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CADERNOS PIC-UVA RESUMOS EXPANDIDOS DA XVI SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2019 Cristiano Bertolossi Marta (org.) Cadernos PIC-UVA: resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 Universidade Veiga de Almeida Reitora Maria Beatriz Balena Duarte Pró-Reitor de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Inovação Alex Balduíno Coordenador do Núcleo de Pesquisa Coordenador do Programa de Iniciação Científica - PIC UVA Cristiano Bertolossi Marta Editora-chefe do Núcleo de Publicações Renata Luiza Feital de Oliveira Editor Associado do Núcleo de Publicações Thiago de Souza dos Reis Biblioteca Central Katia Cavalheiro Universidade Veiga de Almeida Rua Ibituruna, 108. Tijuca – Rio de Janeiro www.uva.br Os autores e organizadores são responsáveis pela revisão e por todo o conteúdo expresso na obra. XVI Semana de Iniciação Científica - 2019 Coordenação: Prof. Dr. Cristiano Bertolossi Marta Comissão Científica Alder Catunda | Alessando Orofino de Araújo | Alex Balduíno | Aline Monçores Andreia de Faria Nogueira | Beatriz Tholt | Carlos Eduardo das Neves | Carlos Eduardo Nunes-Ferreira Carlos Roberto Lyra da Silva | Caterine Vila Fagundes | Cecília Seabra | Cezar Luiz França Pires Claudio José Marques de Souza | Cristiane Fiori | Cristiano Bertolossi Marta Cristina Maria Caldas Simões | Ediana Abreu Avelar | Eduardo Mendes Maluf | Flávia Targa Martins Giovanni Codeça da Silva | Julio Cesar Pereira de Oliveira | Leonardo Rabelo de Matos Silva Lorena Godinho Bellora | Luciana Pinheiro de Oliveira | Luís Carlos Bittencourt Marcio Tadeu Ribeiro Francisco | Maria Regina Menezes Alves | Nara Iwata Patrícia Xavier Hommerding Frasson | Rita Leniza Oliveira da Rocha | Roberto Carlos Lyra da Silva Vânia Dutra | Vinícius Dias Fonseca | Viviane Japiassú Viana | Viviani Anaya ___________________________ Editor responsável: Prof. Thiago de Souza dos Reis Editoração: Núcleo de Publicações da Universidade Veiga de Almeida (NUP/UVA) SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Cristiano Bertolossi Marta..............................................................................................17 (IR)RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: UMA ANÁLISE SOBRE A DIVERSIDADE NA DIMENSÃO SOCIAL DA 13ª CARTEIRA ISE-BOVESPA Wagner Salles, Daniela das Graças Beline, Roberta de Sousa Rodrigues, Rita Leniza Oliveira da Rocha, Sérgio Ricardo da Silveira Barros......................................................18 FATORES DE RISCO PARA DIABETES MELLITUS EM JOVENS UNIVERSITÁRIOS: ASSOCIAÇÃO COM AMBIENTE ACADÊMICO Ana Carolina Dames Varella Pereira, Bárbara Cristina Gonçalves dos Santos................27 A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS ORDENS FALCONIFORMES E ACCIPITRIFORMES ENCONTRADOS NA COLEÇÃO DE ORNITOLÓGICA DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO, RJ Arthur Braga, Tomas Capdevile, Cecília Bueno..........................................................34 TIPOLOGIAS DO BAIRRO DE SÃO CRISTÓVÃO Renato Marcelino Gonçalves de Souza, Stephanie da Silva Anjos, Taisa Carvalho, Carlos Murdoch................................................................................................................41 MÍDIA E REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA VELHICE Gabriel Torres Ribeiro, Lucas Mororo de Souza, Anderson Cruz Barreto.......................51 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO SOBRE AVULSÃO DENTÁRIA Talita Silva Lemos, Luis Claudio Campos, Maira do Prado........................................58 CATEGORIZAÇÃO E ANÁLISE: ESTUDO SOBRE A IMAGEM DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NOS DISCURSOS DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS NO DEBATE DE PRIMEIRO TURNO NA CAMPANHA ELEITORAL MUNICIPAL DE 2016 Bruno Gall dos Santos De Blasi, Raísa P. de Carvalho, Cecília Seabra G. da Silva...........65 LOGÍSTICA REVERSA DAS CÁPSULAS DE CAFÉ PARA REDUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E AUMENTO DA SUSTENTABILIDAE: ESTUDO DE CASO Fernanda Fernandes Nepomuceno, Luís Otávio, Danielle M. de Souza, Sarah Menezes Alves..............................................................................................................................73 ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA E AMBIENTAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UM BIODIGESTOR COMERCIAL NO CAMPUS TIJUCA DA UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Carlos Eduardo Soares Canejo Pinheiro da Cunha, Kaique César de Almeida Bragé, Monique Paixão da Silva.................................................................................................83 ESTUDO QUANTITATIVO DA RELAÇÃO ENTRE INFRAESTRUTURAS PRODUTIVAS, CAPITAL FIXO, FLUXO COMERCIAL E O PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) Aline Bueno Araujo, Débora Pereira Mattos, Omar Simba dos Santos Togola, Daiane Rodrigues dos Santos.....................................................................................................93 FONOAUDIOLOGIA E CUIDADOS PALIATIVOS: PERCEPÇÕES SOBRE A TOMADA DE DECISÃO Eduardo Wagner Guerra da Silva, Renata da Silva Fontes Monteiro...........................100 A IDENTIFICAÇÃO DA QUIMERA NO EXAME DE DNA E SUAS IMPLICAÇÕES NO RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO Marcos Wagner Curcio Gomes, Livia Pozzato Cruz Meira da Silva, Francesca Odetta Santos Ribeiro Cosenza.................................................................................................107 DIREITOS DE SUCESSÃO RELATIVOS AO FILHO GERADO POR INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL POST MORTEM Ully Silva Forte, Francesca Odetta Santos Ribeiro Cosenza..........................................114 EUFRÁSIA TEIXEIRA LEITE: UMA REPRESENTAÇÃO DA MULHER MADURA PRODUTIVA Gabrielle Miguel Rizzo Costa, Flávio Oscar Nunes Bragança........................................120 INFLUÊNCIA DA PASTA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO E DOIS AGENTES ANTIOXIDANTES NA ESTABILIDADE DE COR APÓS CLAREAMENTO INTERNO Ednaria Vasconcelos Angelo, Samuel Gonçalves Miranda, Luis Felipe Jochims Schneider, Maíra do Prado, Heloísa Gusman...............................................................126 REPRESENTATIVIDADE NEGRA NA MÍDIA Jean Carlos da Silva, Mônica Christina Pereira de Sousa..............................................134 A PERCEPÇÃO DOS MOTORISTAS SOBRE O ATROPELAMENTO DA FAUNA SILVESTRE NAS RODOVIAS Laís Moreira Lopes, Gabriela Sales Fabiano Sbano, Natalie Olifiers, Cecília Bueno...........................................................................................................................137 COMPARAÇÃO DE ACHADOS VIDEONISTAGMOGRAFICOS DE PACIENTES COM MIELOMENINGOCELE Renata Oliveira de Barcelos, Maria Cecília Gomes Valeriano, Gilvana Gabriela Oliveira Faria, Paula Isabela Rosa de Carvalho Silva, Felipe Raposo Avelino da Silva................142 COMPARAÇÃO DA DIETA DE FELÍDEOS ATROPELADOS EM ÁREA DE MATA ATLÂNTICA DO SUDESTE BRASILEIRO Ludmila Zoel Azevedo, Jailton Paes Costa Costa, Luan Odorizzi, Cecília Bueno, Natalie Olifiers..........................................................................................................................146 “QUE CHUVA É ESSA?” CIDADES INTELIGENTES & REDUÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES (RRD): UMA PROPOSTA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL COM ARDUINO Leonardo M. Kaner, Thaiene F. dos Santos França, Viviane Japiassú Viana.................157 MONITORAMENTO DA QUALIDADE AMBIENTAL DA PRAIA DO PERÓ, CABO FRIO, RJ Fernanda Beatriz C. R. S. Dias, Cássia E. Rangel, Gisela k. Lopes, Flávia T. Martins......164 O ADOECIMENTO CONTEMPORÂNEO NAS UNIVERSIDADES Jéssica Calmon Bahia Lopes, Lucas Robaina de Menezes, Sandy Salvador Figueira, Yasmin Prado Carvalho, Ligia Claudia Gomes de Souza...............................................170 ATIVIDADES AQUÁTICAS PARA INDIVÍDUOS ACOMETIDOS POR MIELITE TRANSVERSALuciana El Bainy Correa da Cruz, Jaunilson Francisco da Cruz......................................175 JORNALISMO CONSTRUTIVO EM TEMPOS DE TRÁGEDIA Ana Carolina Fernandes Lopes, Maristela Fittipaldi Vianna da Silva............................182 SURDEZ: SOB A PRECONIZAÇÃO DA INCLUSÃO Rayana Araújo Viégas, Luzia Cristina Nogueira de Araújo............................................188 A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NO NOVO CONTEXTO DAS REVISTAS DE MODA Anna Clara Magalhães, Júlia Reis, Maristela Fittipaldi Vianna da Silva........................193 O CINEMA COMO CHAVE PARA A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO JORNALÍSTICO Caroline Belo, Maristela Fittipaldi Vianna da Silva.......................................................199 A DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO TECNOLOGICO EMPREGADO NA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA COMO FATOR DIFERENCIAL PARA O INCENTIVO DE JOVENS A CARREIRAS NAS AREAS EXATAS Sarah de Oliveira Sant’anna, Eduardo Lenho Coelho...................................................204 DESENVOLVIMENTO E APERFEIÇOAMENTO DA FERRAMENTA COMPUTACIONAL UVAFLOW Helena Luisa Leitão de Oliveira, Victor José Medeiros Correa, Patrick José da Silva Felix, Guilherme Alves Graciano de Almeida, Luiz Fernando Pereira Marques, Mike de Sousa Menezes, Pedro Henrique de Gouveia Ramos, Thiago da Silva Amorim, Thayná da Silva Pinheiro, Douglas Santos, Rodrigo de Oliveira Rodrigues, Josué Jonathan Borges de Oliveira, Erick da Silva Delvizio.....................................................................................209 AVALIAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO UTILIZANDO O ALGORITIMO MOD16 – ESTUDO DE CASO: BACIA HIDROGRÁFICA DE PEDRO DO RIO/RJ Joanna Tamas Maciel, Vinicius Rios Barros..................................................................220 EFEITOS TERAPÊUTICOS DO YOGA PARA CRIANÇAS COM OBESIDADE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA Débora Gusmão Pinheiro de Barros, Amanda da Silva Franco.....................................227 FASHION LAW: O DIREITO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL APLICADO AO RAMO DA MODA: A TUTELA DA CRIATIVIDADE E A MODA NOS TRIBUNAIS Flavia Mendes da Rocha, Victoria Gonçalves Barbosa, Alexandra Barbosa de Godoy Corrêa...........................................................................................................................237 PROJETO CECOM (CASA EFICIENTE COMUNITÁRIA) – COLETORES SOLARES, BIODIGESTORES E ESDES. UM PROJETO DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Aline Silva Lima, Quesia Juliane Pestana Meirelles, Erick da Silva Delvizio, José Aguiar Coelho Neto, Carlos Henrique da Silva Lucena Cavalcante, Fábio M. de Barros..........244 REESTRUTURAÇÃO E LEVANTAMENTO DE PRÁTICAS NOS LABORATÓRIOS DA FACULDADE E ENGENHARIA ELÉTRICA DA UVA COM SUPORTE DE ENERGIA PARA AUMENTO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PROJETO LABENERGIA Anselmo Chamound B. Luz, Rafael Cabaleiro C. dos Passos, Erick da Silva Delvizio, Juliana D. Geber, Fábio Muniz de Barros, Luiz Fernando P. M. Ramos, Paulo Felipe G. Farias, Renato A. B. Pinto, Vinícius M. Laranjeira.........................................................253 EDUCAÇÃO NA CRISE DO CAPITAL Evandro Ribeiro Lomba, Néliton Gomes Azevedo, Diana Paola Gutierrez Diaz de Azevedo........................................................................................................................259 CONTADORES DE HISTÓRIAS PARA ADOLESCENTES DE TODAS AS IDADES: ESTIMULAÇÃO DA IMAGINAÇÃO SIMBÓLICA EM ADULTOS E IDOSOS Anna Paula Borges, Marilene Ferreira Cambeiro, Debora Regina Boullosa.................264 ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO, CAPITALISMO TARDIO E CRISE DA DEMOCRACIA SUBSTANCIAL Carlos Eduardo Veloso, Daniel Nunes Pereira..............................................................271 REFLEXÕES JURÍDICO-POLÍTICAS ATRAVÉS DO CINEMA, TV E LITERATURA Ana Clara Rodrigues da Costa e Silva, Brenda Pires Ferreira Akerman, Lígia Berçot de Mattos, Matheus Guimarães Bernardo de Souza, Daniel Nunes Pereira.....................279 A LEITURA E A PRÁTICA DE NARRATIVAS FICCIONAIS INCLUSIVAS: CONTADORES DE HISTÓRIAS DE TODAS AS IDADES (2) Teresa Gonçalves Paladino, Luis Eduardo Barbosa Couto, Marilene Ferreira Cambeiro......................................................................................................................284 GILBERTO FREYRE NA IMPRENSA ENTRE ANOS 1926 E 1930 EM MÁSCARAS REGIONALISTA-MODERNISTAS: ENCAMINHAMENTO DE EDIÇÃO DE COLETÂNEA DE INÉDITOS E DISPERSOS COM ESTUDO CRÍTICO Marcela Coitinho de Aquino e Castro, Vitor de Carvalho Pinto, Silvana Moreli Vicente Dias, Michele Fanini, Juan Rodrigues da Cruz, Fabio B. Chiaradia de Oliveira..............290 CLÁSSICOS LITERÁRIOS INGLESES ADAPTADOS PARA JOVENS LEITORES NO BRASIL: LEITURA CRÍTICA E ASPECTOS DA RECEPÇÃO INFANTIL E JUVENIL Priscila Prado dos Santos Ferraz, Gabriela Raposo D’Assunção, Silvana Moreli Vicente Dias, Paula Renata Araújo, Flávia Maria Farias Baptista da Cunha, Karine Marielly Rocha da Cunha.......................................................................................................................298 DIVERSIDADE SEM FRONTEIRA: PRÁTICAS DE MULTILETRAMENTOS NO ENSINO MÉDIO Christiana Ribeiro Milito, Thaís Affonso de Alvarenga, Silvana Moreli Vicente Dias, Dayse Mara Ramos da Silva, Thaiane M. Pereira, Vanessa de Lima Morais Silva.........307 DIETA DE Dasypus novemcinctus LINNAEUS, 1758 ATROPELADOS EM ÁREAS DE MATA ATLÂNTICA DO SUDESTE BRASILEIRO Stephanie Yone Rodrigues Santos, Jailton Paes Costa, Luan Alberto Odorizzi, Cecília Bueno, Natalie Olifiers..................................................................................................319 RISCO VOCAL EM INTÉRPRETES DE SAMBA ENREDO DO CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO: ANALISAR INFORMAÇÕES PARA PREVENIR PROBLEMAS Helenice Cristina Silva de Mello Souza, Reynaldo Gomes Lopes..................................330 O CITY BRANDING COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO. O CASO DA CIDADE DO PORTO – PORTUGAL Gil Ewerton Almeida da Silva, José Carlos dos Santos Vinhais.....................................336 DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO EM ÊNFASE NO MONITORAMENTO DE VAZÃO NO AUXÍLIO ÀS MANUTENÇÕES PREDITIVAS Ingrid Figueiredo de Oliveira Matos Rezende, Wallace da Silva Carvalho....................341 O TRAUMA NA CLÍNICA PSICANALÍTICA E SUA POSSÍVEL (RE)INVENÇÃO Jéssica Calmon Bahia Lopes, Lucas Robaina de Menezes, Sabyna Aleixo Purgato, Sandy Salvador Figueira, Eliane de Augustinis Valle Machado da Silva..................................347 “QUE CHUVA É ESSA?”. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PARA REDUÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES Joanna Mendes de Oliveira, Lívia Maria Ferreira Barcellos, Pollyanna Soares Liberatori Batista, Rodrigo Barros Lazzari, Viviane Japiassú Viana...............................................352 DESPERTANDO UM OLHAR ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA DE MATRICIAMENTO EM UM AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL Rachel Curado Alfarone, Sabyna Aleixo Purgato, Paulo Giovanni Goulart Ritter.........359 INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA INTERDISCIPLINAR DAS CAUSAS DO BRUXISMO Amanda Caldas de Barros, Natália Silva de Oliveira Troccoli, Gabriel Paixão Medeiros Alves da Costa, Leonardo Pereira Pacheco, Marcelo Tavares Castro, Arthur Silva da Silveira, Vicente Canuto de Motta, Leila Cristina dos Santos Mourão, Viviane dos Santos Marques.......................................................................................................................365 EFEITOS COGNITIVOS E MOTORES DA DANÇA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Lucas Fidelis Gomes, Leonardo Godinho Guimarães, João Pedro Hanszman, Bruna Oliveira Dias, Luciano Teixeira, Juliana Bittencourt......................................................374 PROGRAMA DE ESTÍMULO À SAÚDE ORAL DE CRIANÇAS EM TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER HOSPEDADAS NA CASA RONALD/RJ E SEUS FAMILIARES Gabriel Paixão Medeiros Alves da Costa, Leonardo Pereira Pacheco, Leila Cristina dos SantosMourão.............................................................................................................378 ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO DE SEMENTES E MUDAS DE ESPÉCIE ARBÓREA QUE OCORRE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Jefferson Freitas de Oliveira, Vanessa Pereira Gaia, Maria Alice Mariano da Silva......387 QUEDA DA COBERTURA VACINAL NO BRASIL: PERCEPÇÕES DOS RESPONSÁVEIS ATENDIDOS NA REDE PARTICULAR DE SAÚDE Aline Resende Galhano, Luna Salles Pereira, Marselha Alberti Cordovil, Renata de Oliveira Maciel..............................................................................................................395 EMPREGABILIDADE E NOVO PERFIL DO EGRESSO DE JORNALISMO DA UVA Leandro Victor do Nascimento, Diana Cristina Damasceno, Luís Carlos Bittencourt, Guilherme Carvalhido...................................................................................................401 FUNÇÕES EXECUTIVAS, INTENCIONALIDADE E LINGUAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA Mariana Barbosa de Carvalho, Jaqueline de Souza Vaz Coimbra, Sara Helena Quadros de Freitas Cunha, Luciana Brooking Teresa Dias..........................................................406 OTIMIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BIODIESEL OBTIDO A PARTIR DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURA Jheniffer M. Azevedo, Mariani J. Bastos, Gisela K. Lopes, Flávia T. Martins.................412 ADIÇÃO À DROGAS, O CONSUMO DE SUBTÂNCIAS PSICOATIVAS POR JOVENS, UTILIZANDO O INSTRUMENTO ASSIST: REVISÃO INTEGRATIVA Milena Preissler das Neves, Roni Robson da Silva, Leandro Andrade da Silva, Maria Virginia Godoy da Silva, Cristiano Bertolossi Marta.....................................................419 GAMIFICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZADO NAS DISCIPLINAS DA ÁREA DE SAÚDE Leandro da Silva, Vinicius Cândido, Luíza Gomes Martins da Costa, Thiago Matias Monteiro, Danielle Paes Branco...................................................................................427 MASOQUISMO ORIGINÁRIO: A DOR E A CONSTITUIÇÃO SUBJETIVA Giovanna Fernandes Felix Menescal Carneiro, Ingrid Jordão, Clarice Medeiros..........435 BRASIL E ESTADOS UNIDOS: PARADIGMAS HISTÓRICOS E NOVOS DILEMAS Gabriel Anderson Mendonça da Silva, Bruna Bandeira Soares, Verônica Moreira dos Santos Pires..................................................................................................................440 FERRAMENTAS DO FABLAB (LABORATÓRIO DE FABRICAÇÃO) DA UVA NA CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE BIOLOGIA Vanessa Pereira Gaia, Rafael Novaes da Silva, Matheus Aguiar de Souza Reis, Danielle Paes Machado de Andrade Branco...............................................................................447 MODA CIRCULAR E SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA FASHION Isabela Barcellos Belo Lisboa, Ully Silva Forte, Manoella Barbosa Ventura Santos, Joyce Abreu de Lira................................................................................................................453 A ESCRITA DO ALUNO DE DIREITO NA CONTEMPORANEIDADE: ANÁLISE E DIAGNÓSTICO Anne Caroline de Morais Santos, Bruno Famini Collares Leite, Marcelo Armando Carvalho Fonseca Costa, Thamyres Cardoso Ribas.......................................................458 QUEDA DA COBERTURA VACINAL NO BRASIL: PERCEPÇÕES DOS RESPONSÁVEIS DA REDE PÚBLICA Ana Clara Souza Braga, Carolina de Souza Araujo, Mayara Nonato Paranhos, Renata de Oliveira Maciel..............................................................................................................462 BALAS DE GELATINA ADAPTADAS COM INGREDIENTES NATURAIS Elis Trindade Teixeira, Juliana Lemos González, Beatriz Araújo de Magalhães, Evelyn de Cândia Pereira, Yone da Silva.......................................................................................469 CARACTERIZAÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM CENTRO DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CABO FRIO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A ASSISTÊNCIA EM PEDIATRIA Bruna Cardozo Noruega Avellan, Tamilys Cristina Gonçalves Costa, Priscila Pradonoff Oliveira, Luciana da Costa N. Cerqueira, Giselle Barcellos Oliveira Koeppe.................478 O FENÔMENO ALIENAÇÃO PARENTAL E A IMPLANTAÇÃO DE FALSAS MEMÓRIAS: IMPARCIALIDADE E JUÍZO DE VALOR NA ANÁLISE DO JUDICIÁRIO Larissa Soares Esteves, Maria Clara Gomes, Isabella Moreira dos Santos, Ronaldo da Costa Formiga...............................................................................................................485 AUDIÊNCIA E CONSUMO DE REALITY SHOW: AS ESTRATÉGIAS NARRATIVAS DO MASTERCHEF BRASIL Karolyne Lobo N. Caparelli, Silvia Maitê Gómez Rodriguez, Érica Ribeiro Gama.........489 SUSTENTABILIDADE: UMA URGÊNCIA ACADÊMICA Giovanna Gonçalves Oliveira, Brenda Ceroni Sather de Carvalho, Carla Cardoso de Moura...........................................................................................................................498 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA MICROBIOTA E SUA INFLUÊNCIA NO ORGANISMO PARA OS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE Danielle Paes Machado de Andrade Branco, Brunella Oliveira Figueiredo, Anne Braga Corte Chaves, Mayra Rangel.........................................................................................505 A BUSCA PELO PROTAGONISMO: UM ESTUDO SOBRE O PROGRAMA THE VOICE BRASIL Guilherme de Paiva Campos, Lucas Moreira Santos, Érica Ribeiro Gama....................513 OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA NO EQUILÍBRIO E COGNIÇÃO DE UM PACIENTE COM SÍNDROME DE WILLIMS-BEUREN Thaís Capilupi, Luiz Duarte, Marina Fortuna Lucas, Fernanda Manaia.........................517 NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E IMC EM ESCOLARES QUE PARTICIPAM DE PROJETOS SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO- RJ Luís Gustavo Pereira Lopes, Álvaro Luiz Monteiro Alves..............................................522 BARREIRAS NO ACESSO E PRINCIPAIS PROPOSTAS ESTRATÉGICAS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA TUBERCULOSE Jovana Pacheco de Souza, Priscilla Oliveira da Silva, Quesia Ferreira da Silva, Amanda Gonçalves Gaspar.........................................................................................................528 A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA: O CASO DO NOVO CÓDIGO DE OBRAS DO RIO DE JANEIRO Fernando Veiga Bauler, André P. Arão dos Santos, Rogerio Goldfeld Cardeman........534 A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ABORTAMENTO NA RECENTE REALIDADE BRASILEIRA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Talita Teresa do Carmo, Abilene Gouvêa.....................................................................539 NEGRAS ESCRITURAS: CAMINHO PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ETNICIDADE Daniella Tavares Potrique, Cristina Prates, Ingrid Mugrabi, Jorge Gomes Júnior, Thaís Missena........................................................................................................................546 ESTRUTURA ETÁRIA DO MARSUPIAL DIDELPHIS AURITA EM UMA ÁREA DA MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL Gabriela Sales Fabiano Sbano, Laís Moreira Lopes, Mariana Silva Ferreira.................553 HISTÓRIA DE VIDA DO MARSUPIAL Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) E SUAS ESTRATÉGIAS REPRODUTIVAS: RAZÃO SEXUAL E SOBREVIVÊNCIA DIFERENCIAL DA PROLE R. S. Cardoso, M. C. Gomes, M. S. Ferreira...................................................................560 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NO JEJUM PERIOPERATORIO: UMA REVISÃO DA LITERATURA Mariana Veiga da Silva, Mylena Veiga da Silva, Leonardo dos Santos Pereira, Carlos Eduardo Peres Sampaio................................................................................................568 MUSEALIZAÇÃO E ESPETÁCULO CULTURAL NO RIO DE JANEIRO DISCURSOS DA “MARCA RIO” Érica Oliveira Fortuna, Vania Oliveira Fortuna.............................................................576 O CUIDADO PRÉ-NATAL ÀS MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Milena Cristina Cabral Ribeiro, Abilene do Nascimento Gouvêa..................................581POLÍTICAS PÚBLICAS E O DIREITO BÁSICO À ALIMENTAÇÃO: CASOS, TIPOLOGIAS E ATUAÇÃO JUDICIÁRIA Fernanda Santos Calvosa, Taíssa Pereira Ferreira........................................................587 ANÁLISE DA ESTRUTURA DE COMUNIDADE MACROBÊNTICA APÓS O ROMPIMENTO DA TUBULAÇÃO DE ESGOTO NA PRAIA DO FORNO, ARRAIAL DO CABO, RIO DE JANEIRO I.A.B. Pereira, C.S. Fiori.................................................................................................591 QUAL É A RESPOSTA DO PODER JUDICIÁRIO À LEI DE ALIENAÇÃO PARENTAL? Lara Araújo Soares, Marcelli W. Balthazer, Leonora Roizen Albek Oliven....................602 SUJEITO DE DIREITO: A CAPACIDADE CIVIL E AS PESSOAS COM PATOLOGIAS PSÍQUICAS Nilza Renata Moreira Fortuna, Leonora Roizen Albek Oliven......................................608 ALTERAÇÕES DA FALA E DE LINGUAGEM NA CLÍNICA DE ODONTOPEDIATRIA DA UVA Letícia Ellen Pereira Lima, Renata Kelly Raposo Sarmento Torres, Jessica Brum Souza, Clara Oliveira Esteves, Tatiana Araújo de Lima............................................................615 CIDADÃOS COM CÂNCER E A JUSTIÇA FLUMINENSE: UMA ANÁLISE SOBRE AS DECISÕES JUDICIAIS QUE VERSAM SOBRE OS ATINGIDOS PELA MOLÉSTIA Felipe dos Santos Ramos, Joyce Abreu de Lira, Ronan Valente da Rosa......................622 A PROPAGANDA DO “PRIMEIRO SUTIÔ DO PUBLICITÁRIO WASHINGTON OLIVETTO OBJETIFICA O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE? Marcelo de Almeida Nogueira, Gabriel de Souza e Silva, Guilherme Pimentel da Cunha Saudades......................................................................................................................628 CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 17 APRESENTAÇÃO É sempre um grande desafio a organização de uma semana de iniciação científica. Tarefa que é cercada de responsabilidades, principalmente por ser o canal para a divulgação e comunicação de pesquisas de novos pesquisadores que, ano a ano, a Universidade Veiga de Almeida estimula a prosseguir no caminho da defesa da Ciência. A produção de pesquisas acadêmicas requer dedicação e empenho de seus protagonistas e proporciona um aprendizado a todos os envolvidos: docentes, discentes e sociedade. Essa iniciação e aproximação com estudos científicos possibilita também o aprimoramento de futuros profissionais, dotando-os de conhecimento e qualidades ímpares para o desempenho de suas funções. Nessa 16ª edição, a Semana de Iniciação Científica da UVA reuniu pesquisadores para dialogar e debater os resultados das pesquisas que desenvolveram no nível dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Veiga de Almeida e em parceria com outras instituições de ensino e pesquisa. O presente caderno é um esforço que tenta sintetizar aquilo que produzimos ao longo do ano de 2019. Espero que façam boa leitura e que os trabalhos aqui reunidos sirvam de estímulo para novos horizontes. Cristiano Bertolossi Marta Universidade Veiga de Almeida CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 18 (IR)RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: UMA ANÁLISE SOBRE A DIVERSIDADE NA DIMENSÃO SOCIAL DA 13ª CARTEIRA ISE-BOVESPA Wagner Salles¹ Daniela das Graças Beline² Roberta de Sousa Rodrigues³ Rita Leniza Oliveira da Rocha⁴ Sérgio Ricardo da Silveira Barros⁵ ¹ Professor do CST em Gestão de Recursos Humanos na UVA. E-mail: wagner.salles@uva.br | adm.wagner.salles@gmail.com ² Estudante do CST em Gestão de Recursos Humanos (EaD) na UVA. E-mail: dani.beline@hotmail.com ³ Graduada no CST em Gestão de Recursos Humanos (presencial) na UVA. E-mail: roberta1979rodrigues@gmail.com ⁴ Professora da graduação em Fonoaudiologia na UVA. E-mail: rleniza@uva.br ⁵ Professor no Doutorado em Sistemas de Gestão Sustentáveis na UFF. E-mail: sergiobarros@id.uff.br Introdução Inicialmente adotado como geração de emprego e cumprimento das obrigações legais, prevalecendo ainda o interesse dos acionistas quanto à maximização dos lucros, o conceito de Responsabilidade Social Corporativa se expandiu para o atendimento de outros grupos de interesse, tais como sociedade, empregados, governo e ambientalistas, dentre outros que passaram a questionar o papel social das organizações. Assim, a Responsabilidade Social Corporativa passou a assumir uma postura de compromisso com a melhoria de vida da sociedade, em uma dimensão pós- industrial (TENÓRIO, 2006; DE MASI, 2000; GALBRAITH, 1982). mailto:wagner.salles@uva.br mailto:adm.wagner.salles@gmail.com mailto:dani.beline@hotmail.com mailto:roberta1979rodrigues@gmail.com mailto:rleniza@uva.br mailto:sergiobarros@id.uff.br CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 19 Estratégias de apoio a entidades sociais, ou de envolvimento direto em ações voltadas para causas e demandas sociais específicas com as quais a empresa se identifica de forma mais imediata, foram se tornando o mote da Responsabilidade Social Corporativa (MÜLLER, 2006). Com a conciliação entre o modo de acumulação financeira e as exigências sociais e ambientais (POSTEL e SOBEL, 2010), a partir dos anos 2000 passam a se intensificar as chamadas estratégias de “gestão do risco social” (PINTO, 2018; ALMEIDA et al., 2010; SANTOS e MILANEZ, 2014). A ação estratégica sobre o social se torna o resultado de uma preocupação com os conflitos, particularmente considerando os impactos sobre a reputação e a rentabilidade das empresas. A Responsabilidade Social Corporativa assume a nova forma da gestão do risco social, substituindo o caráter da filantropia por uma articulação de ações que priorizam maximizar os investimentos econômicos e políticos que promovam a redução dos riscos que possam comprometer os negócios (PINTO, 2018; SPENCE, 2010). Neste contexto da gestão do risco social, convém destacar que o metamorfismo nos modelos de produção, acentuado pela evolução tecnológica e pelas mudanças demográficas, reforça a necessidade de reconhecimento e de usufruto da diversidade da força de trabalho. Dentre os benefícios listados, encontram-se fatores como desempenho financeiro fortalecido, menor vulnerabilidade legal e imagem corporativa valorizada, o que torna a diversidade uma parcela fundamental para as práticas sustentáveis, sobretudo no campo político (ADLER, 2010). Enquanto as discussões no seio da expansão do capital salientam o livre-mercado e suas virtudes, surge um movimento para uma nova perspectiva estratégica no sentido inverso, que desloca a capacidade da administração empresarial do eixo comercial para o eixo político. Emerge uma perspectiva da “eficiência empresarial extramuros”, uma estratégia de “não-mercado” que busca antecipar os riscos ao negócio (ACSELRAD, 2018). Diversos indicadores passam a quantificar um determinado número de ações sustentáveis macro (SILVA et al., 2014). Empresas que assumem compromissos com estes tipos de demandas e de ações passam a ser relacionadas em um seleto grupo, reconhecido por suas práticas de governança corporativa e sustentabilidade, como a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de AlmeidaRio de Janeiro 2019 20 (ISE-BOVESPA). Uma lacuna que se estabelece nesta discussão é a compreensão do tratamento dado aos investimentos sociais como uma forma de regulação econômica (KALSING, 2017). Uma das constatações deste modelo estratégico de eficiência empresarial extramuros indica que o tema da diversidade passa a ser mais discutido no campo político dos estudos organizacionais, em termo de volume de pesquisas, sem, contudo, haver uma efetivação prática da diversidade nas organizações, seja em cargos operacionais, táticos ou estratégicos (FERREIRA et al., 2016; BREYER, 2018). Portanto, esta pesquisa busca responder a uma inquietação sobre o qual tem sido o posicionamento de empresas listadas na carteira ISE-BOVESPA, em sua 13ª edição, a respeito do compromisso e das práticas sobre o tema da diversidade. Objetivo geral Mapear as ações de compromisso a respeito da diversidade, em empresas listadas na 13ª carteira ISE-BOVESPA. Objetivos específicos 1. Estudar as respostas aos quatro critérios da Dimensão Social do questionário ISE-BOVESPA; 2. Avaliar documentos institucionais de empresas listadas na 13ª carteira do ISE- BOVESPA; 3. Identificar ações críticas que corroborem e/ou contradigam a gestão sobre diversidade a partir dos dados obtidos. Metodologia Com uma perspectiva de investigação crítica, foi procedida uma análise de conteúdo (BARDIN, 2011) entre Maio e Agosto de 2019 sobre as respostas ao questionário da 13ª carteira do ISE-BOVESPA, considerando para tanto o método de CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 21 análise documental. Foram analisados os critérios Política, Gestão, Desempenho e Cumprimento Legal da Dimensão Social do referido questionário. Levou-se em consideração indicadores que se apropriam dos termos diversidade, discriminação, gênero, cor, raça, homem, mulher, pessoa com deficiência e contrato de aprendizagem. Embora a 13ª carteira ISE-BOVESPA considere 30 empresas elegíveis, as análises consideraram 48 pessoas jurídicas distintas, uma vez que o questionário diferencia respostas entre empresas que fazem parte do mesmo grupo, mas que possuem cada qual seu próprio registro. Não foi possível considerar outros documentos institucionais (objetivo específico nº 2) por questões de cronograma da pesquisa, e por isso as análises ficaram restritas às respostas ao questionário. Assim, os dados apontados representam a proporção do número de empresas que se autodeclararam compromissadas com cada item analisado do questionário, itens estes que se referem aos termos indicados anteriormente. Resultados A análise de conteúdo realizada sobre as respostas da Dimensão Social da 13ª carteira do ISE-BOVESPA revelou os seguintes dados: 1. A respeito da proporção de pessoas jurídicas que assumem compromissos formais sobre a diversidade: DI DV EI 100% 100% 98% Onde: DI = Combate à discriminação DV = Valorização da diversidade EI = Promoção de engajamento interno contra discriminação CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 22 2. A respeito da proporção de pessoas jurídicas que assumem compromissos formais sobre a diversidade, por tipo de atividade: SEL PRO TRE SEN TD 98% 77% 92% 92% 75% Onde: SEL = Seleção e contratação PRO = Promoção TRE = Acesso a treinamento SEN = Sensibilização dos funcionários TD = Todas 3. A respeito da proporção de pessoas jurídicas que estabelecem medidas/metas quanto a gênero, cor, pessoas com deficiência e jovens aprendizes: Possuem metas Não possuem metas Redução da diferença de ocupação de cargo de gerência/diretoria, em relação ao gênero. 33% 67% Redução da diferença de ocupação de cargo de gerência/diretoria, em relação à cor. 15% 85% Redução da diferença de remuneração em cargo de gerência/diretoria, em relação ao gênero. 44% 56% Redução da diferença de remuneração em cargo de gerência/diretoria, em relação à cor. 17% 83% Possuem medidas Não possuem medidas CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 23 Empregabilidade de pessoas com deficiência. 98% 2% Maximização de benefícios sociais para contratos de aprendizagem. 100% 0% Nota-se, a partir dos dados, que os maiores percentuais de compromissos repousam sobre discursos (estratégias e políticas divulgadas), enquanto os menores percentuais de compromissos repousam sobre desempenho (metas assumidas). A crítica fundamental que surge a partir do mapeamento quantitativo dos dados indaga sobre como é possível implementar estratégias e políticas sem adotar metas ou medidas que estabeleçam um padrão ideal de desempenho organizacional quanto à gestão da diversidade. Dentre as informações qualitativas nas respostas do questionário, é possível observar – embora pontualmente – justificativas que tratam a capacidade técnica como um critério absoluto sobre o gênero e cor. Ou seja, parte das empresas que não estabelecem metas de redução da diferença de remuneração e/ou de ocupação de cargos gerenciais para gênero e/ou cor, alegam que tais práticas estão condicionadas tão somente ao desempenho técnico de seus profissionais, e não ao gênero e/ou cor da pele destes. Contudo, não se esclarece como estas mesmas empresas garantem a equidade de oportunidades em relação ao gênero e/ou cor, uma vez que assumem como compromisso formal o discurso da valorização da diversidade. Nota-se ainda que, dentre as atividades envolvidas na gestão da diversidade, a promoção detém o menor investimento frente à seleção, sensibilização e treinamento, o que reforça o indício de que há uma lacuna nos critérios práticos que possibilitam a ascensão de cargos e a equidade salarial quanto às questões de gênero e cor. Por fim, outro destaque que se faz a partir dos dados é quanto à proporção de compromisso sobre medidas assumidas com a diversidade legislada. Isto é, naquilo que se apresenta como obrigação legal (como empregabilidade de pessoas com deficiência e contratos de aprendizagem), há um investimento massivo na gestão da diversidade. Já naquilo que não se apresenta como obrigação legal (questão de gênero e cor), o investimento mostra-se incipiente, superficial ou insuficiente. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 24 Conclusões O cenário composto pelos dados quantitativos aponta para o que a literatura chama de gestão do risco social (PINTO, 2018; ALMEIDA et al., 2010; SANTOS e MILANEZ, 2014), quando empresas estabelecem um compromisso político – estratégia de “não-mercado”, a partir de uma articulação de ações que priorizam maximizar os investimentos que promovam a redução dos riscos que possam comprometer os negócios (PINTO, 2018; SPENCE, 2010). Mostra-se como um cenário no qual os investimentos sociais se tornam uma forma de regulação econômica (KALSING, 2017), sem, contudo, haver uma efetivação prática da diversidade nas organizações (FERREIRA e OUTROS, 2016; BREYER, 2018). São empresas reconhecidas como sustentáveis, cujo discurso político “extra-muros” se mostra como critério para maximizar os investimentoseconômicos, enquanto o desempenho organizacional interno se mostra sem referências e efetivações práticas quanto à gestão da diversidade sobre gênero e cor. Como limitação da pesquisa, destaca-se que dados quantitativos apontam para correlações, e não para causalidades. Para tanto, deve-se aprofundar as correlações aqui reveladas a fim de apurar a natureza das lacunas identificadas nesta pesquisa. Referências ADLER, C. S. Inclusão da Diversidade: uma parcela fundamental das práticas sustentáveis. In: VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO: Energia, Inovação, Tecnologia e Complexidade para a Gestão Sustentável. Niterói: 5, 6 e 7 de agosto de 2010. ACSELRAD, H. X. Territórios do capitalismo extrativista: a gestão empresarial de “comunidades”. In: ACSELRAD, H. 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Indicadores de Sustentabilidade como Instrumentos de Gestão: uma análise da GRI, ETHOS E ISE. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade – GeAS, Vol. 3, N. 1. Jan./ Abr. 2014. SPENCE, D. B. Corporate Social Responsability in the Oil and Gas Industry: the importance of reputational risk. Chicago-kent Law Review, v. 86, n. 1, p. 59-85, dez/2010. TENÓRIO, F. G. (Org.). Responsabilidade social empresarial: teoria e prática. 2ª ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 27 FATORES DE RISCO PARA DIABETES MELLITUS EM JOVENS UNIVERSITÁRIOS: ASSOCIAÇÃO COM AMBIENTE ACADÊMICO Ana Carolina Dames Varella Pereira¹ Bárbara Cristina Gonçalves dos Santos² ¹Estudante do Curso de Enfermagem do Laboratório/Departamento do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde do Curso de Graduação em Enfermagem. E-mail: ana.carolina_varella@hotmail.com. ² Professora do Laboratório/Departamento do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde do Curso de Graduação em Enfermagem. E-mail: barbarabem@gmail.com. Introdução O presente trabalho tem como objeto os jovens graduandos de uma universidade privada situada no município do Rio de Janeiro que possuem os fatores de risco modificáveis e não modificáveis para o Diabetes Mellitus tipo 2. O Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 caracteriza-se como um distúrbio metabólico que causa sobretudo hiperglicemia decorrente da ausência na secreção de insulina pelo pâncreas. O DM tipo 2 é caracterizado pela resistência insulínica. A longo prazo, essa sobrecarga vai levar a um comprometimento vascular em vários órgãos. O DM é uma patologia assintomática ou oligossintomática por um grande período e pode apresentar sinais e sintomas como: poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento inexplicado. É essencial mencionar os fatores de risco para DM tipo 2, dado que eles serão utilizados no estudo, incluem: história familiar de DM, pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional (DMG), idade avançada, obesidade (principalmente o acúmulo de gordura visceral), sedentarismo, hipertensão arterial e dislipidemia. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), estima- mailto:ana.carolina_varella@hotmail.com CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 28 se que haja 246 milhões de pessoas com diabetes e até 2025, esse número deve chegar a 380 milhões. Ainda de acordo com a IDF - 2019: 16,8 milhões pessoas na faixa etária de 20 a 79 anos possuíam diabetes em 2019, no Brasil. Como o alerta mundial é para o avanço da diabetes mellitus tipo 2 em crianças e adolescentes, a investigação sobre a prevalência de diabetes entre os jovens é essencial para que possa identificar os fatores de risco e reforçar mecanismos de prevenção. Os fatores de risco para DM tipo 2 em crianças e adolescentes são: obesidade, história familiar de DM2 especialmente materna, Acanthosis nigricans, sexo feminino, sedentarismo, baixo peso ao nascer e macrossomia, dislipidemia e hipertensão arterial sistêmica. Diante dos fatos, ressalta-se a importância desta temática e a necessidade de pesquisas científicas. Objetivo geral Analisar fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 em jovens adultos. Objetivos específicos Identificar os fatores de risco modificáveis e não modificáveis para o DM tipo 2 em jovens graduandos de uma universidade privada situada no município do Rio de Janeiro; Observar como o ambiente acadêmico pode influenciar para aumentar ou reduzir os riscos modificáveis do desenvolvimento do DM tipo 2; e Caracterizar o conhecimento dos jovens graduandos sobre os fatores de risco e o DM tipo 2. Metodologia Trata-se de um estudo de caráter descritivo exploratório com abordagem quantitativa, que registrará experiênciase/ou eventos, e pode ser entendido como uma busca por explicações. O Comitê de Ética em Pesquisa aprovou a pesquisa fornecendo assim o número CAAE: 20183119.9.0000.5291. A pesquisa adotou as seguintes fases para obtenção dos resultados: 1ª Fase: submissão do projeto de pesquisa ao CEP/ CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 29 Plataforma Brasil; 2ª Fase: descrição e apropriação do local onde seria realizado a pesquisa; 3ª Fase: coleta dos dados que incluiu a aplicação do questionário, aos sujeitos da pesquisa, o que se faz necessário para o alcance dos objetivos; 4ª Fase: os dados foram analisados e organizados em tabelas e gráficos, e depois associados aos conceitos e dados epidemiológicos já existentes, de modo a se fazer uma apresentação e discussão dos resultados; 5ª Fase: ao longo de todo o trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas, que possibilitaram a articulação entre conceitos. A coleta de dados foi construída em três etapas: 1ª etapa: Aplicação do questionário eletrônico; 2ª etapa: Mensuração da antropometria; 3ª etapa: Mensuração da glicemia. Na 1ª etapa foram explicados os objetivos e os conceitos importantes que norteiam o estudo. Mediante ao aceite do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) iniciou-se a fase de entrevista, todavia as perguntas foram formuladas oralmente ao participante de modo a facilitar a interpretação. A pesquisa teve um total de 50 acadêmicos e vale pontuar que o questionário foi testado para validação em público alvo espelho e em condições semelhantes a da pesquisa. Os dados relacionados à identificação do sujeito (sexo, idade, raça/cor, curso), história pregressa (patologias e sinais ou sintomas preexistentes e uso de medicações), história familiar, história social (tabagismo e/ou contaminação tabágica, consumo de álcool, consumo de drogas ilícitas, sedentarismo e/ou prática de exercícios físicos, consumo alimentar) e específica foram obtidas nessa etapa. Para realizar a 2ª etapa, as medidas antropométricas foram obtidas a partir da utilização de uma balança digital com vidro temperado com capacidade de 150 kg e uma trena antropométrica fabricada em aço flexível com 2 m de comprimento. A 3ª etapa foi a mensuração da glicemia capilar aferida através de um aparelho de glicosímetro, tiras de glicemia e lancetas. Destaca-se que segundo BRASIL (2016, p.1- 10), foram respeitados todos os preceitos da Resolução Nº 510 de 07 de abril de 2016, em relação aos participantes da pesquisa, assegurando assim o sigilo de pesquisa. Os alunos da universidade privada situada no município do Rio de Janeiro foram abordados no campus no mês de novembro do ano de 2019. Os dados foram coletados por meio do aplicativo Epi–Info™ versão 7.2 distribuído gratuitamente pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e, do mesmo modo, analisados CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 30 considerando a prevalência dos fatores de risco modificáveis e não modificáveis para DM tipo 2 isolados ou associados. Resultados A pesquisa foi dividida em seções para facilitar a análise dos resultados e discussão. Na seção intitulada: 01- Identificação do sujeito encontrou-se os seguintes dados: 66% eram do sexo feminino e 34% eram do sexo masculino. Dentre eles, 76% possuíam entre 18 a 24 anos (jovens-jovens) e 24% possuíam entre 25 a 29 anos (jovens- adultos). De acordo com a autodeclaração de raça/cor dos acadêmicos: 54% referem ser da cor branca, 26% referem ser da cor parda e 20% referem ser da cor preta. Do total de 50 entrevistados, apenas 2% referiram estar grávidas no momento da entrevista e nenhum dos participantes rastreados através do exame de glicemia capilar apresentou resultado > 200 mg/dL. Destaca-se a expressiva incidência de sobrepeso e obesidade em 56% dos participantes da pesquisa, evidenciou-se 36% com sobrepeso, 12% com obesidade tipo 1 e 8% com obesidade tipo 2, conforme cálculo do Índice de Massa Corporal [IMC = peso (kg)/estatura (m)²]. Isto posto, encontrou-se com a medição da cintura abdominal: 4% de mulheres e homens com risco aumentado e 4% de homens e 10% de mulheres com risco muito aumentado para doença cardiovascular e síndrome metabólica. Na seção 02 – História Pregressa observou-se que 2% relataram possuir Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), 4% possuiam Doença Cardiovascular (DCV) e pré-diabetes, 6% posuiam dislipidemia e 12% possuiam Síndrome de Ovários Policísticos (SOPC). Quando perguntados sobre o uso de medicação, 52% disseram que fazem uso contínuo e o fámaco mais citado foi o anticoncepcional, sendo 15 vezes. Em relação a seção denominada 03 - História Familiar dos estudantes 26% possuem HF de pré-diabetes, 70% possuem HF de Diabetes Mellitus e 84% possuem HF de Hipertensão arterial. Esses dados se configuram relavantes, pois a HF de pré-diabetes e DM constituem fatores de risco não modificáveis para DM tipo 2. Com relação a seção 04 – História Social evidenciou-se os seguintes dados: prevalência de tabagismo em 18% dos indivíduos, sendo 10% tabagistas ativos e 8% fumantes ocasionais com frequência rara; 24% referem CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 31 contaminação tabágica na habitação domiciliar. Salienta-se que a exposição passiva ao tabaco configura risco para DCV e diante disto, através de uma avaliação observacional constatou-se locais de grande fluxo de fumantes na universidade, podendo assim associar que o ambiente acadêmico é também um potencial meio de contaminação tabágica. Diante disso, sugere-se a implementação de medidas educativas e serviço de atenção ao aluno especializado que visem à mitigação do tabagismo nas dependências da universidade. Em relação ao consumo de bebidas alcoólicas 64% disseram usufruir, sendo: 2% uma vez ao dia, 32% várias vezes por semana e 30% raramente. Sucedeu-se com a incidência de 14% do uso de drogas ilícitas, sendo as relatadas: LSD que é obtida através do ácido lisérgico e a maconha cujo nome científico é Cannabis sativa. Com relação a frequência houve relato de predominância do consumo de maconha como raro com 8%, várias vezes por semana 4% e uma vez ao dia 2%. Apesar da taxa alta de pessoas acima do peso, 54% manifestaram praticar exercícios físicos e 72% expressaram possuir tempo livre para conciliar o trabalho/estudo com a prática de exercícios físicos. Os principais efeitos do exercício físico que auxiliam a prevenção do DM tipo 2 de forma aguda são o aumento da função endotelial, do débito cardíaco, da sensibilidade à insulina e da síntese proteica, do mesmo modo a diminuição da glicemia, da hipertensão arterial e dos marcadores inflamatórios. É sabido que uma dieta rica em frutas, legumes e verduras (FLV) auxilia na prevenção de diversas doenças crônicas, inclusive a Diabetes Mellitus tipo 2. A quantidade recomendada de consumo é de cinco porções ao dia o equivalente a 400g. Com relação ao consumo alimentar dos acadêmicos, encontrou-se apenas 8% com o consumo recomendado de FLV. Diante da seção 05 – Específicas, buscou-se caracterizar o conhecimento dos jovens universitários, houve 98% de acertos na questão que abordava sobre a definição de diabetes mellitus. Quando perguntados sobre os tipos de DM, 36 relataram conhecer a diabetes tipo 1 e 2, 17 pontuaram a DMG, 10 manifestaramconhecer a Diabetes Insípidus e apenas 1 disse conhecer outro tipo de DM. No que diz respeito aos fatores de causam a DM, 30 falaram sobre a alimentação inadequada, 18 disseram sobre outras causas, 5 sobre a HF de DM, 2 sobre o fator emocional e associação com outras patologias (DCV/HAS) e 1 correlacionou ao estresse. No que concerne a 5° seção vale salientar sobre o conhecimento dos jovens diante das CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 32 complicações crônicas do DM: o pé diabético (pela dificuldade de cicatrização) é o mais conhecido com 26 relatos, logo depois vem as amputações com 23, a retinopatia diabética com 22, a doença renal com 9, problemas arteriais com 7, neuropatia diabética com 6 e com apenas 1 relato ansiedade, doença periodontal e depressão. Quando perguntados se já receberam orientação sobre DM, 58% pontuaram não terem recebido. Dentre o restante, 17 receberam orientação de Enfermeiros, 7 de Médicos, 3 de Nutricionistas e 1 do Dentista. Conclusão Segundo os dados obtidos na pesquisa de campo, encontram-se presente os fatores de risco modificáveis e não modificáveis em jovens acadêmicos da universidade cenário do estudo. Os fatores mais relevantes são: a incidência de indivíduos com sobrepeso em 36%, obesidade 1 em 12% e obesidade 2 em 8%; salienta-se que 4% dos homens e 10% das mulheres apresentaram risco muito aumentado no que tange a presença de gordura visceral; têm-se a HF de DM em 70% dos entrevistados e a HF de HAS em 84% dos entrevistados. Pontuam-se a existência de 2% de hipertensos, 4% com doença cardiovascular e pré-diabetes, 6% com dislipidemia e 12% com a Síndrome de Ovários Policísticos. É válido citar que dos 10 sinais e sintomas que integram o quadro clínico dos diabéticos, apenas hiperglicemia não foi relatada, tendo em vista que a DM 2 ocorre de forma gradual esse dado é relevante. Conforme o exposto há necessidade da implementação de medidas preventivas do DM 2 como a orientação de profissionais de saúde qualificados sobre a patologia e suas complicações crônicas, o acompanhamento e/ou tratamento dos fatores de risco modificáveis, o controle do peso, a adoção de uma dieta que inclua hortaliças, verduras e frutas, a adesão da prática de exercícios físicos regularmente, a valorização do autocuidado e monitoramento da saúde, a mitigação do consumo excessivo de álcool, refrigerantes e sucos industrializados e a cessação do uso do tabaco. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 33 Referências ADA - American Diabetes Association. Standards of medical care in diabetes. Diabetes Care. 2017; vol. 40, supl.1, p. S1 -131. 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E-mail: silvabraga.arthur@gmail.com 2 Taxidermista do Setor de Aves do Museu Nacional do Rio de Janeiro 3 Professora do Curso de Graduação de Ciências Biológicas/Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente/Laboratório de Ecologia. Líder do Grupo de Pesquisa em Ecologia de Estradas. E-mail: cecília.bueno@uva.br Introdução O Brasil está localizado dentro da região neotropical, essa área acorre desde o sul do México até a América do Sul. O Brasil apresenta seis biomas bem característicos, são eles a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pampa e o Pantanal, todas essas áreas têm seus representantes no acervo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. As aves estudadas pertencem a Ordem Falconiformes, com apenas uma família Falconidae, e Accipitriformes, com duas famílias a Acipitridea e Pandionidae, esses animais tem como a principal característica serem rapinantes, ou seja, animais que raptam suas presas por conta da adaptação a caça e por serem muito ágeis. Uma das grandes adaptações que eles sofreram foi na musculatura orbital que nos demais vertebrados é um músculo liso e para os rapinantes mudou para um músculo estriado mailto:silvabraga.arthur@gmail.com CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 35 assim no momento que eles “mergulham” para capturam a presa e retina não sofre com o vento. Atualmente acredita-se que as duas ordens Falconiformes e Accipitriformes evoluíram paralelamente, porém existe uma hipótese de que os Accipitriformes poderiam ter se desenvolvidos a partir dos Falconiformes, embora eles antigamente terem pertencido a Ordem Ciconiiformes. Essa última Ordem pertence a aves carnívoras e de médio porte e grande porte como cegonhas, tuiuiú e garça. Contudo, não há comprovação dessa hipótese. A Família Falconidae tem dois gêneros, Caracara e Mivalgo, que seriam animais com características das duas ordens, como nos hábitos alimentares necrófagos, e mais sociáveis com outros indivíduos da mesma espécie e com outros Accipitriformes. Os Accipitriformes tendem a ser mais sociáveis com animais da mesma espécie, em alguns representantes também ocorre interação indivíduos de gerações diferentes, os seus ninhos são mais elaborados eles também cuidam mais da preservação dos ninhos como não defecando no local, eles defecam em sentido diagonalpara fora do ninho. Os Falconiformes têm um instinto mais agressivo em relação com outros animais, e seus ninhos têm uma construção mais rústica e nem sempre são construídos, podendo ser buracos em troncos ou em paredões de rochas. A coleção de aves taxidermizadas do acervo do setor de ornitologia do Museu Nacional tem grande importância na preservação de espécimes, e servem como um registro histórico das espécies. Elas podem ser utilizadas por pesquisadores para observação morfológica das peças. Objetivo Geral Conhecer e descrever distribuição geográfica das Ordens Falconiformes e Accipitriformes através do acervo do Museu Nacional/ Universidade Federal do Rio de Janeiro. Objetivos Específicos • Descrever a distribuição geográfica das Famílias Falconidae, Accipitridae e Pandionidae; CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 36 • Avaliar os dados disponíveis encontrados nas peles taxidermizadas; • Verificar se estas famílias estão bem amostradas na coleção do Museu Nacional; • Identificar as localidades originais de cada espécime das famílias estudadas, mapeando assim sua amostragem no Brasil. Metodologia Esta pesquisa foi elaborada através da consulta a coleção de aves do Museu Nacional. As espécies das Famílias Falconidae, Accipitridae e Pandionidae foram listadas em tabela de Excel e as informações encontradas nas etiquetas anotadas. Desta forma a distribuição dos animais depositados na coleção foi identificada. Para comparação das amostras de distribuição da coleção e a distribuição real das espécies das famílias estudadas foi consultado o Handbook of the Bird of the Word Alive. Resultados e Discussão As distribuições geográficas das ordens dos Falconiformes e dos Accipitriformes nas regiões brasileiras depositadas no Museu Nacional do rio de Janeiro se baseiam na localização em que as aves taxidermizadas foram encontradas pelos pesquisadores (Figura 2). Também foi observado que a grande maioria das aves foi encontrada dentro ou próxima de Unidades de Conservação (UC), com base nas áreas de preservação registradas pelo Ministério do meio Ambiente. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 37 Figura 1 – Distribuição das famílias estudadas no Brasil, com a proporção de cada uma. Em algumas UC ainda há à presença de mata virgem, por conta disso, há espécies endêmicas de uma determinada área. Com isso, às mantendo um isolamento da interferência humana no habitat e assim o preservando. Contudo, outras espécies conseguiram se adaptar em áreas urbanas, por conta disso também houve aparecimento de aves próximas ou dentro de áreas urbanas. As áreas mais preservadas são as regiões Norte e Centro-Oeste, conseqüência dos biomas que estão localizados nessas áreas, Cerrado e Pantanal. Esses biomas têm ou tiveram uma importância histórica para o Brasil. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 38 Figura 2 – Distribuição dos indivíduos das famílias estudadas, na coleção do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em relação à distribuição geográfica das aves dentro dos biomas, a área com maior número de indivíduos encontrados é o bioma Amazônico, é uma conseqüência das expedições de pesquisadores que optaram pela escolha dessa região. Outra área com maior número de registro de aves no acervo foi a Mata Atlântica, embora esse bioma também tenha uma grande biodiversidade, é provável que a quantidade de aves, seja pela localização do Museu Nacional no Rio de Janeiro, já que o estado está dentro do bioma. Os outros biomas também tiveram suas representatividades, mas sem muitos indivíduos na coleção (Figura 3). Referente ao acervo da coleção Ornitológica do Museu Nacional, ainda que tenha uma grande biodiversidade de exemplares, acaba carecendo no número de indivíduos de algumas espécies. Sabendo que há espécies endêmicas e que outras estão próximas ou em perigo de extinção não tem uma quantidade necessária para que se estabeleça um parâmetro para distribuição geográfica. Outro problema é a falta de dados da coleta da carcaça como a localização, como na data que foi coletada. Esses problemas dificultaram em um resultado mais exato da distribuição das aves. Desta forma, das 1.235 aves depositadas, 147 foram descartadas. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 39 Figura 3 – Distribuição dos espécimes de aves das famílias estudadas por bioma. O bioma Pantanal apresentou o menor número de espécimes depositados no acervo do Museu, seguido do Pampa. Os estados da Paraíba e do Sergipe não apresentam aves depositadas no Museu Nacional. Conclusão O trabalho ainda está em andamento. O depósito de espécimes sem informações de localidade de coleta foi um problema para esta pesquisa. Mesmo assim já é possível verificar que o Museu Nacional reúne uma razoável amostragem das Ordens Falconiformes e Accipitriformes no Brasil, tendo apenas dois estados sem dados depositados. Referência GROSSMAN, M. L. “ Birds of Prey of the Word”:; Bonanza Books; 1964. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 40 HANHBOOK OF THE BIRD OOF THE WORD ALIVE. Disponível em:https://www.hbw.com/> . Acessado em 18 de dezembro de 2018. https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs/mapas.html; Acessado em 3 de novembro de 2019. WIKI AVES. Disponível em: https://www.wikiaves.com.br/< . Acessado em 3 de Janeiro de 2018. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 41 TIPOLOGIAS DO BAIRRO DE SÃO CRISTÓVÃO Renato Marcelino Gonçalves de Souza Stephanie da Silva Anjos Taisa Carvalho Carlos Murdoch 1Estudante do Curso de Graduação Arquitetura e Urbanismo, do Núcleo de Pesquisa NuPEP/UVA; E- mail: rntmgs@hotmail.com 2Estudante do Curso de Graduação Arquitetura e Urbanismo, do Núcleo de Pesquisa NuPEP/UVA; E- mail: stephanie_anjos_@hotmail.com 3Professora Msc. Taisa Soares de Carvalho do Curso de Graduação de Arquitetura e Urbanismo e Lider do Grupo de Pesquisa NuPEP/UVA; E-mail: taisa.carvalho@uva.br 4Professor Msc. Carlos Murdoch Fernandes do Curso de Graduação de Arquitetura e Urbanismo e colaborador do Grupo de Pesquisa NuPEP/UVA Introdução O bairro de São Cristóvão é conhecido principalmente por ter servido de residência para a Família Real Portuguesa no século XIX que propiciou transformações físicas e sociais no bairro, como o aterro dos mangues e lagos, pavimentação das ruas e a transformação da localidade em um bairro da nobreza, abrigando também o casarão da Marquesa de Santos. Em meados do século XIX a região sofreu alterações com a chegada da era industrial e modernização da cidade por meio das fábricas, o que ocasionou amigração da burguesia para a Zona Sul do Rio de Janeiro e trouxe uma marginalização das residências em torno das fábricas para a classe operária. Durante o século XX o bairro foi marcado pela sua atividade industrial, tornando-se referência na América do Sul e atraindo imigrantes em busca de empregos, ocasionando um mailto:taisa.carvalho@uva.br CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 42 adensamento populacional e crescimento desordenado, trazendo uma favelização entorno das indústrias. Devido às grandes transformações históricas presentes na área, o presente artigo possui como objeto de análise o Bairro Imperial de São Cristóvão e sua tipologia arquitetônica. O estudo tipológico do bairro é de grande importância por dizer, através da análise de sua arquitetura, o processo construtivo do bairro e como este se desenvolveu ao longo do tempo, exemplificando o processo de evolução urbana da região. Como forma de caracterizar a definição de tipo, Argan (2001, p. 66) diz que “são eliminados os caracteres específicos dos edifícios isolados e conservados apenas os elementos que comparecem em todas as unidades de série”. O tipo elimina as características individuais de cada edifício e os analisa partindo dos pontos em comuns em todas as unidades, reduzindo a pontos comuns de análise tipológica. No entanto, deve-se ater à diferença entre tipo e modelo arquitetônico. Em Arquitetura da Cidade, Aldo Rossi cita a definição de modelo e tipo descrita por Quatremère de Quincy, "A palavra 'tipo' não representa tanto a imagem de uma coisa a ser copiada ou imitada perfeitamente quanto a ideia de um elemento que deve, ele mesmo, servir de regra ao modelo. (...) O modelo, entendido segundo a execução prática da arte, é um objeto que se deve repetir tal como é; o 'é', pelo contrário, um objeto, segundo o qual cada um pode conceber obras, que não se assemelham entre si. Tudo é preciso e dado no modelo; tudo é mais ou menos vago no 'tipo'. Assim, vemos que a imitação dos 'tipos' nada tem que o sentimento e o espírito não possam reconhecer. (...)" (ROSSI, Aldo. Arquitetura da Cidade, p.25 e 26). Em outras palavras, modelo pode ser compreendido como algo a ser reproduzido fielmente, clonado e replicado exatamente da forma como o foi executado; já o tipo define-se como uma avaliação crítica para ser replicado o conceito. Segundo Aldo Rossi, em Arquitetura das Cidades: “A tipologia se apresenta, pois, como o estudo dos tipos não ulteriormente redutíveis dos elementos urbanos, tanto de uma cidade como de uma arquitetura. A questão das cidades monocêntricas e dos edifícios centrais, ou outros, é uma questão tipológica específica; nenhum tipo se CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 43 identifica com uma forma, mesmo sendo todas as formas arquitetônicas redutíveis a tipos.” (ROSSI, Aldo. Arquitetura da Cidade, p.27). Ou seja, para um total compreendimento de um bairro é necessário uma análise tipológica e através dela entender os processos que levaram até a construção do bairro atual. A tipologia arquitetônica do Bairro Imperial de São Cristóvão é diversificada, pode-se dizer que há uma diversidade de tipos que se unem para configurar o aspecto do bairro. É possível observar também que essa diversidade representa a história da evolução e ocupação da área, marcado pela arquitetura e seus diferentes estilos arquitetônicos, esse estudo busca através dessa diversidade contar sobre as transformações que o bairro sofreu desde sua criação, aos dias atuais, indicando as direções que seu desenvolvimento vêm apresentando para o futuro do bairro. Objetivos Gerais Realizar levantamentos acerca das tipologias remanescentes, identificar estilos e características. Objetivos Específicos Identificação da diversidade da tipologia arquitetônica no bairro de São Cristóvão entendendo suas particularidades. Integrar com demais pesquisas sobre o bairro para o conhecimento da arquitetura e urbanismo de forma continuada. Metodologia Levantamento no local de identificação das tipologias arquitetônicas existentes, identificação dos estilos arquitetônicos antigos e contemporâneos. Realização de mapeamento qualitativo dessas tipologias, identificando a linguagem arquitetônica que se apresenta e as peculiaridades de cada momento da história refletida nos elementos de cada estilo. CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 44 Produção gráfica de desenhos que demonstram as tipologias, suas relações métricas, composição arquitetônica das fachadas que contribuem para o entendimento da sua evolução. Identificação da tipologia arquitetônica para demonstração de áreas de preservação e da sua diversidade arquitetônica. Identificar a relação entre as tipologias diferenciadas e o contexto histórico de desenvolvimento destas. Identificar através das tipologias das fachadas as possíveis potencialidades de preservação e desenvolvimento do bairro. Levantamento de dados em bibliografias pertinentes ao tema e busca por dados cadastrais em órgãos reconhecidos para produção dos mapeamentos em fontes fidedignas. Conteúdo O bairro de São Cristóvão possui barreiras geográficas que o delimitam e definem sua morfologia urbana dentro da cidade. A linha ferroviária que margeia parte da Quinta da Boa Vista compreende-se como um fator delimitante para a estrutura da região; seguindo a noroeste encontra-se a chamada comunidade da Mangueira, morro de habitação residencial de baixa renda que estende-se por toda a lateral da Quinta até o limite com o bairro de Benfica, onde São Cristóvão sofre um recorte devido à localização da chamada CADEG, polo gastronômico popular pertencente ao bairro vizinho. Já no sentido oposto, o local é limitado pelo rio Afon Trapicheiros que deságua na Baía de Guanabara, seguindo pelo viaduto do Gasômetro sentido Vasco da Gama; o recorte mais abrupto do bairro de São Cristóvão ocorre no encontro com seu vizinho Vasco da Gama, pois devido à localização do Estádio São Januário a região do seu entorno é recortada de forma que o estádio fique fora de sua área, passando a ter seu limite no atual Museu de Astronomia e Ciências Afins, onde retorna em sentido noroeste e segue de encontro ao outro recorte urbanístico feito pela localização da CADEG, compreendendo-se assim, dentro destes limites, o bairro Imperial de São Cristóvão. Ao contrapor Sitte, Aldo Rossi alega: “O todo é mais importante do que as partes e que somente o fato urbano em sua totalidade, portanto também o sistema CADERNOS PIC-UVA Resumos expandidos da XVI Semana de Iniciação Científica __________________________________________________________________________________________________________ Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2019 45 viário e a topografia urbana até as coisas que se podem apreender passeando por uma rua, constituem essa totalidade. Naturalmente, como me disponho a fazer, deveremos examinar essa arquitetura total por partes.” (ROSSI, Aldo. A Arquitetura da Cidade, p24.), visto isso, o presente estudo dividiu São Cristóvão em quatro áreas de tipologias similares e as analisou de forma separada, em função de, no fim, exemplificar as diferenças tipológicas que uma única região pode ter. Para entender as unidades tipológicas é
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