da coxa é o mesmo que serve à inserção do músculo 
reto da coxa. O ligamento patelar, que se estende do ápice da patela à tuberosidade 
da tíbia, é, na verdade, a extremidade distal do tendão do quadríceps. Este tendão 
emite fortes expansões fasciais, os retináculos medial e lateral da patela, que unem 
seus lados e o ligamento patelar aos côndilos femorais e tibiais e ajudam a formar a 
cápsula da articulação do joelho. Os principais flexores do joelho consistem em três 
grandes músculos femorais, coletivamente conhecidos como músculos isquiotibiais 
da coxa: bíceps femoral, semitendíneo e semimenbranáceo. Os músculos isquiotibiais 
atravessam tanto a articulação do joelho como a do quadril e, portanto, têm função 
não apenas como flexores do joelho, mas também extensoras do quadril. Na flexão 
da perna ela pode tocar a face posterior da coxa, sendo a extensão o retorno do 
segmento de qualquer grau de flexão. A extensão é, obviamente, menos ampla. 
Outros músculos que compõem a flexão do joelho são: gastrocnêmio, poplíteo e o 
trato iliotibial. 
 
4 
 
 
2.4. PATELA 
A patela é um osso sesamóide incluído no tendão do músculo quadríceps. A 
superfície articular interna é lisa e curva, para a completa articulação com a tróclea. A 
articulação deslizante normal da patela e tróclea é necessária para a manutenção das 
exigências nutricionais das superfícies articulares troclear e patelar. A ausência de 
articulação normal resulta na degeneração da cartilagem articular troclear. A patela é 
também componente essencial no mecanismo funcional do aparelho extensor 
mantendo uma tensão regularquando o joelho é estendido, e também atua como um 
braço de alavanca, aumentando as vantagens mecânicas do grupo do músculo 
quadríceps. Juntamente com todo o aparelho extensor, fornece estabilidade à 
articulação do joelho (PONTEL, 2005; SILVA, 2005; PALMER, 2009). 
 
 
5 
 
O papel da patela consiste em aumentar a distância em relação ao eixo da 
articulação, proporcionar uma superfície articular lisa e proteger a face anterior do 
joelho. Sua fixação está a cargo de mecanismos estáticos e dinâmicos. A patela 
funciona como um fulcro que aumenta a vantagem mecânica do músculo quadríceps 
femoral. A estabilidade ativa da patela resulta da tração exercida pelo músculo vasto 
medial, que confere certo grau de estabilidade estática, juntamente com outros tecidos 
moles. O sulco troclear também contribui para a estabilidade, auxiliando pelo tamanho 
da patela e pela orientação vertical da mesma. (THOMPSON, 2005; TONTINI, 
AROCA, 2008). 
2.5. CLASSIFICAÇÃO 
Existem 4 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de 
deterioração da cartilagem: 
 I - amolecimento da cartilagem e edemas 
 II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro 
 III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm 
 IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso 
subcondral. 
2.6. BIOMECÂNICA FEMOROPATELAR 
A Biomecânica é uma área de conhecimento multidisciplinar que tem como foco 
de estudo o movimento do corpo humano e sua interação com o meio ambiente. Essa 
interação é compreendida pelos princípios da Física, particularmente da Mecânica, 
haja vista que, constantemente, o corpo aplica e recebe forças do meio ambiente 
(AMADIO; SERRÃO, 2011; AMADIO; SERRÃO, 2004). 
Os fundamentos básicos de biomecânica são de suma importância, norteando 
todo o estudo do movimento juntamente com a cinesiologia, permitindo assim a 
análise biomecânica do movimento humano para guiar o diagnóstico e a terapêutica 
da Fisioterapia. 
A articulação femoropatelar é constituída pela face patelar (fêmur) e a face 
posterior da patela, esses dois ossos precisam funcionar em perfeita harmonia para 
 
6 
 
que haja não só um bom deslizamento da patela sobre o fêmur, mais também para 
que os côndilos femorais possam rolar, deslizar e rodar sobre o platô tibial . A patela 
é um osso tipo sesamóide (que fica no meio de um conjunto tendinoso), com formato 
triangular, e localizado na frente do joelho. É o maior osso sesamóide do nosso corpo, 
encontrando-se dentro do tendão do músculo quadríceps e se articulando com a face 
patelar do fêmur para formar a APF. Possui no polo superior a inserção da 
musculatura anterior da coxa (Quadríceps) e no polo distal a origem do Ligamento 
Patelar. Tem como funções a melhora do movimento de flexo-extensão (polia) e 
proteção às estruturas internas. É um componente fundamental do chamado aparelho 
extensor do joelho (OLIVEIRA, MEIJA, 2014). 
 O perfeito funcionamento femoropatelar será influenciado vigorosamente pelos 
estabilizadores estáticos (estruturas não contráteis) e dinâmicos (estruturas 
contráteis) da articulação. A patela se desloca constantemente nos movimentos ativos 
do joelho, movimentando-se, em um padrão com um formato de “C”. No plano frontal 
em extensão do joelho a 0 graus começa supero – lateral, a partir dos primeiros 40 
graus de flexão a patela tornar-se mais inferiorizada e medianizada. No plano sagital 
a patela sofre uma flexão de 65 a 75 graus, que ocorre depois da flexão da tíbia 
(SILVA, MEIJA, 2015). 
2.7. FISIOPATOLOGIA 
A dor anterior do joelho é uma condição muito comum que pode ter uma grande 
variedade de causas potenciais. A condromalácia, dentre outras patologias, é uma 
das causas da dor patelofemoral (TÁRSILA, SOUZA, 2015). 
Depois que o processo é iniciado, a síndrome da dor patelofemoral, 
frequentemente, se torna um problema crônico, levando o praticante a interromper a 
prática de esporte e de outras atividades. As alterações da cartilagem hialina tendem 
a evoluir rapidamente e podem levar a inaptidão funcional articular, estando entre as 
causas mais frequentes de inaptidão crônica. (MACARINI, 2004). 
A reclamação mais importante de pacientes com a SDPF é a dor retropatelar 
durante atividades como correr, agachar, subir e descer degraus, andar de bicicleta e 
ao saltar. Uma vez iniciado esse processo patológico, que frequentemente se torna 
 
7 
 
um problema crônico, o indivíduo é forçado a parar com a prática de esportes e outras 
atividades (MACHADO, AMORIN, 2005). 
Alguns autores atribuem esta dor a fatores de risco intrínsecos e extrínsecos. 
Fatores de risco extrínsecos são relacionados a aspectos não ligados ao corpo, como 
o tipo de atividade esportiva, a maneira com que o esporte é praticado, as condições 
ambientais e o equipamento utilizado, enquanto os fatores intrínsecos relacionam-se 
mais com as características físicas individuais e com as características psicológicas 
(ALMERON et al., 2009). 
É caracterizada por dor, edema e crepitação retropatelar, descrita como uma 
desconfortável sensação rangedora, assim como por um aumento da sensibilidade 
local que está associada ao desequilíbrio funcional do músculo quadríceps femoral, 
especialmente com a atrofia do músculo vasto medial, e com o encurtamento do trato 
iliotibial (MACHADO, AMORIN, 2005). 
Entretanto, os traumas esportivos, em geral, e o excesso de atividade física, 
como a sobrecarga de peso ou corridas excessivas, são frequentes agentes 
etiológicos da condromalácia patelar em praticantes das mais variadas modalidades 
esportivas, acometendo principalmente as mulheres e jovens (CEPPO, 2018). 
2.8. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
A reabilitação do paciente com condromalácia patelar objetiva a diminuição da 
dor e melhora do quadro sintomatológico, fortalecimento e estabilização da 
musculatura do membro inferior, melhoria da flexibilidade e da biomecânica do 
joelho, redução da sobrecarga femoro-patelar, melhoria da funcionalidade global do 
joelho e do padrão de marcha (TÁRSILA, SOUZA, 2015). 
No tratamento conservador da condropatia patelar, devem estar inclusos 
exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, a mobilização articular, 
bandagens e propriocepção. Recursos eletrotermofototerapêuticos também podem 
ser explorados, para obtenção de efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, assim 
como a crioterapia (CARVALHO, JUNIOR, 2017). 
A condromalácia patelar pode ter sua sintomatologia controlada nos quadros 
álgicos, através da crioterapia, ou recursos eletroterapêuticos analgésicos, como 
 
8 
 
TENS. Na fase subaguda ou crônicas podemos utilizar o calor, como o ultrassom, 
por exemplo (TÁRSILA, SOUZA, 2015). 
O fisioterapeuta deve orientar ao paciente que faça repouso e modifique as 
suas atividades para a redução dos sintomas agudos, possibilitando a prescrição de 
um programa de reabilitação estruturado, privilegiando o alongamento do 
mecanismo extensor, do trato iliotibial, do retináculo e dos músculos isquiotibiais, 
além do fortalecimento do quadríceps, especialmente dirigido para o músculo vasto 
medial oblíquo (VMO), como principal estabilizador patelar medial dinâmico (SILVA, 
MEIJA, 2015). 
A mobilização e os estiramentos passivos e ativos dos tecidos, para ganho de 
flexibilidade, através da mobilização da rótula, banda íleo-tibial e isquiotibiais, devem 
compor o programa de reabilitação. 
O fortalecimento do quadríceps (reto femoral, vasto lateral, vasto medial e 
vasto intermediário) é a base do tratamento conservador (principalmente o músculo 
vasto medial oblíquo), com perspectivas no alinhamento da patela mediante a 
otimização o desempenho muscular, com consequente redução da sintomatologia e 
melhora da funcionalidade (ATAÍDE, MEIJA, 2014). 
Os exercícios em cadeia cinética fechada têm sido mais indicados por serem 
mais semelhantes com as atividades de vida diária realizadas pelo paciente,ou seja, 
são funcionais e apresentam baixo estresse imposto na articulação femoropatelar, 
quando comparados com os exercícios em cadeia cinética aberta. 
 No planejamento do programa de reabilitação devem, portanto, ser incluídos 
exercícios em cadeia cinética fechada, entre os 0-30º de flexão, além disso, os 
exercícios de flexo-extensão com peso na perna sobrecarregam a articulação, 
portanto, para diminuir o braço de alavanca e a dor o peso é colocado na coxa, 
outros exercícios que também pode-se utilizar: o agachamento, legg-press e 
exercícios de subir e descer escada conhecido como step (CARVALHO, JUNIOR, 
2017). 
Quando utilizar exercícios em cadeia cinética aberta, são indicadas 
angulações entre os 40-90º, de forma a maximizar o trabalho muscular, acima disso 
o contato femoro-patelar é maior (TÁRSILA, SOUZA, 2015). 
 
9 
 
Inicialmente, nos casos de dor acentuada e fraqueza muscular significativa do 
quadríceps, o fortalecimento muscular pode ser iniciado com um conjunto de 
exercícios isométricos que devem, o mais rapidamente possível progredir para 
isotônicos em cadeia cinética aberta e fechada, uma vez que os exercícios 
isométricos não reproduzem o movimento funcional do joelho (ATAÍDE, MEIJA, 
2014). 
Exercícios de fortalecimento muscular dos abdutores e rotadores externos da 
patela também devem estar inclusos no programa de reabilitação, e estão 
associados a melhora do alinhamento dinâmico do membro inferior, contribuindo 
para a diminuição da sintomatologia dolorosa (SILVA, MEIJA, 2014). 
A correção do posicionamento patelar através da utilização das técnicas 
de taping de Grelsamer e McConnell é uma forma de otimizar a trajetória de 
movimento da rótula na tróclea femoral e o seu alinhamento (GARCIA, MEIJA, 
2016). 
O uso da Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM) aumenta a intensidade 
de ativação da musculatura, e nessa modalidade, são indicadas correntes pulsadas 
bidirecionais, para evitar os efeitos iônicos desencadeados pelas correntes 
polarizadas (TÁRSILA, SOUZA, 2015). 
O treino de marcha também é essencial nesses pacientes, para recuperação 
da marcha fisiológica e funcional. O uso do feedback visual é um grande recurso 
para corrigir padrões anormais. 
Os exercícios aquáticos (hidroterapia) através da flutuabilidade ajudam no 
aumento da amplitude de movimento e no fortalecimento muscular. O calor da água 
ajuda no relaxamento da musculatura envolta da articulação e a flutuação diminui a 
tensão sobre a mesma promovendo alívio de dor (SILVA, MEIJA, 2014). 
Durante as caminhadas na água há a produção de menor pressão articular e 
uma diminuição da força de impacto. Diferentes marchas podem ser utilizadas, por 
não sobrecarregarem a articulação afetada, sendo possível perceber que a marcha 
fora da piscina torna-se menos dolorosa (TÁRSILA, SOUZA, 2015). 
Se torna importante um programa de exercícios aquáticos porque estes são 
considerados mais confortáveis de executar do que exercícios de fortalecimento em 
 
10 
 
terra, especialmente para articulações que suportam o peso corporal. A capacidade 
funcional melhora quando os exercícios aquáticos ajudam a aperfeiçoar a função 
muscular, dando confiança ao paciente para realizar os mesmos exercícios em solo. 
De acordo com a avaliação fisioterapêutica, o uso de órteses dinâmicas 
estabilizadoras rotulianas podem ser indicadas para melhoria da dor uma vez que 
estas limitam a báscula e a translação lateral da patela, contribuindo para a melhoria 
da cinemática do joelho. A sua utilização durante os programas de reabilitação pode 
aumentar a eficácia destes ao aumentar o conforto do paciente durante a execução 
dos exercícios propostos (MENDES et al., 2019). 
 
 
11 
 
3. CONCLUSÃO 
Os acometimentos resultantes da condromalácia patelar requerem terapêuticas 
eficientes para redução da dor. Sendo assim, está presente como uma disfunção 
ortopédica muito incidente, que deve ser conhecida pelo profissional, para que a partir 
de uma avaliação minuciosa e precisa, considerando os aspectos biomecânicos, 
cinesiológicos e anatômicos do paciente, possa estabelecer um protocolo de 
tratamento conservador resolutivo, que traga alívio da dor e melhora funcional ao 
paciente, como ganho de força, resistência e flexibilidade muscular, além de melhoria 
da biomecânica e diminuição da sobrecarga femoropatelar. 
A abordagem fisioterapêutica pode incluir o fortalecimento dos músculos do 
quadríceps, os exercícios em cadeia cinética aberta e fechada, o alongamento, e 
recursos eletrotermofototerapêuticos. 
As atividades fisioterapêuticas proporcionam melhora significativa na condição 
patelar, redução ou eliminação da dor, aquisição de flexibilidade e fortalecimento 
muscular. 
As aulas de Estágio III, então, trataram de diversos casos clínicos, sobre 
diferentes temáticas dentro da fisioterapia. 
A experiência com a nova e temporária plataforma de acesso às aulas tem sido 
muito interessante e vem nos acrescentando muitos conhecimentos, possibilidades e 
interação em tempos de pandemia e isolamento social. 
A oportunidade de debate pela plataforma nos prepara para o mercado de 
trabalho, promovendo informação e prática de uma boa oralidade, além de influenciar 
a busca por científicos atuais, estimulando o conhecimento científico e uma prática 
fundamentada em evidências científicas. 
 
 
12 
 
4. REFERÊNCIAS 
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disciplina acadêmica. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.18, p.45-
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Edição, 2005. 
SILVA, Jacqueline Mota. SILVA, Uilson Geslen Sena. Benefícios de um programa 
de fortalecimento de quadríceps em pacientes acometidos por osteoartrite: 
 
14 
 
uma revisão de literatura. 50 p. Monografia apresentada à Faculdade Nobre de 
Feira de Santana – BA, como requisito parcial obrigatório da Disciplina de TCC II, 
para obtenção de título de Bacharel em Fisioterapia. Bahia, 2012. 
SILVA, M.R.P.; MEIJA, D.M. Fortalecimento muscular em pacientes com 
condromalácia patelar. Portal BioCursos, 2015. Disponível em 
<https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/97/342-
Fortalecimento_muscular_em_pacientes_com_condromalYcia_patelar.pdf>. Acesso 
em: 19/06/2020. 
TÁRSILA, D. SOUZA, C.E.A. Intervenção Fisioterapêutica na Condromalácia 
Patelar: uma revisão bibliográfica. InterFISIO, 2015. Disponível em 
<https://interfisio.com.br/intervencao-fisioterapeutica-na-condromalacia-patelar-uma-
revisao-bibliografica/>. Acesso em: 19/06/2020. 
THOMPSON, D. Bandagem funcional: aspectos teóricos. Terapia Manual, 2005. 
TONTINI, Jaqueline. AROCA, Janaina Paula. Tratamento fisioterapêutico após 
procedimento cirúrgico de redução de fratura de patela – estudo de caso. II 
Seminário de Fisioterapia da UNIAMERICA: Iniciação Científica, 5 e 6 de maio 
2008, Foz do Iguaçu, PR ISBN: 978-85-99691-10-6. 
 
 
 
 
 
15 
 
5. ANEXOS DO RELATÓRIO 
ANEXO 1 – TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO 
 
 
16 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
18 
 
ANEXO 2 – DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO PARA ESTÁGIO 
 
 
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO 
DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO PARA ESTÁGIO 
ANEXO 2 
 
Declaro, para comprovação junto à Coordenação de Estágio de Fisioterapia da 
Universidade Estácio de Sá, que o aluno Rafael da Silva Campos, matrícula 
201607178613, foi aceito para realizar estágio supervisionado na unidade, Clínica de 
Saúde da Universidade Estácio de Sá no período de 17/02/2020 à 03/07/2020. 
O aluno deverá cumprir nesta instituição o seguinte Plano de Estágio estando 
ciente dos objetivos deste estágio, bem como, dos documentos necessários a seu 
acompanhamento e avaliação. 
 
ATIVIDADE PREVISTA 
PARTICIPAÇÃO DA SEMANA DE TREINAMENTO 
REALIZAÇÃO DE AVALIAÇÃO/REAVALIAÇÃO 
PLANEJAMENTO DE OBJETIVOS FUNCIONAIS E PLANO DE TRATAMENTO 
REALIZAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO 
DESCRIÇÃO DA EVOLUÇÃO DO PACIENTE 
PARTICIPAÇÃO DO CENTRO DE ESTUDOS 
ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES/CUIDADORES 
 
 
CARGA HORÁRIA PREVISTA 132 HORAS 
 
 
___________________, ___/___/___ 
 
 
 
 
______________________________________ 
Assinatura do Supervisor de Estágio 
__________________________________________ 
Assinatura do Professor da Disciplina Estágio 
 
19 
 
ANEXO 3 – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO 
 
 
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO 
 
ANEXO 3 
 
 Aluno: Rafael da Silva Campos Matrícula: 201607178613 
 
 Área: Fisioterapia Carga horária: 132 horas 
 
 Estágio: III 
 
Período: 17/02/2020 À 03/07/2020 Carga Horária Total: 132 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação e parecer da parte PRÁTICA do Estágio Supervisionado Curricular 
 
 
ÁREA GRAU 
MÁXIMO 
GRAU 
ATRIBUIDO 
Assiduidade e Pontualidade 1,5 
Comunicação Liderança 1 
Responsabilidade (Atitude profissional) 1,5 
Conduta Fisiofuncional e Intervenção 1 
TOTAL 5 
 
 
____________________________________ 
 
Assinatura e carimbo do Professor / Preceptor do Estágio Prático 
 
 
20 
 
ANEXO 4 – DECLARAÇÃO DE CARGA HORÁRIA 
 
 
ANEXO 4 
 
DECLARAÇÃO DE CARGA HORÁRIA 
 
 
 
 Declaro, para fins de comprovação de Estágio Supervisionado de Fisioterapia que o 
aluno Rafael da Silva Campos, regularmente matriculado no Curso de Fisioterapia da 
Universidade Estácio de Sá, estagiou nesta Instituição na(s) área(s) de: Fisioterapia 
cumprindo 132 (centro e trinta e duas) horas no período de 17/02/2020 à 03/07/2020, 
cumprindo um total de 132 (centro e trinta e duas) horas de estágio. 
 
 
 
Campos dos Goytacazes, ___ de ________________ de ____ . 
 
 
 
 
___________________________________________ 
Assinatura do Representante Legal da Instituição e 
 Carimbo Institucional 
 
 
 
 
____________________________________________ 
Assinatura Carimbo do Supervisor de Estágio da Instituição 
 
 
21 
 
ANEXO 5 – PARECER DO ESTÁGIO 
 
 
PARECER DO ESTÁGIO 
 
ANEXO 5 
 
 
 
1- Carga horária da disciplina Estágio Supervisionado 132 horas. 
 
 
1. O (a) aluno (a) obteve frequência mínima nos encontros em sala de aula? 
 
SIM NÃO 
 
2. O (a) aluno (a) obteve conhecimento teórico mínimo exigido para aprovação? 
 
SIM NÃO 
 
 
Considerando que TODAS as exigências foram cumpridas, o(a) aluno(a) está 
__________________ na Disciplina Estágio ______. 
 
 
 
 ______________ de __________________ de _______. 
 
 
 
__________________________________________________ 
 
Assinatura e carimbo do Professor da Disciplina Estágio 
 
 
 
 
Aluno: Rafael da Silva Campos 
 
Matrícula: 201607178613 
Campus: Campos dos Goytacazes 
Estágio: Prática Supervisionada de Estágio III em Fisioterapia

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