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Quem assiste aos noticiários e se depara com Bárbara Coelho

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Quem assiste aos noticiários e se depara com Bárbara Coelho, Aline Nastari, Mariana Becker, Karine Alves e demais jornalistas nas telinhas, pode até imaginar que as mulheres sempre fizeram parte deste cenário. 
A participação das mulheres no esporte vem aumentando consideravelmente ao longo do tempo. Todavia, ainda hoje se compararmos com a presença masculina com a nossa, saímos perdendo. 
As jornalistas foram cada vez mais conquistando espaço esse universo, trazendo a sua autenticidade e profissionalismo, mas no início, foi preciso muita luta e paciência para superar o preconceito e conseguir se colocar nesse lugar.
Se hoje algumas mulheres já conseguem ocupar esse lugar é porque existiu uma pioneira, e trata-se de Semiramis Alves Teixeira, a primeira repórter e cronista de futebol do Brasil.
Semiramis marcou época com os microfones, entre 1963 e 1971, pela Rádio Nacional, TV Tupi e Gazeta Esportiva. Formou também a primeira equipe da Rádio Mulher e vivenciou grandes momentos dos grandes times e craques, juntamente com outras mulheres gigantescas, como Zuleide Ranieri, Germana Garilli e etc.
O pioneirismo de Semiramis Alves na década de 60, foi um importante ponta pé para que as mulheres que eu falei lá no início e mulheres como eu, ainda caminhando devagar, alcançem seu lugar o mundo. 
A realidade das mulheres que querem trabalhar com jornalismo esportivo ainda é dura. Desde as torcedoras as profissionais. E isso depende de uma mudança cultural.
Minha torcida é para que ELAS permaneçam cada vez mais presentes em redações, campos, estúdios e ginásios. 
Não somos mais invisíveis e isso incomoda. 
O discurso que faziam que o futebol era apropriado apenas para um determinado sexo é cada vez mais apagado ao longo dos anos, meses, dias e segundos. 
Sempre gostei de escrever. Desde criança eu cultivei uma paixão pela leitura e escrita, rabiscava alguns poemas sem sentido, que para o tempo era como lançar um livro. 
Desde 2015 escrever virou um vício, em 2018, criei coragem de mostrar para algumas pessoas o que eu botava nas linhas e elas me incentivaram a postar eles em algum lugar. Isso nunca aconteceu. 
Só hoje em 2020 eu criei vergonha na cara em começar a postar tudo aquilo que eu enterrei por vergonha. Tenho muito o que aprender ainda, mas o que eu amo estarei fazendo. 
Anseio trazer um formato e olhar diferente que eu criei do dia a dia esportivo para quem entrar aqui.
Espero que gostem, beijinhos.

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