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PATOLOGIAS ÓSSEAS E PSEUDO-ÓSSEAS DO COMPLEXO MAXILO-MANDIBULAR · Características gerais: · O osso envolvido possui a mucosa recobrindo; · Movimentação dentária e dificuldade para a colocação de implantes; · Expansão da região associada à lesão; · Crescimento lento. Autolimitação do crescimento, no qual a lesão para de crescer e o tecido conjuntivo é substituído por tecido ósseo; · Radiografia: embaçamento, região da lesão mais densa, radiolúcida (tecido conjuntivo) com traços radiopacos (osso), sem delimitação, lesão se une aos dentes da região; · Microscopia: mescla de tecido ósseo mais tecido conjuntivo, ou seja, o tecido conjuntivo está entremeado com trabéculas ósseas. Representam um grupo de processos caracterizados por substituição do osso normal por tecido fibroso; · Tratamento: sem intervenção, pois o tecido vai amadurecer, no qual o tecido ósseo vai estreitar e o tecido conjuntivo vai permanecer não crescendo, aumentando as áreas radiopacas. · Osso displásico: baixa cicatrização e hipovascularização aumentando o risco de necrose e infecção em procedimentos clínico-cirúrgicos. É comum infecção óssea, como a instalação da osteomelite; · Hipovascularização óssea: necrose, inflamação, radiação, doença de Paget, osteoporose e displasia cementoóssea; · Morfologia alterada, mas sem conotação de malignidade; · Casos clínico de lesões fibróssea: · Paciente mulher de 38 anos, procurou atendimento com queixa de inchaço na bochecha com 4 meses de evolução lenta e progressiva. Apresentava crescimento na região posterior de maxila, recoberta por mucosa normocrômica; · Paciente masculino de 18 anos, com queixa de inchaço na face há 5 anos, indolor, crescimento lento e gradual, com início de dor há 1 semana, Radiografia panorâmica revelou área radiolúcida com regiões radiopacas na distal do 35 estendendo-se da crista alveolar a borda inferior da mandíbula, molares ausentes. Lesões fibro-ósseas dos maxilares · Displasias fibrosas; · Displasias cemento-ósseas; · Fibroma ossificante. · A microscopia é igual para as 3; · Diferencia-se: características do paciente, radiografia, localização, sinais e gênero; · Correlação de achados clínicos e radiográficos; · Assintomático, exceto quando associada à infecção. Displasia fibrosa · Crescimento lento e autolimitante; · Entremeado nos dentes da região; · Radiografia: lesão sem limites definidos, estágios diferentes com mesclas de áreas radiolúcidas e radiopacas, chamado de “vidro polido”, “embaçados” e opacidades; · Ocorre em qualquer osso do esqueleto, sendo mais comum no fêmur; · Comum em pacientes jovens; · Displasia fibrosa craniofacial: · Maxila, ossos gnáticos, acomete um único osso com um bloco de ossos; · Dificuldade na respiração; · Exoftalmia. · Se for criança acompanhar a evolução do crescimento ósseo, já que se tem um alto metabolismo; · Fase inicial: diferentes estágios do osso displásico com maior quantidade de tecido conjuntivo em relação ao ósseo; · Fase madura: trabéculas ósseas mais espessas, ainda com tecido conjuntivo e osso displásico; · Baixa cicatrização e hipovascularização aumentando o risco de necrose e infecção em procedimentos clínico-cirúrgicos; · Tratamento: intervenção cirúrgica com finalidade estética ou funcional; · Obs.: na fase de maior metabolismo ósseo = “deposição” de tecido conjuntivo. · Pode ocorrer novo crescimento (surto de crescimento ósseo), por se estabelecer mais em jovens; · Transformação maligna: casos de osteossarcoma em regiões de displasias fibrosas, no qual foi verificado que alguns profissionais utilizaram radiação para diminuir o crescimento ósseo da lesão, logo a lesão passava de benigna para maligna. Assim, NÃO DEVE TRATAR DISPLASIAS FIBROSAS COM RADIOTERAPIA. Não possui transformação maligna; · Monostática (1 único osso envolvido) e craniofacial (bloco de ossos envolvidos); · Poliostática: lesão envolve vários ossos, sendo associado a uma síndrome: · Pigmentação café com leite, no qual cristais neurais por diferenciação formam essas alterações; · Síndrome de Jaffe-Linchtenstein: manchas café com leite respeitado a linha média com displasia fibrosa poliostática; · Síndrome de McCune Albright: endocrinopatias (hipertireoidismo, puberdade precoce), evolução com displasia fibrosa poliostática e manchas café com leite. Displasias cemento-ósseas · Caso: Displasia cemento-óssea periapical: · Paciente feminino, 50 anos, melanoderma com queixa de desconforto em região de implantes dentários; · Ocorre só no complexo maxilo-mandibular; · Radiografia: mescla de áreas radiopacas com radiolúcidas, preservando a lâmina dura; · Teste de vitalidade positivo; · Região de incisivos inferiores, no qual todos os dentes inferiores podem apresentar granulomas ou cistos; · União de cemento + osso + tecido conjuntivo fibroso; · Ocorre mais em mulheres de raça negra; · A partir dos 40 anos; · Não tem origem odontológica, pois tem gene associado; · Tratamento: não se realiza; · Caso: Displasia cemento-óssea florida · Paciente feminino, 27 anos, indiana, com achados na radiografia; · Expansão além da região periapical; · Teste de vitalidade positivo; · Pode ocorre em no mínimo 2 quadrantes e no máximo os 4; · Ocorre mais em mulheres; · 30 a 50 anos; · Raça negra; · Radiografia: imagem multifocal, sendo inicialmente mais radiolúcido com o tempo vai aparecendo áreas radiopacas com remodelações. Displasia cemento-óssea focal · Paciente feminino, 52 anos, encaminhada para confecção de implante dentário. Exame físico: dor indefinida a palpação; · Após a retirada da lesão, ocorre remodelação e pode-se colocar o implante; · Trabéculas mais densas com tecido conjuntivo no meio; · Radiografia: áreas radiopacas com limites indefinidos em região de molares inferiores; · Diagnóstico diferencial: osteoma, odontoma, esclerose, cisto e tumor; Displasia cemento-óssea florida X Osteomelite · Caso: Displasia cemento-óssea fibrosa com osteomelite em área displásica; · Paciente 32 anos, melanoderma, com múltiplas fístulas extra-bucais na maxila, ponto de drenagem de abscesso; · Intraóssea: osso com necrose, área eritematosa; · Áreas mescladas de tecido radiopaco com radiolúcido; · Presença de infecção; · Mucosa fina no qual onde ocorreu à instalação da osteomelite; · Quem apresenta DCOF tem maior probabilidade de ter osteomelite. · Caso: Displasia cemento-óssea florida e Doença de Paget (diagnóstico diferencial): · Paciente, 70 anos, melanoderma, uso de bisfosfosnatos sem saber o motivo. Extensa perda dentária e tumefação na região de maxila bilateralmente. Lesão firme a palpação. Áreas radiopacas mais áreas radiolucidas. Calota craniana mais densa, devido a alteração metabólica óssea; · A Doença de Paget simula uma displasia cemento-óssea florida; · Aumento da calota craniana, do fêmur, das costelas, da maxila e do rebordo alveolar (mais espesso) · Alteração de todo o metabolismo ósseo, conferindo um caráter sistêmico; · Com a presença de dentes simula uma hipercementose generalizada; · Deposição do osso zigomático, constrição dos forames (vasos), alteração da visão (compressão do n. óptico); · Afeta maxila e mandíbula; · Cintilografia para visualizar quais ossos são acometidos; · Osso mais quebradiço e frágil; · Exames laboratoriais do metabolismo ósseo: níveis séricos de Ca e P normais, fosfatase alcalina e hidroxipolina elevadas; Fibroma ossificante X Displasias · Lesões benignas bem delimitadas; · 2ª a 4ª década de vida; · Região posterior da mandíbula; · Expansão óssea; · Cápsula sem fusão com os tecidos vizinhos; · Radiografia: halo radiolúcido delimitado, mescla de tecido conjuntivo mais tecido ósseo, reação esclerótica do osso em relação à pressão; · Microscopia: osso casulatumor. São idênticos microscopicamente; · Tratamento: remoção cirúrgica. Fibroma ossificante Displasias Lesão delimitada Lesão sem delimitação Com cápsula Sem cápsula Com tratamemto Sem tratamento
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