Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL AIT, AVCi, AVCh JULIANA B. S. MORENO MEDICINA – UNIFACID TURMA XXIV ASPECTOS GERAIS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO • Não-modificáveis: o Idade > 50 anos o Sexo - até a menopausa, 50-55 anos, a incidência de AVE é maior nos homens. Após a menopausa incidência entre os dois sexos se iguala. o Raça > raça negra, pois possuem maior resistência ao tratamento da HAS. o História familiar prévia > risco. • Modificáveis: o HAS, AIT’s, AVC prévio, estenose carotídea; o Doença cardíaca, diabetes melito, dislipidemia, tabagismo, etilismo, contraceptivos orais, obesidade; o Elevação do fibrinogênio, hiperhomocisteinemia, anticorpo anticardiolipina. ANATOMIA VASCULAR • O cérebro recebe irrigação de dois grandes sistemas vasculares: o Carotídeo: Os 2/3 anteriores da irrigação do cérebro vem do sistema carotídeo, principalmente da carótida interna. o Vertebro-basilar: O 1/3 posterior do cérebro, hipocampo, cerebelo e tronco são irrigados pelo sistema vertebro-basilar. • Polígono de Willis equaliza as pressões da circulação carotídea e vertebro-basilar (proteção contra isquemias – diminui sequelas de AVC) MANIFESTAÇÕS CLINICAS TERRITÓRIO ACOMETIDO X APRESENTAÇÃO ART. OFTÁLMICA (R. CEREBRAL MÉDIA) Amaurose Fugaz unilateral (ipsilateral) ART. CEREBRAL MÉDIA Hemiparesia ou hemiplegia contralateral; Déficit de sensibilidade contralateral; Afasia ou heminegligência. ART. CEREBRAL ANTERIOR Défict Crural (MMII) contralateral; Alteração da marcha; Incontinência urinária ART. CEREBRAL POSTERIOR Hemianopsia homônima contralateral ART. VERTEBRAL Vertigem, paresia de nervos cranianos ipsilateral ART. BASILAR RNC, tetraparesia ou tetraplegia; Síndrome do cativeiro HEMISFÉRIO DOMINATE Paresia e/ou hipoestesia direita, hemianopsia direita, desvio do olha conjugado para a esquerda, disartria, dificuldade para ler, escrever e calcular HEMISFÉRIO CONTRA-DOMINANTE Heminegligência esquerda (déficit viso- constitucional, ou seja, o paciente nega o lado esquerdo do corpo e do ambiente, mas não é um sintoma que o incomode tanto), hemianopsia esquerda, hemiparesia e/ou hemihipoestesia esquerda, disartria, desorientação espacial. INFARTOS FOCAIS/LACUNARES Déficit motor puro ou Déficit sensitivo puro MAIS FLORIDO, lesão principalmente em tronco cerebral e cerebelo. Náuseas, vômitos, déficit motor e/ou sensitivo nos quatro membros, ataxia, disartria, nistagmo, oftalmoparesia, amnésia AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE ISQUEMICO TRANSITÓRIO (AIT) • Episódios breves e reversíveis (não deixa sequela) de déficits neurológicos isquêmicos focais e não- convulsivos no cérebro ou medula. • Duração de até 24H (Maioria < 1 hora) o Média de 14 min em território vascular carotídeo o Média de 8 min em território vascular vertebrobasilar o Necessidade de descartar lesão tecidual (neuroimagem) • Geralmente causado por: o Pequenos embolos da carótida ou vertebral; o Trombose em evolução; o Baixo débito em pcts com placas de ateroma nas carótidas bilaterais > 50% • Amaurose fugaz? Êmbolos na art. Oftálmica • Fatores de risco: o Idade avançada, AIT “crescendo”, estenose significativa da artéria carótida, doença cardíaca associada; o Fibrilação atrial de início recente, fonte cardioembólica definida e AIT hemisférico • Mesmos Mecanismos fisiopatológicos do AVCI o Aterotrombose; o Cardioembolismo. • TC: Normal • Diagx Diferencial: Crise convulsiva TRATAMENTO: • Controle dos fatores de risco vasculares • Antitrombóticos conforme o mecanismo o Antiagregantes plaquetários - PARA MECANISMOS ATEROTROMBOTICOS o Anticoagulantes – PARA MECANISMOS CARDIOEMBOLISCOS • Tratamento cirúrgico (Endarterectomia) • Tratamento endovascular (Angioplastia/stent) AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR ISQUEMICO (AVCi) • Reconhecimento das Manifestações: o Déficit neurológico de início súbito o Escala de Cincinnati/SAMU– Ver principalmente território carotideo o Escala LAPSS – Uso Na triagem • Escala ROSIER – Pontuação >= 1, maior probabilidade DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS • Epilepsia (déficits neurológicos pós-críticos) • Infecções sistêmicas (principalmente idosos) • Tumores cerebrais • Distúrbios metabólicos: Hipoglicemia, hiperglicemia, encefalopatia hepática • Outros (encefalites, hematoma subdural etc.) AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR ISQUEMICO (AVCi) • EXAMES DE IMAGEM: o TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA • EXAMES RADIOLÓGICOS: TC (URGÊNCIA) e/ou RNM de encéfalo; radiografia de tórax; ecocardiograma; doppler de carótidas e vertebrais; Fazer todos. o OUTRAS NEUROIMAGENS: AngioRNM, angioTC e/ou angiografia cerebral digital Usadas mais para seguimento ou procura de etiologia. • Estenose de carótida angiografia digital. • Ecodoppler de artérias carótidas e vertebrais/ Ecodopplercardiograma Procura de mecanismos cardioemboliscos, valvopatias e etc. • EXAMES LABORATORIAIS: o Lipidograma, função renal, glicemia, hemograma. Pacientes jovens deve-se solicitar ainda os exames específicos. PADRÃO DE HIPOATENUAÇÃO Nas primeiras 24h pode está NORMAL FALHA DE ENCHIMENTO NA ART. CEREBRAL MÉDIA ESQUERDA PONTUAÇÃO NORMAL É 10 = SEM ÁREA ISQUEMICA EM NENHUMA REGIÃO PONTUAÇÃO ≤ 6 : AREAS EXTENSAS DE ISQUEMIA AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR ISQUEMICO (AVCi) • TRATAMENTO AGUDO • Tratamento trombolítico e trombectomia: para preservar maior área possível (penumbra isquêmica) Intravenoso: ATÉ 4,5 H (=270 MIN) DO INICIO DOS SINTOMAS CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ABSOLUTOS Uso de anticoagulantes orais com INR > 1,7 Punção arterial recente (7 dias) não compressível Uso de heparina com TTPA prolongado Punção liquórica recente (7 dias) Contagem de plaquetas < 100.000/mm3 PAS ≥ 185 mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg Quadro clínico de HSA, mesmo com TC normal História de hemorragia intracraniana espontânea AVCI ou TCE grave nos últimos 3 meses Presença de MAV ou aneurisma cerebral Cirurgia/trauma grave (não TCE) dentro de 2 semanas CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO RELATIVOS Glicemia < 50 mg/dl ou > 400 mg/dl – GLICEMIA DESRREGULADA CAUSA DEFICT NEUROLOGICO Hemorragia gastrointestinal/urinária (21 dias) Crise convulsiva no inicio do quadro Gravidez Melhora rápida dos sinais neurológicos IAM (3 meses) Sinais neurológicos discretos ou isolados Cirurgia Grande e recente (14 dias) CRITÉRIOS DE INCLUSÃO AVCI até 270 min de evolução Controle rigoroso da PA Neuroimagem OBRIGATÓRIA (Descartar hemorragia) - TC SEM antiagregantes e anticoagulantes por 24 horas PARA REDUZIR RISCO DE SANGRAMENTO Avaliar critérios de exclusão Alteplase (rTPA) IV - 0,9 mg/kg em 1 hora (máx. 90 mg) 10% em BOLUS, o restante em BOMBA DE INFUSÃO O êmbolo oclui o vaso, há isquemia, infarto e se inicia o processo de necrose. O êmbolo se dissolve e retorna o fluxo sanguíneo que inunda a região já infartada. Nesses casos, se o paciente estiver em uso de antiagregante plaquetário ou anticoagulante (warfarina), deve-se suspender essas medicações RESUMO DA CONDUTA – TEM < 4,5H DE INICIO DO QUADRO? TROMBOLISE! RtPA (ativador do plasminogênio tecidual recombinante): • Endovenoso: 0,9mg/kg (dose máxima: 90mg) – 10% da dose EV em bolus e o restante em 60 minutos BIC • Intra-arterial – dose menor. SEM Antiagregantes e anticoagulantes nas PRIMEIRAS 24H PARA REDUZIR RISCO DE COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS M EN O S SE Q U EL A S SE TR A TA D O R A P ID A M EN TE AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR ISQUEMICO (AVCi) • TRATAMENTO AGUDO • Tratamento trombolítico e trombectomia: para preservar maior área possível (penumbra isquêmica) Trombectomia Mecânica: Vários dispositivos CRITÉRIOS DE INCLUSÃO – GUIDELINES AHA/ASA 2015 mRS (escala de rankin modificada) 0-1 antes do AVC atual NIHSS ≥ 6 AVC agudo que recebeu TPA IV em até 4,5h ASPECTS ≥ 6 Oclusão de Art Carótida Interna ou Art. Cerebral Media proximal (M1) INICIO DO TRATAMENTO (PUNÇÃO ARTERIAL) EM ATÉ 6H Idade ≥ 18 NIHSS > 7? PODE SER OCLUSÃO DE GRANDES VASOS AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR ISQUEMICO (AVCi) • TRATAMENTOAGUDO • Craniectomia de compressiva: AVCi extensos o Edema cerebral e hipertensão intracraniana Pico em 3-4 dias Alta letalidade • Objetivo: Melhorar a perfusão cerebral através da redução da pressão intracraniana, diminuir a lesão isquêmica e mecânica causada pela compressão do cérebro contra estruturas rígidas, como a foice, tenda do cerebelo e asa do esfenoide. Também pode melhorar a perfusão retrógrada através das colaterais leptomeníngeas. • Procedimento Clássico: Remoção do flap ósseo frontotemporoparietal, com 12-15 cm de diâmetro e com abertura da dura-máter. • Outros aspectos do TTO clínico: o Anti-hipertensivos: Não reduzir PA de forma rotineira e intempensiva o Antitrombóticos: ASPIRINA (ASS) 160-325 MG nas primeiras 48h Se Fez Trombólise IV, NÃO FAZER ASS primeiras 24h Reduz Morte, dependência e recorrência de AVC o Anticoagulantes: Sem ensaios formais para tratamento de fase aguda o MEDIDAS GERAIS: Monitorização neurológica, pulso, PA, StaO2, temperatura nas primeiras 72 horas Suplementação de O2 se SatO2 < 95% Hidratação com soluções salinas Vai fazer trombólise endovenosa? Durante e após trombólise NÃO vai fazer trombolise PAS > 185 ou PAD > 110 mmHg PAS < 180 e PAD < 105 mmHg PAS > 220 ou PAD > 120 mmHg Redução bem gradativa AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR ISQUEMICO (AVCi) • TRATAMENTO o MEDIDAS GERAIS: Tratar a hiperglicemia se > 200 mg/dl Evitar hipoglicemia Evitar hipotensão arterial (PAM < 90 mmHg) Iniciar com medidas de expansão volêmica Evitar hipertermia Profilaxia de TVP e TEP Hidratação e mobilização reduzem o risco Baixas doses de HBP reduzem o risco de TEV AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCh) • Apresentações: o Hemorragia intraparenquimatosa (HIP) o Hemorragia subaracnóidea (HSA) HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA • Etiologias: o Hipertensão arterial o Malformações vasculares o Tumores o Coagulopatias • Localização o Lobos cerebrais (A) o Núcleos da base (B-C) o Tronco cerebral (D) o Cerebelo (E) HEMORRAGIA SUBARACNOIDE • Aneurisma sacular roto (75-80%) o Pico entre a 5ª e 6ª década • Prognóstico Ruim • Fragilidade de parede arterial principalmente em regiões de bifurcação leva, ao longo do anos, a formação do aneurisma. • Localização: o Cisternas da base do crânio o Polígono de Willis o Lugares mais comum: região da artéria comunicante anterior, art. Com. Posterior, art. Cerebral média (próxima a sua bifurcação) SINAIS E SINTOMAS • Déficit neurológico de inicio súbito • Sinais e sintomas neurológicos dependem da topografia: o HIP – Manifestações mais localizados o HSA – Manifestações mais difusos ANAMNESE • Cefaleia com características suspeitas • Fatores de risco para HIP e HSA EXAME FÍSICO • Déficits neurológicos • Sinais Meníngeos • Níveis pressóricos HIP HSA Déficits neurológicos localizados; Cefaleia; Náuseas e vômitos; Rebaixamento de nível de consciência; Níveis pressóricos muito elevados; Crises convulsivas Cefaleia súbita; Sinais de irritação meníngea; Náuseas e vômitos; Rebaixamento de nível de consciência; Fotofobia; Outros sinais localizatórios (ocasionais); Paralisia de nervos cranianos • Instalação súbita • Idade ≥ 40 anos • Pior dor de cabeça da vida • Perda de consciência testemunhada • Início durante esforço físico • Presença de vômitos AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCh) • EXPANSÃO DO HIP SECUNDÁRIA Á: • HAS: o Piora ≥ 2 pontos na escala de Glasgow antes de chegar ao hospital o Crescimento do hematoma nas primeiras horas • ALTERAÇÕES DA COAGULAÇÃO o Uso de anticoagulantes orais o Uso de heparina o Uso de Trombolíticos o Doenças Hematológicas DIAGNÓSTICO • Neuroimagem • Outras medidas Diagnósticas: o Liquido cefalorraquidiano Lombar – em casos de suspeita de HSA: cefaleia súbita, irritação meníngea, etc. Nos casos que TC não consegue fazer o digx. (sangramento pequeno ou quando o quadro já tem alguns dias de evolução) o Exames laboratoriais o Diagnóstico etiológico: Investigar coagolopatias, arterites, screening toxicológico (Cocaína, etc). TRATAMENTO HIP • Medidas Gerais- Semelhante ao AVCi, com as diferenças: o Decúbito elevado (diminui a PIC) o Profilaxia de TVP (Trombose venosa profunda) Inicialmente, não medicamentosa, com dispositivos de compressão pneumática intermitente (meias elásticas apenas não reduzem o risco (e não melhoram o prognóstico) Posteriormente, profilaxia medicamentosa (heparina não fracionada e heparina de baixo peso molecular) após 1-4 dias do início (desde que constatada a estabilidade da hemorragia) o Tratamento de TEV (Tromboembolismo venoso) Anticoagulação sistêmica ou filtro de veia cava inferior pode ser indicada em pacientes com HIP e TVP ou TEP. A decisão entre essas 2 opções depende de diversos fatores Tempo de evolução da HIP Causa da HIP Estabilidade da HIP Condições clínicas do paciente TC SEM CONTRASTE TC COM CONTRASTE ANGIOTOMOGRAFI A DE CRÂNIO ANGIOGRAFIA CEREBRAL DIGITAL Diagnóstico do AVCH e seu tipo - Imagem de rápida aquisição - Menor custo - Maior disponibilidade - Alta sensibilidade para hemorragia - Informações diagx: MAV, TVC, aneurismas, tumores, moyamoya - Inf. Prognósticas: SPOT SIGN (imagem de extravasamento de contraste na região de sangramento que sugere maior risco de expansão da HIP) - Dgx da etiologia do AVCh (aneurisma cerebral) - Dgx do aneurisma cerebral, mal formações vasculares cerebrais O AVCH é considerado uma emergência porque pode evolui para expansão da HIP ou mesmo ressangramento mais graves do aneurisma roto. AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCh) TRATAMENTO DA HIP POR HAS • PAS > 220 mmHg Reduzir PA com droga IV contínua Controle a cada 5 minutos • PAS entre 150 e 220 mmHg Redução aguda para 140 mmHg é segura e pode ser eficiente para melhora do prognóstico funcional TRATAMENTO DA HIP POR ALTERAÇÃO DE COAGULAÇÃO TRATAMENTO HEMOSTÁTICO • HEMORRAGIAS PÓS TPA o Plasma fresco congelado (10-15 ml/kg IV) o Crioprecipitado (1-2 unidades/10 kg IV) o Plaquetas (1 unidade/10 kg IV) • COAGULOPATIAS POR HEPARINA o Protamina 0,01 mg/Ui de heparina • COAGULOPATIAS POR VARFARINA o Vitamina K (1-2 mg IV) – retirar efeito da varfarina o Plasma fresco congelado (5-10 ml/kg IV) ou; o Complexo protrombínico (25-50 UI/kg IV) • Novos anticoagulantes orais: o Em pacientes com HIP em uso de dabigatrana, rivaroxabana, ou apixabana, pode ser considerado o uso de complexo protrombínico ou fator VII ativado (casos individuais) o O uso de carvão ativado pode ser considerado se a dose de dabigatrana, rivaroxabana, ou apixabana foi tomada a menos de 2 horas. o Hemodiálise pode ser considerada nos casos de uso de dabigatrana o Idaracizumab é o antagonista específico da dabigatrana TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO CRANIANA • Osmoterapia • Hiperventilação • Sedação e relaxantes musculares • Tratamento cirúrgico o Beneficio cirúrgico incerto TRATAMENTO CIRURGICO • Monitoramento da pressão intracraniana (PIC) o GCS ≤ 8, herniação transtentorial; hidrocefalia • Drenagem ventricular em hidrocefalia e RNC • Drenagem da HIP o HIP cerebelar (principalmente > 3 cm) com RNC, compressão do TC ou hidrocefalia o Hematomas lobares superficiais com volume > 30 ml (?) AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCh) DRENAGEM DA HIP • Utilidade incerta para a maioria dos pacientes com HIP supratentorial • É incerto o benefício da drenagem precoce da HIP quando comparada a drenagem da HIP quando o paciente começa a apresentar deterioração clínica • Craniectomia descompressiva com ou sem drenagem da HIP pode reduzir a mortalidade nos casos em coma, desvio significativo da linha média, e HIC grave TRATAMENTO DE CONVULSÕES • Profilaxia não indicada • Tratamento apenas em caso de crise o Fenitoína • Recomendação para realização de EEG o Pacientes com rebaixamento de nível de consciência aparentementedesproporcional ao grau de lesão cerebral HSA • Prevenção do ressangramento o Considerar medidas para evitar aumento da PIC: Repouso no leito Cabeceira elevada (30-45º) Normoventilação (PaCO2): 35-40 mmHg Analgésicos Sedativos (se necessário) Antieméticos e laxativos (evitar aumento de pressão abdominal que leva a aumento de PIC) o Prevenção do ressangramento Manter PAS ≺160 mmHg (ou 180 mmHg) até o tratamento do aneurisma roto Manter PAM ≺110 mmHg até o tratamento do aneurisma roto Alvo às vezes já alcançado com analgésicos e nimodipina Anti-hipertensivos se as medidas acima não resolverem • Tratamento do aneurisma roto o Clipagem do aneurisma o Embolização do aneurisma A decisão do método depende: - Características topográficas e morfológicas do aneurisma - Condições clínicas do paciente - Estrutura do serviço - Expertise da equipe médica assistente AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCh) • Tratamento do aneurisma roto o Aspectos favoráveis à clipagem: Idade jovem HIP com efeito de massa Características do próprio aneurisma Localização em ACM e artéria pericalosa Aneurismas de colo largo Ramos arteriais saindo diretamente do saco aneurismático o Aspectos favoráveis à embolização: Idade acima de 70 anos Ausência de HIP com efeito de massa Características do próprio aneurisma Localização posterior Aneurismas de colo estreito Forma unilobar • Tratamento das complicações da HSA o Vasoespasmo Ocorre entre 4-14 dias Resolução entre 21-28 dias Risco associado a quantidade de sangue no espaço subaracnoide (Escala de Fisher) Rebaixamento da consciência Cefaleia Sinais neurológicos focais o Tratamento profilático do vasoespasmo • Nifedipina Oral: Bloq de canal de cálcio - vasodilatador Dose de 60 mg, via oral, de 4/4 horas, por 21 dias Contribui para melhora neurológica Não reduz ocorrência de vasoespasmo • Reforço hemodinâmico: A penas euvolemia e hipertensão induzida o Tratamento da Hidrocefalia • Quadro clínico variável (cefaleia, paresia MOE) • Em casos sintomáticos pode haver indicação de derivação ventricular • Derivação ventricular externa (DVE) se inundação ventricular o Tratamento da Convulsão: • Atenção a um possível estado de mal não convulsivo • Pode ocorrer em até 31% dos pacientes com HSA e rebaixamento do nível de consciência • Não está estabelecido o benefício do uso profilático de anticonvulsivantes em HSA • Talvez, no máximo, por período curto (≺3 meses) AIT, AVCi, AVCh ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCh) • Profilaxia de tromboembolismo venoso o Utilizar dispositivos de compressão pneumática e meias elásticas antes da oclusão do aneurisma o Nos casos com indicação de profilaxia medicamentosa de TVP, heparina de baixo peso molecular (HBPM) deve ser iniciada apenas após 12 horas da clipagem do aneurisma ou imediatamente após a embolização • PRINCIPIOS BÁSICOS NO TRATAMENTO DA HSA o O Que fazer: Tratar rapidamente o aneurisma roto Manter PAS ≺160mmHg (pré tratamento do aneurisma) Usar nimodipina oral Manter normovolemia Manter hemoglobina ≻8g/dl – anemia é fator de pior prognostico no vasoespasmo Monitoramento clínico, neurológico e DTC o O que evitar: Hipotensão, hipovolemia Hiperglicemia, hipoglicemia Hipertensão intracraniana, hipoperfusão cerebral Hipóxia, hipocapnia Febre Hiponatremia, hipomagnesemia Anticonvulsivantes em pacientes sem crise documentada
Compartilhar