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28/10/2019 1 FISIOTERAPIA NAS ENTORSES DE TORNOZELO DO ATLETA Profª. Me. Ana Caroline Q. Trigueiro Fíbula: Compõe a articulação do tornozelo e confere estabilidade a essa articulação. Dificultando entorses em eversão. Anatomia do Tornozelo Ossos do pé Tornozelo • A articulação do tornozelo (talocrural) é constituída pelo encaixe do corpo do talus na pinça maleolar Complexo ligamentar lateral Complexo ligamentar medial Tornozelo • Ocorrem apenas dois movimentos ativos nesta articulação: – Dorsiflexão (20°) – Flexão plantar (30° a 50°) • Função + estabilidade – Ligamentos – Posição do tornozelo quando recebe a carga – Parte lateral é mais susceptível a lesões por trauma direto (85% dos entorses) Entorses • São lesão dos ligamentos articulares devido à distensão ou torção brusca, sem deslocamento das superfícies articulares • Considerado o trauma mais frequente entre os atletas • De 20 a 40% das lesões tratadas de forma conservadora evoluem com sintoma residual (instabilidade articular e artrose) • A maioria das entorses ocorre em inversão, em 60 a 70% há lesão do talofibular anterior (porção medial) • Quando há ruptura do talofibular anterior, pode haver lesão adicional do calcaneofibular (20%) ➢ Lesões agudas • Grau I: o Pouca ou nenhuma laceração de fibras o Dor instantânea, seguida de alívio e retoma a dor ao repouso o Edema discreto ou nenhum o Instabilidade articular o Testes negativos Classificação das Entorses ➢ Lesões agudas • Grau II: o Laceração moderada de fibras (ruptura parcial) o Dor instantânea e ininterrupta, dificultando ou impedindo a atividade o Edema moderado e rápido o Perda parcial da estabilidade articular o Algum teste positivo (gaveta anterior) Classificação das Entorses ➢ Lesões agudas • Grau III o Entorse grave com ruptura TOTAL de um ou mais ligamentos o Dor instantânea e ininterrupta, impedindo a atividade o Aumento de volume rápido (edema e hematoma) o Perda da deambulação o Geralmente mais de um teste positivo ➢ Lesões crônicas • Paciente com instabilidade crônica relata história de vários episódios de torção de intensidade variada, muitas vezes sem tratamentos adequados • Geralmente apresentam dor e edema que não incapacitam para as atividades corriqueiras, mas interferem na prática de atividade esportiva, atividades de maior intensidade, uso de saltos altos ou mudanças rápidas de direção ➢ Lesões crônicas • Causas: o Instabilidade funcional o Ruptura ligamentar completa o Entorses ligamentares inadequadamente tratados o Deformidades do pé o Causas não diagnosticadas Sensação que o tornozelo se “desloca”; Provoca entorses de repetição; Dificuldade para andar em solo irregular Movimento anormal e o limite fisiológico é ultrapassado Formação de aderências nos ligamentos; Presença de dor ao estirar a art; Frouxidão súbita ao realizar movimentos rápidos Uso de calçados inadequados, salto alto ou que se desgastam desigualmente Avaliação • Avaliar: o Mecanismo de trauma o Ponto doloroso o Capacidade funcional • Obter a história do paciente: o Local do trauma, mecanismo de entorse... • Observar os sinais clínicos: o Dor, edema/derrame, ADM... • Avaliação radiológica (verificar fraturas) Avaliação • Testes: o Gaveta anterior: Realiza o deslocamento do talus no interior da pinça bimaleolar; testa lesão de LTFA. • Testes: o Inclinação lateral do talus: Realiza deslocamento em inversão do talus no interior da pinça bimaleolar; testa lesão de LCF. • Testes: o Teste de Pillings (compressão lateral): Realiza a compressão da fíbula contra a tíbia; testa lesão da sindesmose tibiofibular distal (TFD). • Teste de Romberg Adaptado (instabilidade funcional) Consiste em cronometrar quanto tempo o indivíduo permanece sem oscilar na posição em apoio unipodal, olhos fechados, permitindo assim classificar o grau de propriocepção. ➢ Grau I e II • 1ª fase: o PRICE por 1 a 2 semanas o Deambulação reduzida o Bandagem/enfaixamento o Quando a dor diminuir, realizar flexo-extensão ativa Tratamento Conservador ➢ Grau I e II • 2ª fase: o Recuperação funcional muscular o Propriocepção • 3ª fase: o Exercícios de força, agilidade, ADM e propriocepção PROTOCOLO –2ª e 3ª fase 1. Andar o mais normal possível, realizando o apoio do calcanhar para dedos 2. Uso de antiinflamatórios 3. Crioterapia 4. Exercícios ativos e de reeducação postural, com prancha proprioceptiva, para estimular as fibras nervosas e mecanorreceptores lesionados 5. Mobilização passiva ➢ Grau III • Imobilização por 4 a 6 semanas, podendo realizar PRICE por alguns dias. • Após 3 semanas apoio sem muletas e exercícios leves ➢ Lesão crônica • Programa de tratamento: o Alongamento músculo-tendíneo o Melhora da força muscular, principalmente inversora o Readequação do equilíbrio e controle neural ➢ Fase aguda • Indicado principalmente no grau III em esportista • Realizada na intenção de evitar cicatrização ligamentar viciosa, frouxidão e instabilidade Tratamento Cirúrgico LINHA DO TEMPO Referências: PRENTICE, W. E. Fisioterapia na prática esportiva [recurso eletrônico]. 14 ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. ana.trigueiro@unp.br Biblioteca On line → Minha Biblioteca
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