INTRODUÇÃO À ATUÁRIAINTRODUÇÃO À ATUÁRIA HISTÓRIA, CONCEITO EHISTÓRIA, CONCEITO E FINALIDADE DOSFINALIDADE DOS SEGUROSSEGUROS Autor: Esp. Juliano schuh Revisor : A lc ine ide S i lva I N I C I A R introduçãoIntrodução O seguro é o contrato em que as partes envolvidas acordam a cobrança de um prêmio a indenizar à outra parte quanto à existência de um sinistro e de possíveis danos. Essa formatação vem evoluindo ao longo dos anos, principalmente após a Revolução Industrial e o advento da globalização. É preciso avaliar seus fatos históricos mundiais e nacionais, sua regulamentação, seu conceito e sua �nalidade, analisando todas as suas particularidades e características, pois esses são alguns dos fatores que regem o mercado de seguros no Brasil. Compreender esses temas é crucial para um conhecimento mais aprofundado do “mercado de seguros”, o que leva a abrir portas para o crescimento e o desenvolvimento pro�ssional. A globalização potencializou muitos mercados no Brasil e no mundo, entre eles o de seguros, que vem crescendo e evoluindo ao longo do tempo de forma consistente, baseando-se na proteção de bens e serviços para pessoas, empresas e governo. Entender sua história e suas características é mapear o processo evolutivo desse mercado, abrindo os olhos para uma visão de futuro, conforme descreve Santos e Silveira (2001): A globalização e os processos que operam no mundo evidenciando e explanando desigualdades socioespaciais retomam dois conceitos da Geogra�a: o conceito de território e o conceito de lugar. O espaço geográ�co deve ser compreendido como uma mediação entre o mundo e a sociedade local, e assim assumido como um conceito indispensável para a compreensão do funcionamento do mundo atual (SANTOS; SILVEIRA, 2001, p. 21). Com o surgimento do termo “globalização” na década de 1980, o mercado de seguros foi se adaptando a essa nova estrutura, tendo a necessidade de apresentar e desenvolver os princípios básicos da Ciência Atuarial, A Globalização e osA Globalização e os SegurosSeguros demonstrando seu potencial segurador, seus conceitos e termos, apresentando os componentes e as relações presentes nesse universo secundário: o segurado, a seguradora, o corretor de seguros e os resseguros. Isso faz entender que um dos principais princípios provenientes dessa onda de globalização é conceituar a �nalidade do mercado de seguros e suas características, além de de�nir seus elementos. Os órgãos governamentais e as novas instituições regulatórias dos seguros estabelecem novas diretrizes para esse mercado, conforme descreve Keohane e Nye: [...] há um limite do seu poder frente à expansão das forças transfronteiriças que diminuem a capacidade dos governos de controlarem as relações entre as sociedades, e que estimulam esses vínculos transnacionais. [...] nessa concepção, os problemas políticos nem sempre podem ser resolvidos adequada e nem satisfatoriamente, sem a cooperação com outras nações e agentes não– estatais (KEOHANE; NYE, 1989, p. 45). Mesmo com a globalização em curso, de forma mais acentuada mundialmente, o ramo de seguros já atuava em outros países, já desenvolvia suas atividades em outras fronteiras e áreas. A possibilidade da globalização levou grandes seguradoras internacionais a expandirem seus mercados, bem como a entenderem as particularidades regionais, adaptando serviços à demanda de seus clientes. Há uma análise desse fenômeno a partir dos chamados aspectos materiais: �uxos de comércio, de capital e de pessoas facilitados por um contexto de avanço na comunicação eletrônica que parece suprimir as limitações da distância e do tempo na organização e na interação social (HELD; MCGREW, 2001, p. 157). Entender os acontecimentos dos negócios de seguros no Brasil e suas regulamentações, identi�cando os players do mercado segurador, compreendendo as funções das entidades supervisoras de empresas de seguros, bem como descrevendo suas regulamentações são passos importantes no desenvolvimento na obtenção de conhecimento necessário para estruturar novas políticas, metodologias e �loso�as de trabalho ao mercado de seguros no Brasil. praticarVamos Praticar Leia o trecho a seguir. Sabendo que o seguro é a forma de garantia quanto à proteção de um bem, seja ele qual for, as seguradoras, por meio de contratos com seus segurados (clientes), estabelecem regras e detalhes do contrato, sendo este sempre embasado por leis e normas que os órgãos competentes regem e �scalizam tanto para os segurados quanto para as seguradoras. Com base no enunciado, qual a real �nalidade de um seguro? a) Acometer apólice de seguros. b) Gerenciamento individual. c) Acometer perdas e medos. d) Ocultar o alto risco. e) Proteção de bens sociais. Para ter um entendimento e um discernimento mais aprofundados da relação dos seguros quanto às pessoas, empresas e governos, faz-se necessário entender sua história, principais acontecimentos, sua importância ao longo do tempo e suas características tanto no mundo quanto no Brasil. Descobrir a história por trás desse contexto é evoluir na ciência dos seguros. História do Seguro no Mundo A história do Seguro tem seu start na Babilônia, antes de Cristo. Nessa época as caravanas de comerciantes que atravessavam o deserto se deparavam com a morte de alguns camelos, perdendo-os durante a viagem. Os cameleiros �rmaram um acordo entre si: substituir o camelo de quem o perdesse. Já quanto aos fenícios e hebreus, no ramo da navegação, havia o seguinte acordo: quem perdesse seu navio teria outro construído e pago pelos participantes da mesma viagem. A História doA História do SeguroSeguro Durante o século XX, diante das navegações, foram �rmados contratos por escrito, segundo o qual o comandante do navio recebia uma quantia em dinheiro correspondente ao preço do navio e da mercadoria a bordo No caso de algum sinistro (perda do navio ou mercadorias), o comandante tomaria posse do dinheiro, sem necessidade de devolvê-lo. Se a viagem ocorresse dentro da normalidade, o comandante devolveria o total do dinheiro recebido, acrescido de juros. O primeiro contrato de seguro conforme conhecemos hoje ocorreu na cidade de Gênova, na Itália, em 1347, quando foi emitida a primeira apólice de seguros, sendo esta de seguro marítimo. Desde então a atividade relacionada aos seguros, principalmente os marítimos, tornou-se frequente, e vinha ganhando espaço no mercado e na economia mundiais. Em 1678, em Londres, foi fundada por Edward Loyds a segunda Sociedade de Socorro Mútuo e a segunda “bolsa” de seguros do mundo (a primeira foi fundada na França, a Tontinas; porém, quebrou ao longo do tempo). Loyds era dono de um bar por onde passavam vários navegadores; eles, por sua vez, se interessavam pelo negócio de seguros. Por meio de contratos �rmados com esses navegadores, Loyds cresceu e expandiu seus negócios. Suas atividades existem até hoje. A história do seguro tem sido motivo de constantes pronunciamentos da doutrina. As investigações continuam sendo desenvolvidas. Há preocupações de de�ni-lo do modo mais amplo possível, com a �nalidade de ser identi�cada a trajetória desse negócio jurídico no âmbito da cultura dos povos antigos e contemporâneos (DELGADO, 2004, p. 16). Quanto às operações de seguros, cada país tem suas normas e legislação especí�ca, com particularidades de país para país, determinadas por suas características culturais, econômicas e sociais, variando o modelo de seguro, a apólice, a garantia e os valores. Em termos de globalização e buscando uma união das legislações de seguros no mundo, foi criada em 1960 a Aida – Association Internationale de Droit des Assurances. Por estar em mais de 70 países e ser composta por pro�ssionais do Direito, professores, juízes, ministros de Estado e universitários do curso de Direito, bem como devido à participação ativa das principais companhias de seguro do mundo, a Aida tem pontuado suas ações pela diversi�cação, incorporando atividades públicas referentes à previdência e à captação de recursos privados para a geração