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Modelo ação repetição de indebito e danos morais

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ENDEREÇAMENTO
Processo n.:	
NOME QUALIFICAÇÃO, vem, por meio de sua advogada que esta subscreve, perante Vossa Excelência, propor
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBIO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANOS MORAIS
Em face NOME E QUALIFICAÇÃO, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
I – DOS FATOS
No dia 19 de janeiro de 2021, a Autora foi surpreendida com a cobrança de R$93,59 (noventa e três reais e cinquenta e nove centavos), valor esse inscrito no SPC (serviço de proteção ao crédito), tendo a Autora verificado referido sistema pois está em processo de construção de sua residência própria, necessitando de empréstimo bancário para tanto.
Ao pesquisar a origem de tal cobrança, verificou-se que é decorrente de cobrança de taxas e tarifas pela Ré. Tratam-se de tarifas debitadas mensalmente da conta da Autora de maneira indevida, já que esta não movimenta referida conta desde (data), conforme extrato anexo, quando passou a receber seu salário em outro banco, estando, assim, a conta da Caixa (numero) inativa desde então.
Não bastasse a Ré estar efetuando referidos descontos em uma conta que está inativa, aquela inscreveu a Autora indevidamente no cadastro de inadimplementos do SPC, conforme extrato anexo.
II – DO DIREITO	
II.a) DA CONTA INATIVA
Assim como exposto, a conta já se encontrava inativa por mais de (meses), configurando, no presente caso, prática abusiva a continuidade de cobrança de taxas de manutenção na conta que sequer era movimentada.
Independentemente de solicitação formal de encerramento da conta pela Autora, a cobrança por manutenção da conta bancária só se justifica quando o serviço disponibilizado seja efetivamente usado, o que não ocorreu no presente caso.
Comportar tal prática pela Ré, configura enriquecimento sem causa por parte dela, já que passa a ser remunerada por um serviço que sequer é utilizado, nesse sentido o art. 39, IV do CDC considera como abusiva a prática do fornecedor que se prevalece da fraqueza ou ignorância do consumidor, para impingir-lhe seus produtos e serviços.
Ademais, o Ato Normativo SARB 002/2008 da Febraban orienta aos bancos que após 90 dias sem movimentação da conta, notifiquem o correntista acerca do interesse de sua manutenção ativa e, após 6 meses de inatividade, procedam ao encerramento.
Esse é o entendimento adotado pela jurisprudência:
APELAÇÕES CÍVEIS. COBRANÇA DE TAXAS DE SERVIÇO DE CONTA INATIVA. FALHA DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. DANO MORAL, MAJORAÇÃO. 1. Configura-se falha da prestação do serviço da Instituição Financeira, a cobrança de taxas de manutenção de conta-corrente inativa, situação que deve ser informada ao consumidor, o qual não pode ficar em desvantagem excessiva, na relação contratual entabulada. 2. O valor indenizatório deve orientar-se pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, observando a posição social do ofensor e da ofendida, a intensidade do ânimo de ofender, a gravidade e a repercussão da ofensa, de forma que não se estimule o lesante a praticar nova ofensa ao direito da Autora. 3. Deve ser majorado o valor da indenização por danos morais, de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais, para R$ 8.000,00 (oito mil reais), quando aquele valor mostrar-se irrisório, diante do prejuízo sofrido pela consumidora. APELAÇÕES CÍVEIS CONHECIDAS. PROVIDA A PRIMEIRA E DESPROVIDA A SEGUNDA.
(TJGO, APELACAO CIVEL 379345-53.2013.8.09.0100, Rel. DES. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5A CAMARA CIVEL, julgado em 09/02/2017, DJe 2214 de 20/02/2017)
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. DÍVIDA PROVENIENTE DE CONTA SEM MOVIMENTAÇÃO.DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO. EXCLUSÃO DO NOME DO CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO. DANO MORAL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. REFORMA. COBRANÇA DE TARIFA EM CONTA INATIVA. Infringência aos princípios da boa-fé, da lealdade, da transparência e do dever de informação. Art. 6º, do CDC. Necessidade de notificação do consumidor após 90 dias sem movimentação da conta corrente, alertando-o quanto à incidência de tarifas. Orientação 184/2007 da FEBRABAN. Precedentes STJ e TJRJ. Falha na prestação dos serviços caracterizada. Declaração de inexistência da dívida. Exclusão do nome da Autora do cadastro restritivos de crédito. Danos morais caracterizados. Súmula 294 TJRJ. Valor de R$ 15.000,00 adequado as circunstâncias do caso concreto aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. PROVIMENTO DO RECURSO.
DIREITO PRIVADO. INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CABIMENTO. COBRANÇA DE TARIFAS DE CONTA INATIVA. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTROS DE INADIMPLENTES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CABIMENTO.
I - Tendo o magistrado constatado nos autos a existência de provas suficientes para o seu convencimento, não há necessidade de dilação probatória, justificando-se o julgamento antecipado da lide nos termos do art. 330, I, do Código de Processo Civil.
II - Hipótese dos autos de inscrição indevida do nome do autor em cadastros de inadimplentes, decorrente de cobrança de tarifas bancárias de conta inativa. Danos morais configurados.
III - Recurso parcialmente provido.
(TRF 3ª Região, SEGUNDA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 1808909, 0008034-33.2009.4.03.6109, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL PEIXOTO JUNIOR, julgado em 26/03/2013, e-DJF3 Judicial 1 DATA:04/04/2013 )
 
Dessa forma, a não observância de referida norma, além do fato da Autora, como consumidora, tratar-se de pessoa hipossuficiente na relação de consumo, configuram prática abusiva por parte da Ré.
II. b) DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO
Conforme narrado, trata-se de cobrança indevida, realizada pela Ré, a qual não tomou qualquer precaução no controle de seus registros, permitindo a cobrança de divida infundada em nome da Autora. 
Trata-se de cobrança irregular, já que (explicitar os motivos)
II.c) DO DANO MORAL
Conforme evidenciado, a Autora se surpreendeu pela negativação de seu nome ao verificar a possibilidade de contratação de empréstimo para construção de sua tão sonhada casa própria.
Assim, no presente caso, a configuração do dano moral em favor da Autora, já que teve seu nome negativado por divida irregular cobrada pela Ré, tratando-se de negativação por dívida indevida.
A responsabilidade da Ré, mesmo tratando-se de empresa pública, ao imputar à Autora dividas indevidas, além de anotar seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, é objetiva, conforme prevê a Constituição Federal em seu art. 37, §6º.
Além disso, a Carta Magna em seu art. 5º, X, o Código Civil em seu art. 186 e o Código de Defesa do Consumidor em seu art. 6º, VI, preveem o direito à indenização pelo dano moral.
O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento que caso de anotação em cadastro de inadimplentes, não havendo inscrição anterior, o dano moral é presumido, nesse sentido:
RECURSO ESPECIAL. DANO MORAL. CADASTRO DE INADIMPLENTES. TÍTULO QUITADO. INSCRIÇÃO INDEVIDA. INDENIZAÇÃO. AFASTAMENTO OU REDUÇÃO.
INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. DANO MATERIAL. MÚTUO. NEGÓCIO FRUSTRADO. VALOR OBJETO DO CONTRATO NÃO APERFEIÇOADO. RESSARCIMENTO.
EFETIVO PREJUÍZO. AUSÊNCIA. DANO EMERGENTE. INEXISTÊNCIA.
1. A inscrição ou manutenção indevida do nome do devedor no cadastro de inadimplentes acarreta, conforme jurisprudência reiterada deste Tribunal, o dano moral in re ipsa, ou seja, dano vinculado à própria existência do fato ilícito, cujos resultados são presumidos.
Precedentes.
2. O caso concreto não comporta a excepcional revisão do valor da indenização fixada por danos morais, com o afastamento do óbice previsto na Súmula nº 7/STJ, pois a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) não se revela exorbitante para reparar o emitente de título de crédito que, mesmo quitado, foi inscrito em serviço de proteção ao crédito e utilizado como fundamento para negativa de financiamento bancário. 3. A controvérsia sobre o dano material está limitada a definir se o valor que seria objeto de mútuo, negado por força de inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, pode ser ressarcido a título de dano emergente.
4. A negativa de concessãode crédito impede o acréscimo de valores no patrimônio do mutuante e, de forma simultânea, a aquisição de dívida pela quantia equivalente, circunstância que obsta o ressarcimento por danos emergentes por ausência de redução patrimonial do suposto lesado.
5. A condenação em danos emergentes, carente de efetivo prejuízo, resulta em duas situações rejeitadas pelo ordenamento jurídico vigente: a) a teratológica condenação com liquidação resultando em "dano zero" e b) o enriquecimento ilícito daquele que obtém reposição financeira sem ter suportado a perda equivalente.
6. Recurso especial parcialmente provido.
(REsp 1369039/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/04/2017, DJe 10/04/2017)
	
	
III – DOS PEDIDOS
a) A concessão dos benefícios da gratuidade de justiça
b) Repetição do indébito em dobro no valor de
c) A condenação em danos morais ao valor de
d) A condenação em custas e honorários sucumbenciais em 
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado e OAB
	
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