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gestão empresarial administração geral AdministrAção e o AdministrAdor – Funções dA AdministrAção 1 ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Mostrar a importância da administração, nas organiza- ções e no cotidiano de cada um., e as funções da Admi- nistração na organização. COmpetênCias Conhecer a Administração e seus conceitos. Habilidades Analisar a aplicação da administração e seus recursos, e a melhor forma da aplicabilidade destas funções. administração geral AdministrAção e o AdministrAdor – Funções dA AdministrAção parte 1 A administração é uma ciência das mais abrangentes existentes do conhecimento humano, ela interfere no cotidiano do homem, das coisas, da produção, dos re- cursos naturais e tudo que os cerca. O administrador é o gestor, a cabeça pensante, o organizador, o analista de causas e efeitos desta ciência; ao mesmo tempo, exige- -se dele a constante integração do conhecimento com a evolução e transformação de todos estes componentes. para Começar Antes de falar de administração, quero levar você a uma reflexão da atual conjuntura do planeta e do homem que nele vive. Sem considerar, nesta introdução, o passado recente, mas a modernidade e pós-modernidade, em momento de fluxos incomensuráveis de informações e o medo com que convivemos no dia a dia da incerteza e ansieda- de de um futuro desconhecido. Tudo que acreditamos está alicerçado no conhecimen- to empírico até então experimentado. No entanto, não podemos deixar de lado a teoria, legado de pensadores e grandes autores nesta ciência gratificante e estimula- dora do crescimento e desenvolvimento social. Ciência que estuda e retrata o homem, em seu comportamento, suas habilidades, seus instrumentos e ferramentas na ação de administrar. As incertezas nos remetem a um túnel cuja luz fica dis- tante, quando nos referimos ao futuro. Não só do homem em si, mas em todo o universo que o cerca, na desen- freada ânsia do novo, do consumismo e, consequente e inconsequentemente, na destruição do meio ambiente. O legado teórico dos pensadores na administração e relacionamentos humanos, a modernização nos setores produtivos aliados às inovações e tecnologia, nos leva a uma reflexão mais profunda. Isso, no que se diz respeito Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 4 ao perfil profissional de administrador na atualidade, suas aptidões, no- vos conceitos, quebras de paradigmas, conhecimentos, e acima de tudo, preocupado com o bem-estar social e profissional das pessoas. E isso tudo chega até você ou passa longe? É uma preocupação que o aflige? Existe uma receita pronta para este perfil profissional em especial ou tende a curto ou médio prazo a mudar o que temos pronto hoje? Você já analisou a administração do ponto de vista do seu dia a dia? Façamos o seguinte: enquanto desenvolvemos a matéria, sempre se imagine no foco da atenção, como o administrador de uma empresa fic- tícia, partindo primeiramente da organização (arrumação) do seu quarto. Esse é um departamento seu na empresa em que você trabalha (sua casa) onde outras tantas pessoas (funcionários) fazem parte do seu cotidiano (pais, irmãos e amigos). Para começar, faça uma breve reflexão deste pequeno texto e guarde com você, pois certamente servirá para outras situações: Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia. (Willian Edwards Deming) ConCeito A administração está presente em todos os cenários de uma sociedade, seja no lar, na empresa e em diversas orga- nizações da sociedade. A administração é universalizada com objetivos focados a facilitar sua operacionalização não como um fim, mas um meio conciliador, tanto no entendimento como de sua con- dução, onde se buscam menores custos e maior qualidade como resultados dentro do cenário proposto. Pode-se considerar a administração como uma arte. Segundo Maximiano (2000), ela está ligada e dependente de habilidades e competências de pessoas. Algumas com mais ou menos talentos, desenvolvem seu papel no contexto global, despersonalizando a individualidade sobre o conjunto. Segundo Chiavenatto (2003, p.26), “A administração é um produto típi- co do século XX (...) os papiros egípcios atribuídos à época de 1300 a.C. já indicavam a importância da organização e administração da burocracia pública do antigo Egito”. Administração hoje é uma das mais complexas áreas do conhecimen- to humano, cheia de desafios e complexidades, pois lida com Produção, Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 5 Finanças, Pessoal, Marketing, em várias modalidades e especialidades da ciência administrativa. A harmonia nos conhecimentos traduz de alguma forma, a facilidade de se administrar, contribuindo com as necessidades da capacitação, pro- fissionalização e especialização dentro do contexto geral e sistemático desta arte científica. A mutação sofrida na sociedade ao longo dos anos se fez sentir tam- bém na administração em todos seus níveis de atuação na sociedade como um todo. Essa tendência se acentua cada vez mais, em decorrência da era tecnológica, que provoca mudanças consideráveis, na postura e a maneira de se fazer resultados. A nova administração, hoje e que se vislumbra no futuro, está foca- da na operacionalização rápida, de baixo custo e de alta qualidade. Para tanto, faz-se necessário uma análise mais profunda, nos procedimentos e nos objetivos, para que a eficiência e eficácia (vocês conhecerão esses conceitos na próxima unidade) não se confundam. Não há tempo e não se permite ficar paralisado pelos paradigmas anti- gos; ao mesmo tempo, prepare-se para os novos padrões de forma mais eficiente; ao mesmo tempo, não se torne entrave para realização de no- vos objetivos. A administração é focada na estratégia, na habilidade de fazer, na as- túcia, na visão crítica e analítica, em conceber a operação antes de ser realizada, em que a pergunta básica é quando, onde e porque fazer; não se deve confundir com a gestão, fase importantíssima nos resultados ad- ministrativos, que é a parte tática (tato = saber moldar, dar forma a), pró- xima dos conflitos e do paradigma. Fundamentos Parece complicado tudo isso, não? Calma! Vamos ter mais conceitos e ex- plicações a respeito. Quando nos referimos a controles, planejamento e organização de coi- sas, afazeres, compromissos, trabalhos, produções, prestação de serviços, é comum e cotidiano utilizar a palavra administrar ou administração. Para entender seus conceitos, é preciso aprofundar no papel do administrador, das organizações e os processos de decisões. COnCeitOs Do Latim administratione, ação de administrar, princípios e normas para ordenação dos fatores de produção. Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 6 Administratio, Administrationis, rerum Curatio (tomar conta das coisas), amministrazione (italiano) Management (inglês). A administração como ciência, é um braço importante das ciências hu- manas, de relacionamento, ditos sociais, pois trata dos agrupamentos hu- manos; por isso, ciência da Administração –muitas áreas são hoje suas ciências de base e apoio, como a Matemática Financeira, a Contabilidade, a Estatística, igualmente importantes para a ciência da Administração, a Psicologia e a Sociologia. Sem, contudo, esquecermos da Informática e Tec- nologia da Informação, bases da modernização na administração atual. São muitos, amplos e distintos os conceitos de Administração, mas em concepções e atuações que levam à mesma direção e contexto. Como ciência social é aplicada e norteada por normas e funções dis- ciplinadoras das funções gerais de produção. A Administração estuda e direciona empreendimentos e os recursos humanos com o objetivo de alcançar resultados eficazes com sustentabilidade de retornos diversos e acima de tudo com responsabilidade social.Fayol foi um dos pioneiros em conceituar e em definir as funções bá- sicas do administrador na empresa ou organização: planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar. Outros conceitos de renomados autores: → Maximiano (2000, p. 25): “A administração é o processo ou atividade dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos”. → Chiavenatto (2003): “É a maneira de governar organizações ou parte delas. É o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz”. → Heilborn Lacombe (2006, p. 48): “Conjunto de princípios e normas que têm por objetivo, planejar, organizar, dirigir, coordenar e con- trolar os esforços de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um resultado comum”. Nota-se que, desde Fayol, os princípios básicos ainda permanecem na Admi- nistração atual, em que as variantes inseridas convergem às raízes principais que está no planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar. A nova administração requer mais que um profissional técnico, precisa- mos de gente com visão holística, que busque o desenvolvimento social, econômico e a sustentabilidade entre meio ambiente e produção. Segundo Maximiano (2000, p. 25): “Administração é um processo ou ati- vidade dinâmica, consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos . O processo de administração (ou administrativo) é inerente a qualquer http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais http://pt.wikipedia.org/wiki/Fayol http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar http://pt.wikipedia.org/wiki/Organizar http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlar http://pt.wikipedia.org/wiki/Coordenar http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comandar&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar http://pt.wikipedia.org/wiki/Organizar http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlar http://pt.wikipedia.org/wiki/Coordenar http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comandar&action=edit&redlink=1 Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 7 situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum obje- tivo. A finalidade última do processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio de aplicação de recursos”. parte 2 A habilidade de fazer, prever e buscar soluções faz do administrador o interlocutor nas ações destas habilidades, atendendo às mudanças cons- tantes que cerca o universo da administração geral. Estas e outras tantas habilidades são funções exercidas na administração, sempre em busca da harmonia do uso dos recursos disponíveis na empresa. para Começar Alguma vez, você parou para pensar se é ou não competente no que faz? Você usa de sua eficiência ou eficácia para realizar suas tarefas diárias dentro ou fora de uma organização? Podemos verificar a seguir, então você terá condições de avaliar e res- ponder melhor tais questões. Mais uma reflexão para iniciarmos esta unidade, aprofunde em seus conceitos pessoais e expanda estas palavras em seu cotidiano: Ouça mais aquilo que você costuma ouvir, isso permite corrigir aquilo que você costu- meiramente ouve; não ouça somente aquilo que você nunca ouviu, pois com certeza suscitará dúvidas frequentes. (Daltro O. Carvalho) Funções na Administração: A administração é focada na estratégia, na habilidade de fazer, na astúcia, na visão crítica e analítica, em conceber a operação antes de ser realizada... (Daltro O. Carvalho) As funções na administração sofrem mutações constantes, a exigência é cada vez maior na visão holística para administrar os conflitos de identidades, que se turvam diante de tantas inovações e a expansão das informações, não obstante a sua veloci- dade das comunicações e quebra de paradigmas. (Daltro O. Carvalho) Para que possamos adentrar nas funções principais na administração, é importante que se entendam e distingam os conceitos de eficiência e Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 8 eficácia. Veremos mais profundamente no módulo quatro, mas abaixo uma breve conceituação. Sua distinção mostrará, no decorrer deste livro, a busca de resultados mais específica de um administrador, dos gestores, da produção e do ne- gócio em si: → Eficiência: qualidade ou capacidade (de alguém, um dispositivo, um método etc.) de ter um bom rendimento em tarefas ou traba- lhos, com um mínimo de dispêndio com tempo, recursos, energia (segundo o Dicionário Digital Aulete). Interfere na decisão de como os recursos disponíveis serão utilizados. Faz parte desse processo a eficiência das ações, voltada à realização dos objetivos. Para tanto, deverá dispor de ferramentas e recursos necessários para obtenção de resultados, como a formação profissional e a infraestrutura para reforços do trabalho proposto. → Eficácia: capacidade de produzir o efeito desejado ou esperado; ca- pacidade de realização de tarefas com eficiência, com bons resulta- dos (segundo o Dicionário Digital Aulete). É certamente, a relação en- tre os resultados obtidos frente aos objetivos iniciais. Antes, porém, deve-se ter em mente os objetivos e os resultados esperados. São resultados finais, a produtividade, exiguidade esperada, a satisfação final dos objetivos executados, cujos benefícios são a sua extensão e sua permanência. O mundo em transformação é a retórica mais comentada. Até que ponto o mundo mudou e até que nível se consegue acompanhar as evoluções e mudanças que nos cercam? As funções na administração também sofrem essas mutações, onde a exigência é cada vez maior na visão holística (visão do todo), a necessi- dade de administrar os conflitos de identidades, que se turvam diante de tantas inovações, a expansão das informações, não obstante a velocidade das comunicações, e quebra de paradigmas. As instituições sem organização, estatutos, regras, regimentos internos, mas que apregoam e se alicerçam nos conceitos coletivos sociais, nos inte- resses sociais e ambientais, devem suplantar esses interesses particulares. Dessa forma, os conceitos da Administração, ao longo do tempo, se aprimoram, não extinguindo suas bases conceituais, onde o bem-estar social, ou seja, o homem como parte principal deste processo, deva estar em constante análise e verificação, para que não se perca o foco de seus princípios básicos sociais (Chiavenatto, 2004). Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 9 Tradicionalmente, segundo renomados autores, consideram-se as principais funções conceituais na administração como base em seus pro- cessos, que em sua evolução não as anulam, mudando somente as con- cepções de resultados e o uso tecnológico, onde permeiam a concepção crítica e analítica em seus resultados: → Planejamento; → Organização (estruturação); → Direção; → Controle. FUndamentOs e COnCeitOs Para que possamos entender mais a respeito, faz-se necessário aprofun- darmos cada uma dessas funções, simples na teoria, mas complexas na aplicabilidade. Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: pla- nejar, organizar, controlar, coordenar. Vamos por conceitos de cada uma delas: planejamentO Antes de iniciar qualquer processo, é necessário uma análise antecipada de quais os objetivos propostos, independentes da atividade. O planeja- mento dará sustentação à realização desse processo, avaliando custos, tempo de execução, formas e operacionalização, bem como políticas a serem adotadas para o resultado final ser o mais próximo ao esperado. O planejamento é intimamente ligado à estratégia, deve-se saber os ob- jetivos e os resultados, se preciso, recrutar o envolvimento, de todas ou parte, das áreas da organização. A forma de obter resultados esperados é fazê-los acontecer. Para que seja possível a estratégia no planejamento é preciso alguns cuidados e orientações. Como princípiosbásicos para seus efeitos são ne- cessárias informações para criar uma espinha dorsal. Essa espinha nutrirá toda sequência do planejamento, a interpretação e análises dos dados, as habilidades nas decisões e o papel fundamental para isso. É a perfeita junção da capacitação e conhecimento para o processo que direcionará aos resultados esperados. Tipos de planejamenTo → Estratégico: normalmente sua execução é mediata e de longo pra- zo, dependendo da natureza, objetivos e operacionalidade e, acima http://pt.wikipedia.org/wiki/Fayol http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejar http://pt.wikipedia.org/wiki/Organizar http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlar http://pt.wikipedia.org/wiki/Coordenar Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 10 de tudo, das prioridades elencadas pela organização em decorrência aos impactos possíveis no projeto organizacional. → Tático: execução em médio prazo. O objetivo é traduzir, tornar cla- ras as decisões estratégicas como efetivas e sua implementação pe- los mais diversos setores ou departamentos envolvidos e de forma focada e específica, possibilitando assim, tomadas de decisões mais acertadas e com índice menor de erros. No tático, existe um menor nível de incerteza para as tomadas de decisões. → Operacional: são os recursos e esforços direcionados, aplicados em cada setor preestabelecido. É uma ação em curto prazo, com menos dificuldades decisórias (pois são acompanhadas e revisadas em pe- riodicidade maior), diferente da anterior em médio prazo. Suas de- cisões são técnicas, contrário às estratégicas, que podem ter cunho político inclusive. OrganizaçãO É a alocação dos recursos existentes, a realização do processo de forma equalizada. Conceitua-se também como a arrumação de forma cons- ciente, ordenada, que se possa, dentro do tempo e operacionalidade, estar a pronto para o perfeito andamento, de acordo com o planejado para sua execução. Considera-se a organização como um dos fatores principais para a eficiência da operação como também, da eficácia em seus resultados. Dispor da estrutura e este conjunto de recursos requer disciplina e oti- mização em que se deve pautar coerência entre os fatores organizacio- nais, recursos financeiros, políticas adotadas, hierarquia e a participação da departamentalização, onde cada um terá papel preponderante no sucesso organizacional. direçãO A forma de se convergir aos resultados planejados e propostos é dirigir, criar meios de orientações direcionadas, para que não se perca o rumo ou não se atenda às normas especificadas para a realização do processo. Nesse contexto, dirigir é moldar a cooperação entre todos e a utilização correta das ferramentas dispostas, e também, a motivação das pessoas envolvidas, a atmosfera ambiental, das potencialidades individuais com o sincronismo à missão e tarefas voltadas à realização e apuração dos objetivos propostos. Para dirigir, quando os envolvimentos de vários fatores se entrelaçam, faz-se necessário uma boa elaboração de planos, conscientes e exequíveis Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 11 dentro da realidade da empresa, pessoas perfiladas em equipe cujos ob- jetivos devam ser comuns. A responsabilidade deve ser de todos, de forma responsável, na qual cada um dos envolvidos tenha sua parcela de comprometimento; se as- sim for, evitará que o barco (empresa/projeto) fique à deriva ou se contra- ponha aos objetivos gerais e estratégicos. COntrOle O controle permite a segurança, facilita a verificação e avaliação nas me- tas em andamento, se estão sendo cumpridas, através dos mecanismos necessários para respostas aos padrões predeterminados e de decisões que efetivem o andamento do processo. Nas situações anteriores, no con- trole houve a peculiaridade do conhecimento, do todo no projeto elabora- do, desde seu planejamento estratégico, para que, em caso de necessida- des de situações corretivas, possa operar de forma imediata e inconteste, evitando ocorrências fortuitas, imprevistas. É possível, com o controle, abortar situações que conflitem com os objetivos, fazer correções no andamento do processo, ajustes de custos, retomarem a qualidade, normalmente se acompanha os fatos e aconteci- mentos em dado momento até o processo finalizado. O controle possibi- lita também a recondução à normalidade operacional e cumprimento das metas propostas, em caso de desvios, do desempenho e principalmente, o controle de atos e ações dos membros participantes. Vários são os controles que podem ser adotados pela empresa, sempre com a capacidade de gestão no processo, como operacional, estratégico, administrativo, produtivo, de qualidade e ambiental. DiCa Cada empresa ou organização tem formas mais ou menos apuradas ou técnicas de fazer uso dessas funções, não fu- gindo da base teórica que mencionamos anteriormente. atenção A tecnologia, sistemas e softwares existentes e utilizados atualmente somam cada vez mais para a eficiência de pa- drões e resultados na organização. antena parabóliCa Um bom administrador sempre é bem informado. Está co- nectado com o seu micro e macroambiente. Necessita uma busca constante de informações que so- mem com as suas, novidades, métodos, que podem tam- bém modificar antigos conceitos e práticas, A transforma- ção e mudanças constantes em todo um sistema exigem dele esse jogo de cintura. Você busca esse tipo de informação? Atualiza-se constantemente? Já leu alguma revista específica no tema? Sugiro leituras constantes, que enriqueçam seus conhe- cimentos, de forma mais abrangente, não necessariamen- te técnica, como as revistas Carta Capital, Exame, cadernos econômicos dos jornais, onde poderá notar as mudanças constantes nas organizações, no mercado, no comporta- mento humano e muitas dicas importantes, que você pode usar no seu ambiente de trabalho e de relacionamentos. Pensar nas próprias atividades diárias dá a visão da neces- sidade anterior à execução, com o objetivo de onde se quer chegar, não é mesmo? Organizar todas as atividades que você necessita execu- tar fará você ver que facilita, sobremaneira, detalhar seu plano de ação, para posterior execução, aí sim sua margem de acerto será maior e acima de tudo, seus custos serão menores de uma forma geral. A organização, obrigatoria- mente, deve ter todos esses parâmetros definidos previa- mente, para sua execução ou operacionalização posterior, garantindo assim os resultados esperados. e agora, José? Bem, este foi um começo, mas as coisas não param por aqui. Já temos os conceitos, que tal a gente conhecer, jun- tos, as funções da administração, que são importantíssimas, no resultado final de qualquer empreendimento, no suces- so e resultado positivo, no empreendedorismo. As funções da administração são... Bem, isso você verá na próxima unidade. Que tal uma revisão geral no conteúdo dado para facilitar novos desafios? Como vimos nesta unidade, é muito importante organizar, preparar o terreno para trabalhar, de forma que, com ob- jetivos planejados, a competência na execução é bem mais garantida que feito de forma tresloucada ou inconsequente. Bem, passaremos, a seguir, ao estudo mais teórico, das origens clássicas e científicas da administração, onde pode- remos conhecer um pouco mais de nossos pensadores e homens que fizeram história nesta área tão importante, tão nova e, ao mesmo tempo, complexa, que é a administração. Sugiro que façam, além das leituras com material de apoio, pesquisas mais aprofundadas no tema de “Princípios e Evolução do Pensamento Administrativo”, que dará a você mais bagagem para o entendimento e o atual comporta- mento organizacional e de gestão empresarial. Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 14 glossário Alocação: determinar, destinar (algo, al- guém, tempo) para um fim específico. Analítico: lógica formal (Aristóteles).Ciência das formas do entendimento (Kant). Apregoar: indicar como bom. Astúcia: habilidade maliciosa para não se deixar enganar ou surpreender; esperte- za, sagacidade. Conotação: o mesmo que compreensão (con- junto de características definidoras); Ideia ou sentimento que uma palavra ou coi- sa pode sugerir; significado suplementar que se atribui a uma palavra, expressão ou objeto, por se estabelecer algum tipo de associação com outras palavras. Despersonalizar: fazer perder a identidade pessoal, tanto da organização como da pessoa. Empírico: que provém de experiência prática ou de observação, e não de conhecimento teórico. Entrave: obstáculo, empecilho, estorvo. Equalizado: diz-se de algo tornado unifor- me (modelos equalizados); uniformizado; igualado. Exequível: que se pode executar. Foco: com a atenção ou interesse voltado para um tema ou assunto específico. Habilidades: capacidade de fazer alguma coisa benfeita, com profissionalismo, boa vontade, capacidade para contornar algu- ma situação embaraçosa ou constrange- dora. Minimizar: diminuir os impactos, os custos. Mutação: mudança. Papiro: manuscrito antigo gravado sobre as folhas de uma planta aquática da família das ciperáceas, das quais se faziam folhas (papiros) para escrever e desenhar. Paradigma: padrão que serve como modelo a ser imitado ou seguido. Perfilado: alinhado ao objetivo proposto. Permear: está no meio, faz parte, colocar no meio. Preponderante: que tem mais importância, mais influência decisiva, mais valor ou consideração. Sincronismo: simultaneidade de dois ou mais fenômenos ou acontecimentos. Sistemático: que revela método, organiza- ção intelectual (conhecimento sistemáti- co), com uma linha racional de trabalho ou operacionalização, dentro da organização. Tática: saber moldar, dar forma, saber como fazer, a maneira de operacionalizar. Tresloucado: diz-se do que não tem juízo ou razão (gesto tresloucado); desvairado; en- louquecido. Universalizado: usado pela maioria das or- ganizações; que passou a ser usado por todos. Visão Holística: é a visão do todo, abran- gente, global. Exemplo: o diretor da em- presa ou o seu gerente-geral, deve co- nhecer seus produtos, seus fornecedores, o mercado que atua, sem a necessidade de especialização técnica, entendimento total em cada uma das áreas, mas sim, o conhecimento suficiente para buscar informações corretas para a tomada de decisão. Vislumbre: percepção, visão, entendimento. reFerênCias AULETE, C. �Dicionário contemporâneo da Lín- gua Portuguesa. Versão Digital. Disponí- vel em: <http://www.auletedigital.com.br> Acesso em 16 mai. 2010. COELHO, M. �A essência da administração – conceitos introdutórios. São Paulo: Sarai- va, 2008. http://www.auletedigital.com.br Administração Geral / UA 01 Administração e o Administrador – Funções da Administração 15 CHIAVENATTO, I. �Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus El- sevier, 2004. LACOMBE, F. J. M.; HEILBORN, G. L. J.� Adminis- tração: princípios e tendências. São Pau- lo: Saraiva, 2006. MAXIMIANO, A. C. A. �Introdução à administra- ção. São Paulo: Atlas, 2007. SILVA, R. O. �Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2001. gestão empresarial administração geral abordagens teóricas na administração 2 ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Discutir a evolução do pensamento administrativo. COmpetênCias Analisar e criar parâmetros nas teorias da administração. Habilidades Descrever os conceitos históricos da administração. administração geral abordagens teóricas na administração ApresentAção É importante conhecer os meandros da ciência administra- tiva, suas origens, precursores, pensadores e administrado- res que fizeram da ciência administrativa uma verdadeira arte. Conhecer um pouco de suas origens, capacita-nos a entender a evolução histórica da administração, seus con- ceitos, erros e acertos e, ao longo do tempo, e seus princi- pais personagens, que marcaram época com suas teorias. pArA ComeçAr Para que possamos acompanhar essas transformações na administração é necessária uma análise mais específica nas abordagens que nortearam ao longo do tempo a adminis- tração de forma geral, definindo as Teorias Gerais da Admi- nistração, que aqui se elencam as mais representativas no contexto geral deste estudo. teOrias gerais da administraçãO A teoria geral da administração é dividida nas seguintes abordagens: → Clássica e Científica, com os precursores Frederick W. Taylor e Henri Fayol; → Comportamental ou Humanística, com os precursores Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker e Abraham Maslow, MacGregor e Likert; → Neoclássica, com os precursores Peter F. Drucker, Willian Newman, Ernest Dale e Ralph C. Davis, Louis Al- len e George Terry; → Contigencial, com os precursores Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker e Paul Laurence e Jay Lorsch; → Desenvolvimento organizacional, com Leland Bradford; → Nova administração, com Idalberto Chiavenato e Geral- do Caravantes. Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 4 abordagens clássica e científica Frederick W. Taylor Henri Fayol comportamental ou humanística Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker Abraham Maslow, MacGregor e Likert neoclássica Peter F. Drucker, Willian Newman, Ernest Dale Ralph C. Davis, Louis Allen e George Terry contingencial Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker Paul Laurence e Jay Lorsch desenvolvimento organizacional Leland Bradford nova administração Idalberto Chiavenato Geraldo Caravantes Na figura acima podemos conhecer os precursores de cada teoria e abor- dagem nos conceitos teóricos da administração ao longo dos tempos até a atualidade. Em algum momento, você pode se perguntar: para que estudar e co- nhecer teorias antigas, conceitos centenários? Para que e em que se usa- riam tais conhecimentos e conceitos? Primeiro, temos que ter em mente que a evolução constante tem como alicerce e suporte conhecimentos já adquiridos, que, ao transformar, adaptar ou mesmo recriar os conceitos, fazem necessário voltar às suas origens, e dessa forma, interpretar melhor as teorias, e como eram vistas na época de sua utilização. Segundo, os conhecimentos teóricos validam os experimentos e apri- moram novas transformações, de forma que as administrações dos con- flitos conceituais se tornaram a forma de aprimoramento cada vez mais rápida em sua aplicabilidade nas organizações. Terceiro, a evolução tecnológica e a busca constante do desenvolvi- mento e da responsabilidade social surgem de forma constante; novos paradigmas teóricos a serem estudados. Figura 1. Abordagens e teorias. Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 5 Dito isso, faremos um breve estudo de todas as elencadas, de forma simples e bastante conceitual, para que facilite o discernimento entre cada uma delas. FundAmentos Vamos por etapas: 1. abOrdagem ClássiCa e CientífiCa Os precursores da abordagem clássica e científica foram Frederick W. Taylor (1856-1915), com sua obra Shop Management (Gerência de Fábrica), lançada em 1903 que dá início à Escola da Administração Científica. Também Henri Fayol (1841/1925), com seu trabalho Administracion In- dustrielle et Generale, publicado em 1916, origina a Teoria Clássica da Ad- ministração. Segundo Chiavenato (2003 p. 48), ambos partiram de pontos de vistas diferentes, apesar de não terem se comunicado. Em função dessas duas correntes, formaram as bases da Abordagem Clássica da Administração, desdobrada em duas orientações diferentes: a científica (formada por en- genheiros) e outra corrente formada por anatomistas e fisiologistas da administração. Henry Ford foi um importante engenheiro americano. Nasceu em 30 de julho de 1863, na cidade norte-americana de Springwells; faleceu em 7 de abril de 1947. Produziu seu primeiro automóvel em 1892.Ford se preocupou com os custos finais do produto, buscando, assim, na produção em escala, definir uma linha de montagem, onde seus custos possibilitaram produzir mais e vender mais barato. Com esse modelo de produção em massa, os funcionários cumpriam pequenas etapas no processo de produção, e não se exigia qualificação, que aumentava seus custos. Esse processo de produção pode ser entendido melhor assistindo o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, onde se verifica a falta de qualificação na produção e o ato contínuo e repetitivo na mão de obra empregada na produção. O fordismo foi substituído, na década de 80 do século XX, pelo Toytis- mo, que modificou consideravelmente o sistema de produção colocando custos e qualidade como metas principais. Principais focos das abordagens Científicas e Clássicas: Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 6 CientífiCa Preocupações primordiais: → Estudo do tempo padrão de produção; → Supervisão funcional; → Padronização de ferramentas e instrumentos; → Delineamento da rotina de trabalho; → Planejamento de tarefas e cargos; → Tarefas associadas a prêmios. teoria ClássiCa As principais atividades do corpo empresarial: → Técnica: produção de bens ou de serviços; → Comercial: compra, venda e troca; → Financeira: procurar e aplicar capital; → Segurança: proteção da propriedade e das pessoas; → Contábil: registros, balanços, custos e estatística; → Administrativa: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. 2. COmpOrtamental OU HUmanístiCa O foco principal é o homem na organização e seu bem-estar. O compor- tamento humano nas organizações levou vários autores, como Herbert Alexander Simon (precursor da teoria humanística), seguido por G. M. Stalker, Douglas MacGregor e Rensis Likert a estudar com mais profun- didade o impacto no microambiente do trabalho sobre o operário, com relação ao seu bem-estar e a produtividade. Outro expoente na abordagem humanística foi Abraham Harold Mas- low, nascido no Brooklyn, NY, em 1/4/1908 e falecido em 8/6/1970; foi um dos fundadores da Psicologia Humanística nos anos de 1960, autor da Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow, onde apresenta o homem autorrealizado em suas necessidades básicas. Dentre esses estudos, destacam-se também a preocupação da intera- ção do homem no meio organizacional. A importância dada aos grupos, sua interação, motivação em equipe, liderança, comunicações e dissemi- nação de informações e dinâmica de grupo (Chiavenato, 2003). 3. abOrdagem neOClássiCa O verdadeiro papel do administrador, sua prática, cumprimento de ob- jetivos, propositura de realizações, foco de resultados, são as premissas básicas nesta abordagem. http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/stalkergm.htm http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/stalkergm.htm Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 7 A principal referência é Peter F. Drucker, com a preocupação maior de formatar a empresa, com suas características funcionais e operacionais. Outros expoentes na Teoria Neoclássica são: Willian Newman, Ernest Dale, Ralph C. Davis, Louis Allen e George Terry. Mais à frente, vocês aprofundarão mais no tema do sistema organiza- cional, seus tipos e características. 4. abOrdagem COntingenCial Primeiramente, vamos definir a palavra contingência. Segundo o dicioná- rio Aulete Eletrônico é eventual, temporário, contingente. Os pioneiros da Teoria Contingencial são Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker, Paul Laurence e Jay Lorsch. Segundo Chiavenato (2000, p. 498), “A abordagem contingencial salien- ta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclu- sivo modelo organizacional[...]”. Isso quer dizer que um modelo específico de uma empresa X, não necessariamente será validado ou terá resultados positivos pelo fato de ter dado certo na empresa Y, diz ainda: “Diferentes ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais”. Cada empresa ou organização moldará seu próprio modelo, que aten- da às necessidades operacionais, de acordo com seus recursos, sejam tecnológicos, humanos e financeiros. A teoria da Contingência realça a necessidade da responsabilidade am- biental, a resposta do funcionário no que tange a capacidade evolutiva, flexibilidade e facilidade de adaptação aos ambientes internos, focando principalmente estas capacidades ante a evolução tecnológica e sua im- plementação dentro da empresa. 5. desenvOlvimentO OrganizaCiOnal Toda organização, seja de pequeno, médio ou grande porte, tende-se a aprimorar e buscar o desenvolvimento e crescimento. Para tanto, várias situações podem conflitar para se atingir tais objeti- vos, como por exemplo, mudanças na cultura organizacional da empre- sa, que passa a ser um processo lento e trabalhoso em sua implantação. Para explorar a capacidade e potencialidade de seu conjunto interno (recursos – pessoas) é necessário transpor tais obstáculos, senão há o risco de fracasso. A mudança organizacional planejada deve ser feita de forma participativa e democrática, é importantíssima essa cooperação entre departamentos e pessoas que participam da organização. Essa interação independe dos ní- veis de seu servidor na empresa, onde se apresenta uma variedade muito grande de culturas, desde crenças, lideranças, relacionamento e comporta- mentos diversos; por isso, a necessidade de ser de forma participativa. http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/burnstom.htm http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/stalkergm.htm Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 8 Vale aqui destacar outras situações: administração de conflitos inter- nos através de negociações, descentralização de decisões, responsabi- lidade dimensionadas em grupos, necessidade de contínua adaptação, desenvolvimento em equipes. Vários autores se destacaram com obras no assunto, como Richard Bekhard e Leland Bradford, entre outros. 6. nOva administraçãO Várias são as perspectivas da administração no futuro, em função da tec- nologia e, cada vez mais, pela rapidez e fluidez da informação. A capacidade de o homem interagir com as mudanças, com a tecnolo- gia e, acima de tudo, a sustentabilidade social é o principal escopo para a nova administração. “A teoria administrativa tradicional não contempla o bem-estar das pes- soas e parte dos executivos está voltada para eficiência e eficácia e esque- cem o seu próprio bem-estar e das pessoas que estão ao redor, já a nova administração tem três objetivos: viver, viver bem e viver melhor”, explica Geraldo Caravantes1. No mundo global, fusões de empresas e a expansão do mercado exi- gem cada vez mais a adequação de novas fórmulas para a organização. A quebra de barreiras e fronteiras das comunicações e da velocidade da informação requer contínua quebra de paradigmas organizacionais, e um posicionamento holístico com a realidade atual. No final deste livro, apresentaremos as tendências da nova adminis- tração, de forma mais aprofundada, que após estudar o conteúdo deste trabalho, você poderá ter uma concepção formatada do futuro da admi- nistração. dica Assista antes ao filme Tempos modernos, de Charles Cha- plin, que proporcionará a você uma noção exata, do mecani- cismo, da fadiga humana, da capacitação operária da época, e poderá fazer um juízo melhor das teorias da unidade de hoje. Para que você possa se aprofundar mais nas teorias da Ad- ministração Científica e Clássica, leia o capítulo III do livro de Chiavenato: Introdução à Teoria Geral da Administração. 1. Entrevista de Geraldo Caravantes, disponível em http://www. mauriciodenassau. edu.br/noticia/listar/ rec/1175 acesso em 17/5/2010. Caravantes é o criador da Teoria da Nova Administração Moderna, Ph.D pela Universidade do Sul da Califórnia. http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175 http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175 http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175 http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/listar/rec/1175Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 9 Chiavenato2, no capítulo 19, da Introdução à Teoria Geral da Administra- ção, abre o capítulo com a pergunta: “Para onde vai a TGA? – Em busca da competitividade”. Administradores, empresários e gestores, questionam a todo instante, o que se exigirá mais. Em momentos de turbulências, internas e externas, e que, com o ad- vento “globalização”, os efeitos são gerais e a rapidez sentida é incontestá- vel, independe da origem, afeta mercados, empresas públicas e privadas e todo um sistema organizacional. Essas mudanças constantes exigem atenção e perspicácia, conhe- cimentos, visão; mas isso tudo gera incertezas e medos. Para tanto, é necessário um amplo estudo estratégico organizacional, criar alicerces para enfrentamento de situações inesperadas, preparo, técnica e lógica na administração. atenção O desafio está lançado. Você está pronto para quebrar pa- radigmas, vencer as resistências e mudar sua própria cultura organizacional? 2. Chiavenato é também um dos modeladores e norteadores da “Nova Administração”. antena pArAbóliCA Sugiro você ler as revistas Isto é Dinheiro, Carta Capital, Você S/A, e verá que o mundo converge para novos mo- delos de competitividade, modelos organizacionais, ca- pacitação profissional, mostra-nos a constante mutação de mercados e também dos perfis profissionais. É importante a interação de conhecimentos teóricos e buscar em si mesmo, a concepção da necessidade de mudanças, e quais os níveis dessas mudanças, para que não sejam pesadas demais para implementá-las, evitan- do assim o fracasso e a desmotivação de seguir o cami- nho rumo ao futuro. e AgorA, José? Bem, já vimos quase tudo de teorias administrativas, ago- ra, que tal a gente se preparar para o próximo módulo. O tema central é o Sistema Organizacional, onde re- tornaremos o assunto de eficiência e eficácia, que já ti- vemos uma pequena canja do assunto. Vamos lá... Continue firme, não solte o leme do barco, pois não há tempo para ficar à deriva. Administração Geral / UA 02 Abordagens Teóricas na Administração 11 glossário Abordagem: modo como é tratado determina- do assunto. Alicerce: aquilo em que algo se apoia; aquilo que dá firmeza, segurança, solidez; base; fundamento. Aprimorar: fazer ou deixar melhor (qualidade de) algo ou alguém (inclusive si mesmo); tornar(-se) primoroso; aperfeiçoar(-se). Delineamento: primeiro projeto de uma obra. Discernimento: capacidade de perceber, com- preender com facilidade; perspicácia. Disseminação: difusão, propagação, vulgariza- ção de ideologia, teoria, visão de mundo etc. Escopo: alvo, ponto que se pretende atingir; fi- nalidade, objetivo; propósito; intuito. Expoente: pessoa eminente em área profissional. Formatar: estabelecer o formato de. Fusões: união total, de agremiações, empresas, formando uma só unidade. Implementação: executar, colocar em prática (plano, projeto). Interagir: desenvolver ação recíproca; inter- -relacionar-se. Nortear: orientar(-se), dirigir(-se), regular(-se). Paradigma: padrão que serve como modelo a ser imitado ou seguido. Perspicácia: qualidade de quem é perspicaz, de quem é capaz de observar com argúcia, de compreender as coisas; argúcia; clarividên- cia; esperteza; lucidez. Precursores: que antecipa, sinaliza ou dá início a novos conceitos, situação, técnicas, com- portamentos. Premissas: ideia ou fato inicial de que se parte para formar um raciocínio. Propositura: ação ou resultado de propor; pro- posição. Salientar: tornar(-se) saliente, destacado, ou notável; destacar(-se). Sustentabilidade: modelo de desenvolvimento que busca conciliar as necessidades econômi- cas, sociais e ambientais de modo a garantir seu atendimento por tempo indeterminado e a promover a inclusão social, o bem-estar econômico e a preservação dos recursos na- turais; desenvolvimento sustentável. Tange: diz respeito a. Turbulência: agitação intensa e desordenada nos mercados, economia etc. reFerênCiAs CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus El- sevier, 2004. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administra- ção. São Paulo: Atlas, 2007. PORTAL FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU. Ca- ravantes discute Administração Mo- derna. Disponível em <http://www. mauriciodenassau.edu.br/noticia/exibir/ cid/1/nid/1175>. Acesso em: 17 mai. 2010. gestão empresarial administração geral o sistema organizacional 3 ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Discutir o conceito de sistema e sua aplicação na Admi- nistração. COmpetênCias Analisar a organização a partir do conceito de sistema organizacional. Habilidades Descrever os componentes de um sistema. Aplicar o conceito de sistema à organização. administração geral o sistema organizacional ApresentAção O conceito de sistema é amplamente utilizado para a compreensão do mundo no qual vivemos. Sua aplicação na ciência da Administração teve um impacto significa- tivo. Nos primórdios do desenvolvimento desta ciência, o conhecimento da organização e seu desenvolvimento eram limitados, no entanto, como você verificará nesta unidade, com a compreensão da organização como um sistema vivo, complexo e probabilístico a gestão inclui variáveis antes não consideradas, mas potencialmente benéficas ou maléficas à organização. pArA ComeçAr Você reparou que a palavra “sistema” é utilizada em vá- rios contextos? Veja as seguintes manchetes de jornal: Sistema para inscrições no Enem opera normalmente, diz MEC. Sistema do Flamengo dependerá do Corinthians, afirma Mano Menezes. Sistema seria uma palavra sem significado e, portanto, poderia ser utilizada como um “curinga”? Agora avalie os seguintes exemplos: 1. Sistema solar; 2. Sistema educacional; e 3. Sistema respiratório. Sem se preocupar com o significado da palavra “siste- ma”, você já pode ter conversado sobre: Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 4 → O sol e seus planetas (1); → A avaliação no ensino fundamental (2); → A influência do cigarro nos problemas pulmonares (3). Esses são assuntos comuns do nosso cotidiano e se referem aos sistemas de numeração correspondente. Trocamos ideias sobre esses assuntos sem nos preocupar que cada um deles se refere a sistemas. Você sabe que os sistemas citados não são iguais e pode estar se per- guntando: → Por que assuntos tão diversos utilizam a palavra “sistema”? → O que estes sistemas têm em comum? → Afinal, o que significa sistema? Este módulo se inicia com o conceito de sistema que foi responsável por uma mudança na maneira das pessoas verem o mundo e tem ajudado os administradores a compreender como é a organização e como ela pode ficar mais forte. FundAmentos Talvez a parte inicial deste assunto possa parecer um pouco abstrata. Não se preocupe. Todo mundo que tem contato pela primeira vez com o conceito de sistema apresenta as mesmas dificuldades. É um conceito complexo, mas você vai ver que ele é muito útil para o entendimento das organizações. Para facilitar sua compreensão, serão apresentados os componentes do sistema e vários exemplos de sistemas. Além disso, recomendamos que você também procure pensar em ou- tros exemplos. Então, vamos às definições! O sistema Certo (2003) define sistema como: “um conjunto de partes interdependen- tes que funcionam como um todo para algum propósito”. É uma combina- ção de elementos que forma um todo unitário. Chiavenato (2004) destaca que os elementos, as relações entre eles e os objetivos (ou propósitos) constituem os aspectos fundamentais da de- finição de um sistema. Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 5 Ao estudar os elementos do sistema procure observar a figura 1. Os elementos que constituem um sistema são: → Entradas: são os elementos necessários ao funcionamento do siste- ma e que o sistema recebe de seu mundo exterior. As entradas não fazem parte do sistema, elas vêm de fora do sistemae são necessá- rias para que ele exista; → Caixa-preta: local onde acontece um processo ou vários processos, e cujos elementos são desconhecidos por quem está fora do sis- tema, ou seja, eles só podem ser conhecidos ao se abrir a caixa- -preta (Caixa-preta é um conceito parecido com a caixa de gravação de aviões). Quando acontecem acidentes, a primeira providência é procurar a caixa-preta, ou seja, descobrir o que se falou minutos an- tes do avião cair. Mas, deixa para lá. Não vamos falar de coisas ruins. Voltemos aos elementos do sistema; → Saídas: são os elementos produzidos pelo sistema, ou seja, o resul- tado final do processo realizado dentro da caixa-preta; → Retroação: é a ligação entre as saídas e as entradas. Também cha- mada de retroinformação. Lembra Chiavenato (2004) que a retro- ação serve para comparar como o sistema funciona em relação ao padrão esperado. Quando ocorre alguma discrepância, a retroação incumbe-se de regular a entrada para que a saída se aproxime do padrão esperado. Muito difícil? Mas, ainda tem mais: Há a retroação positiva – uma ação estimuladora da entrada. Expli- cando de outra maneira, retroação positiva é a satisfação com uma ava- liação do resultado que reforça a escolha das entradas. Já a retroação negativa é inibidora das entradas, como resultado de uma não satisfação com os resultados obtidos na saída. A representação gráfica desses elementos encontra-se na Figura 1. caixa preta entradas saídas retroação É importante lembrar que muitos autores preferem utilizar o idioma in- glês ao se referir aos elementos do sistema: Inputs para entradas; Outputs para saídas; Black-box para caixa-preta; e Feedback para retroação. Figura 1. Representação gráfica de um sistema. Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 6 Agora vamos pensar em um exemplo de sistema: você! Isso mesmo, você é um sistema! Vamos testar esse exemplo? SiStema corpo humano Se você é um sistema, então possui: entradas, caixa-preta, saídas e re- troação. As entradas são os elementos necessários para que algo aconteça na caixa-preta. Já a caixa-preta é tudo que pertence ao seu corpo (partes internas e externas, como seu estômago e sua boca), as entradas, então são: a comida, o ar e os sons, por exemplo. Esses elementos iniciam al- guns processos no interior do seu corpo (caixa-preta): digestão, respira- ção e audição. Para conhecer esses processos que acontecem no corpo de um ser humano é necessário abrir a caixa-preta (e literalmente é o que faz um futuro médico em uma unidade de Anatomia). As saídas são aquilo que resultou de um processo que ocorreu na cai- xa-preta. Pois é, saída no nosso exemplo é isso que você está pensando, ou seja, alimento processado, gás carbônico, a resposta ao som ouvido e muito mais saída a depender de quais são as entradas. Dica Antes de prosseguir, leia novamente as definições de entra- das, caixa-preta e saídas. E releia o exemplo dado. Conseguiu entender? Antes de prosseguir, que tal pensar em outro exemplo de sistema? Uma televisão é um sistema. Para acontecer algo dentro dela, ou seja, a TV mostrar imagem e som, é necessário que alguém ligue a TV, assim como ela deve estar ligada a uma tomada para recebimento de energia. A saída é fácil, são as imagens e o som emitidos pela TV. Recapitulando, sistema TV: → Entradas: energia elétrica, transmissão da emissora e alguém ligan- do a TV. → Processo: aquilo que acontece para a TV funcionar. → Saídas: som e imagem. Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 7 Recapitulando, sistema “você”: → Entradas: alimento, ar, som, informação... → Processos (caixa-preta): respiração, digestão, raciocínio... → Saídas: sensação de saciedade, prazer, bem-estar, novas informa- ções... a retrOaçãO Para o exemplo que estamos avaliando (você), o que seria a retroação? Suponha que você vá até a uma lanchonete e peça um sanduíche. O sanduíche é uma entrada. A caixa-preta (ou processo) é o seu corpo digerindo o sanduíche. As saídas são a sensação de saciedade e de prazer por comer o sanduíche. Estas são saídas desejadas? Sim. Todo mundo que come um sanduíche espera matar sua fome e ter prazer, então a retroação neste caso é posi- tiva, ou seja, você vai comer um sanduíche nesta lanchonete toda vez que tiver vontade. Pena que às vezes aconteçam saídas não desejadas. Ou seja, e se a saída for outra? Pense na possibilidade do sanduíche fazer mal e você acabar com uma infecção intestinal angustiante. Ninguém come um sanduíche para passar mal, não é? Então, nesse caso a retroação será negativa, ou seja, você não deve voltar a comer esse sanduíche e/ou não deve voltar a frequentar a lanchonete. Resumindo, retroação é uma informação que o sistema tira das saídas que lhe diz se deve (retroação positiva) ou não (retroação negativa) repetir as entradas e/ou o processo. Retroação é muito importante porque protege o sistema, não é? Ou seja, impede que você repita uma tolice. Vamos voltar aos exemplos do começo da unidade? 1. No sistema solar as entradas são os planetas e o sol. O processo é a atração que há entre os planetas e o sol. A saída está no equilíbrio mantido entre eles, ou seja, cada um se mantém em sua órbita. 2. No sistema educacional as entradas são as instituições de ensino, os alunos, os professores, os materiais didáticos e outros. O ensino e o aprendizado é o processo. Alunos formados e preparados para o mercado de trabalho são as saídas. 3. No sistema respiratório a entrada é o ar. O processo é a respiração executada pelo pulmão, ou seja, a passagem do oxigênio para o san- gue. A saída é o gás carbônico. Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 8 teOria geral dOs sistemas Quase todas as coisas que existem são sistemas. Uma batedeira, por exemplo, é um sistema eletrônico. Uma flor é um sistema botânico e um ser humano é um sistema fisiológico e psicológico. O conceito de sistema surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Lu- dwig Von Bertalanffy que, segundo Chiavenato (2004), integra a Teoria Geral dos Sistemas. Essa Teoria se fundamenta em três premissas básicas: a. Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constitu- ído de subsistemas e ao mesmo tempo compõe um sistema maior chamado de suprassistema. No nosso exemplo, você, um sistema, é constituído de subsistemas como: sistema respiratório, sistema cir- culatório e outros. E também faz parte de um suprassistema como o sistema educacional ou se quiser pensar em termos físicos: sistema familiar e até sistema solar. b. Os sistemas são abertos. Todo sistema pertence a um ou mais su- prassistemas. Ao conjunto dos suprassistemas que você integra cha- mamos de ambiente. O ambiente é também o local onde os siste- mas buscam energia para continuar existindo. No nosso exemplo, a lanchonete que você frequenta é um ambiente no qual você adquire alimentos (entradas), fonte de energia dos seres humanos. c. As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Cada sis- tema tem um propósito que buscará atingir na interação com outros sistemas do ambiente. Você está fazendo este curso, que pertence ao sistema educacional brasileiro de ensino à distância, por alguma razão que pode ser, por exemplo, uma melhor formação profissional. caracteríSticaS doS SiStemaS Os sistemas apresentam características que existem no sistema como um todo e não existe em seus elementos em particular. Duas características básicas de um sistema são: a. Propósito ou objetivo. O sistema existe para alcançar uma finalidade. b. Globalismo ou totalidade. Uma mudança em um subsistema do sistema produz mudanças em todos os outros subsistemas. Chiavenato (2004) afirma que o conceito de sistema permitiu uma visão compreensiva e abrangente de um conjunto de coisas complexas como a organização. Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 9 Para Silva (2001), quando uma organização é examinada a partir da perspectiva de sistema, uma atenção especialé dada tanto aos elementos como à interação, ou seja, nenhuma parte de uma organização pode ser compreendida, se a relação desta com as outras partes não for exami- nada. Por isso a visão da organização como um sistema, antes de tudo, favorece a aplicabilidade ao mundo real. E como afirma Maximiano (2000, p. 369): A ideia de sistema – elementos que interagem e se influenciam, agregados em conjun- tos ou todos complexos – é a essência do enfoque sistêmico. É ideia simples, mas de grande influência na formação intelectual do dirigente e de todos os tipos de profis- sionais do mundo moderno. O enfoque sistêmico oferece ao administrador uma visão integrada das organizações e do processo administrativo, e uma ferramenta para or- ganizar sistemas que produzam resultados. Então, enxergar uma organização como um sistema facilita sua compre- ensão e apoia as tomadas de decisão do administrador. E aí, como é um Sistema Organizacional? Observe com atenção a figura 2. mudanças políticas ambiente geral mudanças econômicas mudanças culturais mudanças tecnológicas mudanças sociais ambiente de tarefa recursos resultados concorrentesórgãos reguladores clientes fornecedores produção recursos humanos marketing finanças A figura 2 é uma adaptação do Modelo de organização como sistema aberto proposto por Katz e Kahn, da Universidade de Michigan. Figura 2. O Sistema Organizacional. Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 10 entradaS do SiStema organizacional Note que no sistema organizacional as entradas são recursos, que com- preendem elementos físicos como matéria-prima, máquinas e equipa- mentos; e abstratos, como a tecnologia no sentido de “conhecimento de como fazer”, informações e outros. Os recursos humanos também são en- tradas necessárias ao funcionamento do sistema, assim como os recursos financeiros. Ou seja, as entradas constituem-se em tudo que é necessário para o processo que se dá dentro da caixa-preta acontecer. caixa-preta ou proceSSo do SiStema organizacional Os sistemas têm processos que interligam os componentes e transfor- mam os elementos de entrada em resultados. Por exemplo, recursos materiais se transformam em produtos. Como afirma Maximiano (2000), todas as organizações usam recursos humanos, materiais, financeiros, po- rém um banco é diferente de uma lavanderia ou de uma igreja, e, ainda, um banco é diferente de outro. Isso se deve aos diferentes processos in- ternos e nos resultados de cada um. Portanto, o que define um sistema é o seu processo, e não apenas as entradas e saídas, que podem ser muito semelhantes em todos os sistemas. SaídaS do SiStema organizacional As saídas são os resultados dos processos que ocorreram na caixa-preta do sistema. Um dos resultados que o sistema busca são os objetivos. Para o sistema empresa, as saídas são os produtos e serviços, lucro ou pre- juízo, satisfação dos clientes, participação no mercado, e muitos outros resultados que podem ser planejados pelos administradores. Note que na figura nº 2 introduzimos alguns elementos-chave: a. Subsistemas: a caixa-preta do Sistema Organizacional é constituída por quatro subsistemas: Produção, Recursos Humanos, Marketing e Finanças, que correspondem às atividades básicas sugeridas por Fayoll, aquele autor que você estudou no módulo sobre a evolução do pensamento da Administração. Cada um dos subsistemas tem seus objetivos, que correspon- dem ao propósito de suas especializações. Entretanto, não podem trabalhar separados! Se isso ocorresse, seria como se o nosso co- ração “resolvesse” parar de bater enquanto os outros subsistemas que compõem o corpo humano continuassem a funcionar. Isso de nada adiantaria. O sistema corpo humano entraria em colapso. E é exatamente isso que acontece quando morremos. O mesmo aconte- ce quando a Produção, por exemplo, não trabalha em sintonia com Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 11 Marketing, esse é o caso no qual a empresa pode ter problemas de sobrevivência. atenção Produção, Recursos Humanos, Marketing e Finanças preci- sam trabalhar cooperativamente para que o sistema empre- sa atinja seus objetivos. Quando os subsistemas trabalham em harmonia, chamamos isso de si- nergia. Em outras palavras, se o Marketing e a Produção puderem com- pletar o trabalho do outro, um irá influenciar o outro até que o resultado será maior do que a simples soma do trabalho de cada um. b. Ambiente: todas as coisas que circundam o sistema. De acordo com o grau de controle que a organização tem sobre ele, é classificado em: I. Ambiente geral: também chamado de Macroambiente, é cons- tituído por forças externas sobre as quais a organização não tem poder de decisão ou controle. Essas forças afetam o desempenho da organização por isso precisam ser acompanhadas, em especial quando há mudanças. As principais forças do macroambiente são: i. Forças econômicas: a renda dos consumidores, o comporta- mento dos agentes econômicos, a distribuição da riqueza, a disponibilidade de capital, a expansão ou a recessão econômi- ca são alguns dos elementos que constituem essas forças; ii. Forças sociais: a distribuição etária, a taxa de crescimento e composição étnica, o perfil psicológico dos consumidores, va- lores, crenças são exemplos dessa força; iii. Forças tecnológicas: são constituídas por conhecimentos e in- formações práticas sobre produtos e processos, conhecimen- tos atuais e tendências; iv. Forças políticas: essas forças podem incluir desde os aconte- cimentos de uma época de eleição até a legislação criada por quem tem esse poder. Envolve a legislação trabalhista, acordos internacionais de comércio, sistema de governo e muito outros elementos da sociedade humana; Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 12 II. Ambiente de tarefas: também chamado de Microambiente, é aquele constituído por agentes próximos à empresa e com os quais ela deve se relacionar. São eles: os clientes, os concorrentes, os fornecedores e os órgãos reguladores. Esses últimos possuem essa denominação porque na prática regulam a ação da empresa, são representados por órgão governamentais federais, estaduais e municipais, e por grupos de interesse como sindicatos, órgãos de defesa ambientais, de defesa do consumidor e ainda do setor financeiro como bancos e instituições financeiras. Bem, por enquanto é só. Na próxima unidade vamos estudar com maior profundidade a força exercida pelo ambiente geral e de tarefas. antena pArAbóliCA Você conhece a revista ou o site Guia do Estudante da Editora Abril? Nele é possível obter diversas informações sobre pro- fissões, universidades, vestibular, mercado de trabalho e outras. No site da revista você vai encontrar a profissão de Analista de Sistemas de Informação. Outro sistema? Sim. O Sistema de Informação existe em todas as empresas e pode ser computadorizado ou manual e abrange pesso- as, máquinas e/ou métodos. O analista de sistemas de informação desenvolve as seguintes atividades necessárias no mundo corporativo: planeja e organiza o processamento, o armazenamento e a recuperação de informações e disponibiliza esse ma- terial para usuários. Em outras palavras, o sistema pelo qual ele é responsável é constituído por entradas (infor- mações) e saídas (relatórios) necessárias para a tomada de decisão dos administradores e de outros profissio- nais de uma empresa. O mercado de trabalho para este profissional conti- nua aquecido, pois a formação em análise de sistemas de informações é necessária em todas as empresas, se- jam elas pequenas ou grandes. Neste curso você terá a disciplina de Sistemas de In- formação no terceiro semestre e outras relativas a siste- mas como Organização, Sistemas e Métodos e Sistemas de Gestão Integrados. lembre-se O conceito de sistema influenciou o modo de entender e explicar todas as ciências. Para a Administração serviu para organi- zar e simplificar o entendimento do siste- ma organizacional (empresa). e AgorA,José? Vimos nesta etapa do curso o conceito de sistema e sua aplicação na ciência da Administração. Sistema é constituído de entradas, caixa-preta (pro- cessos) e saídas. Quase tudo na nossa existência pode ser caracteriza- do pelo sistema, mas em particular as organizações são sistemas. As entradas do sistema organizacional se constituem de recursos. São eles: recursos humanos, materiais, fi- nanceiros, tecnológicos e outros. A caixa-preta é constituída de processos. Dentre esses processos há aquele que transforma materiais em produ- tos e há aquele que transforma cliente em cliente aten- dido, no caso das organizações prestadoras de serviços. Como todo sistema precisa sobreviver em um am- biente, que é tudo aquilo que cerca o sistema, a organi- zação também precisa. O ambiente da organização pode ser classificado em duas categorias: → Ambiente de tarefa: aquele com o qual a organi- zação interage, constituído por clientes, concorren- tes, fornecedores e órgãos reguladores. → Ambiente geral: aquele com o qual a organização apenas reage, pois não lhe é possível alterar. O am- biente geral é constituído de forças que afetam a organização como as forças econômicas, tecnoló- gicas e sociais. Além disso, o sistema organizacional é composto de sub- sistemas, que são as especializações necessárias ao seu funcionamento, são eles: subsistema Produção, Recur- sos Humanos, Finanças e Marketing. Na próxima unidade continuamos com os elementos que constituem o ambiente do sistema organizacional e veremos a importância da informação para a sobrevi- vência desse sistema. Administração Geral / UA 03 O Sistema Organizacional 15 glossário Ambiente: tudo que cerca o sistema e não per- tence a ele. Ambiente geral: mudanças decorrentes do desenvolvimento da civilização. Podem ser mudanças políticas, sociais, econômicas, tecnológicas, culturais e outras. A empresa precisa se adaptar a elas, pois é impossível controlá-las. Ambiente de tarefa: relacionamento da em- presa com outros sistemas que podem ser controlados ou influenciados. São eles: clien- tes, concorrentes, fornecedores e órgãos re- guladores. Entrada: elementos importados do ambiente e necessário ao processo que se dá dentro da caixa-preta. Podem ser materiais, energia e informação. Processo: atividade de transformação que acontece dentro da caixa-preta. Retroação: ação pela qual a saída reflui sobre a entrada, seja incentivando-a ou inibindo- -a, respectivamente, retroação positiva e negativa. Saída: resultados finais da operação do sistema e que são exportados para o ambiente. Bens, serviços, informações, lucro, prejuízo, funcio- nário desligado são exemplos de saídas. Sinergia: palavra que indica a noção de que o todo é maior que a simples soma de suas partes. Sistema: um conjunto de elementos interativos e relacionados cada um ao seu ambiente de modo a formar um todo. reFerênCiAs CERTO, SamuEl C. Administração Moderna. São Paulo: Pearson Brasil, 2003. CHIaVENaTO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus El- sevier, 2004. COElHO, m. A essência da administração – conceitos introdutórios. São Paulo: Sarai- va, 2008. maXImIaNO, a. C. a. Teoria geral da adminis- tração: da escola científica à competitivi- dade na economia globalizada. São Paulo: Atlas, 2000. ___________ Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2007. SIlVa, R. O. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2001. gestão empresarial administração geral o ambiente do sistema organizacional 4 ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Discutir a relação entre o sistema organizacional e seu ambiente. COmpetênCias Avaliar a influência do ambiente no futuro da organização. Habilidades Compreender a dinâmica do relacionamento da organi- zação e seu ambiente. Explicar o valor da informação. administração geral o ambiente do sistema organizacional ApresentAção Uma vez que se compreende a organização como um sistema vivo, deve-se avaliar o ambiente no qual este sis- tema deverá se desenvolver e se fortalecer. Nesta Uni- dade, você conhecerá a classificação dos ambientes da organização, assim como reconhecerá as forças tecnoló- gicas, econômicas, socioculturais que ao longo do tempo moldam as características desses ambientes. A impor- tância da informação será evidenciada pela necessidade de acompanhar as mudanças desses ambientes. pArA ComeçAr Você conhece o produto da figura 1? Se você fosse uma jovem da década de 1950, certamente reconheceria esse produto. Sem ele era impossível manter fixo o penteado, obrigatório na época, como o da figura 2. Mas, a moda, os costumes e os comportamentos mudam. A década de 1960 em especial foi marcada por gran- des mudanças. Essa foi uma década de protestos con- tra a Guerra do Vietnam, do surgimento dos Beatles e de vários produtos novos destinados aos jovens. Nessa década também houve os protestos dos jovens contra a sociedade capitalista e tecnocrata, a revolução sexu- al, o feminismo, o movimento hippie e o black power, o lançamento do primeiro computador e do primeiro homem ao espaço. Figura 1. Laquê. Fonte:� Marlene, Etsy <https:// www.etsy.com/ listing/151137410/ vintage-zotos- can-zotos-hair- spray-can>. Figura 2. Penteado da década de 50. https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can https://www.etsy.com/listing/151137410/vintage-zotos-can-zotos-hair-spray-can Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 4 Se você fosse um fabricante de laquê poderia adivinhar que essas mu- danças teriam alguma relação com o fato das moças deixarem de usá-lo? Pois foi isso que aconteceu. Um novo modelo de elegância feminina emer- giu na década de 1960, como o da figura 4, e exigia cabelos soltos e lisos. Alguns fabricantes de laquê devem ter insistido no produto e com o tempo devem tê-lo modificado, talvez para os atuais hairsprays, de fixa- ção mais leve. Outros podem ter enxergado uma excelente oportunidade para mudar e fabricar xampus, produto que passa a ser fundamental para manter cabelos soltos e saudáveis. Se algum empresário ficou apenas observando as mudanças e não re- agiu, provavelmente observou passivamente a falência da sua empresa. FundAmentos Nesta segunda etapa, ressaltamos a influência do ambiente sobre a so- brevivência e crescimento do sistema organizacional, destacando nesse processo o papel da informação. Coelho (2008) explica que de 1960 até os dias atuais, foram empreendi- dos diversos estudos administrativos que buscaram formas para melho- rar o desempenho da organização, aumentar a produtividade e os lucros. Isso aconteceu porque as empresas nesse período se defrontaram com significativas mudanças da sociedade e com diversos fatores resultantes dessas mudanças. Destaca Alvin Toffler, especialista em apontar tendências para o futuro e autor dos best-sellers O Choque do Futuro e A Terceira Onda, que tanto as pessoas como as organizações deverão enfrentar mudanças cada vez mais rápidas e intensas. Figura 3. Shampoo. Fonte:� Shutterstock, Sheila Fitzgerald <http://www. shutterstock.com/ gallery-2263082p1. html?pl=edit- 00&cr=00>. Figura 4. Brigitte Bardot em coquetel, 1968. Fonte:� Michel Bernanau, Wikimedia Commons. http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00 http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00 http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00 http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00 http://www.shutterstock.com/gallery-2263082p1.html?pl=edit-00&cr=00 https://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ABrigitte_Bardot.jpghttps://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ABrigitte_Bardot.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ABrigitte_Bardot.jpg Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 5 mUdanças nO ambiente geral OU maCrOambiente O ambiente geral da organização é constituído de forças externas sobre as quais a organização não tem poder de decisão. Desde a década de 1960, esse ambiente tem mudado profunda e rapidamente. É de se es- perar, então, que os administradores se dediquem cada dia mais a moni- torar as mudanças do ambiente, buscando antecipar as tendências e as novas regras do jogo da sobrevivência do sistema organizacional. Os elementos do ambiente geral que mais merecem esse acompanha- mento são: 1. Forças tecnológicas: a evolução da tecnologia pode afetar as téc- nicas de produção, a realização do trabalho e a forma e função de produtos e serviços. No passado recente, as maiores mudanças des- tas forças ocorreram como resultado dos avanços da informática, da indústria farmacêutica e do setor agropecuário. É importante desta- car que as mudanças tecnológicas geram mudanças sociais, políticas e culturais na medida em que criam novos produtos, processos e novos hábitos de consumo; 2. Fatores econômicos: a globalização dos mercados é um dos pro- cessos econômicos que tem obrigado as empresas a enfrentar uma competição cada dia mais acirrada. Somado a esse fato, a econo- mia do país em um dado momento pode estar crescendo ou em depressão. No primeiro caso, as organizações procuram aproveitar a oportunidade para expandir seus negócios, já no caso de depressão, será obrigada a rever seus planos de expansão. Além disso, simples mudanças na conjuntura econômica em variáveis como: taxas de inflação, taxas de desemprego, crescimento do PIB, e outras, podem servir de oportunidades ou ameaças para o sistema organizacional. Por isso, as organizações devem acompanhar os indicadores econô- micos de modo a minimizar ameaças e aproveitar oportunidades; 3. Fatores políticos/legais: as organizações também precisam se adaptar às leis e à política do local onde atuam como as de proteção ao consumidor, ao funcionário e ao meio ambiente, regulamentos de saúde pública, tributos e outros. Uma mesma lei pode ser uma ameaça ou uma oportunidade de novos negócios, como uma lei an- tipoluição. Com uma nova lei mais severa de controle da poluição, algumas empresas precisarão adquirir novos filtros, que pode elevar seus custos, e outras poderão fabricar esses equipamentos, aprovei- tando a oportunidade; 4. Fatores Socioculturais: como visto no caso do laquê, as socieda- des evoluem. Há mudanças de valores e de comportamentos que Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 6 afetam as vendas e o uso de produtos e serviços. Quem ainda utiliza lenços de tecido? Nas sociedades atuais cresce o número de mulhe- res no mercado de trabalho que “terceirizam” os cuidados com os filhos, ao utilizar babás, creches, aparelhos de distração como TV, videogames e outros. Essa e outras mudanças no comportamento social e cultural que surgiram ou que venham a acontecer devem ser acompanhadas pelos administradores, pois são excelentes oportuni- dades para o lançamento de novos produtos e serviços. Na síntese de Maximiano (2000, p. 382) temos: No Macroambiente, encontram-se organizações, processos e eventos sociais, tecnoló- gicos, institucionais, demográficos e políticos, entre outros. Esses processos afetam a maioria das organizações, ou todas as organizações que compartilhem algo, tal como os mesmos clientes, ou a mesma tecnologia. Sua ação ou seu comportamento pode ajudar ou prejudicar a organização. De acordo com o enfoque sistêmico, é importante reconhecer e avaliar a atuação desses componentes do macroambiente (...) mUdanças nO ambiente de tarefa Este é o ambiente imediato onde a organização atua. É constituído por pessoas ou instituições com as quais a organização se relaciona para ope- rar. É também onde ela extrai suas entradas e depositam suas saídas (ob- serve a Figura 5). ambiente de tarefa recursos resultados produção recursos humanos marketing finançashumanos financeiros tecnológicos informações materiais e outros serviços funcionário demitido lucro prejuízo produtos novas tecnologias informações e outros O ambiente de tarefa é constituído de: 1. Clientes: são pessoas ou organizações que compram o que a em- presa oferece (saídas). Cada organização possui um “público-alvo” para o qual é destinado o esforço para atrair, agradar ou manter. As falhas em acompanhar as mudanças do público-alvo podem com- prometer os resultados; Figura 5. O ambiente de tarefa e sua relação com os recursos de entrada e os resultados de saída. Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 7 2. Competidores: são outras organizações que buscam o mesmo ob- jetivo da empresa por outros caminhos e concorrem com ela por re- cursos e consumidores. Com a globalização dos mercados, potencial- mente os concorrentes podem surgir de qualquer parte do mundo; 3. Fornecedores: são organizações que fornecem os recursos neces- sários para as operações da empresa. Há os fornecedores de ma- teriais, os fornecedores financeiros (instituições bancárias), os for- necedores de recursos humanos (agências de emprego) e outros. Fornecedores desempenham um importante papel na cadeia de produção, pois qualquer falha deles pode comprometer o produto ou o serviço da empresa; 4. Órgãos reguladores: estabelecem limite às operações da organiza- ção. Todas as organizações são controladas por outras organizações que fiscalizam as suas atividades. Por exemplo, os sindicatos, as as- sociações de classe, órgãos do governo federal, estadual e municipal, órgãos de defesa do consumidor e outros controlam as atividades das organizações com fins lucrativos; 5. Parceiros estratégicos: empresas que trabalham juntas para faci- litar a venda, distribuição ou divulgação dos produtos e serviços de ambas. A NUMMI (New United Motor Manufacturing) é um dos mais famosos exemplos de parceria. A Toyota tinha muito interesse no mercado americano e em trabalhar com funcionários americanos. Após sucessivas negociações, a General Motors decidiu pela aliança com a Toyota; 6. Distribuidores e concessionários: a busca da qualidade total co- loca os distribuidores e concessionários como integrantes externos do sistema organizacional. Eles são fundamentais para a satisfação das necessidades dos clientes. Embora o controle sobre esses dis- tribuidores e concessionários possam variar de maior ou menor in- fluência, é comum a empresa fornecer a eles treinamento de seus funcionários para o atendimento do cliente, manutenção de peças de reposição e identidade visual, como é o caso das concessionárias de veículos; 7. Sindicatos de empregados: de acordo com Maximiano (2000, p. 381), “Manter boas relações com os sindicatos é uma das marcas de uma administração saudável”. Aliás, quando a organização não reconhece corretamente o valor de seus recursos humanos, são os sindicatos que têm a responsabilidade de vir em defesa deles. Qualquer mudança no ambiente de tarefa reflete imediatamente no sis- tema organizacional. Administração Geral / UA 04 O Ambiente do Sistema Organizacional 8 Mas, ao contrário do ambiente geral, que a organização não tem como atuar, o ambiente de tarefa permite que a organização reaja ou se ante- cipe às mudanças. Por isso é fundamental que a organização acompanhe as mudanças, porque só em reconhecer os elementos ambientais relevantes ao negócio já diminui com isso a incerteza quanto ao futuro. Dicas O problema atual das empresas é a incerteza. Entretanto, a incerteza não está no ambiente. A incerteza está na percep- ção e na interpretação dos administradores e não na realida- de ambiental percebida (Chiavenato, 2004). tipOlOgia de ambientes O ambiente é único para todas as empresas. No entanto, cada organiza- ção se relaciona com uma parcela