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Distrofia Muscular de Duchenne Caroline Fernandes Introdução: Herança recessiva ligada ao X, com localização no Xp21.2 (gene da distrofina - DMD)- Estabilidade estrutural para os músculos. Dessa forma, afeta os músculos esquelético e cardíaco. Distrofina não funcional >Compromete permeabilidade das células musculares > Necrose Epidemiologia mundial: 1:18000 indivíduos do sexo masculino. Aspectos genéticos: Afeta principalmente homens Nas mulheres, 10% apresentam sintomas brandos. No restante ocorre inativação não aleatória do cromossomo X (assintomáticas). Mãe heterozigota= 50% filho afetado ○ 50% filha portadora. Doença ligada ao X (Xp21.2)- Hotspots – 44 a 55. 2/3 são deleções de um ou mais exons. OBS: Deleção ou duplicação de éxons- Mutação NONSENSE (códon parada) ou FRAMESHIFT. ● Mutação com alteração do quadro de leitura - Proteína distrofina não é formada. Mutação in-frame- Distrofia muscular de Becker ● Mutação sem alteração do quadro de leitura (distrofina parcialmente funcional) Gene DMD: Grandes mutações 80% ✓ 86% deleções ✓ 14% duplicações Pequenas mutações 20% ✓ Mutações pontuais Tipo nonsense (10%) Manifestações clínicas: -Dificuldade para deambular (marcha anserina ou de Trendelenburg) -Quedas frequentes com dificuldade para subir escadas e levantar-se -Tendência a andar com a ponta dos pés, pseudo-hipertrofia muscular, Gowers + -Fraqueza axial -Problemas cognitivos, TEA, TDAH. -Função motora evolui até os 4-6 anos de idade → platô → declínio progressivo -Maioria para de andar na idade de 12 a 14 anos -Disfunção ventricular esquerda → cardiomiopatia dilatada= ICC e arritmias. Dismorfologias: ✓ Pseudohipertrofia das panturrilhas (infiltração gordurosa) ✓ Escápula alada ✓ Marcha digitígrada ✓ Contraturas musculares ✓ Hiperlordose lombar ○ Fraqueza do músculo paravertebral ✓ Pé equino varo Diagnóstico: *Níveis de CK: Deve ser solicitado em casos de história familiar de DMD e no caso de suspeita clínica mínima. Partir para os estudos genéticos caso a creatina quinase esteja aumentada: Importante para correlacionar o tipo de mutação com o fenótipo. MLPA: Avalia o número de cópias de todos os exons As sondas, de tamanhos diferentes, são especificamente posicionadas nos genes, de forma uniforme, permitindo a amplificação somente das sondas que se ligaram às regiões alvo. Caso o resultado dê negativo, realizar o sequenciamento para identificar mutações pontuais ou pequenas deleções/duplicações (nonsense). Uma alternativa ao MLPA é o CGH array. ● CK aumentada + Sem nenhuma mutação identificada + Fenótipo muito forte = realizar biópsia muscular. *Todos os pacientes com DMD confirmada devem ter prescrição de glicocorticóides! Não iniciar tratamento em crianças menores que 2 anos, devido à imaturidade imunológica e possibilidade de um precoce fechamento da placa epifisária. Eteplirsen: projetado para pular o exon 51 aprovado em 2016 nos EUA Golodirsen: projetado para pular o exon 53 aprovado em 2019 nos EUA Vitolarsen: salta o exon 53, aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) dos EUA em agosto de 2020 Ataluren: para tratamento de mutação nonsense com códon de parada - Atua no ribossomo, permitindo a leitura (mesmo com o códon) Obs: Mutação nonsense por códon de parada que modifica matriz de leitura: Não tem tratamento. A mutação muda a leitura da proteína em diante e acaba tendo um códon de parada.
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