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2ª Peça - Resposta à Acusação EQUIPE D

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ DE DIREITO DA _ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____.
Processo nº. Xxxx
BERNARDINO, devidamente qualificado nos autos da ação em epígrafe, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, através de seu advogado infrafirmado, com procuração em anexo, oferecer RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com base nos arts. 396, 396-A e 397 do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
I. DOS FATOS
 Bernardino foi denunciado pelo ilustre representante do Ministério Público, com vistas ao fato de que no mês de março de 2019 teria supostamente praticado a conduta incriminadora do art.129, § 1º, inciso III e art.14, inciso II, do código penal, conforme disposto na denúncia apresentada, no entanto, vem por meio desta resposta à acusação apresentar sua devida defesa, nos termos em que apregoa os art.396 e art.396-A do código de Processo Penal 
 Ocorre que, Bernardino, pai de Luciane, jovem de 19 anos, observou da sacada de seu prédio localizado residencial águas claras em São Luís- MA, na data de 01.03.2019, que sua filha estava sendo espancada pelo namorado Johnny Bravo, ato que ocorria em razão da mesma não emprestar a seu namorado pequena quantia de dinheiro que seria utilizado por ele para consumo de maconha. 
 Neste momento, Bernardino, vociferou contra Bravo afim de cessar o ato, mas a agressão não se findou, logo, Bernadinho que estava em recuperação da cirurgia feita em seu joelho esquerdo, vendo sua filha indefesa e ensanguentada, dirigiu-se até sua sala, e pegou uma arma de fogo, de uso permitido, devidamente registrada e com autorização para tanto, apertando assim o gatilho com a conduta finalística de atingir a perna esquerda de Bravo, o que lhe geraria lesão corporal e debilidade permanente. 
 Entretanto, por motivo alheio à vontade de Bernardino, a arma não funcionou, mas o barulho causou espanto no agressor, que fugiu do local e dirigiu-se até uma autoridade policial para relatar o fato contra Bernardino. 
 Ademais, aberta a investigação, os envolvidos foram ouvidos, as testemunhas: Juliana, Pedrina e Catolé, que presenciaram os fatos e estavam visitando o condomínio também deram seus relatos, e assim o inquérito policial deu-se por concluso, tendo o Ministério público oferecido denúncia contra Bernadinho, com base nos art.129, § 1º, inciso III e art.14, inciso II, ambos do Código Penal, diante do juízo competente. 
 Junto com a denúncia, as demais provas foram levantadas, inclusive a folha dos antecedentes criminais, na qual constava anotação sobre ação penal em curso pela suposta prática do crime de apropriação indébita, art.168 do código penal, adjunto do laudo de exame pericial da arma apreendida, que demonstrava total incapacidade de efetuar disparos, impossibilitando assim a prática do delito. 
 Postula-se ainda, que o oficial de justiça ao comparecer a residência de Bernadinho, uma única vez para citá-lo no dia 27.02.2020, não o encontrando, certificou que o réu estava ocultando-se para não ser citado, determinando assim, a citação por hora certa, e, por conseguinte enviou o mandado de citação e intimação para a defesa aos autos do processo no mesmo dia. Dispõe-se por fim, que o réu se encontrava a serviço da marinha mercante e ficaria embarcado por mais 20 dias, razão pela qual não foi encontrado em sua residência.
II. TEMPESTIVIDADE
Levando-se em conta que o prazo para apresentação da Resposta à Acusação é de 10 (dez) dias, conforme dispõe o art. 396, caput, do Código de Processo Penal, in verbis:
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
Cumpre destacar que, no presente caso, levou-se em consideração o que dispõe o art. 798, §§ 2° e 3° do Código de Processo Penal, in fine:
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
[...]
§ 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
Sabendo que a citação do Acusado ocorreu dia 27/02/2020 e seguindo as disposições do dispositivo supra, ressalta-se que o prazo começou a fluir a partir do dia 28/02/2020 (sexta-feira). Verificou-se, ademais, que o décimo dia repousara em 08/03/2020 (domingo), de modo que houve imediata prorrogação para o dia útil subsequente, ou seja, dia 09/03/2020 (segunda-feira), sendo este o termo final, portanto tempestiva a presente Resposta à Acusação.
 IV- PRELIMINAR
Primeiramente, cumpre destacar o que dispõe o art. 363, do Código de Processo Penal a respeito da formação completa do processo, nos mesmos termos:
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.
Dessa forma, é imprescindível que seja observado pelo oficial de justiça os ditames legais para a realização das comunicações dos atos processuais de maneira adequada. Ademais, no caso em tela, faz-se necessário observar o procedimento enclausurado no art. 362, do Código de Processo Penal bem como, de forma subsidiária, o art. 252, do Código de Processo Civil, respectivamente, in verbis: 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. 
Logo, por tais razões, resta evidenciado grave violação legal quanto a citação do Sr. Bernardinho, tendo em vista que o oficial de justiça inobservou o procedimento adequando previsto em lei para proceder a citação por hora certa, visto que compareceu no Condomínio Residencial Águas Claras em 26/02/2020 onde mora o réu e de imediato concluiu que este estava se ocultando para não ser citado, o que não corresponde com a verdade, na medida em que na data supracitada o réu se encontrava a serviço da marinha mercante e que permaneceria por mais de 20 dias embarcado, portanto, o fato de não estar em casa naquele momento não caracteriza ocultação para não ser citado. Igualmente, para ser assim considerado e que incorresse nas penalidades da lei deveria o oficial ter retornado para de forma correta concluir o procedimento.
V- FUNDAMENTAÇÃO
A) DO CRIME IMPOSSÍVEL 
O caso em tela, não constitui crime, pois está em consonância ao artigo 17 do Código Penal, que estabelece que não há que se punir a tentativa, quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se crime, senão vejamos:
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
 	Nesse sentido, verifica-se a aplicação do instituto do crime impossível, no qual o agente tem a intenção de praticar o crime, entretanto, devido às circunstâncias alheias a sua vontade, não há a consumação do ato delitivo. Desta feita, não há punição para a tentativa por ter sido impossível a consumação, logo não há motivo para a intervenção do Direito Penal, já que o bem tutelado não foi posto em risco.
Vejamos o que diz a doutrina sobre o instituto do crime impossível e a teoria adotada em nosso ordenamento:
"Também conhecido por tentativa inidônea, impossível, inútil, inadequada ou quase crime, é a tentativa não punível, porque o agente se vale de meios absolutamente ineficazes ou volta-se contra objetos absolutamente impróprios, tornando impossível a consumação do crime (art. 17, CP).Trata-se de uma autêntica “carência de tipo1’, nas palavras de Aníbal Bruno (Sobre o tipo no direito penal, p. 56). Exemplos: atirar, para matar, contra um cadáver (objeto absolutamente impróprio) ou atirar, para matar, com uma arma descarregada (meio absolutamente ineficaz). Cuida-se de autêntica causa excludente da tipicidade."
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. p. 312-313).
"a) Teoria objetiva. A teoria objetiva exige a efetiva colocação em perigo do objeto protegido da ação, mediante ação questionada. Parte do injusto do resultado como verdadeira razão para o merecimento de pena do fato e, por isso, requer também da tentativa que apareça como um nascente injusto do resultado.
b) Teoria individual-objetiva ou teoria da impressão. Para essa teoria, o decisivo para a punibilidade da tentativa é a vontade do autor contrária ao Direito, mas não como um fenômeno em si mesmo, senão entendida em seus efeitos sobre a comunidade. A confiança da coletividade na vigência do ordenamento jurídico, como um dos poderes que configuram objetivamente a vida social, se perderia se ficasse impune quem sem propõe seriamente a realizar um delito grave e desse princípio a sua execução.
c) Teoria subjetiva. Leva-se em conta somente a vontade do autor, tanto para a delimitação frente à preparação como respeito ao grau de periculosidade da tentativa inidônea.
A teoria adotada pela nossa legislação é a objetiva, ou seja, somente será punível o fato se o bem jurídico tutelado efetivamente foi posto em perigo ou sofreu ameaça de perigo. Então, nos casos em que o fato não se consuma por ineficácia absoluta do meio ou impropriedade absoluta do objeto, ainda que a vontade do agente seja contrária ao direito, não há punibilidade." 
(PACELLI, Eugênio. Manual de Direito Penal. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 305-306).
 
Desta forma, a conduta objetivada pelo senhor Bernardino era de lesão corporal mediante o uso da arma de fogo, entretanto, devido a total ineficácia da arma em efetuar disparos, de acordo com o laudo pericial, se trata de um caso de ineficácia absoluta do meio empregado, o que não enseja a punição da tentativa.
Nesse mesmo diapasão, temos jurisprudências com o seguinte entendimento:
PENAL. PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO POR ATIPICIDADE DA CONDUTA. ACOLHIMENTO. EXISTÊNCIA DE PROVA PERICIAL ATESTANDO A INEFICIÊNCIA DA ARMA EM EFETUAR DISPAROS. ATIPICIDADE. CRIME IMPOSSÍVEL VERIFICADO. INEFICÁCIA ABSOLUTA DO MEIO COMPROVADA. JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NO MESMO SENTIDO. RÉU ABSOLVIDO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
I - Como se sabe, a posse e o porte ilegal de arma de fogo configuram crime de perigo abstrato, sendo a segurança pública e a paz social os bens jurídicos tutelados pelo art. 14 da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento).
II - Também é assente o entendimento de que a realização de perícia, nos processos criminais destinados à apuração de tal delito, é procedimento prescindível quando a autoria e materialidade estiverem comprovadas por outros meios.
III - No presente caso, porém, a prova pericial foi efetivamente realizada e atestou (fls. 133/138) que a arma periciada "encontra-se ineficiente para produção de tiros".
IV - Diante desse cenário, é inescapável a aplicação do posicionamento consolidado no âmbito do STJ no sentido de que a existência de efetiva perícia reconhecendo a ineficiência da arma para realização de disparos implica a absolvição do denúncia pela atipicidade da conduta por se tratar de crime impossível.
V Recurso conhecido e provido.
Tribunal de Justiça de Alagoas TJ-AL - Apelação : APL 0713857-82.2016.8.02.0001 AL 0713857-82.2016.8.02.0001
Uma vez reconhecido o crime impossível, a conduta praticada se torna atípica, cabível a absolvição sumária, prevista no o artigo 397, inciso III, do Código de Processo Penal, pois o fato narrado não constitui crime, vejamos:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
B) DA LEGÍTIMA DEFESA 
Ademais, apesar de se tratar de crime impossível, a conduta narrada está amparada no instituto da legítima defesa de terceiros, prevista no artigo 25 do Código Penal, que ocorre quando alguém usa dos meios necessários de maneira moderada para repelir uma injusta agressão contra outrem. Sendo a legítima defesa uma das causas de excludente de ilicitude, prevista no artigo 23, inciso II, do Código Penal:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
II - em legítima defesa;
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Ainda sobre o instituto da legítima defesa de terceiros, temos o seguinte ensinamento de alguns doutrinadores:
Admite-se a legítima defesa para a proteção de direito próprio ou de outrem. A legítima defesa de terceiro consagra o sentimento de solidariedade humana. Não é necessário relação de parentesco ou amizade com o terceiro em favor de quem se exercita a legitima defesa. O terceiro pode ser uma pessoa jurídica, o nascituro, a coletividade, o Estado. Afinal, a legítima defesa é uma forma de autotutela, que auxilia o Estado na luta pela preservação do direito. 
(BARROS, Flavio Augusto Monteiro de. Direito penal: parte geral. Saraiva: 2006.)
A titularidade do bem jurídico protegido, pode ser classificado em: próprio ou de terceiro, que autorizam legítima defesa própria, quando o repelente da agressão é o próprio titular do bem ameaçado ou atacado, e legítima defesa de terceiro, quando objetiva proteger interesse de outrem.
(GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 18ª ed., Rio de Janeiro: Impetus, 2016, v.1.)
E em casos semelhantes ao apresentado em tela, a jurisprudência pátria tem se manifestado da seguinte forma:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIME CONTRA A VIDA. TENTATIVA DE HOMICÍDIO SIMPLES. LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIRO COMPROVADA. Legítima defesa de terceiro comprovada. Está demonstrado ter agido o acusado R.M.G.R. em legítima defesa de terceiros. O acusado realizou dois disparos de arma de fogo de \alma lisa\ contra a vítima que estava, no meio da madrugada, tentando invadir a residência de uma vizinha do réu, a qual morava sozinha. Não houve excesso na reação, tendo em vista que o acusado utilizou-se do meio que tinha disponível ao seu alcance na ocasião, agindo moderadamente para evitar possível mal maior. Ainda, a arma utilizada era registrada em nome do acusado. Prejudicado o mérito do recurso do réu A.P.S. diante da não subsistência da imputação de crime doloso contra a vida. RECURSO DO RÉU R.M.G.R. PROVIDO, POR MAIORIA. MÉRITO DO RECURSO DO RÉU A.P.S. PREJUDICADO.
(TJ-RS - RSE: 70070038740 RS, Relator: Diogenes Vicente Hassan Ribeiro, Data de Julgamento: 03/05/2017, Terceira Câmara Criminal, Data de Publicação: 17/05/2017)
Portanto, em razão da sua idade e da sua condição física, o único meio necessário e moderado encontrado por Bernardino para cessar a injusta agressão que sua filha vinha sofrendo, foi o uso da arma de fogo, com o objetivo único e exclusivo de lesionar o agressor e não de matá-lo, sendo um perfeito caso de crime impossível, não cabendo a punição da tentativa.
VI. DAS PROVAS 
Nesta esteira, a defesa requer a vossa excelência, em que pese as teses serem acatadas, pela produção das seguintes provas:
I. Exame pericial em relação a possível debilidade da vítima, art.158 caput, e parágrafo único, inciso I;
II. Solicitação das imagens da câmera de segurança do Condomínio;
III. Prova testemunhal.
VII. DO PEDIDO
Por todo exposto, pugna-se pela anulação do processo, ante a nulidade da citação; e subsidiariamente, pleiteia-se pela absolvição sumária do acusado, com fulcro no art. 397, I e III do Código de Processo Penal, mas não sendoeste o entendimento de Vossa Excelência, requer a intimação das testemunhas abaixo arroladas.
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Luís/MA, 09 de março de 2020.
________________________
Advogado...
OAB/UF...
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. Testemunha Um (RG, CPF, Endereço);
2. Testemunha Dois (RG, CPF, Endereço);
3. Testemunha Três (RG, CPF, Endereço);
4. Testemunha Quatro (RG, CPF, Endereço).
Equipe D
• Laimison Rodrigo dos Santos Rodrigues – RA: 009932;
• Louise Bezerra Galvão – RA: 010704;
• Nathyelle Soares Cardoso – RA: 016816;
• Lailla Nádya Gomes Mendonça- RA:009929;
• Izabelly Cristinny Santos Galvão – RA: 008160;
• Erick Gustavo Trindade de Deus – RA: 006161;
• Apolinário Martins Rodrigues – CPD: 95545; 
• James Magalhães de Oliveira – RA: 008269.

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