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Hemoparasitose: Doenças causadas por agentes infecciosos

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HEMOPARASITOSE 
- Conjunto de doenças causados por agentes infecciosos, que vão parasitar as células do sangue 
- Podem ser as Rickettsias e Mycoplasmas, bactérias atípicas, intracelulares obrigatórias e gram negativas, e ou protozoários 
como as Babesias 
- A maioria é transmitida por carrapatos. Eles precisam ter o contato com a doença por meio de um hospedeiro para que 
se tornem vetores. 
- Há muita resposta imunológica frente a essas doenças (essa é a grande complicação) 
1) BABESIOSE 
- Causada por 2 protozoários que parasitam hemácias: Babesia canis, Babesia gibsoni 
- São transmitidas por carrapatos, principalmente, o R. sanguíneos (carrapato vermelho/marrom) 
- Vemos os adultos. As larvas são microscópicas 
- É um carrapato urbano, ou seja, gosta de regiões com menos umidade possível. O cão adquire esse carrapato dentro 
de casa (ele consegue subir paredes e se esconde em frestas) 
- A larva do carrapato também transmite a doença e geralmente não é vista a olho nu (portanto pode ser que o tutor 
nunca tenha visto o carrapato pois pode ser que esteja com larvas) 
- Encontramos em petshop, ambiente hospitalar 
- Também pode ser transmitido pelo Dermacentor reticularus/marginatus: é um carrapato menor que é encontrado em 
regiões rurais 
- Período de incubação: de 10 dias a 3 semanas (pode demorar para manifestar) 
- Transmite a babesia na forma de trofozoítos pela picada e ele fica dentro da célula (se transforma em anel, ameboide, 
merozoíto) 
- Após instalada, a babesiose invade os glóbulos vermelhos e os destrói quando se reproduz lá dentro 
- É a partir dessa destruição que surgem os sintomas da doença. Os glóbulos vermelhos são responsáveis pela circulação 
do oxigênio no sangue e, por isso, com a babesiose o cachorro fica anêmico, com as mucosas (gengiva, olhos e interior 
dos genitais) amareladas ou pálidas, fraco e deprimido. 
- Quando o protozoário sai da célula para infectar novamente o carrapato, ele destrói a hemácia, causando anemia por 
hemólise (multiplicação intracelular) 
- Sintomas: 
- Febre (quando tem hemólise intensa tem liberação de pirógenos endógenos, que alteram o hipotálamo, induzindo a 
febre) 
- Anorexia 
- Mucosas hipocoradas/pálidas 
- Taquicardia e taquipneia (devido a anemia) 
- Icterícia (pela hemólise: quando a célula é quebrada ela libera hemoglobina, que será transformada em bilirrubina 
que dá a coloração amarelada; pré-hepática) 
- Petéquias (por extravasamento de sangue de dentro do vaso; não cede a digitopressão; devido a trombocitopenia ja 
que há o aumento do consumo de plaquetas; grande parte dessas doenças fazem um processo imunomediado, ou 
seja, começa a produzir imunocomplexos que param nos vasos e causam vasculite. O endotélio vascular se separa, as 
plaquetas vão la para tentar conter essa abertura vascular) 
- Hepato-esplenomegalia 
- Anemia regenerativa com elevada contagem de retiulócitos 
- O quadro clínico de animais infectados pela babesiose pode ser dividido em três fases segundo a gravidade dos sintomas. 
São elas: as formas hiperaguda, aguda, crônica e subclínica. 
- Forma hiperaguda: esta fase atinge principalmente os recém-nascidos e filhotes, pois ainda não tem o sistema de 
defesa totalmente formado e estão desprotegidos. Animais com uma grave infestação de carrapato também estão 
sujeitos. Este estado apresenta choque com hipotermia, hipoxia tissular - quando os tecidos não recebem oxigênio 
suficiente - e outras lesões em vasos e tecidos. Poucos cães se recuperam desta fase.  
- Forma aguda: este é o estado mais comum e caracteriza-se por uma anemia hemolítica - destruição dos glóbulos 
vermelhos. Os sintomas são anemia, mucosas pálidas, ictéricas - cor amarela nas mucosas - e febre. No exame 
sanguíneo é observado uma anemia acentuada. 
- Forma crônica: este estado normalmente ocorre em um animal que esta parasitado há um certo tempo. Não é muito 
habitual, mas pode acontecer. Na babesiose crônica, os sintomas aparecem de forma nítida e intensa, como quadro 
de depressão, fraqueza, perda de peso, febre intermitente e outros sinais bem típicos da moléstia.  
- Forma subclínica: este é a fase mais difícil de ser detectadas, pois os sinais não são muito aparentes e, às vezes, nem 
observado pelos donos. Por ser tão silenciosa é preciso ter ainda mais atenção 
• Infecções crônicas: 
- Perda de peso e anorexia 
- Podem ser assintomáticos 
- Difícil diagnóstico 
•Infecções atípicas: 
- Reação de hipersensibilidade de antígeno-anticorpo frente a presença do parasita 
- Ascite (vasculite leva a separação do endotélio, fica mais permeável e forma liquido) 
- Edema de membros 
- Sintomas gastrintestinais 
- SNC 
- Doença cardiopulmonar 
- Diagnóstico: 
- Anamnese 
- Exame físico (inespecíficos) 
- Hemograma 
- Mostra uma anemia regenerativa mas pode ser arregenerativa (a medula esta realizando sua função, exceto em 
casos crônicos em que ocorre exaustão da medula ou em casos de deposição de imuno-complexos na medula 
(raro mas possível de ocorrer)) 
- Trombocitopenia: pode ter e não é por destruição de plaquetas 
- Pode encontrar os parasitas nas hemácias, porém é muito raro 
- Visualização da Babesia canis dentro dos glóbulos vermelhos 
- Bilirrubinemia/úria 
- Sorologia e PCR (muito realizado) 
- Tratamento: 
• Suporte: 
- Transfusão quando o HT está abaixo de 15% e HB abaixo de 5g/dL 
- Fluidoterapia (cuidado para não fazer muito em animais anêmicos) 
- As fezes transfunde primeiro, melhora o estado geral e depois trata a babesia 
• Específico: 
- Dipropionato de imidocarb (Imizol®): 2 a 6 mg/kg/SC ou 1 ml para cada 20 kg/SC, em dose única, com repetição 
após 15 dias 
- Efeitos adversos: salivação, diarréia, dispneia, depressão (para evitar isso aplicamos sulfato de atropina 10min antes) 
- Corticoide: predinizona 
- ATB: doxiciclina 
- Prevenção: 
- Controle dos carrapatos (não é 100%) 
- Seleção dos doadores sanguíneos 
- Atenção para pacientes esplenectomizados e imunossuprimidos (eles tem infecções mais graves, pois paciente que 
tem o baço, conseguem captar as hemácias parasitárias) 
2) RANGELIOSE 
- Parecido com babesiose porém quadros mais graves de hemorragia 
- Também chamada de Nambiuvú, Peste de Sangue, Febre amarela dos cães 
- Protozoário: Rangelia vitalli 
- Transmitida por dois carrapatos: Amblyoma aureolatum (carrapato estrela; ambiente rural) e Rhipicephalus sanguineus 
(ambiente urbano) 
- Vai parasitar eritrócitos, neutrófilos e monócitos 
- A doença pode ser dividida em três formas de acordo com o curso clínico: aguda (pode durar em média três dias), sub-
aguda (oito a 15 dias) ou crônica (18 a 25 dias), podendo levar o paciente a morte, caso não seja tratado a tempo 
- Manifestações Clínicas: 
- Anemia (mucosas pálidas) 
- Icterícia (pela hemólise) 
- Febre 
- Espleno e linfadenomegalia 
- Hemorragias no trato gastrintestinal (“nambiuvú das tripas”) e sangramento persistente pelas bordas e face externa das 
orelhas, narinas e cavidade oral 
- Edema de membros (devido a vasculite) 
- Diagnostico: 
- Anemia hemolítica intratravascular e alteração auto-imune 
- Tem sido sugerido que esse patógeno induz um distúrbio hemolítico mediado pelo sistema imune (hemólise 
imunomediada) 
- Hemograma: anemia regenerativa macrocítica hipocrômica acentuada 
- Trombocitopenia: não é um achado raro nos hemogramas de cães afetados por R. vitalli e pode estar associada à 
coagulopatia de consumo (CID) 
- Sorologia e PCR 
- Tratamento: 
- Mesmo da babesiose 
- Imidocarb, dose única, repetir em 15 dias 
- Se ele tem deposição de complexo antígeno-anticorpo: corticoide 
3) ERLIQUIOSE 
- Muito comum 
- Mais grave das hemoparsitoses 
- Agente etiológico: bactéria Ehrlichia sp (Bactéria transmitidas por carrapatos) 
- A bactéria cai na corrente sanguínea e se replica nas células de defesa (os glóbulos brancos), que estão nos linfonodos, 
no baço e na medula óssea, causando a destruição dessas células. Hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas também 
podem ser destruídas 
- A doença émais frequente no verão, mas pode ocorrer o ano todo. 
- Transmitida pelo Rhipicephalus sanguineus, o famoso carrapato marrom 
- Principal é a E. canis (mais patogênica) 
- Essa bactéria infecta células mononucleares 
- Faz mórula dentro das células mononucleares 
- Responsável pela erliquiose Monocítica Canina (EMC) 
- Também pode ser causada por outra bactéria: Anaplasma platys 
- Ela infecta as plaquetas 
- Trombocitopenia cíclica (vai e volta) 
- Menos patogênica 
- Vetor: desconhecido 
- Se tiver as duas associadas terá anemia e trombocitopenia 
- A doença pode ocorrer em três estágios: 
- Fase Aguda: é variável quanto a duração (2 a 4 semanas) e à severidade (suave a severa); 
- Na fase aguda, a bactéria está se multiplicando e o organismo do animal está tentando vencer a doença. Nesse 
período, a infecção pode não ser notada, porque as manifestações clínicas são muito leves e inespecíficas, como 
apatia, sangramentos pontuais e perda de apetite eventual. Nos exames de sangue, no entanto, o número de 
células de defesa já tende a cair. Se o organismo do animal não vencer a bactéria, os sinais clínicos da doença 
ficam mais evidentes de uma a três semanas após a picada 
- Os principais sintomas da fase aguda da doença são: febre, fraqueza, presença de manchar avermelhadas na pele, 
chances de sangrento na urina 
- Fase Subclínica: caracteriza-se pela persistência de microrganismo após uma recuperação aparente da Fase Aguda; 
- A sintomatologia da fase aguda vai se atenuando após algumas semanas, e o cachorrinho entra na fase subclínica 
da doença 
- Nessa fase, a bactéria persiste no organismo do animal e os títulos de anticorpos são altos. Durante anos, pode 
haver leve alteração nos exames de sangue, mas as manifestações clínicas deixam de ser evidentes. 
- Essa intensa resposta do organismo pode levar a dois desfechos: ou ele elimina o agente ou os complexos formados 
pela bactéria e os anticorpos (chamados de imunocomplexos) passam a se depositar em vários órgãos do corpo, o 
que marca a terceira fase da doença. 
- Fase Crônica: quando o sistema imune é ineficaz e não pode eliminar o microrganismo. Com dano na medula óssea 
vermelha com prejuízo na produção de células sanguíneas 
- O paciente apresenta, de forma atenuada, os mesmos sinais clínicos na fase aguda, mas, na etapa crônica, o que 
mais chama a atenção é a instalação de infecções secundárias (pela debilidade do sistema de defesa) e o 
comprometimento da medula óssea, que leva à imunossupressão, à persistência da anemia e à queda na contagem 
de plaquetas. 
- Além disso, os imunocomplexos depositados nos órgãos do paciente podem causar problemas renais, artrites, entre 
outros problemas graves. 
- Manifestações Clínicas: 
• Infecções agudas 
- Mais fácil de fazer diagnóstico 
- 2 a 3 semanas após infecção 
- Celulas mononucleares infectadas margeiam os pequenos vasos e migram para os tecidos endoteliais - com essa 
migração causa VASCULITE 
- Presença de carrapatos 
- Febre 
- Secreção ocular e nasal: serosa ou purulenta 
- Anorexia 
- Perda de peso 
- Linfoadenopatia 
• Infecções crônicas 
 - Inicio variado dos sintomas 
 - Dias a 5 anos 
 - Pode durar anos apresentando pouco e inespecíficos sintomas 
 - Pode fazer manifestação subclínica 
 - Reação imunológica contra o parasita 
 - Cuidado com infecção crônica pode levar a aplasia da medula, e ativar sistema auto imune levando a anemia 
hemolítica e trombocitopenia AUTOIMUNE, devido combate crônico contra parasita. 
 - Perda de peso 
 - Anorexia 
 - Prostração 
 - Epistaxe 
 - Oculares 
 - Hemorragia 
 - Uveíte 
 - Hifema 
 - SNC – paresia, convulsões, déficit em nervos cranianos 
 - Dispnéia – por efusão causada por vasculite ou por pneumoapatia imunomediada 
 - PU/PD/proteinúria: insuficiência renal (raro) - deposição de imunocomplexos 
 - Poliartrite: deposição de imunocomplexos. Não há alterações em exames radiográficos 
 - Manifestações oculares: trombocitopenia/ deposição de imunocomplexos 
 - Manifestações do SNC: vasculite 
 - Hepato/esplenomegalia e linfoadenopatia: estimulação imune progressiva 
 - Manifestações respiratórias e cutâneas: neutropenia (infecção bacteriana secundária) 
- Diagnóstico: 
- Anamnese 
- Exame físico 
- Exames complementares 
- Hemograma 
- Fase aguda: 
- Trombocitopenia (vasculite) 
- Anemia regenerativa (aguda) 
- Fase crônica (Pancitopenia) 
- Trombocitopenia, leucopenia e anemia -> supressão da medula óssea 
- Anemia normocítica normocrômica - arregenerativa (supressão da medula óssea) 
- Hiperglobulinemia associada com hipoalbuminemia: crônica ou fase de incubação (por causa da reação imune. 
Aumenta globulina e cai albumina.) 
- Deve pedir proteína total mas também dosar albumina e globulina 
- Proteina total: albumina + globulinas 
- Sorologia: ELISA ou imunofluorescência indireta (não disponível rotineiramente) 
- PCR: 
- Fase aguda – de sangue 
- Fase crônica – da Medula óssea 
- Pesquisa de hematozoários: achados de mórulas (raro) 
- Preferencialmente, colheita sanguínea feita na margem da orelha (sangue periférico 
- Tratamento: 
- Suporte: transfusão sanguínea, fluidoterapia, antieméticos 
- Específico: 
- Cloridrato de doxiciclina: 5 mg/kg/BID no mínimo 21dias (6 a 8 semanas - recomendação atual) 
- Para Erliquiose administramos doxiciclina por longo período 
- Dipropionato de imidocarb (Imizol): 5 a 7 mg/Kg/SC/EDU. Repetir após 15 dias associação (infecção concomitante 
com Babesia canis ) 
- Protetor de mucosa (ranitidida; como a doxi pode causar gastrite) 
- Uso de CORTICOIDE 
- Especialmente em pacientes com sintomas de resposta imunomediada 
- Prednisolona: 2mg/kg/SID/nos primeiros 3 a 4 dias (controvérsia devido inabilidade de alguns cães converter 
prednisona em prednisolona que é o principio ativo) 
- Reduzir 25% da dose a cada semana com a melhora dos sintomas 
- Opcional (menos eficazes) 
- Tetraciclina: 22 mg/Kg/TID/14 a 21 dias 
- Enrofloxacina: 3 a 5 mg/kg/BID/14 a 21 dias 
- Cloranfenicol: 22 a 25 mg/kg/TID/14 dias 
- Prognóstico: 
- Bom: erliquiose aguda 
- Reservado: erliquiose crônica (principalmente quando tem supressão da medula óssea) 
- Cães da raça Pastor Alemão são mais suscetíveis 
- Prevenção: 
- Controle de carrapatos 
- Doadores de sangue 
- Obs: Existem cães que podem ser naturalmente infectados mas não há manifestação da doença num período de até 5 
anos. Não há eliminação do microrganismo e evolução para a fase crônica da doença 
4) MICOPLASMOSE 
- Afeta os gatos 
- 50% das vezes tem associação a outra doença imunossupressora (FIV E FELV) 
- Bactérias gram negativas 
- Agente: Mycoplasma haemofelis e candidatus, Mycoplasma haemominutum 
- São parasitas intracelulares obrigatório de Hemácias (gera anemia) 
- Síntomatologia é manifestada por imunossupressão 
- Transmissão: 
- Vetores: Ctenocephalides felis (pulga) e Rhipicephalus sanguineus (carrapato – mais difícil) 
- Transfusão sanguínea 
- Mordeduras 
- Aspectos clínicos: 
- Comumente encontrados gatos portadores crônicos (vão manifestar a doença quando tem uma imunossupressão) 
- Testar para fim e felv que são doenças imunossupressoras de base 
- Agudização/manifestação dos sintomas na presença de doenças que comprometam a resposta imunológica (FIV, FeLV, 
outras). Quando receber paciente com micoplasmose testar também para outras doenças como FIV/FELV – que são 
doenças que tem relação com doenças imunossupressoras. 
- Doença primária X secundária; 50% dos casos diagnosticados estão clinicamente doentes 
- Machos > Fêmeas (os machos brigam mais) 
- Gato nao tem esplenomegalia (se tiver, associar com linfoma) 
- Manifestação clínica: 
- Depressão 
- Fraqueza 
- Anorexia 
- Perda de peso 
- Icterícia de evolução rápida (hemólise – bilirrubina indireta) 
- Mucosas hipocoradas 
- Esplenomegalia 
- Linfadenopatia 
- Diagnóstico: 
- Anamnese 
- Exame físico (alteração de coloração de mucosa) 
- Hemograma: 
- Anemia regenerativa (felvpode levar a anemia arregenerativa) 
- Trombocitopenia (menos frequente mas pode ocorrer) 
- Hiperglobulinemia 
- Esfregaço sanguíneo: detecção do agente. Porém é mais fácil achar na fase aguda <50% dos casos (parasitemia 
cíclica) – porém ainda é pouca chance portanto quando não achar o parasita não pode excluir a doença. 
- Sorologia: RIFI (imunoflourescencia indireta 
- PCR 
- Tratamento: 
- Doxiciclina 5mg/kg/BID/21dias 
- CUIDADO! Em gatos pode evoluir para estenose de esôfago se ficar parado lá – ideal administrar 10-20ml de água 
na seringa 
- Enrofloxacina 5 mg/kg/SID/15dias 
- CUIDADO! Com efeitos adversos em gatos - doença articular e retinopatia 
- Prednisolona 0,5-2,0 mg/kg SID ou BID 
- Obs: Animais tratados e recuperados podem tornar-se portadores por toda a vida. Devido possibilidade de 
permanecer parasita e não conseguir eliminar 100%, em casos de imunossupressão pode manifestar sintomas de 
novo. 
- Prevenção: 
- Controle de puliciose 
- Castração (intenção é diminuir conflito entre gatos) 
- Avaliações pré transfusionais 
- Obs.: Sintomas Imunomediada – quando ocorre desposição de imunocomplexo antígeno-anticorpo o paciente 
apresenta vasculite e pode levar a ascite, edema, efusão pulmonar, PU/PD/proteinuria, poliartrite e manifestação 
ocular, entre outros. 
5) ANAPLASMOSE 
- Causada por bactérias Gram negativas, pertencentes à ordem Rickettsiales, gênero Anaplasma 
- A transmissão dessas doenças se dá pela picada do carrapato canino marrom comum (Rhipicephalus sanguineus) que 
atua como vetor e como reservatório da enfermidade. Outra maneira de transmissão da enfermidade, esta bem menos 
comum, é por meio da transfusão sanguínea, pelo sangue infectado de um cão para outro sadio 
- A. platys causa parasitemia e trombocitopenia cíclica a intervalos de 10 a 14 dias e alguns dias após a infecção ocorrem 
diminuições bruscas no número de plaquetas e A. platys desaparece da circulação. Em seu ponto mais baixo, a 
trombocitopenia pode ser grave (20.000 a 50.000 plaquetas/µL), e a agregação plaquetária fica diminuída. Os sinais 
clínicos começam após um período de incubação de oito a 15 dias, com alguns sinais sugestivos, como anorexia e 
distúrbios hemostáticos 
- Normalmente assintomáticos. Quando apresentam sintomas, observa-se: febre, letargia 
- Uveíte também pode ser associada com infecção por A. platys em cães 
- Diagnóstico: pesquisa de inclusões em plaquetas para A. platys, detecção de anticorpos por imunofluorescência indireta, 
ou amplificação de DNA através da reação em cadeia da polimerase (PCR) 
- Entre as drogas eficazes no tratamento para anaplasmose, as tetraciclinas e seus derivados (doxiclina) estão entre as que 
têm maiores probabilidades de eliminar o agente

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