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Administração Geral

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gestão empresarial
administração geral
AdministrAção e o AdministrAdor 
– Funções dA AdministrAção
1
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Mostrar a importância da administração, nas organiza-
ções e no cotidiano de cada um., e as funções da Admi-
nistração na organização.
COmpetênCias 
Conhecer a Administração e seus conceitos.
Habilidades 
Analisar a aplicação da administração e seus recursos, e 
a melhor forma da aplicabilidade destas funções.
administração geral
AdministrAção e o 
AdministrAdor – Funções 
dA AdministrAção
parte 1
A administração é uma ciência das mais abrangentes 
existentes do conhecimento humano, ela interfere no 
cotidiano do homem, das coisas, da produção, dos re-
cursos naturais e tudo que os cerca. O administrador é 
o gestor, a cabeça pensante, o organizador, o analista de 
causas e efeitos desta ciência; ao mesmo tempo, exige-
-se dele a constante integração do conhecimento com a 
evolução e transformação de todos estes componentes.
para Começar
Antes de falar de administração, quero levar você a uma 
reflexão da atual conjuntura do planeta e do homem 
que nele vive.
Sem considerar, nesta introdução, o passado recente, 
mas a modernidade e pós-modernidade, em momento 
de fluxos incomensuráveis de informações e o medo 
com que convivemos no dia a dia da incerteza e ansieda-
de de um futuro desconhecido.
Tudo que acreditamos está alicerçado no conhecimen-
to empírico até então experimentado. No entanto, não 
podemos deixar de lado a teoria, legado de pensadores 
e grandes autores nesta ciência gratificante e estimula-
dora do crescimento e desenvolvimento social. Ciência 
que estuda e retrata o homem, em seu comportamento, 
suas habilidades, seus instrumentos e ferramentas na 
ação de administrar.
As incertezas nos remetem a um túnel cuja luz fica dis-
tante, quando nos referimos ao futuro. Não só do homem 
em si, mas em todo o universo que o cerca, na desen-
freada ânsia do novo, do consumismo e, consequente e 
inconsequentemente, na destruição do meio ambiente.
O legado teórico dos pensadores na administração e 
relacionamentos humanos, a modernização nos setores 
produtivos aliados às inovações e tecnologia, nos leva a 
uma reflexão mais profunda. Isso, no que se diz respeito 
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 4
ao perfil profissional de administrador na atualidade, suas aptidões, no-
vos conceitos, quebras de paradigmas, conhecimentos, e acima de tudo, 
preocupado com o bem-estar social e profissional das pessoas.
E isso tudo chega até você ou passa longe?
É uma preocupação que o aflige?
Existe uma receita pronta para este perfil profissional em especial ou 
tende a curto ou médio prazo a mudar o que temos pronto hoje?
Você já analisou a administração do ponto de vista do seu dia a dia?
Façamos o seguinte: enquanto desenvolvemos a matéria, sempre se 
imagine no foco da atenção, como o administrador de uma empresa fic-
tícia, partindo primeiramente da organização (arrumação) do seu quarto. 
Esse é um departamento seu na empresa em que você trabalha (sua casa) 
onde outras tantas pessoas (funcionários) fazem parte do seu cotidiano 
(pais, irmãos e amigos).
Para começar, faça uma breve reflexão deste pequeno texto e guarde 
com você, pois certamente servirá para outras situações:
Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o 
que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia. (Willian Edwards Deming)
ConCeito
A administração está presente em todos os cenários de 
uma sociedade, seja no lar, na empresa e em diversas orga-
nizações da sociedade.
A administração é universalizada com objetivos focados 
a facilitar sua operacionalização não como um fim, mas um 
meio conciliador, tanto no entendimento como de sua con-
dução, onde se buscam menores custos e maior qualidade 
como resultados dentro do cenário proposto.
Pode-se considerar a administração como uma arte. Segundo Maximiano 
(2000), ela está ligada e dependente de habilidades e competências de 
pessoas. Algumas com mais ou menos talentos, desenvolvem seu papel 
no contexto global, despersonalizando a individualidade sobre o conjunto.
Segundo Chiavenatto (2003, p.26), “A administração é um produto típi-
co do século XX (...) os papiros egípcios atribuídos à época de 1300 a.C. já 
indicavam a importância da organização e administração da burocracia 
pública do antigo Egito”.
Administração hoje é uma das mais complexas áreas do conhecimen-
to humano, cheia de desafios e complexidades, pois lida com Produção, 
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 5
Finanças, Pessoal, Marketing, em várias modalidades e especialidades da 
ciência administrativa.
A harmonia nos conhecimentos traduz de alguma forma, a facilidade 
de se administrar, contribuindo com as necessidades da capacitação, pro-
fissionalização e especialização dentro do contexto geral e sistemático 
desta arte científica.
A mutação sofrida na sociedade ao longo dos anos se fez sentir tam-
bém na administração em todos seus níveis de atuação na sociedade 
como um todo. Essa tendência se acentua cada vez mais, em decorrência 
da era tecnológica, que provoca mudanças consideráveis, na postura e a 
maneira de se fazer resultados.
A nova administração, hoje e que se vislumbra no futuro, está foca-
da na operacionalização rápida, de baixo custo e de alta qualidade. Para 
tanto, faz-se necessário uma análise mais profunda, nos procedimentos 
e nos objetivos, para que a eficiência e eficácia (vocês conhecerão esses 
conceitos na próxima unidade) não se confundam.
Não há tempo e não se permite ficar paralisado pelos paradigmas anti-
gos; ao mesmo tempo, prepare-se para os novos padrões de forma mais 
eficiente; ao mesmo tempo, não se torne entrave para realização de no-
vos objetivos.
A administração é focada na estratégia, na habilidade de fazer, na as-
túcia, na visão crítica e analítica, em conceber a operação antes de ser 
realizada, em que a pergunta básica é quando, onde e porque fazer; não 
se deve confundir com a gestão, fase importantíssima nos resultados ad-
ministrativos, que é a parte tática (tato = saber moldar, dar forma a), pró-
xima dos conflitos e do paradigma.
Fundamentos
Parece complicado tudo isso, não? Calma! Vamos ter mais conceitos e ex-
plicações a respeito.
Quando nos referimos a controles, planejamento e organização de coi-
sas, afazeres, compromissos, trabalhos, produções, prestação de serviços, 
é comum e cotidiano utilizar a palavra administrar ou administração. Para 
entender seus conceitos, é preciso aprofundar no papel do administrador, 
das organizações e os processos de decisões.
COnCeitOs
Do Latim administratione, ação de administrar, princípios e normas para 
ordenação dos fatores de produção.
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 6
Administratio, Administrationis, rerum Curatio (tomar conta das coisas), 
amministrazione (italiano) Management (inglês).
A administração como ciência, é um braço importante das ciências hu-
manas, de relacionamento, ditos sociais, pois trata dos agrupamentos hu-
manos; por isso, ciência da Administração –muitas áreas são hoje suas 
ciências de base e apoio, como a Matemática Financeira, a Contabilidade, 
a Estatística, igualmente importantes para a ciência da Administração, a 
Psicologia e a Sociologia. Sem, contudo, esquecermos da Informática e Tec-
nologia da Informação, bases da modernização na administração atual.
São muitos, amplos e distintos os conceitos de Administração, mas em 
concepções e atuações que levam à mesma direção e contexto.
Como ciência social é aplicada e norteada por normas e funções dis-
ciplinadoras das funções gerais de produção. A Administração estuda e 
direciona empreendimentos e os recursos humanos com o objetivo de 
alcançar resultados eficazes com sustentabilidade de retornos diversos e 
acima de tudo com responsabilidade social.Fayol foi um dos pioneiros em conceituar e em definir as funções bá-
sicas do administrador na empresa ou organização: planejar, organizar, 
controlar, coordenar e comandar.
Outros conceitos de renomados autores:
 → Maximiano (2000, p. 25): “A administração é o processo ou atividade 
dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos”.
 → Chiavenatto (2003): “É a maneira de governar organizações ou parte 
delas. É o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso 
de recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos 
de maneira eficiente e eficaz”.
 → Heilborn Lacombe (2006, p. 48): “Conjunto de princípios e normas 
que têm por objetivo, planejar, organizar, dirigir, coordenar e con-
trolar os esforços de um grupo de indivíduos que se associam para 
atingir um resultado comum”.
Nota-se que, desde Fayol, os princípios básicos ainda permanecem na Admi-
nistração atual, em que as variantes inseridas convergem às raízes principais 
que está no planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar.
A nova administração requer mais que um profissional técnico, precisa-
mos de gente com visão holística, que busque o desenvolvimento social, 
econômico e a sustentabilidade entre meio ambiente e produção.
Segundo Maximiano (2000, p. 25): “Administração é um processo ou ati-
vidade dinâmica, consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos 
. O processo de administração (ou administrativo) é inerente a qualquer 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fayol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organizar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coordenar
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comandar&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organizar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coordenar
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comandar&action=edit&redlink=1
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 7
situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum obje-
tivo. A finalidade última do processo de administrar é garantir a realização 
de objetivos por meio de aplicação de recursos”.
parte 2
A habilidade de fazer, prever e buscar soluções faz do administrador o 
interlocutor nas ações destas habilidades, atendendo às mudanças cons-
tantes que cerca o universo da administração geral. Estas e outras tantas 
habilidades são funções exercidas na administração, sempre em busca da 
harmonia do uso dos recursos disponíveis na empresa.
para Começar
Alguma vez, você parou para pensar se é ou não competente no que faz?
Você usa de sua eficiência ou eficácia para realizar suas tarefas diárias 
dentro ou fora de uma organização?
Podemos verificar a seguir, então você terá condições de avaliar e res-
ponder melhor tais questões.
Mais uma reflexão para iniciarmos esta unidade, aprofunde em seus 
conceitos pessoais e expanda estas palavras em seu cotidiano:
Ouça mais aquilo que você costuma ouvir, isso permite corrigir aquilo que você costu-
meiramente ouve; não ouça somente aquilo que você nunca ouviu, pois com certeza 
suscitará dúvidas frequentes. (Daltro O. Carvalho)
Funções na Administração: A administração é focada na estratégia, na habilidade 
de fazer, na astúcia, na visão crítica e analítica, em conceber a operação antes de ser 
realizada... (Daltro O. Carvalho)
As funções na administração sofrem mutações constantes, a exigência é cada vez 
maior na visão holística para administrar os conflitos de identidades, que se turvam 
diante de tantas inovações e a expansão das informações, não obstante a sua veloci-
dade das comunicações e quebra de paradigmas. (Daltro O. Carvalho)
Para que possamos adentrar nas funções principais na administração, 
é importante que se entendam e distingam os conceitos de eficiência e 
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 8
eficácia. Veremos mais profundamente no módulo quatro, mas abaixo 
uma breve conceituação.
Sua distinção mostrará, no decorrer deste livro, a busca de resultados 
mais específica de um administrador, dos gestores, da produção e do ne-
gócio em si:
 → Eficiência: qualidade ou capacidade (de alguém, um dispositivo, 
um método etc.) de ter um bom rendimento em tarefas ou traba-
lhos, com um mínimo de dispêndio com tempo, recursos, energia 
(segundo o Dicionário Digital Aulete). Interfere na decisão de como 
os recursos disponíveis serão utilizados. Faz parte desse processo a 
eficiência das ações, voltada à realização dos objetivos. Para tanto, 
deverá dispor de ferramentas e recursos necessários para obtenção 
de resultados, como a formação profissional e a infraestrutura para 
reforços do trabalho proposto.
 → Eficácia: capacidade de produzir o efeito desejado ou esperado; ca-
pacidade de realização de tarefas com eficiência, com bons resulta-
dos (segundo o Dicionário Digital Aulete). É certamente, a relação en-
tre os resultados obtidos frente aos objetivos iniciais. Antes, porém, 
deve-se ter em mente os objetivos e os resultados esperados. São 
resultados finais, a produtividade, exiguidade esperada, a satisfação 
final dos objetivos executados, cujos benefícios são a sua extensão 
e sua permanência.
O mundo em transformação é a retórica mais comentada. Até que ponto 
o mundo mudou e até que nível se consegue acompanhar as evoluções e 
mudanças que nos cercam?
As funções na administração também sofrem essas mutações, onde 
a exigência é cada vez maior na visão holística (visão do todo), a necessi-
dade de administrar os conflitos de identidades, que se turvam diante de 
tantas inovações, a expansão das informações, não obstante a velocidade 
das comunicações, e quebra de paradigmas.
As instituições sem organização, estatutos, regras, regimentos internos, 
mas que apregoam e se alicerçam nos conceitos coletivos sociais, nos inte-
resses sociais e ambientais, devem suplantar esses interesses particulares.
Dessa forma, os conceitos da Administração, ao longo do tempo, se 
aprimoram, não extinguindo suas bases conceituais, onde o bem-estar 
social, ou seja, o homem como parte principal deste processo, deva estar 
em constante análise e verificação, para que não se perca o foco de seus 
princípios básicos sociais (Chiavenatto, 2004).
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 9
Tradicionalmente, segundo renomados autores, consideram-se as 
principais funções conceituais na administração como base em seus pro-
cessos, que em sua evolução não as anulam, mudando somente as con-
cepções de resultados e o uso tecnológico, onde permeiam a concepção 
crítica e analítica em seus resultados:
 → Planejamento;
 → Organização (estruturação);
 → Direção;
 → Controle.
FUndamentOs e COnCeitOs
Para que possamos entender mais a respeito, faz-se necessário aprofun-
darmos cada uma dessas funções, simples na teoria, mas complexas na 
aplicabilidade.
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: pla-
nejar, organizar, controlar, coordenar.
Vamos por conceitos de cada uma delas:
planejamentO
Antes de iniciar qualquer processo, é necessário uma análise antecipada 
de quais os objetivos propostos, independentes da atividade. O planeja-
mento dará sustentação à realização desse processo, avaliando custos, 
tempo de execução, formas e operacionalização, bem como políticas a 
serem adotadas para o resultado final ser o mais próximo ao esperado. 
O planejamento é intimamente ligado à estratégia, deve-se saber os ob-
jetivos e os resultados, se preciso, recrutar o envolvimento, de todas ou 
parte, das áreas da organização. A forma de obter resultados esperados 
é fazê-los acontecer.
Para que seja possível a estratégia no planejamento é preciso alguns 
cuidados e orientações. Como princípiosbásicos para seus efeitos são ne-
cessárias informações para criar uma espinha dorsal. Essa espinha nutrirá 
toda sequência do planejamento, a interpretação e análises dos dados, 
as habilidades nas decisões e o papel fundamental para isso. É a perfeita 
junção da capacitação e conhecimento para o processo que direcionará 
aos resultados esperados.
Tipos de planejamenTo
 → Estratégico: normalmente sua execução é mediata e de longo pra-
zo, dependendo da natureza, objetivos e operacionalidade e, acima 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fayol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organizar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coordenar
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 10
de tudo, das prioridades elencadas pela organização em decorrência 
aos impactos possíveis no projeto organizacional.
 → Tático: execução em médio prazo. O objetivo é traduzir, tornar cla-
ras as decisões estratégicas como efetivas e sua implementação pe-
los mais diversos setores ou departamentos envolvidos e de forma 
focada e específica, possibilitando assim, tomadas de decisões mais 
acertadas e com índice menor de erros. No tático, existe um menor 
nível de incerteza para as tomadas de decisões.
 → Operacional: são os recursos e esforços direcionados, aplicados em 
cada setor preestabelecido. É uma ação em curto prazo, com menos 
dificuldades decisórias (pois são acompanhadas e revisadas em pe-
riodicidade maior), diferente da anterior em médio prazo. Suas de-
cisões são técnicas, contrário às estratégicas, que podem ter cunho 
político inclusive.
OrganizaçãO
É a alocação dos recursos existentes, a realização do processo de forma 
equalizada. Conceitua-se também como a arrumação de forma cons-
ciente, ordenada, que se possa, dentro do tempo e operacionalidade, 
estar a pronto para o perfeito andamento, de acordo com o planejado 
para sua execução.
Considera-se a organização como um dos fatores principais para a 
eficiência da operação como também, da eficácia em seus resultados. 
Dispor da estrutura e este conjunto de recursos requer disciplina e oti-
mização em que se deve pautar coerência entre os fatores organizacio-
nais, recursos financeiros, políticas adotadas, hierarquia e a participação 
da departamentalização, onde cada um terá papel preponderante no 
sucesso organizacional.
direçãO
A forma de se convergir aos resultados planejados e propostos é dirigir, 
criar meios de orientações direcionadas, para que não se perca o rumo 
ou não se atenda às normas especificadas para a realização do processo.
Nesse contexto, dirigir é moldar a cooperação entre todos e a utilização 
correta das ferramentas dispostas, e também, a motivação das pessoas 
envolvidas, a atmosfera ambiental, das potencialidades individuais com 
o sincronismo à missão e tarefas voltadas à realização e apuração dos 
objetivos propostos.
Para dirigir, quando os envolvimentos de vários fatores se entrelaçam, 
faz-se necessário uma boa elaboração de planos, conscientes e exequíveis 
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 11
dentro da realidade da empresa, pessoas perfiladas em equipe cujos ob-
jetivos devam ser comuns.
A responsabilidade deve ser de todos, de forma responsável, na qual 
cada um dos envolvidos tenha sua parcela de comprometimento; se as-
sim for, evitará que o barco (empresa/projeto) fique à deriva ou se contra-
ponha aos objetivos gerais e estratégicos.
COntrOle
O controle permite a segurança, facilita a verificação e avaliação nas me-
tas em andamento, se estão sendo cumpridas, através dos mecanismos 
necessários para respostas aos padrões predeterminados e de decisões 
que efetivem o andamento do processo. Nas situações anteriores, no con-
trole houve a peculiaridade do conhecimento, do todo no projeto elabora-
do, desde seu planejamento estratégico, para que, em caso de necessida-
des de situações corretivas, possa operar de forma imediata e inconteste, 
evitando ocorrências fortuitas, imprevistas.
É possível, com o controle, abortar situações que conflitem com os 
objetivos, fazer correções no andamento do processo, ajustes de custos, 
retomarem a qualidade, normalmente se acompanha os fatos e aconteci-
mentos em dado momento até o processo finalizado. O controle possibi-
lita também a recondução à normalidade operacional e cumprimento das 
metas propostas, em caso de desvios, do desempenho e principalmente, 
o controle de atos e ações dos membros participantes.
Vários são os controles que podem ser adotados pela empresa, sempre 
com a capacidade de gestão no processo, como operacional, estratégico, 
administrativo, produtivo, de qualidade e ambiental.
DiCa
Cada empresa ou organização tem formas mais ou menos 
apuradas ou técnicas de fazer uso dessas funções, não fu-
gindo da base teórica que mencionamos anteriormente.
atenção
A tecnologia, sistemas e softwares existentes e utilizados 
atualmente somam cada vez mais para a eficiência de pa-
drões e resultados na organização.
antena 
parabóliCa
Um bom administrador sempre é bem informado. Está co-
nectado com o seu micro e macroambiente.
Necessita uma busca constante de informações que so-
mem com as suas, novidades, métodos, que podem tam-
bém modificar antigos conceitos e práticas, A transforma-
ção e mudanças constantes em todo um sistema exigem 
dele esse jogo de cintura.
Você busca esse tipo de informação?
Atualiza-se constantemente?
Já leu alguma revista específica no tema?
Sugiro leituras constantes, que enriqueçam seus conhe-
cimentos, de forma mais abrangente, não necessariamen-
te técnica, como as revistas Carta Capital, Exame, cadernos 
econômicos dos jornais, onde poderá notar as mudanças 
constantes nas organizações, no mercado, no comporta-
mento humano e muitas dicas importantes, que você pode 
usar no seu ambiente de trabalho e de relacionamentos.
Pensar nas próprias atividades diárias dá a visão da neces-
sidade anterior à execução, com o objetivo de onde se quer 
chegar, não é mesmo?
Organizar todas as atividades que você necessita execu-
tar fará você ver que facilita, sobremaneira, detalhar seu 
plano de ação, para posterior execução, aí sim sua margem 
de acerto será maior e acima de tudo, seus custos serão 
menores de uma forma geral. A organização, obrigatoria-
mente, deve ter todos esses parâmetros definidos previa-
mente, para sua execução ou operacionalização posterior, 
garantindo assim os resultados esperados.
e agora, José?
Bem, este foi um começo, mas as coisas não param por 
aqui. Já temos os conceitos, que tal a gente conhecer, jun-
tos, as funções da administração, que são importantíssimas, 
no resultado final de qualquer empreendimento, no suces-
so e resultado positivo, no empreendedorismo.
As funções da administração são...
Bem, isso você verá na próxima unidade.
Que tal uma revisão geral no conteúdo dado para facilitar 
novos desafios?
Como vimos nesta unidade, é muito importante organizar, 
preparar o terreno para trabalhar, de forma que, com ob-
jetivos planejados, a competência na execução é bem mais 
garantida que feito de forma tresloucada ou inconsequente.
Bem, passaremos, a seguir, ao estudo mais teórico, das 
origens clássicas e científicas da administração, onde pode-
remos conhecer um pouco mais de nossos pensadores e 
homens que fizeram história nesta área tão importante, tão 
nova e, ao mesmo tempo, complexa, que é a administração.
Sugiro que façam, além das leituras com material de 
apoio, pesquisas mais aprofundadas no tema de “Princípios 
e Evolução do Pensamento Administrativo”, que dará a você 
mais bagagem para o entendimento e o atual comporta-
mento organizacional e de gestão empresarial.
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 14
glossário
Alocação: determinar, destinar (algo, al-
guém, tempo) para um fim específico.
Analítico: lógica formal (Aristóteles).Ciência 
das formas do entendimento (Kant).
Apregoar: indicar como bom.
Astúcia: habilidade maliciosa para não se 
deixar enganar ou surpreender; esperte-
za, sagacidade.
Conotação: o mesmo que compreensão (con-
junto de características definidoras); Ideia 
ou sentimento que uma palavra ou coi-
sa pode sugerir; significado suplementar 
que se atribui a uma palavra, expressão 
ou objeto, por se estabelecer algum tipo 
de associação com outras palavras.
Despersonalizar: fazer perder a identidade 
pessoal, tanto da organização como da 
pessoa.
Empírico: que provém de experiência prática 
ou de observação, e não de conhecimento 
teórico.
Entrave: obstáculo, empecilho, estorvo.
Equalizado: diz-se de algo tornado unifor-
me (modelos equalizados); uniformizado; 
igualado.
Exequível: que se pode executar.
Foco: com a atenção ou interesse voltado 
para um tema ou assunto específico.
Habilidades: capacidade de fazer alguma 
coisa benfeita, com profissionalismo, boa 
vontade, capacidade para contornar algu-
ma situação embaraçosa ou constrange-
dora.
Minimizar: diminuir os impactos, os custos.
Mutação: mudança.
Papiro: manuscrito antigo gravado sobre as 
folhas de uma planta aquática da família 
das ciperáceas, das quais se faziam folhas 
(papiros) para escrever e desenhar.
Paradigma: padrão que serve como modelo 
a ser imitado ou seguido.
Perfilado: alinhado ao objetivo proposto.
Permear: está no meio, faz parte, colocar no 
meio.
Preponderante: que tem mais importância, 
mais influência decisiva, mais valor ou 
consideração.
Sincronismo: simultaneidade de dois ou 
mais fenômenos ou acontecimentos.
Sistemático: que revela método, organiza-
ção intelectual (conhecimento sistemáti-
co), com uma linha racional de trabalho ou 
operacionalização, dentro da organização.
Tática: saber moldar, dar forma, saber como 
fazer, a maneira de operacionalizar.
Tresloucado: diz-se do que não tem juízo ou 
razão (gesto tresloucado); desvairado; en-
louquecido.
Universalizado: usado pela maioria das or-
ganizações; que passou a ser usado por 
todos.
Visão Holística: é a visão do todo, abran-
gente, global. Exemplo: o diretor da em-
presa ou o seu gerente-geral, deve co-
nhecer seus produtos, seus fornecedores, 
o mercado que atua, sem a necessidade 
de especialização técnica, entendimento 
total em cada uma das áreas, mas sim, 
o conhecimento suficiente para buscar 
informações corretas para a tomada de 
decisão.
Vislumbre: percepção, visão, entendimento.
reFerênCias
AULETE, C. �Dicionário contemporâneo da Lín-
gua Portuguesa. Versão Digital. Disponí-
vel em: <http://www.auletedigital.com.br> 
Acesso em 16 mai. 2010.
COELHO, M. �A essência da administração – 
conceitos introdutórios. São Paulo: Sarai-
va, 2008.
http://www.auletedigital.com.br
Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 15
CHIAVENATTO, I. �Introdução à Teoria Geral da 
Administração. Rio de Janeiro: Campus El-
sevier, 2004.
LACOMBE, F. J. M.; HEILBORN, G. L. J.� Adminis-
tração: princípios e tendências. São Pau-
lo: Saraiva, 2006.
MAXIMIANO, A. C. A. �Introdução à administra-
ção. São Paulo: Atlas, 2007.
SILVA, R. O. �Teorias da Administração. São 
Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2001.
gestão empresarial
administração geral
abordagens teóricas 
na administração
2
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Discutir a evolução do pensamento administrativo.
COmpetênCias 
Analisar e criar parâmetros nas teorias da administração.
Habilidades 
Descrever os conceitos históricos da administração.
administração geral
abordagens teóricas 
na administração
ApresentAção
É importante conhecer os meandros da ciência administra-
tiva, suas origens, precursores, pensadores e administrado-
res que fizeram da ciência administrativa uma verdadeira 
arte. Conhecer um pouco de suas origens, capacita-nos a 
entender a evolução histórica da administração, seus con-
ceitos, erros e acertos e, ao longo do tempo, e seus princi-
pais personagens, que marcaram época com suas teorias.
pArA ComeçAr
Para que possamos acompanhar essas transformações na 
administração é necessária uma análise mais específica nas 
abordagens que nortearam ao longo do tempo a adminis-
tração de forma geral, definindo as Teorias Gerais da Admi-
nistração, que aqui se elencam as mais representativas no 
contexto geral deste estudo.
teOrias gerais da administraçãO
A teoria geral da administração é dividida nas seguintes 
abordagens:
 → Clássica e Científica, com os precursores Frederick W. 
Taylor e Henri Fayol;
 → Comportamental ou Humanística, com os precursores 
Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker e Abraham 
Maslow, MacGregor e Likert;
 → Neoclássica, com os precursores Peter F. Drucker, 
Willian Newman, Ernest Dale e Ralph C. Davis, Louis Al-
len e George Terry;
 → Contigencial, com os precursores Alfred Chandler, Tom 
Burns e G. M. Stalker e Paul Laurence e Jay Lorsch;
 → Desenvolvimento organizacional, com Leland Bradford;
 → Nova administração, com Idalberto Chiavenato e Geral-
do Caravantes.
Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 4
abordagens
clássica e 
científica
Frederick W. Taylor
Henri Fayol
comportamental 
ou humanística
Alfred Chandler, Tom 
Burns e G. M. Stalker
Abraham Maslow, 
MacGregor e Likert
neoclássica
Peter F. Drucker, Willian 
Newman, Ernest Dale
Ralph C. Davis,
Louis Allen e George Terry
contingencial
Alfred Chandler, Tom 
Burns e G. M. Stalker
Paul Laurence
e Jay Lorsch
desenvolvimento 
organizacional Leland Bradford
nova 
administração
Idalberto Chiavenato
Geraldo Caravantes 
Na figura acima podemos conhecer os precursores de cada teoria e abor-
dagem nos conceitos teóricos da administração ao longo dos tempos até 
a atualidade.
Em algum momento, você pode se perguntar: para que estudar e co-
nhecer teorias antigas, conceitos centenários? Para que e em que se usa-
riam tais conhecimentos e conceitos?
Primeiro, temos que ter em mente que a evolução constante tem como 
alicerce e suporte conhecimentos já adquiridos, que, ao transformar, 
adaptar ou mesmo recriar os conceitos, fazem necessário voltar às suas 
origens, e dessa forma, interpretar melhor as teorias, e como eram vistas 
na época de sua utilização.
Segundo, os conhecimentos teóricos validam os experimentos e apri-
moram novas transformações, de forma que as administrações dos con-
flitos conceituais se tornaram a forma de aprimoramento cada vez mais 
rápida em sua aplicabilidade nas organizações.
Terceiro, a evolução tecnológica e a busca constante do desenvolvi-
mento e da responsabilidade social surgem de forma constante; novos 
paradigmas teóricos a serem estudados.
Figura 1. Abordagens 
e teorias.
Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 5
Dito isso, faremos um breve estudo de todas as elencadas, de forma 
simples e bastante conceitual, para que facilite o discernimento entre 
cada uma delas.
FundAmentos
Vamos por etapas:
1. abOrdagem ClássiCa e CientífiCa
Os precursores da abordagem clássica e científica foram Frederick W. 
Taylor (1856-1915), com sua obra Shop Management (Gerência de Fábrica), 
lançada em 1903 que dá início à Escola da Administração Científica.
Também Henri Fayol (1841/1925), com seu trabalho Administracion In-
dustrielle et Generale, publicado em 1916, origina a Teoria Clássica da Ad-
ministração.
Segundo Chiavenato (2003 p. 48), ambos partiram de pontos de vistas 
diferentes, apesar de não terem se comunicado. Em função dessas duas 
correntes, formaram as bases da Abordagem Clássica da Administração, 
desdobrada em duas orientações diferentes: a científica (formada por en-
genheiros) e outra corrente formada por anatomistas e fisiologistas da 
administração.
Henry Ford foi um importante engenheiro americano. Nasceu em 30 de 
julho de 1863, na cidade norte-americana de Springwells; faleceu em 7 de 
abril de 1947. Produziu seu primeiro automóvel em 1892.Ford se preocupou com os custos finais do produto, buscando, assim, 
na produção em escala, definir uma linha de montagem, onde seus custos 
possibilitaram produzir mais e vender mais barato.
Com esse modelo de produção em massa, os funcionários cumpriam 
pequenas etapas no processo de produção, e não se exigia qualificação, 
que aumentava seus custos.
Esse processo de produção pode ser entendido melhor assistindo o 
filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, onde se verifica a falta de 
qualificação na produção e o ato contínuo e repetitivo na mão de obra 
empregada na produção.
O fordismo foi substituído, na década de 80 do século XX, pelo Toytis-
mo, que modificou consideravelmente o sistema de produção colocando 
custos e qualidade como metas principais.
Principais focos das abordagens Científicas e Clássicas:
Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 6
CientífiCa
Preocupações primordiais:
 → Estudo do tempo padrão de produção;
 → Supervisão funcional;
 → Padronização de ferramentas e instrumentos;
 → Delineamento da rotina de trabalho;
 → Planejamento de tarefas e cargos;
 → Tarefas associadas a prêmios.
teoria ClássiCa
As principais atividades do corpo empresarial:
 → Técnica: produção de bens ou de serviços;
 → Comercial: compra, venda e troca;
 → Financeira: procurar e aplicar capital;
 → Segurança: proteção da propriedade e das pessoas;
 → Contábil: registros, balanços, custos e estatística;
 → Administrativa: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
2. COmpOrtamental OU HUmanístiCa
O foco principal é o homem na organização e seu bem-estar. O compor-
tamento humano nas organizações levou vários autores, como Herbert 
Alexander Simon (precursor da teoria humanística), seguido por G. M. 
Stalker, Douglas MacGregor e Rensis Likert a estudar com mais profun-
didade o impacto no microambiente do trabalho sobre o operário, com 
relação ao seu bem-estar e a produtividade.
Outro expoente na abordagem humanística foi Abraham Harold Mas-
low, nascido no Brooklyn, NY, em 1/4/1908 e falecido em 8/6/1970; foi 
um dos fundadores da Psicologia Humanística nos anos de 1960, autor 
da Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow, onde apresenta o 
homem autorrealizado em suas necessidades básicas.
Dentre esses estudos, destacam-se também a preocupação da intera-
ção do homem no meio organizacional. A importância dada aos grupos, 
sua interação, motivação em equipe, liderança, comunicações e dissemi-
nação de informações e dinâmica de grupo (Chiavenato, 2003).
3. abOrdagem neOClássiCa
O verdadeiro papel do administrador, sua prática, cumprimento de ob-
jetivos, propositura de realizações, foco de resultados, são as premissas 
básicas nesta abordagem.
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/stalkergm.htm
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/stalkergm.htm
Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 7
A principal referência é Peter F. Drucker, com a preocupação maior de 
formatar a empresa, com suas características funcionais e operacionais. 
Outros expoentes na Teoria Neoclássica são: Willian Newman, Ernest 
Dale, Ralph C. Davis, Louis Allen e George Terry.
Mais à frente, vocês aprofundarão mais no tema do sistema organiza-
cional, seus tipos e características.
4. abOrdagem COntingenCial
Primeiramente, vamos definir a palavra contingência. Segundo o dicioná-
rio Aulete Eletrônico é eventual, temporário, contingente.
Os pioneiros da Teoria Contingencial são Alfred Chandler, Tom Burns 
e G. M. Stalker, Paul Laurence e Jay Lorsch.
Segundo Chiavenato (2000, p. 498), “A abordagem contingencial salien-
ta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclu-
sivo modelo organizacional[...]”. Isso quer dizer que um modelo específico 
de uma empresa X, não necessariamente será validado ou terá resultados 
positivos pelo fato de ter dado certo na empresa Y, diz ainda: “Diferentes 
ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais”.
Cada empresa ou organização moldará seu próprio modelo, que aten-
da às necessidades operacionais, de acordo com seus recursos, sejam 
tecnológicos, humanos e financeiros.
A teoria da Contingência realça a necessidade da responsabilidade am-
biental, a resposta do funcionário no que tange a capacidade evolutiva, 
flexibilidade e facilidade de adaptação aos ambientes internos, focando 
principalmente estas capacidades ante a evolução tecnológica e sua im-
plementação dentro da empresa.
5. desenvOlvimentO OrganizaCiOnal
Toda organização, seja de pequeno, médio ou grande porte, tende-se a 
aprimorar e buscar o desenvolvimento e crescimento.
Para tanto, várias situações podem conflitar para se atingir tais objeti-
vos, como por exemplo, mudanças na cultura organizacional da empre-
sa, que passa a ser um processo lento e trabalhoso em sua implantação. 
Para explorar a capacidade e potencialidade de seu conjunto interno 
(recursos – pessoas) é necessário transpor tais obstáculos, senão há o 
risco de fracasso.
A mudança organizacional planejada deve ser feita de forma participativa 
e democrática, é importantíssima essa cooperação entre departamentos e 
pessoas que participam da organização. Essa interação independe dos ní-
veis de seu servidor na empresa, onde se apresenta uma variedade muito 
grande de culturas, desde crenças, lideranças, relacionamento e comporta-
mentos diversos; por isso, a necessidade de ser de forma participativa.
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/burnstom.htm
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/stalkergm.htm
Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 8
Vale aqui destacar outras situações: administração de conflitos inter-
nos através de negociações, descentralização de decisões, responsabi-
lidade dimensionadas em grupos, necessidade de contínua adaptação, 
desenvolvimento em equipes.
Vários autores se destacaram com obras no assunto, como Richard 
Bekhard e Leland Bradford, entre outros.
6. nOva administraçãO
Várias são as perspectivas da administração no futuro, em função da tec-
nologia e, cada vez mais, pela rapidez e fluidez da informação.
A capacidade de o homem interagir com as mudanças, com a tecnolo-
gia e, acima de tudo, a sustentabilidade social é o principal escopo para a 
nova administração.
“A teoria administrativa tradicional não contempla o bem-estar das pes-
soas e parte dos executivos está voltada para eficiência e eficácia e esque-
cem o seu próprio bem-estar e das pessoas que estão ao redor, já a nova 
administração tem três objetivos: viver, viver bem e viver melhor”, explica 
Geraldo Caravantes1.
No mundo global, fusões de empresas e a expansão do mercado exi-
gem cada vez mais a adequação de novas fórmulas para a organização.
A quebra de barreiras e fronteiras das comunicações e da velocidade 
da informação requer contínua quebra de paradigmas organizacionais, e 
um posicionamento holístico com a realidade atual.
No final deste livro, apresentaremos as tendências da nova adminis-
tração, de forma mais aprofundada, que após estudar o conteúdo deste 
trabalho, você poderá ter uma concepção formatada do futuro da admi-
nistração.
dica
Assista antes ao filme Tempos modernos, de Charles Cha-
plin, que proporcionará a você uma noção exata, do mecani-
cismo, da fadiga humana, da capacitação operária da época, e 
poderá fazer um juízo melhor das teorias da unidade de hoje.
Para que você possa se aprofundar mais nas teorias da Ad-
ministração Científica e Clássica, leia o capítulo III do livro de 
Chiavenato: Introdução à Teoria Geral da Administração.
1. Entrevista de 
Geraldo Caravantes, 
disponível em 
http://www.
mauriciodenassau.
edu.br/noticia/listar/
rec/1175 acesso 
em 17/5/2010. 
Caravantes é o 
criador da Teoria da 
Nova Administração 
Moderna, Ph.D pela 
Universidade do 
Sul da Califórnia.
http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175
http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175
http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175
http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 9
Chiavenato2, no capítulo 19, da Introdução à Teoria Geral da Administra-
ção, abre o capítulo com a pergunta: “Para onde vai a TGA? – Em busca da 
competitividade”.
Administradores, empresários e gestores, questionam a todo instante, 
o que se exigirá mais.
Em momentos de turbulências, internas e externas, e que, com o ad-
vento “globalização”, os efeitos são gerais e a rapidez sentida é incontestá-
vel, independe da origem, afeta mercados, empresas públicas e privadas 
e todo um sistema organizacional.
Essas mudanças constantes exigem atenção e perspicácia, conhe-
cimentos, visão; mas isso tudo gera incertezas e medos. Para tanto, é 
necessário um amplo estudo estratégico organizacional, criar alicerces 
para enfrentamento de situações inesperadas, preparo, técnica e lógica 
na administração.
atenção
O desafio está lançado. Você está pronto para quebrar pa-
radigmas, vencer as resistências e mudar sua própria cultura 
organizacional?
2. Chiavenato é 
também um dos 
modeladores e 
norteadores da “Nova 
Administração”.
antena 
pArAbóliCA
Sugiro você ler as revistas Isto é Dinheiro, Carta Capital, 
Você S/A, e verá que o mundo converge para novos mo-
delos de competitividade, modelos organizacionais, ca-
pacitação profissional, mostra-nos a constante mutação 
de mercados e também dos perfis profissionais.
É importante a interação de conhecimentos teóricos 
e buscar em si mesmo, a concepção da necessidade de 
mudanças, e quais os níveis dessas mudanças, para que 
não sejam pesadas demais para implementá-las, evitan-
do assim o fracasso e a desmotivação de seguir o cami-
nho rumo ao futuro.
e AgorA, José?
Bem, já vimos quase tudo de teorias administrativas, ago-
ra, que tal a gente se preparar para o próximo módulo.
O tema central é o Sistema Organizacional, onde re-
tornaremos o assunto de eficiência e eficácia, que já ti-
vemos uma pequena canja do assunto.
Vamos lá... Continue firme, não solte o leme do barco, 
pois não há tempo para ficar à deriva.
Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 11
glossário
Abordagem: modo como é tratado determina-
do assunto.
Alicerce: aquilo em que algo se apoia; aquilo 
que dá firmeza, segurança, solidez; base; 
fundamento.
Aprimorar: fazer ou deixar melhor (qualidade 
de) algo ou alguém (inclusive si mesmo); 
tornar(-se) primoroso; aperfeiçoar(-se).
Delineamento: primeiro projeto de uma obra.
Discernimento: capacidade de perceber, com-
preender com facilidade; perspicácia.
Disseminação: difusão, propagação, vulgariza-
ção de ideologia, teoria, visão de mundo etc.
Escopo: alvo, ponto que se pretende atingir; fi-
nalidade, objetivo; propósito; intuito.
Expoente: pessoa eminente em área profissional.
Formatar: estabelecer o formato de.
Fusões: união total, de agremiações, empresas, 
formando uma só unidade.
Implementação: executar, colocar em prática 
(plano, projeto).
Interagir: desenvolver ação recíproca; inter-
-relacionar-se.
Nortear: orientar(-se), dirigir(-se), regular(-se).
Paradigma: padrão que serve como modelo a 
ser imitado ou seguido.
Perspicácia: qualidade de quem é perspicaz, de 
quem é capaz de observar com argúcia, de 
compreender as coisas; argúcia; clarividên-
cia; esperteza; lucidez.
Precursores: que antecipa, sinaliza ou dá início 
a novos conceitos, situação, técnicas, com-
portamentos.
Premissas: ideia ou fato inicial de que se parte 
para formar um raciocínio.
Propositura: ação ou resultado de propor; pro-
posição.
Salientar: tornar(-se) saliente, destacado, ou 
notável; destacar(-se).
Sustentabilidade: modelo de desenvolvimento 
que busca conciliar as necessidades econômi-
cas, sociais e ambientais de modo a garantir 
seu atendimento por tempo indeterminado 
e a promover a inclusão social, o bem-estar 
econômico e a preservação dos recursos na-
turais; desenvolvimento sustentável.
Tange: diz respeito a.
Turbulência: agitação intensa e desordenada 
nos mercados, economia etc.
reFerênCiAs
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da 
Administração. Rio de Janeiro: Campus El-
sevier, 2004.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administra-
ção. São Paulo: Atlas, 2007.
PORTAL FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU. Ca-
ravantes discute Administração Mo-
derna. Disponível em <http://www.
mauriciodenassau.edu.br/noticia/exibir/
cid/1/nid/1175>. Acesso em: 17 mai. 2010.
gestão empresarial
administração geral
o sistema organizacional
3
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Discutir o conceito de sistema e sua aplicação na Admi-
nistração.
COmpetênCias 
Analisar a organização a partir do conceito de sistema 
organizacional.
Habilidades 
Descrever os componentes de um sistema. Aplicar o 
conceito de sistema à organização.
administração geral
o sistema organizacional
ApresentAção
O conceito de sistema é amplamente utilizado para a 
compreensão do mundo no qual vivemos. Sua aplicação 
na ciência da Administração teve um impacto significa-
tivo. Nos primórdios do desenvolvimento desta ciência, 
o conhecimento da organização e seu desenvolvimento 
eram limitados, no entanto, como você verificará nesta 
unidade, com a compreensão da organização como um 
sistema vivo, complexo e probabilístico a gestão inclui 
variáveis antes não consideradas, mas potencialmente 
benéficas ou maléficas à organização.
pArA ComeçAr
Você reparou que a palavra “sistema” é utilizada em vá-
rios contextos?
Veja as seguintes manchetes de jornal:
Sistema para inscrições no Enem opera normalmente, 
diz MEC.
Sistema do Flamengo dependerá do Corinthians, afirma 
Mano Menezes.
Sistema seria uma palavra sem significado e, portanto, 
poderia ser utilizada como um “curinga”?
Agora avalie os seguintes exemplos:
1. Sistema solar;
2. Sistema educacional; e
3. Sistema respiratório.
Sem se preocupar com o significado da palavra “siste-
ma”, você já pode ter conversado sobre:
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 4
 → O sol e seus planetas (1);
 → A avaliação no ensino fundamental (2);
 → A influência do cigarro nos problemas pulmonares (3).
Esses são assuntos comuns do nosso cotidiano e se referem aos sistemas 
de numeração correspondente. Trocamos ideias sobre esses assuntos 
sem nos preocupar que cada um deles se refere a sistemas.
Você sabe que os sistemas citados não são iguais e pode estar se per-
guntando:
 → Por que assuntos tão diversos utilizam a palavra “sistema”?
 → O que estes sistemas têm em comum?
 → Afinal, o que significa sistema?
Este módulo se inicia com o conceito de sistema que foi responsável por 
uma mudança na maneira das pessoas verem o mundo e tem ajudado os 
administradores a compreender como é a organização e como ela pode 
ficar mais forte.
FundAmentos
Talvez a parte inicial deste assunto possa parecer um pouco abstrata. 
Não se preocupe. Todo mundo que tem contato pela primeira vez com 
o conceito de sistema apresenta as mesmas dificuldades. É um conceito 
complexo, mas você vai ver que ele é muito útil para o entendimento das 
organizações.
Para facilitar sua compreensão, serão apresentados os componentes 
do sistema e vários exemplos de sistemas.
Além disso, recomendamos que você também procure pensar em ou-
tros exemplos.
Então, vamos às definições!
O sistema
Certo (2003) define sistema como: “um conjunto de partes interdependen-
tes que funcionam como um todo para algum propósito”. É uma combina-
ção de elementos que forma um todo unitário.
Chiavenato (2004) destaca que os elementos, as relações entre eles e 
os objetivos (ou propósitos) constituem os aspectos fundamentais da de-
finição de um sistema.
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 5
Ao estudar os elementos do sistema procure observar a figura 1.
Os elementos que constituem um sistema são:
 → Entradas: são os elementos necessários ao funcionamento do siste-
ma e que o sistema recebe de seu mundo exterior. As entradas não 
fazem parte do sistema, elas vêm de fora do sistemae são necessá-
rias para que ele exista;
 → Caixa-preta: local onde acontece um processo ou vários processos, 
e cujos elementos são desconhecidos por quem está fora do sis-
tema, ou seja, eles só podem ser conhecidos ao se abrir a caixa-
-preta (Caixa-preta é um conceito parecido com a caixa de gravação 
de aviões). Quando acontecem acidentes, a primeira providência é 
procurar a caixa-preta, ou seja, descobrir o que se falou minutos an-
tes do avião cair. Mas, deixa para lá. Não vamos falar de coisas ruins. 
Voltemos aos elementos do sistema;
 → Saídas: são os elementos produzidos pelo sistema, ou seja, o resul-
tado final do processo realizado dentro da caixa-preta;
 → Retroação: é a ligação entre as saídas e as entradas. Também cha-
mada de retroinformação. Lembra Chiavenato (2004) que a retro-
ação serve para comparar como o sistema funciona em relação ao 
padrão esperado. Quando ocorre alguma discrepância, a retroação 
incumbe-se de regular a entrada para que a saída se aproxime do 
padrão esperado.
Muito difícil? Mas, ainda tem mais:
Há a retroação positiva – uma ação estimuladora da entrada. Expli-
cando de outra maneira, retroação positiva é a satisfação com uma ava-
liação do resultado que reforça a escolha das entradas.
Já a retroação negativa é inibidora das entradas, como resultado de 
uma não satisfação com os resultados obtidos na saída.
A representação gráfica desses elementos encontra-se na Figura 1.
caixa preta
entradas saídas 
retroação
É importante lembrar que muitos autores preferem utilizar o idioma in-
glês ao se referir aos elementos do sistema: Inputs para entradas; Outputs 
para saídas; Black-box para caixa-preta; e Feedback para retroação.
Figura 1. 
Representação gráfica 
de um sistema.
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 6
Agora vamos pensar em um exemplo de sistema: você!
Isso mesmo, você é um sistema!
Vamos testar esse exemplo?
SiStema corpo humano
Se você é um sistema, então possui: entradas, caixa-preta, saídas e re-
troação. 
As entradas são os elementos necessários para que algo aconteça na 
caixa-preta. Já a caixa-preta é tudo que pertence ao seu corpo (partes 
internas e externas, como seu estômago e sua boca), as entradas, então 
são: a comida, o ar e os sons, por exemplo. Esses elementos iniciam al-
guns processos no interior do seu corpo (caixa-preta): digestão, respira-
ção e audição.
Para conhecer esses processos que acontecem no corpo de um ser 
humano é necessário abrir a caixa-preta (e literalmente é o que faz um 
futuro médico em uma unidade de Anatomia).
As saídas são aquilo que resultou de um processo que ocorreu na cai-
xa-preta.
Pois é, saída no nosso exemplo é isso que você está pensando, ou seja, 
alimento processado, gás carbônico, a resposta ao som ouvido e muito 
mais saída a depender de quais são as entradas.
Dica
Antes de prosseguir, leia novamente as definições de entra-
das, caixa-preta e saídas. E releia o exemplo dado.
Conseguiu entender?
Antes de prosseguir, que tal pensar em outro exemplo de sistema?
Uma televisão é um sistema. Para acontecer algo dentro dela, ou seja, 
a TV mostrar imagem e som, é necessário que alguém ligue a TV, assim 
como ela deve estar ligada a uma tomada para recebimento de energia. A 
saída é fácil, são as imagens e o som emitidos pela TV.
Recapitulando, sistema TV:
 → Entradas: energia elétrica, transmissão da emissora e alguém ligan-
do a TV.
 → Processo: aquilo que acontece para a TV funcionar.
 → Saídas: som e imagem.
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 7
Recapitulando, sistema “você”:
 → Entradas: alimento, ar, som, informação...
 → Processos (caixa-preta): respiração, digestão, raciocínio...
 → Saídas: sensação de saciedade, prazer, bem-estar, novas informa-
ções...
a retrOaçãO
Para o exemplo que estamos avaliando (você), o que seria a retroação?
Suponha que você vá até a uma lanchonete e peça um sanduíche.
O sanduíche é uma entrada. A caixa-preta (ou processo) é o seu corpo 
digerindo o sanduíche. As saídas são a sensação de saciedade e de prazer 
por comer o sanduíche.
Estas são saídas desejadas? Sim. Todo mundo que come um sanduíche 
espera matar sua fome e ter prazer, então a retroação neste caso é posi-
tiva, ou seja, você vai comer um sanduíche nesta lanchonete toda vez que 
tiver vontade.
Pena que às vezes aconteçam saídas não desejadas. Ou seja, e se a 
saída for outra?
Pense na possibilidade do sanduíche fazer mal e você acabar com uma 
infecção intestinal angustiante.
Ninguém come um sanduíche para passar mal, não é? Então, nesse 
caso a retroação será negativa, ou seja, você não deve voltar a comer esse 
sanduíche e/ou não deve voltar a frequentar a lanchonete.
Resumindo, retroação é uma informação que o sistema tira das saídas 
que lhe diz se deve (retroação positiva) ou não (retroação negativa) repetir 
as entradas e/ou o processo.
Retroação é muito importante porque protege o sistema, não é? Ou 
seja, impede que você repita uma tolice.
Vamos voltar aos exemplos do começo da unidade?
1. No sistema solar as entradas são os planetas e o sol. O processo é a 
atração que há entre os planetas e o sol. A saída está no equilíbrio 
mantido entre eles, ou seja, cada um se mantém em sua órbita.
2. No sistema educacional as entradas são as instituições de ensino, os 
alunos, os professores, os materiais didáticos e outros. O ensino e 
o aprendizado é o processo. Alunos formados e preparados para o 
mercado de trabalho são as saídas.
3. No sistema respiratório a entrada é o ar. O processo é a respiração 
executada pelo pulmão, ou seja, a passagem do oxigênio para o san-
gue. A saída é o gás carbônico.
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 8
teOria geral dOs sistemas
Quase todas as coisas que existem são sistemas. Uma batedeira, por 
exemplo, é um sistema eletrônico. Uma flor é um sistema botânico e um 
ser humano é um sistema fisiológico e psicológico.
O conceito de sistema surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Lu-
dwig Von Bertalanffy que, segundo Chiavenato (2004), integra a Teoria 
Geral dos Sistemas.
Essa Teoria se fundamenta em três premissas básicas:
a. Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constitu-
ído de subsistemas e ao mesmo tempo compõe um sistema maior 
chamado de suprassistema. No nosso exemplo, você, um sistema, é 
constituído de subsistemas como: sistema respiratório, sistema cir-
culatório e outros. E também faz parte de um suprassistema como o 
sistema educacional ou se quiser pensar em termos físicos: sistema 
familiar e até sistema solar.
b. Os sistemas são abertos. Todo sistema pertence a um ou mais su-
prassistemas. Ao conjunto dos suprassistemas que você integra cha-
mamos de ambiente. O ambiente é também o local onde os siste-
mas buscam energia para continuar existindo. No nosso exemplo, a 
lanchonete que você frequenta é um ambiente no qual você adquire 
alimentos (entradas), fonte de energia dos seres humanos.
c. As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Cada sis-
tema tem um propósito que buscará atingir na interação com outros 
sistemas do ambiente. Você está fazendo este curso, que pertence 
ao sistema educacional brasileiro de ensino à distância, por alguma 
razão que pode ser, por exemplo, uma melhor formação profissional.
caracteríSticaS doS SiStemaS
Os sistemas apresentam características que existem no sistema como um 
todo e não existe em seus elementos em particular. Duas características 
básicas de um sistema são:
a. Propósito ou objetivo. O sistema existe para alcançar uma finalidade.
b. Globalismo ou totalidade. Uma mudança em um subsistema do 
sistema produz mudanças em todos os outros subsistemas.
Chiavenato (2004) afirma que o conceito de sistema permitiu uma visão 
compreensiva e abrangente de um conjunto de coisas complexas como a 
organização.
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 9
Para Silva (2001), quando uma organização é examinada a partir da 
perspectiva de sistema, uma atenção especialé dada tanto aos elementos 
como à interação, ou seja, nenhuma parte de uma organização pode ser 
compreendida, se a relação desta com as outras partes não for exami-
nada. Por isso a visão da organização como um sistema, antes de tudo, 
favorece a aplicabilidade ao mundo real.
E como afirma Maximiano (2000, p. 369):
A ideia de sistema – elementos que interagem e se influenciam, agregados em conjun-
tos ou todos complexos – é a essência do enfoque sistêmico. É ideia simples, mas de 
grande influência na formação intelectual do dirigente e de todos os tipos de profis-
sionais do mundo moderno. O enfoque sistêmico oferece ao administrador uma visão 
integrada das organizações e do processo administrativo, e uma ferramenta para or-
ganizar sistemas que produzam resultados.
Então, enxergar uma organização como um sistema facilita sua compre-
ensão e apoia as tomadas de decisão do administrador.
E aí, como é um Sistema Organizacional? Observe com atenção a figura 2.
mudanças políticas
ambiente geral
mudanças econômicas
mudanças culturais mudanças tecnológicas mudanças sociais
ambiente de tarefa
recursos resultados 
concorrentesórgãos reguladores
clientes fornecedores
produção recursos humanos
marketing finanças
A figura 2 é uma adaptação do Modelo de organização como sistema 
aberto proposto por Katz e Kahn, da Universidade de Michigan.
Figura 2. O Sistema 
Organizacional.
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 10
entradaS do SiStema organizacional
Note que no sistema organizacional as entradas são recursos, que com-
preendem elementos físicos como matéria-prima, máquinas e equipa-
mentos; e abstratos, como a tecnologia no sentido de “conhecimento de 
como fazer”, informações e outros. Os recursos humanos também são en-
tradas necessárias ao funcionamento do sistema, assim como os recursos 
financeiros. Ou seja, as entradas constituem-se em tudo que é necessário 
para o processo que se dá dentro da caixa-preta acontecer.
caixa-preta ou proceSSo do SiStema organizacional
Os sistemas têm processos que interligam os componentes e transfor-
mam os elementos de entrada em resultados. Por exemplo, recursos 
materiais se transformam em produtos. Como afirma Maximiano (2000), 
todas as organizações usam recursos humanos, materiais, financeiros, po-
rém um banco é diferente de uma lavanderia ou de uma igreja, e, ainda, 
um banco é diferente de outro. Isso se deve aos diferentes processos in-
ternos e nos resultados de cada um. Portanto, o que define um sistema é 
o seu processo, e não apenas as entradas e saídas, que podem ser muito 
semelhantes em todos os sistemas.
SaídaS do SiStema organizacional
As saídas são os resultados dos processos que ocorreram na caixa-preta 
do sistema. Um dos resultados que o sistema busca são os objetivos. Para 
o sistema empresa, as saídas são os produtos e serviços, lucro ou pre-
juízo, satisfação dos clientes, participação no mercado, e muitos outros 
resultados que podem ser planejados pelos administradores.
Note que na figura nº 2 introduzimos alguns elementos-chave:
a. Subsistemas: a caixa-preta do Sistema Organizacional é constituída 
por quatro subsistemas: Produção, Recursos Humanos, Marketing 
e Finanças, que correspondem às atividades básicas sugeridas por 
Fayoll, aquele autor que você estudou no módulo sobre a evolução 
do pensamento da Administração.
Cada um dos subsistemas tem seus objetivos, que correspon-
dem ao propósito de suas especializações. Entretanto, não podem 
trabalhar separados! Se isso ocorresse, seria como se o nosso co-
ração “resolvesse” parar de bater enquanto os outros subsistemas 
que compõem o corpo humano continuassem a funcionar. Isso de 
nada adiantaria. O sistema corpo humano entraria em colapso. E é 
exatamente isso que acontece quando morremos. O mesmo aconte-
ce quando a Produção, por exemplo, não trabalha em sintonia com 
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 11
Marketing, esse é o caso no qual a empresa pode ter problemas de 
sobrevivência.
atenção
Produção, Recursos Humanos, Marketing e Finanças preci-
sam trabalhar cooperativamente para que o sistema empre-
sa atinja seus objetivos.
Quando os subsistemas trabalham em harmonia, chamamos isso de si-
nergia. Em outras palavras, se o Marketing e a Produção puderem com-
pletar o trabalho do outro, um irá influenciar o outro até que o resultado 
será maior do que a simples soma do trabalho de cada um.
b. Ambiente: todas as coisas que circundam o sistema. De acordo com 
o grau de controle que a organização tem sobre ele, é classificado em:
I. Ambiente geral: também chamado de Macroambiente, é cons-
tituído por forças externas sobre as quais a organização não tem 
poder de decisão ou controle. Essas forças afetam o desempenho 
da organização por isso precisam ser acompanhadas, em especial 
quando há mudanças. As principais forças do macroambiente são:
i. Forças econômicas: a renda dos consumidores, o comporta-
mento dos agentes econômicos, a distribuição da riqueza, a 
disponibilidade de capital, a expansão ou a recessão econômi-
ca são alguns dos elementos que constituem essas forças;
ii. Forças sociais: a distribuição etária, a taxa de crescimento e 
composição étnica, o perfil psicológico dos consumidores, va-
lores, crenças são exemplos dessa força;
iii. Forças tecnológicas: são constituídas por conhecimentos e in-
formações práticas sobre produtos e processos, conhecimen-
tos atuais e tendências;
iv. Forças políticas: essas forças podem incluir desde os aconte-
cimentos de uma época de eleição até a legislação criada por 
quem tem esse poder. Envolve a legislação trabalhista, acordos 
internacionais de comércio, sistema de governo e muito outros 
elementos da sociedade humana;
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 12
II. Ambiente de tarefas: também chamado de Microambiente, é 
aquele constituído por agentes próximos à empresa e com os 
quais ela deve se relacionar. São eles: os clientes, os concorrentes, 
os fornecedores e os órgãos reguladores. Esses últimos possuem 
essa denominação porque na prática regulam a ação da empresa, 
são representados por órgão governamentais federais, estaduais 
e municipais, e por grupos de interesse como sindicatos, órgãos 
de defesa ambientais, de defesa do consumidor e ainda do setor 
financeiro como bancos e instituições financeiras.
Bem, por enquanto é só. Na próxima unidade vamos estudar com maior 
profundidade a força exercida pelo ambiente geral e de tarefas.
antena 
pArAbóliCA
Você conhece a revista ou o site Guia do Estudante da 
Editora Abril?
Nele é possível obter diversas informações sobre pro-
fissões, universidades, vestibular, mercado de trabalho 
e outras.
No site da revista você vai encontrar a profissão de 
Analista de Sistemas de Informação. Outro sistema? Sim. 
O Sistema de Informação existe em todas as empresas e 
pode ser computadorizado ou manual e abrange pesso-
as, máquinas e/ou métodos.
O analista de sistemas de informação desenvolve as 
seguintes atividades necessárias no mundo corporativo: 
planeja e organiza o processamento, o armazenamento 
e a recuperação de informações e disponibiliza esse ma-
terial para usuários. Em outras palavras, o sistema pelo 
qual ele é responsável é constituído por entradas (infor-
mações) e saídas (relatórios) necessárias para a tomada 
de decisão dos administradores e de outros profissio-
nais de uma empresa.
O mercado de trabalho para este profissional conti-
nua aquecido, pois a formação em análise de sistemas 
de informações é necessária em todas as empresas, se-
jam elas pequenas ou grandes.
Neste curso você terá a disciplina de Sistemas de In-
formação no terceiro semestre e outras relativas a siste-
mas como Organização, Sistemas e Métodos e Sistemas 
de Gestão Integrados.
lembre-se
O conceito de sistema influenciou o modo 
de entender e explicar todas as ciências. 
Para a Administração serviu para organi-
zar e simplificar o entendimento do siste-
ma organizacional (empresa).
e AgorA,José?
Vimos nesta etapa do curso o conceito de sistema e sua 
aplicação na ciência da Administração.
Sistema é constituído de entradas, caixa-preta (pro-
cessos) e saídas.
Quase tudo na nossa existência pode ser caracteriza-
do pelo sistema, mas em particular as organizações são 
sistemas.
As entradas do sistema organizacional se constituem 
de recursos. São eles: recursos humanos, materiais, fi-
nanceiros, tecnológicos e outros.
A caixa-preta é constituída de processos. Dentre esses 
processos há aquele que transforma materiais em produ-
tos e há aquele que transforma cliente em cliente aten-
dido, no caso das organizações prestadoras de serviços.
Como todo sistema precisa sobreviver em um am-
biente, que é tudo aquilo que cerca o sistema, a organi-
zação também precisa.
O ambiente da organização pode ser classificado em 
duas categorias:
 → Ambiente de tarefa: aquele com o qual a organi-
zação interage, constituído por clientes, concorren-
tes, fornecedores e órgãos reguladores.
 → Ambiente geral: aquele com o qual a organização 
apenas reage, pois não lhe é possível alterar. O am-
biente geral é constituído de forças que afetam a 
organização como as forças econômicas, tecnoló-
gicas e sociais.
Além disso, o sistema organizacional é composto de sub-
sistemas, que são as especializações necessárias ao seu 
funcionamento, são eles: subsistema Produção, Recur-
sos Humanos, Finanças e Marketing.
Na próxima unidade continuamos com os elementos 
que constituem o ambiente do sistema organizacional 
e veremos a importância da informação para a sobrevi-
vência desse sistema.
Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 15
glossário
Ambiente: tudo que cerca o sistema e não per-
tence a ele.
Ambiente geral: mudanças decorrentes do 
desenvolvimento da civilização. Podem ser 
mudanças políticas, sociais, econômicas, 
tecnológicas, culturais e outras. A empresa 
precisa se adaptar a elas, pois é impossível 
controlá-las.
Ambiente de tarefa: relacionamento da em-
presa com outros sistemas que podem ser 
controlados ou influenciados. São eles: clien-
tes, concorrentes, fornecedores e órgãos re-
guladores.
Entrada: elementos importados do ambiente e 
necessário ao processo que se dá dentro da 
caixa-preta. Podem ser materiais, energia e 
informação.
Processo: atividade de transformação que 
acontece dentro da caixa-preta.
Retroação: ação pela qual a saída reflui sobre 
a entrada, seja incentivando-a ou inibindo-
-a, respectivamente, retroação positiva e 
negativa.
Saída: resultados finais da operação do sistema 
e que são exportados para o ambiente. Bens, 
serviços, informações, lucro, prejuízo, funcio-
nário desligado são exemplos de saídas.
Sinergia: palavra que indica a noção de que o 
todo é maior que a simples soma de suas 
partes.
Sistema: um conjunto de elementos interativos 
e relacionados cada um ao seu ambiente de 
modo a formar um todo.
reFerênCiAs
CERTO, SamuEl C. Administração Moderna. 
São Paulo: Pearson Brasil, 2003.
CHIaVENaTO, I. Introdução à Teoria Geral da 
Administração. Rio de Janeiro: Campus El-
sevier, 2004.
COElHO, m. A essência da administração – 
conceitos introdutórios. São Paulo: Sarai-
va, 2008.
maXImIaNO, a. C. a. Teoria geral da adminis-
tração: da escola científica à competitivi-
dade na economia globalizada. São Paulo: 
Atlas, 2000.
___________ Introdução à administração. São 
Paulo: Atlas, 2007.
SIlVa, R. O. Teorias da Administração. São 
Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2001.
gestão empresarial
administração geral
o ambiente do sistema 
organizacional
4
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Discutir a relação entre o sistema organizacional e seu 
ambiente.
COmpetênCias 
Avaliar a influência do ambiente no futuro da organização.
Habilidades 
Compreender a dinâmica do relacionamento da organi-
zação e seu ambiente. Explicar o valor da informação.
administração geral
o ambiente do sistema 
organizacional
ApresentAção
Uma vez que se compreende a organização como um 
sistema vivo, deve-se avaliar o ambiente no qual este sis-
tema deverá se desenvolver e se fortalecer. Nesta Uni-
dade, você conhecerá a classificação dos ambientes da 
organização, assim como reconhecerá as forças tecnoló-
gicas, econômicas, socioculturais que ao longo do tempo 
moldam as características desses ambientes. A impor-
tância da informação será evidenciada pela necessidade 
de acompanhar as mudanças desses ambientes.
pArA ComeçAr
Você conhece o produto da figura 1?
Se você fosse uma jovem da década de 1950, certamente 
reconheceria esse produto. Sem ele era impossível manter 
fixo o penteado, obrigatório na época, como o da figura 2. 
Mas, a moda, os costumes e os comportamentos mudam.
A década de 1960 em especial foi marcada por gran-
des mudanças. Essa foi uma década de protestos con-
tra a Guerra do Vietnam, do surgimento dos Beatles e 
de vários produtos novos destinados aos jovens. Nessa 
década também houve os protestos dos jovens contra 
a sociedade capitalista e tecnocrata, a revolução sexu-
al, o feminismo, o movimento hippie e o black power, 
o lançamento do primeiro computador e do primeiro 
homem ao espaço.
Figura 1. Laquê.
Fonte:� Marlene, 
Etsy <https://
www.etsy.com/
listing/151137410/
vintage-zotos-
can-zotos-hair-
spray-can>.
Figura 2. Penteado 
da década de 50.
https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can
https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can
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https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can
Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 4
Se você fosse um fabricante de laquê poderia adivinhar que essas mu-
danças teriam alguma relação com o fato das moças deixarem de usá-lo?
Pois foi isso que aconteceu. Um novo modelo de elegância feminina emer-
giu na década de 1960, como o da figura 4, e exigia cabelos soltos e lisos.
Alguns fabricantes de laquê devem ter insistido no produto e com o 
tempo devem tê-lo modificado, talvez para os atuais hairsprays, de fixa-
ção mais leve.
Outros podem ter enxergado uma excelente oportunidade para mudar 
e fabricar xampus, produto que passa a ser fundamental para manter 
cabelos soltos e saudáveis.
Se algum empresário ficou apenas observando as mudanças e não re-
agiu, provavelmente observou passivamente a falência da sua empresa.
FundAmentos
Nesta segunda etapa, ressaltamos a influência do ambiente sobre a so-
brevivência e crescimento do sistema organizacional, destacando nesse 
processo o papel da informação.
Coelho (2008) explica que de 1960 até os dias atuais, foram empreendi-
dos diversos estudos administrativos que buscaram formas para melho-
rar o desempenho da organização, aumentar a produtividade e os lucros.
Isso aconteceu porque as empresas nesse período se defrontaram com 
significativas mudanças da sociedade e com diversos fatores resultantes 
dessas mudanças.
Destaca Alvin Toffler, especialista em apontar tendências para o futuro 
e autor dos best-sellers O Choque do Futuro e A Terceira Onda, que tanto 
as pessoas como as organizações deverão enfrentar mudanças cada vez 
mais rápidas e intensas.
Figura 3. Shampoo.
Fonte:� Shutterstock, 
Sheila Fitzgerald 
<http://www.
shutterstock.com/
gallery-2263082p1.
html?pl=edit-
00&cr=00>.
Figura 4. Brigitte 
Bardot em 
coquetel, 1968.
Fonte:� Michel 
Bernanau, Wikimedia 
Commons.
http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00
http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00
http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00
http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00
http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00
https://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ABrigitte_Bardot.jpghttps://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ABrigitte_Bardot.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ABrigitte_Bardot.jpg
Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 5
mUdanças nO ambiente geral OU maCrOambiente
O ambiente geral da organização é constituído de forças externas sobre 
as quais a organização não tem poder de decisão. Desde a década de 
1960, esse ambiente tem mudado profunda e rapidamente. É de se es-
perar, então, que os administradores se dediquem cada dia mais a moni-
torar as mudanças do ambiente, buscando antecipar as tendências e as 
novas regras do jogo da sobrevivência do sistema organizacional.
Os elementos do ambiente geral que mais merecem esse acompanha-
mento são:
1. Forças tecnológicas: a evolução da tecnologia pode afetar as téc-
nicas de produção, a realização do trabalho e a forma e função de 
produtos e serviços. No passado recente, as maiores mudanças des-
tas forças ocorreram como resultado dos avanços da informática, da 
indústria farmacêutica e do setor agropecuário. É importante desta-
car que as mudanças tecnológicas geram mudanças sociais, políticas 
e culturais na medida em que criam novos produtos, processos e 
novos hábitos de consumo;
2. Fatores econômicos: a globalização dos mercados é um dos pro-
cessos econômicos que tem obrigado as empresas a enfrentar uma 
competição cada dia mais acirrada. Somado a esse fato, a econo-
mia do país em um dado momento pode estar crescendo ou em 
depressão. No primeiro caso, as organizações procuram aproveitar a 
oportunidade para expandir seus negócios, já no caso de depressão, 
será obrigada a rever seus planos de expansão. Além disso, simples 
mudanças na conjuntura econômica em variáveis como: taxas de 
inflação, taxas de desemprego, crescimento do PIB, e outras, podem 
servir de oportunidades ou ameaças para o sistema organizacional. 
Por isso, as organizações devem acompanhar os indicadores econô-
micos de modo a minimizar ameaças e aproveitar oportunidades;
3. Fatores políticos/legais: as organizações também precisam se 
adaptar às leis e à política do local onde atuam como as de proteção 
ao consumidor, ao funcionário e ao meio ambiente, regulamentos 
de saúde pública, tributos e outros. Uma mesma lei pode ser uma 
ameaça ou uma oportunidade de novos negócios, como uma lei an-
tipoluição. Com uma nova lei mais severa de controle da poluição, 
algumas empresas precisarão adquirir novos filtros, que pode elevar 
seus custos, e outras poderão fabricar esses equipamentos, aprovei-
tando a oportunidade;
4. Fatores Socioculturais: como visto no caso do laquê, as socieda-
des evoluem. Há mudanças de valores e de comportamentos que 
Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 6
afetam as vendas e o uso de produtos e serviços. Quem ainda utiliza 
lenços de tecido? Nas sociedades atuais cresce o número de mulhe-
res no mercado de trabalho que “terceirizam” os cuidados com os 
filhos, ao utilizar babás, creches, aparelhos de distração como TV, 
videogames e outros. Essa e outras mudanças no comportamento 
social e cultural que surgiram ou que venham a acontecer devem ser 
acompanhadas pelos administradores, pois são excelentes oportuni-
dades para o lançamento de novos produtos e serviços.
Na síntese de Maximiano (2000, p. 382) temos:
No Macroambiente, encontram-se organizações, processos e eventos sociais, tecnoló-
gicos, institucionais, demográficos e políticos, entre outros. Esses processos afetam a 
maioria das organizações, ou todas as organizações que compartilhem algo, tal como 
os mesmos clientes, ou a mesma tecnologia. Sua ação ou seu comportamento pode 
ajudar ou prejudicar a organização. De acordo com o enfoque sistêmico, é importante 
reconhecer e avaliar a atuação desses componentes do macroambiente (...)
mUdanças nO ambiente de tarefa
Este é o ambiente imediato onde a organização atua. É constituído por 
pessoas ou instituições com as quais a organização se relaciona para ope-
rar. É também onde ela extrai suas entradas e depositam suas saídas (ob-
serve a Figura 5).
ambiente de tarefa
recursos resultados produção
recursos 
humanos
marketing finançashumanos
financeiros
tecnológicos
informações
materiais
e outros
serviços
funcionário demitido
lucro
prejuízo
produtos 
 
novas tecnologias
informações
e outros
O ambiente de tarefa é constituído de:
1. Clientes: são pessoas ou organizações que compram o que a em-
presa oferece (saídas). Cada organização possui um “público-alvo” 
para o qual é destinado o esforço para atrair, agradar ou manter. As 
falhas em acompanhar as mudanças do público-alvo podem com-
prometer os resultados;
Figura 5. 
O ambiente de 
tarefa e sua relação 
com os recursos 
de entrada e os 
resultados de saída.
Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 7
2. Competidores: são outras organizações que buscam o mesmo ob-
jetivo da empresa por outros caminhos e concorrem com ela por re-
cursos e consumidores. Com a globalização dos mercados, potencial-
mente os concorrentes podem surgir de qualquer parte do mundo;
3. Fornecedores: são organizações que fornecem os recursos neces-
sários para as operações da empresa. Há os fornecedores de ma-
teriais, os fornecedores financeiros (instituições bancárias), os for-
necedores de recursos humanos (agências de emprego) e outros. 
Fornecedores desempenham um importante papel na cadeia de 
produção, pois qualquer falha deles pode comprometer o produto 
ou o serviço da empresa;
4. Órgãos reguladores: estabelecem limite às operações da organiza-
ção. Todas as organizações são controladas por outras organizações 
que fiscalizam as suas atividades. Por exemplo, os sindicatos, as as-
sociações de classe, órgãos do governo federal, estadual e municipal, 
órgãos de defesa do consumidor e outros controlam as atividades 
das organizações com fins lucrativos;
5. Parceiros estratégicos: empresas que trabalham juntas para faci-
litar a venda, distribuição ou divulgação dos produtos e serviços de 
ambas. A NUMMI (New United Motor Manufacturing) é um dos mais 
famosos exemplos de parceria. A Toyota tinha muito interesse no 
mercado americano e em trabalhar com funcionários americanos. 
Após sucessivas negociações, a General Motors decidiu pela aliança 
com a Toyota;
6. Distribuidores e concessionários: a busca da qualidade total co-
loca os distribuidores e concessionários como integrantes externos 
do sistema organizacional. Eles são fundamentais para a satisfação 
das necessidades dos clientes. Embora o controle sobre esses dis-
tribuidores e concessionários possam variar de maior ou menor in-
fluência, é comum a empresa fornecer a eles treinamento de seus 
funcionários para o atendimento do cliente, manutenção de peças 
de reposição e identidade visual, como é o caso das concessionárias 
de veículos;
7. Sindicatos de empregados: de acordo com Maximiano (2000, p. 
381), “Manter boas relações com os sindicatos é uma das marcas 
de uma administração saudável”. Aliás, quando a organização não 
reconhece corretamente o valor de seus recursos humanos, são os 
sindicatos que têm a responsabilidade de vir em defesa deles.
Qualquer mudança no ambiente de tarefa reflete imediatamente no sis-
tema organizacional.
Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 8
Mas, ao contrário do ambiente geral, que a organização não tem como 
atuar, o ambiente de tarefa permite que a organização reaja ou se ante-
cipe às mudanças.
Por isso é fundamental que a organização acompanhe as mudanças, 
porque só em reconhecer os elementos ambientais relevantes ao negócio 
já diminui com isso a incerteza quanto ao futuro.
Dicas
O problema atual das empresas é a incerteza. Entretanto, a 
incerteza não está no ambiente. A incerteza está na percep-
ção e na interpretação dos administradores e não na realida-
de ambiental percebida (Chiavenato, 2004).
tipOlOgia de ambientes
O ambiente é único para todas as empresas. No entanto, cada organiza-
ção se relaciona com uma parcela

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